Matar Ou Morrer (jogos Vorazes) escrita por Lianina9, Hillary McKarter


Capítulo 2
Capítulo 2 - Entre Pedidos e Promessas


Notas iniciais do capítulo

Oi, aki é Lianina9. Espero que gostem do capitulo. ^^



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Depois de ouvirmos o Tratado de Traição e apertarmos as mãos, Isami e eu fomos levados ao Edifício da Justiça. Me colocaram numa pequena cabine, onde fiquei esperando até minha mãe e meu padrasto finalmente entrarem.

_Filho! Não! C-Como isso pode acontecer? –disse minha mãe aos prantos.

_Calma, mãe. Está tudo bem. –disse tentando tranquiliza-la.

_Calma?! –berrou ela nervosa. –Como você quer que eu fique calma quando meu filho vai para a Capital disputar os Jogos e corre um risco imenso de não voltar?! Seth, seu idiota! Se você não voltar, eu juro que me mato! Eu juro que...

_Ei, ei! –disse segurando seus braços com força. –Nunca diga isso de novo, mãe. Eu vou voltar, prometo. Mas se eu não conseguir cumprir minha promessa, por favor, mãe, cuide bem do Jevan e comece uma nova vida com ele.

_Você tem que cumprir! Você tem que cumprir, Seth! Você sabe usar uma espada e uma corda! Você tem que cumprir essa promessa!–disse ela chorando.

Eu a abracei fortemente e por um momento também senti vontade de chorar. De fugir com ela e meu padrasto. Mas eu sabia que isso seria impossível. Principalmente agora. Depois de um longo abraço, meus pais tiveram que ir, mas antes de Jevan sair da cabine ele me cumprimentou.

_Eu sei que você não me conhece direito, Seth. Mas eu juro pela minha vida que vou cuidar da sua mãe até o dia da minha morte.

_Conto com isso, Jevan. E também te peço um favor. –disse sentindo uma dor no peito.

_O que quiser, filho.

As palavras quase não conseguiram sair da minha boca. Eu sabia que tinha que ser firme, porque caso contrário meu padrasto não concordaria. Fiquei ereto e o olhei sério.

_Se eu... não voltar, por favor, Jevan... Faça minha mãe esquecer de mim.

Ele me olhou surpreso, mas eu estava decidido. Minha morte apenas traria mais uma lembrança do meu pai para minha mãe e ela talvez caísse em alguma depressão por isso. Se Jevan conseguisse fazer minha mãe feliz, mesmo que fosse para afastá-la de mim, já era o bastante. Se existe, ou existiu, uma pessoa que eu sei que sempre amei e que sempre me amou, essa pessoa é a minha mãe. Não importa o que me aconteça, se ela conseguir superar, para mim está bom.

_Por favor, Jevan, eu...

_Eu entendo, Seth.

Dessa vez, fui eu que o olhei surpreso, mas talvez ele já esperasse alguma coisa assim vinda de mim.

_Boa sorte na arena, Seth. –disse ele saindo da cabine.

_Obrigado.

Fiquei alguns minutos segurando o choro. A porta se abriu novamente e eu voltei ao meu estado normal. Pude ver Marcel entrar sério e olhando para baixo. Sua pele já tinha adquirido a cor normal agora. Nós dois estávamos em silêncio. Eu não sabia se devia quebrá-lo, pois estava claro que Marcel estava tendo um conflito consigo mesmo sobre para quem torcer.

_Seth... –começou ele. –Por favor... eu sei que você nunca gostou de ninguém e tampouco de receber ordens, mas...

_Marcel, se você está tentando pedir para eu perder nos Jogos está perdendo o seu tempo. –respondi friamente.

Não adianta fazê-lo perder saliva por algo que está claro de entender. Ele prefere me ver morrendo do que a irmã naquele lugar. Por mais que eu goste do Marcel, já fiz uma promessa para a minha mãe que iria voltar e não pretendo ignorá-la.

_Então, se eu te pedir uma outra coisa?

_O que?

Ele engole a saliva e diz com a boca seca.

_Por favor, proteja a minha irmã, Seth. Proteja ela até o fim no meu lugar. –disse ele com lágrimas nos olhos.

Por alguma razão, uma irritação apareceu em mim. Marcel estava pedindo para eu servir de babá para a irmã dele. Isso era constrangedor e provavelmente não daria certo. Me levantei irritado e o olhei bravo.

_E se nós dois chegarmos aos dois finalistas? O que vai acontecer, Marcel? Você vai pedir para eu me matar para que sua irmãzinha ganhe?! –disse bravo.

_Se isso acontecesse é bem provável que ela enfiasse uma faca no coração antes mesmo de você chegar a ter essa ideia. –respondeu Marcel sério. –Escuta, Seth. Você não sabe o que aconteceu com a minha irmã. Você não sabe as coisas que ela ouviu e viveu. Todos votaram em você por causa daquele acidente que matou o seu pai não foi?

Fiquei calado. Um dos motivos que pensava ser amigo do Marcel era porque ele não havia descoberto esse acidente, mas agora vejo que ele devia estar sabendo o tempo todo.

_Como eu desconfiava. –disse ele numa voz triunfante.

Me irritei com aquilo.

_Onde você quer chegar com isso?

_Minha meia-irmã é semelhante com você. Ninguém gosta dela, ninguém fala com ela. Ela pode ter cometido alguns erros no passado sim, mas nunca mereceu o tratamento que deram a ela. Vocês poderiam ser amigos.

_Marcel, você tem que encarar logo os fatos. -–disse irritado com aquilo. Ninguém podia saber o quanto eu sofri desde aquele acidente, até o Marcel não sabia. E agora ele está dizendo que eu poderia ser amigo de uma menina de 12 anos que vai para a arena comigo?! -- Eu e ela vamos para um lugar onde só um poderá sair de lá vivo. Como eu posso protegê-la até o fim?!

_Então a proteja até onde conseguir. Por favor, Seth. É o único pedido que eu já te fiz.

O tempo acabou e Marcel teve que sair. Suspirei cansado e com uma dor de cabeça. O que eu ia fazer? Proteger ou deixar a garota morrer? O pior é que eu não conseguia juntar a promessa que fiz para a minha mãe com o pedido de Marcel, de forma que no final eu só conseguia ver duas opções a seguir: Matar ou Morrer.


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Notas finais do capítulo

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