Pianista Diferente escrita por Metal_Will


Capítulo 4
Passado e Preconceito




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Embora não fosse oficialmente meu dia de trabalho, fiz questão de ir até o estúdio de Viridian tirar satisfações. Como assim ela era uma pianista talentosa? Aquela mesma garota que sensualizava dançando funk em um palco de show barulhento cheio de gente bêbada? E por que, afinal, ela participaria de um concurso daqueles só para me ajudar? Muita coisa precisava de explicação.

Anunciei minha chegada e o segurança me liberou para entrar. Ao chegar no estúdio, vi César com as mãos na cabeça olhando para a tela de um computador, enquanto Viridian apenas estava deitada no sofá com as pernas para cima mexendo em seu celular.

—Oi, Ricardo - cumprimentou ela, sorrindo - Hoje nem é seu dia. O que aconteceu?

—Como o que aconteceu? Você é que precisa me explicar! - retruquei.

—Nem me fale! - disse César - Caramba, garota! Tem ideia do alvoroço que ficou a Internet depois daquela sua apresentação?

—Sabia que isso ia acontecer - reclamou ela - E olha que é proibido usar celular no teatro.

—E você acha que o povo liga para isso? - rebateu César - Todo mundo só tá falando disso!

—Estão falando mal dela? - perguntei.

—Não, não. É o contrário - disse o empresário - Tá todo mundo amando. Só que isso não tem nada a ver com a carreira dela e…ai, começou.

O que começou? Toque no interfone. Era a imprensa querendo falar com Viridian. Como a apresentação de piano dela vazou, todos estavam loucos para entender o que estava acontecendo. Só que antes disso, eu é quem precisava de explicação. Enquanto César tentava acalmar a imprensa, fiz questão de colocar minha “patroa” na parede.

—Tá legal - falei - O que exatamente você queria com tudo aquilo?

—Não fui bem? - perguntou ela.

—Claro que foi. Foi…foi…a melhor apresentação de piano que já vi ao vivo! - rebati - A questão é justamente essa. Como uma pianista talentosa como você foi parar no funk?

—Cada um tem sua história, né? - disse ela, tentando desconversar.

—Eu…eu não entendo - falei, sacudindo a cabeça - São estilos muito diferentes. O que uma coisa tem a ver com a outra?

—Nada - disse ela, com um olhar de ternura - É justamente por isso.

—Como assim?

—Ricardo - disse Viridian, após uma pausa - Digamos que…no funk, eu finalmente sou livre.

—Livre? Eu realmente não consigo entender.

—É melhor você contar, Vi - disse César - Uma hora ele vai ter que saber.

Viridian só suspirou e se sentou com mais postura no sofá.

—Senta aí, Ricardo. Eu vou explicar. Acho que não tem jeito mesmo.

Procurei um lugar no sofá e olhei para Viridian. Ela pegou um copo com água, deu um gole e começou a falar.

—Na verdade, vim para São Paulo há pouco tempo - disse ela - Antes disso, eu morava em uma cidade do interior. Campo Encantado. Não fica muito longe de Rosas da Aliança, mas é perto de Vila Baunilha.

—Nunca ouvi falar em nenhuma delas - comentei.

—Tanto faz. Fica no interior - continuou a garota - Eu era de uma família bem privilegiada da região, se é que podemos dizer assim.

—Sim, ela era rica - confirmou César, quando olhei para ele.

—Bom, minha família era rica - prosseguiu Viridian - E tinha um piano em casa. Lembro como se fosse hoje. Eu, pequenininha, com meus três anos, já conseguia tirar umas notas.

—Então, você toca piano desde os três anos? - perguntei.

—Não sou exatamente um Mozart - falou ela - Mas, é. Comecei cedo.

Nem eu comecei na música tão cedo assim. Aquilo estava começando a ficar interessante.

—Só que não era só tocar - prosseguiu ela - Não demorou muito para começarem a perceber uma coisa. Eu…só precisava ouvir uma música uma vez para decorar.

—E eu confirmo - disse César - Ela consegue mesmo fazer isso. Não estamos falando só de ouvido absoluto. Estamos falando de ouvido absoluto e memória fotográfica. Quando eu disse que ela é um gênio, eu não estava brincando.

—É difícil de acreditar - comentei - Não estou duvidando, mas isso é fora de série.

—Ricardo, espera um minuto - disse César. Ele foi para algum canto do estúdio e voltou com um teclado.

—Um teclado? - perguntei.

—O som não vai sair tão bom quanto em um piano, mas já deve ser o bastante para você ver com seus próprios olhos - disse César - Por favor, escolha uma música clássica qualquer. Não precisa nem gastar os seus dados, pode usar meu Spotify mesmo.

Peguei o celular das mãos de César e procurei na seção de músicas clássicas alguma coisa pouco conhecida. Achei algo que talvez ela não conhecesse.

—Que tal essa?

A música era o Adagio da terceira sonata de Schubert. Coloquei para tocar.

—Schubert, terceira sonata, Adagio - disse Viridian, logo nas primeiras notas.

—Ah, você conhece - comentei.

—Conheço, mas isso não é difícil - disse ela - O difícil é tocar só com essa informação, não acha?

—Com certeza.

—Tipo…assim - ela se aproximou do teclado e começou a tocar. A harmonia, o modo de tocar, era tudo perfeito. Mas eu não era familiarizado com a música, então tive que tocar no celular para confirmar. Sim, era idêntico. Ela reproduziu a música de memória, apenas de ouvir as primeiras notas.

—Claro, isso poderia ser apenas uma coincidência. Não quer pedir mais uma?

Resolvi desafiá-la com uma música conhecida.

—Pode ser uma conhecida?

—Claro - disse ela.

—Que tal…O Voo do Besouro, do Korsakov?

Viridian apenas sorriu e não disse nada. Apenas se dirigiu ao teclado e começou a tocar uma das músicas mais rápidas que conheço para piano. Sua agilidade em tirar de memória aquelas notas difíceis até para os pianistas mais experientes era simplesmente sobrehumana. Era um música rápida que ela tocou até o fim.

—Inacreditável - falei, ainda com minha boca aberta - Você…você é um gênio mesmo! Pianistas precisam praticar anos para conseguir tirar essas notas e você com essa facilidade…


     -Epa, vai com calma, Ricardo - interrompeu Viridian - Eu nasci com um dom, é verdade. Mas isso não quer dizer que eu nunca precisei praticar. Dom sem treino não é nada.

—Na verdade, Viridian sempre toca o teclado nas horas vagas - falou César - Ela não costuma fazer isso em público, mas ela nunca deixou de tocar, um único dia sequer.

—Impressionante - comentei.

—Não é só isso - continuou César - Mesmo as músicas que ela apresenta nos shows tem influência clássica.

—O quê?! - exclamei - Como assim? Ela não canta funk?

—Mas ela também compõe as músicas - explicou César, abrindo um dos arquivos de música no computador - Dá uma olhada nessa sample que tem só a batida.

Ele tocou e ouvi. De fato, percebi algumas notas que tinham uma harmonia bem feita. Era bem sutil, algo que apenas pessoas treinadas em música perceberiam, mas existia.

—Então, você gosta mesmo de música clássica, Viridian? - perguntei me virando para ela.

—Eu amo piano - disse a garota, cruzando os braços e olhando para mim em um tom sério - E sempre gostei de praticar. Só que praticar é diferente de ser programada como uma máquina de tocar piano.

—Como assim? - estranhei.

—Eu nem comecei a minha história direito, Ricardo - falou Viridian - É verdade. Eu tinha um dom para tocar piano e não demorou para minha família perceber isso. Principalmente a minha mãe.

—Sua mãe… - balbuciei.

—É, meu pai morreu muito cedo e nem cheguei a conhecer. Só fui craida com a minha mãe. Lembro como se fosse ontem - comentou Viridian.

*Flashback*

—Bravo! Bravo! - a mãe da pequena Viridian de cinco anos aplaudia após vê-la tocando mais uma peça difícil no piano - Você é mesmo um prodígio.

Ela era bem parecida com a Viridian jovem, só que com uma aparência mais velha, obviamente.

—Já posso ir brincar? - perguntou Viridian, depois de ter tocado o que certamente não foi a primeira música do dia.

—Ah! Toca só mais um pouquinho!

—Tá bom - disse Viridian, com um sorriso, voltando para o piano e iniciando uma outra música.

Com o tempo, a mãe de Viridian não apenas admirava o talento da filha. Aos poucos, ela foi controlando isso. Com sete anos, a pobre menina já tinha que praticar piano pelo menos umas cinco horas por dia depois da escola.

—Já tá bom por hoje, né, mãe? - falou Viridian, ao repetir a mesma música pela sétima vez, no mínimo.

—A harmonia ainda não está das melhores - reclamou a mãe - Faz de novo. Você só vai sair desse piano quando a música ficar perfeita!

A mãe de Viridian também sabia tocar piano, mas não tão bem quanto a filha. Apesar disso, a mãe dela tinha um conhecimento de teoria musical bom o bastante para distinguir uma apresentação meia-boca de uma boa performance. Com o passar dos anos, as exigências para Viridian tocar cada vez melhor só foram aumentando. A menina participava de eventos da cidade e estava sendo preparada para ser uma pianista de renome. Quanto mais prêmios ela ganhava, mais a mãe exigia dela.

—Eu…não aguento mais - reclamou Viridian aos doze anos, após uma seção de doze horas de prática em um feriado - Mãe, é feriado. Deixa eu descansar um pouco e…

Viridian foi interrompida com o golpe de um bastão que a mãe dela segurava em seu ombro.

—Ai! - reclamou Viridian.

—Desde quando você é tão preguiçosa? - disse a mãe - Ter um dia livre é uma oportunidade e tanto para praticar. Acha mesmo que só talento natural vai te levar ao topo?

—Mas eu não quero chegar ao topo. Nunca quis! - respondeu Viridian.

—O quê?

—Você é quem quer isso, mãe! Não eu! Eu ainda nem sei o que quero da vida e…

Viridian levou um tapa na cara antes que pudesse terminar de falar.

—Ingrata! Filha ingrata! - disse a mãe, quase chorando - Vai desperdiçar o talento que Deus te deu? Sabe quantas pessoas queriam ter sua habilidade de tocar piano? E eu aqui, dando o melhor de mim para tirar o melhor de você, mas o que eu recebo em troca? Só ingratidão!

—Você tá louca! - falou Viridian, saindo correndo dali com lágrimas nos olhos.

—Veridiana! Volta aqui! Agora! Ou vai ficar sem jantar!

—Não ligo! - disse Viridian, indo para o quarto chorar.

Essas cenas aconteciam algumas vezes, mas Viridian não conseguia se livrar da pressão que sua mão colocava. Não tinha muita escolha a não ser obedecer e treinar piano em praticamente todo seu tempo livre. Isso até ela completar dezoito anos, finalmente a idade da independência.

—Finalmente você fez dezoito! - disse a mãe, abraçando a filha no dia do aniversário dela - Já estou ajeitando as coisas para você estudar música na Europa. Imagina só! Você tocando no berço da música clássica. Nunca pensei que fosse chegar tão longe! Feliz aniversário, filha!

—Ah, obrigada - disse Viridian.

A mãe dela estava com esses planos, mas Viridian tinha outros planos. Naquela mesma noite do seu aniversário, a garota simplesmente fugiu de casa. Pegando seu dinheiro, um táxi para o aeroporto e uma passagem comprada em segredo, Viridian simplesmente foi para São Paulo tentar uma nova vida. Bem, mais ou menos. Claro que ela já tinha uma ideia do que estava planejando. Após passar uma noite em um hotel da cidade, a garota foi direto encontrar a pessoa que ela pesquisou por vários meses.

—Você é o César, né? - disse ela, chegando em uma agência de novos talentos conhecida da cidade após ser anunciada para César. Viridian pegou todas as informações que precisava antes de executar sua fuga - César Deofante, empresário.

César olhou para a garota sem muito entusiasmo. Ele marcou uma reunião com ela por muita insistência da parte de Viridian. Sendo empresário por alguns anos era comum ver garotas sem qualquer potencial querendo entrar para o meio artístico. Pelo menos dessa vez era uma menina bonita e talvez desse para tirar algo dela, mas parecia caipira demais com roupas fora de moda. Essas foram as impressões iniciais de César, mas logo isso mudaria com o início da conversa.

—Sim - disse ele, depois de um suspiro e coçar o pescoço - No que posso te ajudar?

—Não leu minhas mensagens? Tenho algo que vai fazer um sucesso enorme! - explicou a menina, empolgada.

—É o que todas dizem - respondeu César, não fazendo nenhuma questão de esconder seu ceticismo - Quem é você mesmo?

Viridian olhou para cima, suspirou, mas não desistiu. Ela sabia que não conseguiria convencer ninguém só com palavras, então, após se apresentar com mais calma e contar sua história, ela finalmente entrou no assunto.

—E foi isso. Criei uma música que pode mudar todo o mundo do funk.

—Bem difícil de acreditar na sua história - falou César - Cansou de ficar na casa da mãe e fugiu de casa para tentar entrar no funk? Pouca gente seria tão louca.

—É, pode me chamar de louca. No fundo, devo ser mesmo - disse Viridian.

—Mas se você só tocou piano a vida toda, como acha que vai conseguir alguma coisa a ver com funk?

—Só ouve a música, tá legal? - Viridian insistiu.

A garota pegou seu celular e mandou o arquivo para César. Ela quis segurar isso até o último momento, afinal, a curiosidade sempre deixa tudo melhor, mas o empresário não estava lá muito curioso. Ele já estava pronto para falar que a música era ruim e que ela deveria voltar para casa. Mas não foi bem isso que aconteceu. Após ouvir a música, o olhar de César mudou.

—Você disse que tocava piano, não é?

—Isso - confirmou Viridian.

—Como…você conseguiu essa batida? Essa pegada é muito boa. Achei que quem ouvia música clássica odiasse qualquer coisa depois do século 19.

—Eu pesquiso sobre vários estilos - falou Viridian - Com a Internet a gente consegue tudo. Depois, só precisei jogar em alguns editores de áudio e consegui a batida perfeita.

—Mas batida não é tudo - falou César - Precisa de uma letra que faça sucesso.

—Você pausou a música - reparou Viridian - Só continua ouvindo.

De fato, César pausou na batida e não tinha ouvido o restante. Nela, Viridian usava sua voz para cantar alguns versos de funk melody. Isso chamou bastante a atenção do empresário. Depois de ouvir até o fim, ele teve que concordar com a menina.

—Veridiana, né? - falou ele - É, você tinha razão. Isso aqui tem tudo para fazer sucesso!

—Eu disse, não disse?

—Sabe como é. Esse meio está cheio de meninas achando que nasceram para isso, mas você…é impressionante. Usou seu conhecimento de música para criar algo assim - César estava procurando palavras - Quer dizer, você teve treinamento clássico. Por que vir para um estilo tão diferente assim?

—Por que eu quero ser livre - falou Viridian - Só isso.

César ouviu essas palavras com um ar de empatia. Aquela menina desejava tirar um peso das costas. Ele suspirou e foi sincero com ela.

—Você tem certeza? É um mundo bem diferente do que você está acostumada.

—Eu sei bem onde estou entrando - interrompeu Viridian - Acredite. É o que eu quero.

—Tá bem - falou o empresário - Mas precisamos dar um jeito em você. Por mais que sua música seja boa, não é só isso que conta nesse meio. Vem comigo.

Os próximos dias foram usados para mudar o estilo de Viridian. Ela aprendeu alguns passos de coreografia e, por incrível que pareça, não se sentiu constrangida com certas poses mais sensuais.

—Nossa, você aprende rápido - falou César, após vê-la em um dos ensaios.

—Eu falei, não falei? É isso que eu quero mesmo!

—E já pensou no seu nome artístico? - perguntou César - Vamos combinar que "Veridiana" é um nome do século retrasado, né?

—É, eu sei. Mas não precisa ser tão diferente - disse ela - Pode ser…Viridian mesmo.

—Até que gostei do som - falou o empresário - O povo adora nomes em inglês, soa mais chique. Ridículo, eu sei, mas é o que faz sucesso.

Os dois riram e logo começaram uma amizade. E assim ela se desenvolveu mais no meio. Não demorou muito para lançar o primeiro clip da sua música nas redes e depois conquistar alguns palcos. O nome dela ainda não é tão forte, mas certamente está em ascensão. Pelo menos até agora.

*Fim do flashback*

—Entendi - falei - Você fugiu de casa porque não aguentava a pressão da sua mãe para ser pianista.

—Ela não queria uma pianista, queria uma máquina de tocar piano! - reclamou Viridian.

—E você nunca mais falou com ela? - perguntei.

—Depois que comecei no funk, ela simplesmente me mandou uma mensagem dizendo que não me considerava mais filha dela - disse a garota, em tom sério - Hoje não tenho mais família.

—Isso é um pouco triste, né? - comentei.

Viridian apenas sorriu ternamente.

—Não se preocupe - disse ela, pegando nas minhas mãos - Eu tô bem. De verdade. Estou feliz onde estou.

—Mas por que virou a chave desse jeito? De música clássica para funk? É muito estranho e…

—Como eu falei, eu queria ser livre. Funk é fácil depois que você aprende a dançar e cantar dentro do estilo. Além disso, é bem divertido. Principalmente as baladas.

—Nem preciso dizer que ela caiu na gandaia bem rápido depois que começou nessa vida, né? - disse César.

—Bom, vida badalada tem suas emoções - comentou Viridian - Mas é divertido. Curto as festas, a animação, os meninos…

—Os meninos, principalmente - comentou César.

—Tá, confesso. Dei mais que chuchu na cerca desde que me mudei, mas sempre me cuidei bem - confessou a garota.

—Mas você nunca deixou o piano - lembrei - Você nunca abandonou seu primeiro amor pela música.

—Não, nunca - ela explicou - Fiz questão de comprar um teclado com o meu primeiro cachê e pratico todos os dias. Música é minha paixão. Gosto da música que mexe com o corpo porque trabalho com isso, mas gosto ainda mais da música que mexe com a alma.

Senti uma sinceridade profunda diante dessas palavras. Viridian simplesmente amava tudo que fosse musical, do mais popular ao mais erudito. Ela sinceramente gostava de tudo aquilo, não apenas do trabalho como cantora de um gênero tão massificado como o funk, mas também da música clássica que eu também amava. Ela não tinha preconceitos, já eu…

—Desculpa - falei.

—Pelo quê? - perguntou ela.

—Eu…fui só um preconceituoso. Desde que te conheci só achei que era uma funkeira fútil, mas ouvindo sua história, agora vejo como você é uma pessoa incrível.

Viridian sorriu e me abraçou.

—Não se preocupe - falou ela - Eu vou ganhar aquele prêmio para você e a sua família, mas antes…César.

—Sim? - perguntou o empresário.

—Pode soltar uma nota - disse ela - Fala para todo mundo que eu estou naquele concurso, sim. Eu não queria mostrar muito esse lado para não me encherem o saco, mas não dá para esconder. Pode contar tudo.

—Tem certeza? - perguntou ele.

—Tenho - falou ela - Não é um concurso desses que vai estragar minha carreira. Deixe bem claro que não estou abandonando nada.

César sorriu e informou a todos sobre a participação de Viridian no concurso. Não foi dito nada sobre querer me ajudar, apenas informado que a funkeira estava participando de um concurso de piano. A mídia simplesmente amou e a popularidade de Viridian só aumentou com a declaração. Só espero que isso realmente tenha sido uma boa ideia.


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