The Tales of Republic City escrita por isa


Capítulo 8
A Whole New World (Kai)


Notas iniciais do capítulo

Eu acho o Kai e a Jinora uma das coisinhas mais adoráveis da série e quando pensei em escrever algo sobre eles, lembrei muito de Aladdin, por isso o título e também a epígrafe :)



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I'm like a shooting star, I've come so far | I can't go back to where I used to be
A whole new world | With new horizons to pursue | I'll chase them anywhere | There's time to spare | Let me share this whole new world with you…

 

Por muito tempo ele não tinha sido nada além de um ratinho de rua. Não era de todo ruim porque Kai sabia se virar: tinha mãos ágeis, boas pernas e olhos que sabiam assumir um ar angelical quando precisava. Era tudo o que ele julgava precisar e o máximo que ele se obrigava a pensar era em como tirar vantagem de todas as situações possíveis utilizando as técnicas de ladinagem que havia desenvolvido.

Perder os pais ainda na primeira infância tinha lhe conferido um forte sentimento de rebeldia contra o senso de regulagem do universo, então Kai estava disposto a pegar, por qualquer meio possível, tudo o que a vida material tinha a oferecer na esperança de tapar ao menos uma parte daquele buraco enorme que sentia no peito. Ele estava comprometido até os ossos com esse propósito – e ter fugido do lar adotivo tinha sido um marco nesse sentido – quando conheceu Tenzin, os dobradores de ar, o time Avatar e... Jinora.

Desde então, sua vida tinha dado uma guinada de 180º. Eles o tinham aceitado mesmo sabendo seu histórico suspeito, e o aceitaram uma segunda vez, depois que Kai traiu a confiança do grupo. Jinora, em especial, o tinha salvado daquele exército da rainha em Ba Sing Se e o tinha ajudado em tantos outros níveis que era até difícil catalogar. Por tudo isso, agora Kai estava ali, repousando no telhado da grande Torre da Ilha Templo de Ar, de onde tinha uma vista privilegiada da Cidade da República, vivendo uma vida completamente inédita, em um mundo todo novo.

E no centro de tudo isso havia ela: a mais nova Mestre de Ar. Kai tirou os olhos do horizonte distante e a procurou pela extensão do templo até achá-la perto da área de treinamento, o rosto enfiado em um livro. A imagem o fez sorrir e pular de telha em telha, até conseguir impulso o suficiente para saltar e fazer uma aterrisagem segura por perto.

— Kai. – Jinora disse, sem sequer erguer os olhos. Ele bufou, frustrado. Não importava o quão silencioso e ágil fosse, ela sempre notava a sua presença;

— O que você está lendo hoje? – perguntou, sentando-se ao seu lado.

— Uma coletânea de contos milenar que encontrei na última visita ao Templo de Ar Oeste. – e porque o conhecia bem, Jinora sorriu, antes de oferecer: - Você quer ouvir?

— Por favor. – Kai pediu, encostando a cabeça em seu ombro ao mesmo tempo em que fechava os olhos para se concentrar na sua voz preferida. Ele a escutou narrar sobre um anti-herói teimoso, uma princesa e uma relíquia perdida, submergindo na história a medida que a trama se adensava.

No fim das contas, o rapaz passava por toda a jornada do herói, provava seu valor, ficava com a garota e tudo terminava bem. Era o tipo de história que, há alguns anos atrás, faria Kai sentir uma raiva incomensurável, mas agora, apenas o fazia sorrir de lado.

— E então? – Jinora perguntou, fechando o exemplar após o conto. – Você gostou da história?

Kai refletiu um pouco e colocando uma mecha do cabelo já grande dela para trás da orelha, ele lhe beijou a bochecha, antes de dar o veredicto:

— Gostei, mas ainda prefiro a nossa.   


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