A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 3
Primeira Guerra-O início


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Este e o próximo capítulo serão sobre a Primeira Guerra Mundial. Antes, eu tinha escrito e tinha dado um capítulo. Mas quando eu reescrevi, ficou maior do que o primeiro e tive de que dividir.
Nessa primeira parte terá o início da Primeira Guerra.
Micro aula de alemão:
Küsse: Beijo em alemão.
Boa leitura!!!



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A tensão na Europa ficava mais evidente a cada ano que se passava. As diferenças e rivalidades entre as nações e os deuses aumentavam, o que causava um receio de um conflito, que traria sérias consequências para todos. E a situação piorou quando Inglaterra e Alemanha resolveram fazer uma corrida armamentista. A Alemanha havia se tornado uma potência industrial e a cada dia, apresentava uma inovação militar. Tudo era feito sob a coordenação de Delayoh, seu objetivo era tornar sua nação a maior potência da Europa, e até do mundo. Elisabeth, vendo isso acontecer, não ficou parada. A supremacia inglesa estava sendo ameaçada, então, a deusa inglesa se mobilizou e também pediu aos ingleses que criassem inovações bélicas. Com essa disputa entre as duas, os outros deuses se mobilizaram e começaram a armar os seus exércitos. O receio se tornou uma realidade.

Para Delayoh era muito mais do que um conflito, seria o primeiro passo para dominar o mundo. E também se sentiu muito prejudicada na partilha da África, uma conversa com Zeus foi fundamental para a sua atitude, ela se lembra bem.

— Vater, na partilha da África, a minha nação ficou apenas cinco territórios e esses possuem qualidade de solo ruins, não bons para se plantar ou explorar, fiquei com menos e as piores terras. Os ingleses e franceses têm a maior parte. Foi injusto, por isso, peço ao senhor que converse com a Francine para que ela dê para a minha Alemanha alguns territórios. — Disse Delayoh.

— Delayoh, entenda. Sei que ficou chateada por não ter recebido mais territórios. Mas os territórios que está me pedindo, pertencem a França, são por direito e mérito de Francine, ela saberá lidar com tantas terras, a nação dela é bem preparada para realizar uma colonização. — Disse Zeus com uma voz calma. — E também, Francine já começou a elaborar planos e projetos para essas terras, se eu pedir para ela as dividir com você, pode atrasar esses planos. Lamento, não posso concordar com esse pedido.

— Está me dizendo que não vai me ajudar?

— Não é isso filha, é que não é justo a Francine perder as terras que conquistou. A França existe como país a mais tempo, está mais preparada para realizar uma colonização. Ao contrário da Alemanha, que é muito recente e inexperiente, é mais industrial, automática, não daria conta de colonizar um lugar, por isso que recebeu uma quantidade menor de territórios. Pode ter sido um teste, para saber a capacidade da Alemanha.

Delayoh ficou indignada com que ouviu, fechou os punhos, cerrou os dentes, respirou fundo e disse:

— Teste? O senhor acha que isso...é um teste? Eu vim lhe pedir ajuda e é esse tipo de resposta que recebo de mein vater? O senhor fez o mesmo discurso que Elisabeth, que por ter sido fundada a pouco tempo, a Alemanha não era capaz de colonizar um território. Para mim, ficou claro, que você está tentando compensar por ter tirado os Estados Unidos do domínio da Inglaterra. E por isso concorda e faz esse discurso torpe.

— Não estou compensando ninguém, só penso que não é justo tirar terras de quem é dono por direito. Tu és igual tua mãe Hera, Delayoh. Ela deve ter lhe ensinado a sempre querer mais, a buscar mais, não respeitando o patrimônio do outro. Deverias ser mais compreensiva, aceitar o que já tem e não querer tirar o que é os outros.

— O que meine mutter me ensina ou deixa de me ensinar, não vem ao caso agora. A questão aqui é que não quer que sua filhinha querida, Francine, percas as terras que se apossou indevidamente.

— Delayoh, não seja implicante e inconveniente, sabe que não gosto que fale assim.

— Tudo bem, vater Zeus. — Delayoh falou com uma expressão raivosa. — Se não vais me ajudar, eu mesma mostrarei a capacidade da Alemanha. Elisabeth, Francine e todos que duvidaram da minha nação, saberão o que um país “inexperiente e incapaz de fazer uma colonização” pode fazer com seus próprios esforços. E todos irão se ajoelhar perante mim, pedindo perdão e clemencia. — Disse Delayoh antes de sair furiosa.

Com um olhar frio e mortal fixo no horizonte, Delayoh falou para si mesma:

— Chegou a hora, o mundo vai sucumbir perante a supremacia alemã e a mim.

Com a proximidade do conflito, o namoro de Delayoh e Stanley esfriou, eram poucas as vezes que se viam e eram mais raros ainda os encontros, a deusa alemã só se interessava pelas reuniões do exército e traçar estratégias com suas aliadas.

Desde criança tinha uma amizade com as gêmeas Aura e Hunria, deusas do Império Austro-húngaro. Elas eram idênticas de rosto, mas eram bem diferentes, Aura era loira com olhos azuis e nariz arrebitado; Hunria tinha cabelo castanho escuro e olhos azuis, e também tinha o nariz arrebitado. O comportamento das duas também era diferente, Aura era mais quieta Hunria mais energética e briguenta. Porém, quando se tratava de poder, as duas tinham o mesmo comportamento, sempre querendo mais.

Delayoh tentou fazer aliança com Raicca, de início, a deusa russa aceitou, mas já fazia um bom tempo que ela se estranhava com Aura e Hunria e o acordo acabou não indo para frente. Entretanto, o grupo ficou completo com Ivana, desde criança era amiga de Delayoh, a melhor amiga, então, decidiu ajudar a deusa alemã.

Quando desfez o acordo com Delayoh, Raicca ficou livre para fazer outra aliança e dessa vez, deu muito certo. A deusa russa se aliou à Francine e alguns anos depois com Elisabeth, que já era aliada da deusa francesa. As três primas iam combater um quarteto de cabelos escuros, o clima entre elas não era nada amistoso, então, era questão de tempo para uma guerra estourar.

Porém, ninguém imaginou que a guerra iria desencadear com a ação de uma deusa que não fazia parte de nenhum dos grupos, Sílvia, deusa da Sérvia. Ela detesta Aura e Húnria, que vivem dando ordens na região dos Bálcãs como se a região fosse de posse delas, e Sílvia quer ver as gêmeas bem longe do lugar e dominar em nome da Sérvia. Então, ela preparou uma pequena surpresa, sabendo que o herdeiro do Império Austro-húngaro iria visitar a capital da Bósnia, mandou um mortal assassina-lo. O que a deusa sérvia não sabia é que o seu plano deu início a algo muito maior.

  Logo após o assassinato, Aura e Húnria ficaram tão furiosas que decidiram declarar guerra contra Sílvia. O que aconteceu? Sílvia é amiga de Raicca, óbvio que iria defender a amiga e declarou guerra contra as gêmeas. Delayoh não gostou e mandou Raicca ficar longe, a deusa russa não deu ouvidos à prima e continuou se mobilizando. Delayoh também pediu para Francine não se meter, mas a deusa francesa estava aliada com Raicca e quando ela entrou em guerra, Francine demonstrou apoio. Elisabeth há muito tempo queria enfrentar Delayoh em uma guerra, então, mais uma para o confronto. Assim começava a primeira guerra mundial.

  Francine e Elisabeth enfrentaram Delayoh mais cedo que imaginavam.

Enquanto ocorria a batalha dos exércitos, havia a batalha entre as deusas, Elisabeth e Francine lutavam contra Delayoh, só que não foi uma batalha fácil. As deusas inglesa e francesa tentaram de todas as táticas, Francine criava tufões com o vento, porém, a deusa alemã os segurava e os derrubava no solo. Não havia mar algum por perto, mas haviam rios próximos, então, Elisabeth, com suas habilidades de filha de Poseidon, juntou todas as águas do rio, criou uma enorme onda e a lançou contra a rival, porém, não deu certo, com um sopro gelado, Delayoh congelou a onda e com um raio, a partiu, fazendo com que os fragmentos voassem na direção das primas. Francine protegeu as duas criando uma cortina de vento, afastando os fractais de gelo. Elisabeth e Francine estavam exaustas, não tinham mais forças para reagir, Delayoh é muito forte.

Mas Elisabeth teve uma ideia, ela puxou Delayoh para dentro de um rio, a deusa alemã esperneava e tentou segurar o pescoço da deusa inglesa. Elisabeth gritou para Francine:

— Fran! Tufão!

Francine lançou um tufão sobre o rio, que mandou Delayoh para longe. Elisabeth e Francine saíram vitoriosas do conflito.

— Vencemos! — Comemorou Elisabeth.

— Dessa vez. Delayoh está furiosa e vai voltar. Tenho muito medo do que ela possa fazer. — Disse Francine, receosa.

...

A derrota sofrida, mexeu muito com Delayoh. Ela estava possessa. Como pôde perder daquela forma? Havia acabado de tomar banho, com uma toalha enrolada na cabeça, se sentou na cama e começou a pensar em uma forma de derrotar Francine. Primeiro iria derrotar a deusa francesa, para depois partir para cima de Elisabeth, é lógico, primeiro precisa se preparar, pegar um desafio fácil e de depois de estar preparada, aí sim, encarar um desafio mais difícil.

Delayoh pegou o mapa da Europa, olhou para a Bélgica e se lembrou que o país é neutro e o mais importante, fazia fronteira com França. Perfeito! Ela vestiu um vestido preto com decote, calçou botas negras, escovou seus longos cabelos negros e saiu. Hera viu a filha sair e perguntou:

— Vai sair outra vez, totcher?

— Sim, mutter. — Respondeu Delayoh. — Estou indo resolver um assunto de extrema importância. Voltarei mais tarde, küsse.

...

Foi tudo de repente e assustador. O exército alemão invadiu a Bélgica e tudo foi feito com tamanha violência, que assustou Beatrissa, a deusa belga tem cabelos bem pretos e olhos azuis bem claros, quase rasos. Ela olhava pela janela apavorada os seus belgas serem massacrados e decidiu ajudar, porém, foi impedida por Delayoh. A deusa alemã a olhava com um olhar de raiva e se aproximava dela bem devagar, o que fazia Beatrissa recuar até encostar na parede.

— Delayoh... o que você quer de mim? — Perguntou Beatrissa, com medo.

Delayoh olhou fixamente para Beatrissa, levantou a mão e começou a agredir a deusa belga.

...

Com um sorriso no rosto, Delayoh voltou para casa. Hera, que estava se preparando para dormir, viu a filha chegar e perguntou se conseguiu resolver o que queria.

— Ah, mutter. Foi perfeito. Amanhã avançaremos até a França, os belgas vão nos deixar passar, pois, a Beatrissa vai pedir isso a eles. Eu dei um jeito para ela fazer o que eu quero. — Disse Delayoh, com satisfação.

— O que você fez?

— Dei uma surra na Beatrissa.

— O quê? — Perguntou Hera.

Mutter, você precisava ver. A Beatrissa toda encolhida, tremendo de medo, foi muito divertido.

— Delayoh! — Disse Hera, séria.

— A cada vez que eu batia, ela chorava e implorava para eu parar.

Ouvindo aquilo e vendo como Delayoh ria, Hera fez algo que nunca imaginou fazer, bateu no rosto da filha.

Mutter... a senhora me bateu? — Perguntou Delayoh, espantada com a mão no rosto.

— Não queria fazer isso, mas você não me deu escolha. Precisava fazer isso? Coitada da Beatrissa, deve estar bem assustada até agora.

Vatter Frizioh deve cuidar dela, afinal, é filha dele. A senhora não deve se preocupar tanto com ela.

Hera pensou em bater mais uma vez em Delayoh, mas se controlou e disse:

— Não vai fazer isso de novo com a Beatrissa ou com qualquer outro, ouviu, Delayoh Alexandra Venandre? Não quero saber de surras ou agressões. Se tiver que ganhar essa guerra, que seja por seus próprios esforços. Estamos entendidas?

Delayoh afirmou com a cabeça, Hera nunca falou com ela desse jeito e nunca a viu tão brava. A partir de agora terá que ser comedida em seus atos, para não levar bronca da mãe.


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Notas finais do capítulo

Coitada da Beatrissa! Foi a primeira a presenciar e sentir o lado vilã da Delayoh.



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