A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 4
Primeira guerra- A guerra para acabar com todas as guerras. Será?


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Segunda e última parte sobre a primeira guerra. Aconteceram muitos eventos aqui.
Boa leitura!!!



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Ivana tinha feito a aliança com Delayoh, Aura e Hunria, mas quando a guerra começou, a deusa italiana preferiu sair, pois, pensou que o acordo era uma defesa e que não precisaria duelar com ninguém. Delayoh e Aura aceitaram a decisão dela, Hunria ficou um pouco desconfiada, mas também aceitou.

Porém, em 1915, uma grande mudança aconteceu e Ivana decidiu entrar na guerra. Ela foi comunicar sua decisão para Delayoh, mas não esperava a reação da prima.

— Eu quero entender, Ivana. Há um ano, você me disse que não iria participar da aliança, pois, não queria se envolver na guerra. Agora, tu estás a dizer que resolveu, assim, de repente entrar na guerra. E pior, ao lado de Elisabeth, Francine e Raicca? É isso mesmo, Ivana? — Perguntou Delayoh.

— Sim, mas eu posso explicar. Elisabeth e Francine vão me dar alguns territórios, em troca, vou dar a minha ajuda para elas. — Respondeu Ivana.

— E você acreditou? Ivana, tu já foste mais esperta. Se elas não quiseram me entregar alguns territórios delas, vão entregar para você? Elas estão te enrolando, ou melhor, te enrolaram para você lutar contra mim.

— Não fui enrolada por ninguém. E pensando bem, foi uma boa ideia me juntar com a Elisabeth. Você, Aura e Hunria têm colecionado derrotas, usam a força, mas não conquistam nada. Nunca irão vencer a guerra assim.

— Trai a minha amizade e ainda me critica? Fora da minha casa, Ivana.

— E disse alguma mentira? Eu falo isso, pois, sou sua amiga.

— Amiga? Tu não és minha amiga, tu és uma traíra.

— Eu vim com conversar, e recebo uma ofensa? Realmente, essa guerra está te fazendo muito mal, Delayoh.

— E queria que te chamasse como, depois do que fizeste? Saia de minha casa imediatamente.

Ivana saiu da casa de Delayoh, a amizade de anos terminou, a deusa italiana ficou sentida por perder uma amiga, mas não ia voltar na sua decisão.

...

Se com o início da guerra o namoro de Stanley e Delayoh esfriou, em 1917, a situação piorou. Quando o conflito começou, o deus americano disse que não iria participar, pois, seu país não tinha nada a ver com a guerra e para não desrespeitar Delayoh mesmo afastados por um tempo, ela ainda é sua namorada e a ama muito. Mas dois abalos fortíssimos atingiram o namoro.

Stanley estava fora da guerra, mas não deixou de ajudar Francine e Elisabeth. Enviou navios com suprimentos, fazendo com que a irmã e a prima ficassem muito agradecidas com a ajuda. Porém, Delayoh não gostou disto e ordenou que qualquer navio, seja americano ou não, que estivesse indo para a França ou para a Inglaterra, fosse abatido. E isso foi feito. Quando soube, Stanley ficou bravo e decidiu entrar na guerra. Mandou vários soldados para a Europa, ele fez isso sem falar com Delayoh antes. Um grande erro. Pois, ela descobriu e furiosa foi falar com Stanley.

— STANLEY! — Berrava Delayoh.

Stanley já esperava essa reação de Delayoh, mas ele estava disposto a enfrenta-la, mas se assustou com o tamanho da namorada, Delayoh tinha 2,15 metros, bem maior que Stanley, mesmo assim, falou com ela.

— Delayoh, que bom que veio, eu precisava falar com você. — Disse Stanley, calmamente.

— É mesmo? E o que queria me dizer? Que o meu namorado mandou milhares de soldados americanos para a Europa? — Perguntou Delayoh, furiosa. — Não precisa se preocupar, já sei de tudo. Eu só não entendo como você pôde fazer isso comigo.

— E eu não entendi a razão para a minha namorada ordenar que navios americanos fossem abatidos. Delayoh, faz ideia que americanos inocentes morreram por causa de uma estupidez sua?

— Não me venha com essa de jogar a culpa para cima de mim, Stanley. Tu sabes muito bem, tu que começaste quando resolveu ajudar a Francine e a Elisabeth, sabendo muito bem que elas são minhas inimigas.

— Estava fazendo isso para ajudar Francine, ela me pediu, também pediu ajuda para Elisabeth.

— Ah, então quer dizer que Elisabeth te pede ajuda e você vai prontamente ajuda-la, bancando o prestativo, que lindo Stanley, palmas para você. — Disse Delayoh enquanto batia palmas ironicamente.

Stanley bufou e revirou os olhos, detestava quando Delayoh era irônica, parecia que estava debochando dele, o ciúme ele até podia tolerar, mas ironia, jamais. O deus americano pediu para ela parar com as ironias e deusa alemã retrucou:

— Parar com as ironias? Ora, veja só. Ironia maior foi você declarar guerra contra mim. O meu namorado, a quem me entreguei, entreguei o meu amor e me trai dessa forma? Manda soldados guerrearem contra os meus. Não iria suportar isso calada, Stanley. Você me traiu quando mandou mantimentos para elas.

Uma grave discussão se iniciou, pareciam Zeus e Hera discutindo, mas eram Stanley e Delayoh, aqueles que juraram amor um pelo outro, agora brigavam ferrenhamente e amor nem interessava mais.

— Quer saber, Stanley? Se tu não tiveste coragem de fazer, eu faço. — Disse Delayoh.

— Fazer o que, Delayoh? — Perguntou Stanley.

— Isso. — Delayoh tirou a aliança prateada do dedo anelar direito e atirou no chão. — Acabou, Stanley. Estou terminando o nosso namoro.

— Não pode fazer isso, eu te amo.

Stanley tentou segurar a mão de Delayoh, mas ela se afastou dele.

— Me ama, mas traiu a minha confiança, me apunhalou pelas costas, não se pode continuar depois do que aconteceu.

Delayoh saiu do escritório e desceu as escadas correndo, no caminho ela encontrou Zeus, que perguntou o que estava acontecendo, Delayoh apenas respondeu que ele e Stanley eram iguais e saiu envolta por uma fumaça preta.

Com a aliança na mão, Stanley tentou a impedir de sair, Zeus disse que Delayoh saiu em uma fumaça preta. O deus americano sabia para onde ela foi.

Um portal dourado estava no norte da cidade de Chicago, Stanley sabia que se o portal não foi embora, é porque Delayoh ainda estava lá, então, decidiu falar com ela, ou pelo menos, tentar. Ele se aproximou e disse:

— Delayoh. Eu sei que você está aí, abre o portal, vamos conversar. Estou com a sua aliança aqui, por favor, Alexandra, abre esse portal. — Disse Stanley, chorando. — Eu te amo, não quero ficar longe de você, por favor, tu és o amor da minha vida, volta para mim, nós dois erramos, não vamos deixar que isso estrague o nosso amor, por favor, não faça isso comigo. Delayoh, eu te amo, abra esse portal.

Stanley estava chorando e implorando. Do outro lado, Delayoh ouvia tudo, queria abrir o portal, mas seria um sinal de fraqueza e também Stanley disse que ela errou e Delayoh não achava isso. Para não o deixar sem resposta, ela perguntou:

— Você vai tirar as tropas americanas da Europa?

Stanley ficou em silêncio, não sabia o que responder diante daquela pergunta, se tirasse as tropas da Europa, significava que a vida dos seus americanos, que morreram nos navios afundados, não valia de nada, mas se não tirasse, perderia o amor de sua vida.

— Não precisa responder, Stanley, seu silêncio já disse tudo. Me esqueça!

Delayoh falou e logo em seguida, o portal desapareceu. Stanley se ajoelhou na grama e chorando, pedia para Delayoh voltar.

...

A guerra continuava e houve uma grande mudança. Por problemas na Rússia, Raicca decidiu sair da guerra para cuidar de sua nação.

No início de 1918, Stanley pediu uma reunião com Francine, Elisabeth e Ivana, ele tinha formulado um acordo para ser cumprido após ao final da guerra.

— Agradeço a presença de vocês. — Começou Stanley. — Eu tenho em mãos uma lista com alguns pontos que deverão ser cumpridos, para que não haja uma nova guerra. Vocês podem ler e me dizer o que acham.

— Por que quer saber a nossa opinião? — Perguntou Ivana.

— A muito tempo percebo que vocês estão querendo culpar a Delayoh pela guerra. Eu a conheço, se algo for feito de forma abrupta, ela vai se voltar contra todos e vai querer vingança. E como aliados, temos que tomar a decisão juntos. Se tiverem alguma sugestão, podem me falar.

Elisabeth leu os pontos e não gostou do que leu e questionou Stanley.

— Essas medidas são muito brandas. “Evacuação das tropas da França, Rússia e Bélgica”. Concordo, mas onde está a punição? E o que é isso de“ Remoção de todas as barreiras econômicas”? Delayoh causa destruição e vai sair ilesa, apenas com uma bronca? — Questionou Elisabeth. — Eu não estou totalmente de acordo com este documento. A não ser que tu estejas protegendo a Delayoh e quer que ela se safe.

— Estou protegendo o mundo de uma nova guerra, inocentes que possam perder suas vidas e família em uma guerra descabida. A destruição na Europa não lhe ensinou nada, Elisabeth? Para tu estar fazendo essa acusação, não deve ter aprendido nada. — Disse Stanley.

—  Você está certo, as cidades inglesas ficaram devastadas com a guerra. Mas isso não responde a minha outra pergunta, você está protegendo a Delayoh? Ou ela lhe pediu para ser aliviada?

— Não. Delayoh não me pediu nada. Até porque, eu e a Delayoh...terminamos, não estamos mais juntos.

— Mas que maravilha! — Comemorou Elisabeth.

— Elisabeth! — Francine chamou a atenção da deusa inglesa, ao perceber que seu irmão ficou triste e deu um beliscão no braço dela. Elisabeth apenas soltou uma palavra de dor e olhou feio para a prima e amiga.

— Então, os catorze pontos serão efetivados assim que a guerra terminar. — Disse Stanley. — Eu sou a favor de que isso seja feito. Mais alguém está de acordo?

Apenas Stanley levantou a mão, as outras três deusas ficaram quietas. O deus americano perguntou o que estava acontecendo e Elisabeth falou:

— Significa que não estamos de acordo.

— Como assim? Francine, até você não concorda?

— Desculpe, meu irmão. — Lamentou Francine. — Eu sei que quer o melhor caminho para a paz, mas tive perdas enormes causadas por Delayoh e não seria justo ela ficar impune.

— E você, Ivana?

— Sou amiga de Delayoh, mas concordo com a Francine. — Disse Ivana.

— Elisabeth, não preciso perguntar, quer dar uma punição severa para a Delayoh.

— Exatamente.

Stanley ficou indignado, sua ideia foi rejeitada, queria ajudar, mas não foi ouvido. Antes de sair, ele falou:

— Eu respeito as decisões de vocês, mas saibam que podem estar empurrando o mundo para uma nova guerra, pois, se for punida severamente, quero ver quem é que vai segurar a Delayoh. E se acontecer uma nova guerra, não contem comigo.

...

Com as rendições de Aura e Hunria, no dia 11 de novembro de 1918 a guerra foi encerrada, mesmo a contragosto de Delayoh, que foi obrigada a se render e o que a deixou mais irritada é que seria a única a ser julgada.

Em 1919, ocorreu o julgamento. Elisabeth e Francine chegaram no local, a deusa inglesa perguntou:

— O Stanley veio, Francine?

— Veio sim, mas não quis subir. Ele falou que não queria compactuar com algo que pode trazer uma nova onda de destruição. — Disse Francine.

— O quê?

— Eu mostrei para ele o tratado que preparamos para a Delayoh. Ele leu o documento e falou “Se vocês acham que é o certo a se fazer, vão em frente”. E deu de ombros, é como se ele estivesse dizendo “Arquem com as consequências depois”.

— Stanley está exagerando.

— Beth, pesando melhor, acho que essas punições estão em pouco exageradas.

— Fran, pense na destruição que a Delayoh causou na sua França, ela merece ser punida severamente. Fique tranquila, minha amiga, dará tudo certo.

Ivana chegou logo em seguida e se juntou à Elisabeth e Francine, ela quis saber se estava tudo pronto para o julgamento, Elisabeth respondeu que sim e mostrou o tratado para Ivana, que ficou pasma com o que leu.

— Vocês estão brincando, não é? Vocês não estão pensando em impor esse monte punições para a Delayoh, não estão?

— Não estamos, Ivana. Nós vamos impor. — Respondeu Elisabeth.

— Vocês enlouqueceram! Só pode isso. A Delayoh vai ficar louca de raiva se a nação dela for prejudicada. Olha o perigo que vocês estão correndo e jogando todos os outros para esse perigo. — Ivana olhou para Francine. — Francine, você é tão sensata, mude esse tratado e impeça que uma nova guerra aconteça.

— A Delayoh tem que pagar pela destruição que causou. — Disse Francine, olhando para o chão e envergonhada.

— Está bem, vocês sabem o que fazem. — Ivana deu de ombros. — Eu vim aqui pegar os documentos de posse dos territórios.

— Que documentos? Que territórios? — Perguntou Elisabeth.

— Os territórios que você disse que passaria para mim ao final da guerra.

— Não há território algum, Ivana. Ou seja, não tem nada para receber.

— Como é? Vocês mentiram para mim? — Perguntou Ivana, indignada.

— Se acalme, Ivana. Vamos conversar, assim podemos nos entender. — Pediu Francine.

— Calma? Você tem coragem de me pedir calma, Francine? A Itália está arruinada, meus italianos estão passando necessidade, a economia piora com o passar do tempo, tudo porque resolvi entrar na guerra e ajudar vocês. E tem mais, eu fui chamada de traíra pela Delayoh, a nossa amizade terminou, tudo por causa da mentira de vocês duas. — A deusa italiana expressou toda a sua raiva. — Tomara que Delayoh arrebente os países de vocês.

Ivana saiu enraivecida. Francine ficou sentida com as palavras da prima. Elisabeth nem se importou.

...

O julgamento começou, como já era de se esperar, Delayoh foi condenada, ficará 10 anos reclusa, óbvio que a deusa alemã protestou, disse que não tinha sido ela quem causou a guerra, que foi injusto ela ter sido a única a ser julgada, que perdeu muitos alemães na guerra e que ninguém estava se importando com as perdas dela. O que ela nem imagina é que o verdadeiro castigo ainda estava por vir.

— Além de sua reclusão, vou anunciar algumas medidas de punição que a sua nação sofrerá, elas estão em um tratado formulado pela deusa da França, Francine La vouir Olimpiano e pela deusa da Inglaterra, Elisabeth Angélica Silverstone Olimpiano. — Anunciou o juiz. — Segundo o tratado, definido as seguintes punições territoriais; Devolução da Álsácia-Lorena para a França; Região do Sarre passa a ser de domínio francês; além de outras imposições. No aspecto militar; Fica proibido o recrutamento militar; É proibido o exército ter um número superior a 100 mil soldados; Está proibida a formação de marinha e aviação de guerra; Proibição de tanques e armas pesadas, dentre outras punições. Por fim, as punições financeiras. Fica determinado o pagamento de 20 bilhões de marcos como indenização para Inglaterra e França, países mais prejudicados pela guerra. Termos anunciados e impostos, que devem ser cumpridos sem questionamentos pelas deusas da Alemanha, Delayoh Alexandra Venandre e Hera Lili Venandre.

Assim que os termos foram anunciados, todos ficaram chocados. Elisabeth ria, Francine ficou sem reação e Delayoh se revoltou.

— Não é justo! A minha Alemanha será destruída. Os meus alemães vão sofrer. Como vamos sobreviver? — Perguntou Delayoh, chorando de raiva. — Apenas participamos, não provocamos a guerra. Eu não aceito esse tratado humilhante.  NÃO ACEITO! NÃO É JUSTO!

Delayoh gritou, mas não adiantou, o acordo vai ser cumprido. Como Delayoh se recusa a assinar, Hera, como uma das deusas protetoras da Alemanha, assinou e assim como a filha, se revoltou. Por tanta confusão causada, Delayoh foi levada arrastada para fora do tribunal, no caminho, fuzilou Elisabeth e Francine com o olhar.

...

A deusa alemã ficará presa no hospital, que é comandado por Apolo. Abraçada à mãe, ela chorava, Hera sentia o coração apertar.

— Eu vou cuidar da Alemanha, por você, viu, Delayoh? Fique firme aqui, que eu serei firme para ajudar os nossos alemães.

Nesse momento, Zeus chegou para ver Delayoh e foi mal recebido pelas duas.

— Está feliz com que conseguiu, Zeus? Veio ver o que sua “infinita bondade” causou? — Perguntou Hera, com raiva.

— Eu vim ver como a Delayoh está. Não me culpe, Hera. Eu não fiz a Delayoh entrar nessa guerra, causar toda essa destruição e ser presa. — Respondeu Zeus.

— Estou ótima, onkel Zeus. — Disse Delayoh, ironicamente.

— Tu não me chamaste de vater?

— Não te considero mais como pai. — Delayoh respondeu friamente.

— A culpa disso é sua, se tivesse ajudado meine totcher, quando ela lhe pediu ajuda, não teria sido presa. Saía daqui, Zeus. — Disse Hera, irritada.

— Não ouviu meine mutter, onkel Zeus? Saía daqui eu não quero te ver.

Isso chocou Zeus, havia perdido a sua Lilica. Triste, ele aceitou ir embora, mas antes disse para Delayoh que nunca iria se esquecer dela, mesmo ela não querendo a presença dele por perto, pois, se sentia pai dela.


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Notas finais do capítulo

Música triste tema de Delayoh e Stanley Far Away, Nickelback:https://www.youtube.com/watch?v=8UHBkWrzZ-Q&list=PLj8uADfH-lLoyR6qnLnCf3HJQnxkMMIjb&index=37



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