O Reino de Lotaria escrita por Anderson Ricardo Paublo


Capítulo 8
Capitulo 6 - Glatera Atacada




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Em uma noite onde a luz da lua refletia sobre a paisagem gelada de Glatera, transformando-a em um reino de cristal, a cidade, coração do reino dos Glaciais, resplandecia sob o céu estrelado. Glatera, conhecida por sua serenidade e beleza etérea, era o lar de seres que não apenas habitavam o frio, mas o abraçavam como parte de sua essência.

No palácio de gelo, a família real preparava-se para a noite. O Rei Halvard, um líder justo e forte, mantinha o equilíbrio entre a tradição e a necessidade de proteger seu povo. Ao seu lado, a Rainha Nivia compartilhava sua sabedoria e gentileza, irradiando uma luz de esperança que permeava os corredores do castelo. A Princesa Aerilyn, herdeira do trono, possuía o espírito do inverno em seu ser, com habilidades que refletiam a magnificência do reino gelado. Junto a ela, o Príncipe Eirik, jovem e corajoso, preparava-se para seguir os passos de sua família nobre.

Uma reunião urgente do conselho fora convocada pelo Rei Halvard. Notícias do sul haviam chegado como ventos gélidos, trazendo consigo a sombra de uma ameaça iminente. O rei Darius, em sua busca obsessiva pelo recém-nascido profetizado, havia lançado suas forças contra os reinos de Lotaria, sem misericórdia ou hesitação.

"Devemos proteger o portal de entrada," ordenou o Rei Halvard, sua voz ecoando com a firmeza das montanhas de gelo que protegiam Glatera. "Nenhum custo é alto demais para a segurança de nosso povo e a soberania de nosso reino."

Mas o inimigo que avançava era como uma tempestade furiosa, impulsionado por armas alimentadas por Logia, as pedras energizadas cujo poder desafiava os limites da magia natural. A batalha que se seguiu foi brutal, uma tempestade de fogo e gelo, onde a valentia dos defensores de Glatera encontrou a implacável força tecnológica do exército invasor.

O comandante Hater, uma figura temida nos campos de batalha, liderava as forças de Darius. Sua reputação de crueldade precedia cada golpe de suas tropas, que avançavam implacavelmente, deixando atrás de si o eco de uma destruição impiedosa.

Quando as defesas finais caíram e os soldados do Rei Darius invadiram o castelo real, o destino de Glatera pendia por um fio. Foi neste momento crítico que Damaliel, o misterioso mago vidente, apareceu diante do Rei Halvard e da Rainha Nivia.

"Vi o futuro," revelou Damaliel, sua voz carregando o peso do destino. "Sua família será feita prisioneira, e Glatera cairá em sombras profanadas pela tirania. A única esperança reside na Ilha das Sombras. Para lá, a Princesa Aerilyn deve ir e encontrar uma maneira de libertar seu reino deste cerco."

O Rei Halvard, enfrentando a mais dura das decisões, sabia que o sacrifício era necessário para a sobrevivência de Glatera. Com o coração pesado, ordenou que a Princesa Aerilyn fosse enviada à Ilha das Sombras, acompanhada de seus mais leais guardiões.

"Minha filha, leve consigo a chama de Glatera," disse o rei, seus olhos encontrando os de Aerilyn pela última vez. "Encontre a luz nas sombras e traga de volta a liberdade para nosso povo."

Em meio ao caos que se desenrolava no castelo de Glatera, com a invasão iminente e a queda certa do reino sob as mãos do exército de Darius, o Rei Halvard, enfrentando uma decisão de coração partido, convocou Gafian, seu guerreiro mais confiável e formidável. Gafian era conhecido não apenas por sua estatura imponente e músculos forjados pelas batalhas nas terras congeladas, mas também por seu coração nobre. Seus cabelos, negros como a noite polar, eram curtos e práticos, um reflexo de sua abordagem direta à vida e ao combate. Uma barba rústica adornava seu rosto, conferindo-lhe um aspecto ainda mais guerreiro. Vestido com uma armadura de gelo que brilhava sob a luz das estrelas, Gafian era a última esperança de Glatera diante da escuridão que avançava.

Ao receber a ordem do rei, Gafian aceitou a responsabilidade com uma gravidade que pesava sobre seus ombros como uma montanha. "Protegerei a princesa com minha vida, meu rei. Glatera vive enquanto ela respirar," jurou ele, seu compromisso tão firme quanto o gelo que formava as fundações de seu lar.

Príncipe Eirik, embora jovem e corajoso, encontrou-se dilacerado pela situação. Seu espírito de luta o impelia a ficar e defender seu lar até o último suspiro. "Não posso abandonar Glatera nesta hora mais sombria. Minha luta é aqui," declarou, recusando-se a partir na jornada rumo à Ilha das Sombras. Sua decisão, embora dolorosa, refletia a bravura e o amor pelo seu povo e reino.

Sob a proteção de Gafian, a princesa Aerilyn e sua caravana fizeram uma fuga silenciosa pelos corredores secretos do castelo, emergindo nos fundos onde o inverno eterno abraçava sua partida. Gafian, com sua espada em mãos, pavimentou o caminho para a liberdade, enfrentando os poucos inimigos que ousavam interceptar sua passagem. Cada golpe seu era uma promessa, cada inimigo caído, uma garantia de que a esperança de Glatera continuaria viva.

A princesa Aerilyn, embora devastada pela perda de seu lar, encontrava força na determinação de Gafian e na missão que lhes fora confiada. Rumo à Ilha das Sombras, um lugar de mistérios e perigos, a caravana partiu, carregando consigo o futuro de Glatera.

A jornada que se iniciava era incerta, com a promessa de desafios e revelações que poderiam mudar o destino do reino de gelo para sempre. Mas sob a proteção de Gafian, o Protetor de Glatera, havia uma luz de esperança, uma chama que nem a mais escura das sombras poderia apagar.

 

 

 


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