O Reino de Lotaria escrita por Anderson Ricardo Paublo


Capítulo 7
Capítulo 5: A Ira do Rei




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No salão do trono de Prontera, uma aura de tensão sufocante pairava no ar. Darius, cujo reinado outrora simbolizava justiça e sabedoria, agora se via consumido por uma fúria indescritível. A notícia da suposta traição de Julius — o ato de salvar Gabriel das garras de Raiden — agitava as sombras do castelo, transformando sussurros em chamas de ira nos olhos do rei.

Erguendo-se de seu trono imponente, Darius emanava uma tempestade em forma humana. "Traição!", sua voz ressoava, um trovão atravessando o salão, fazendo com que os servos encolhessem. "Julius, meu braço direito, escolheu salvar a semente da minha ruína!"

Os cortesãos, tremendo, evitavam seu olhar, temendo serem os próximos a enfrentar a ira real. O silêncio que se seguiu era uma admissão de medo, um testemunho da tirania que Darius agora exercia.

"Reinald foi um tolo, pensando que poderia desafiar a minha vontade," Darius continuou, sua raiva crescendo. "E agora, seu filho, Gabriel... um garoto marcado por uma profecia ameaçadora, escapa sob a proteção de um traidor."

Virando-se abruptamente para seu conselheiro mais confiável, Darius ordenou, com frieza mortal: "Mobilizem os espiões. Quero localizar Julius e o garoto. Não permitirei que se escondam por muito tempo. Gabriel deve ser trazido a mim, e Julius... sua traição será paga com seu último suspiro."

O conselheiro, um homem de olhar penetrante, acenou solenemente, dissimulando o próprio temor. "Imediatamente, meu rei. Sua ordem será cumprida."

Quando a sala se esvaziou, Darius retornou ao trono, perdido em um mar de vingança e ambição. Em sua mente, a luta pelo poder em Lotaria longe estava de terminar; ele estava pronto para derramar o sangue que fosse necessário para assegurar seu reinado.

Nesse meio-tempo, Gabriel, a chave involuntária de uma profecia capaz de desestabilizar a coroa, tornou-se alvo de uma caçada implacável que ameaçava mergulhar Lotaria em uma era de sombras.

Nos dias seguintes, a determinação de Darius em encontrar Gabriel tomou medidas extremas. Em um ato de desespero tirânico, ele ordenou que suas tropas invadissem lares em todo o reino, matando qualquer criança humana com menos de três anos. "Certifiquem-se de que Gabriel não possa se esconder entre outras famílias," ele instruiu, sua voz destituída de qualquer compaixão.

Os guerreiros do rei, embora leais, cumpriam as ordens com corações pesados, transformando-se em executores de uma injustiça grotesca. As cidades, uma vez vibrantes, agora ecoavam o choro das famílias destroçadas pela perda de seus inocentes.

A atrocidade ordenada por Darius não tardou a provocar uma reação. As cidades principais, cujos líderes e cidadãos até então haviam se mantido fiéis ao trono, se viram forçados a tomar uma posição. "Não podemos tolerar tais atos sob nossa guarda," declarou um dos líderes municipais em um conselho emergencial. "Darius perdeu o direito de nos liderar."

Assim começou a guerra civil em Lotaria. As cidades levantaram bandeiras de resistência contra a tirania de Darius, e o reino se viu fragmentado entre o apoio ao monarca e a luta pela justiça e liberdade.

Enquanto a guerra civil devastava Lotaria, um questionamento persistia: onde estaria Gabriel, o jovem no centro de toda essa tempestade?

 


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