O Caminho das Estações escrita por Sallen


Capítulo 55
∾ Entenda que mesmo se você esconder, nunca vai sumir totalmente.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, peço perdão pela demora. Como eu avisei anteriormente, por conta dos problemas de saúde de minha mãe. Mas, felizmente, conseguimos passar por isso e estamos nos recuperando!

Segundamente, gostaria de mostrar a vocês um conto original que desenvolvi para um desafio de escrita, sobre um mundo mágico que sofreu com o genocídio élfico. 30 anos depois, acompanhamos a história de Henryk Herwick, um cavaleiro errante e excomungado que se aventura ao lado de Vad, um sujeito um tanto misterioso, até as ruínas do povo élfico. Aqui o link para quem se interessar: https://www.wattpad.com/story/294191439-o-cavaleiro-desonrado-e-as-ruínas-élficas

Por último e não menos importante, um capítulo novo para fechar o ano com chave de ouro! E dessa vez, mais esperançoso! Será que vem ai?



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Como uma gata, Juno espreguiçou-se sob os finos raios de sol que se projetavam a partir da árvore que ocupava metade da calçada. Uma brisa fresca soprou ao mesmo tempo, agitando tanto as folhas renovadas quanto os cabelos ondulados de Juno. Como se recebesse um carinho em sua face, ela fechou os olhos, aproveitando das sensações que um fim de tarde primaveril que só Florencia poderia proporcionar. 

A brisa soprava mais forte, conturbando os galhos das árvores ao redor, que se chocaram um contra o outro numa briga eterna sem vencedores. Apesar dos olhos fechados, conseguia imaginar os pássaros saltitando de uma árvore a outra, assobiando uns aos outros antes de alçar voo através das ruas movimentadas. Perguntava-se como seria a sensação de ser um pássaro e poder voar por toda a cidade e ser inalcançável. 

Junto com a brisa, vinha o cheiro de verde e terra mesclado com o aroma do café da tarde, tão fresco quanto a vegetação que renascia após o inverno, e que fazia seu estômago vibrar ansiando por um gole quente de café forte, sem muito açúcar. Mas enquanto Elio não aparecia com os pedidos na cafeteria do outro lado da rua, Juno aproveitava a sombra da grande árvore e ignorava os protestos viciados de seu organismo por cafeína. 

Aproveitando um longo bocejo, ela abriu os olhos, apenas a tempo de desviar de dois rapazes em bicicletas, que passaram correndo em grande velocidade entre a árvore e a calçada. O susto a fez exclamar em voz alta e um dos ciclistas gritou um pedido de desculpas, que aceitou com um sorriso envergonhado. Seus olhos continuaram a seguir ambos, através das calçadas, atravessando as ruas entre os carros e desaparecendo na próxima curva. Onde estariam indo, até onde chegariam, deu por si perguntando e também os invejando. Em algum lugar, uma parte sua ansiava em tomar a velha bicicleta e pedalar até que seus pés cansarem, apenas para recuperar memórias de um lugar que há tanto tempo não visitava. 

Perguntava-se como seria retornar àquela cachoeira. Será que ainda se lembrava de qual trilha tomar como se lembrava do calor dos toques de Nirav? Bem, esses últimos eram mais recentes, embora parecessem tão distantes quanto o caminho que levava até o secreto lugar. De qualquer forma, não adiantava remoer tais dúvidas, sabia bem que nenhuma delas levariam a lugar algum. 

Do outro lado da rua, Elio aparecia com dois copos de café tremendo em suas mãos nervosas. Pela primeira vez, não vestia suas roupas formais por protestos insistentes de Juno. Usava uma blusa clara com estampas de surf que não combinavam em nada com ele e uma bermuda marrom que chegava até seus joelhos, quase se encontrando com as meias na altura de suas canelas, além de um par de tênis para caminhadas. Apesar do visual bagunçado, seus cabelos vermelhos conseguiam dar um charme inigualável ao homem que vinha em sua direção. E ele havia retirado a barba. Juno quase estranhou seu rosto sem o mesmo tom ruivo que ardia em sua cabeça. 

Enquanto ele vinha em sua direção, mais um grupo de ciclistas atravessou seu caminho e coube a Juno resgatá-lo de ser atropelado. Observando seu rosto assustado, ela caiu na risada ao pegar seu café e agradecê-lo. 

— De onde saiu tanta gente saudável praticando exercício físico? — ele reclamou, retomando o equilíbrio do seu próprio copo de café. — Eu pedi sem açúcar, mas receio que a atendente não se importasse em me ouvir. 

Juno provou o café. Mais doce do que gostaria, porém, saboroso o suficiente. 

— Está perfeito, não se preocupe — tornou a beber um gole generoso, começando a caminhar ao lado de Elio. — Eu gostaria de estar andando de bicicleta, já faz tanto tempo desde a última vez que andei. Dizem que você nunca esquece, mas tenho minhas dúvidas. Nós poderíamos ir para qualquer lugar hoje. Onde gostaria de ir? 

— Oh, eu... — ele se atrapalhou, quase se engasgando. — Temo que eu não saiba andar de bicicleta. 

— Não! Está falando sério? — perguntou, desapontada. Ele assentiu com certa vergonha. — Uma pena. Tem um lugar incrível fora da cidade, com um vagão de trem abandonado e... 

Uma cachoeira, lembrou. Mas não sabia se teria coragem de voltar lá sem Nirav. Olhou para Elio, deixando a frase por terminar. 

— Eu conheço a cachoeira. Fui lá algumas vezes com meus amigos, mas a água é sempre tão gelada e tem muito mato. Sem contar os insetos! 

Juno deu risada, grudando o braço no dele. 

— Nunca imaginei que você fosse tão fresco. Estou tremendamente desapontada. 

— Oh, peço perdão se decepcionei vossa excelência. O que seu mísero súdito pode fazer por você agora? Pegar outro café? Massagear seus ombros? 

Ela o acertou com um tapa mediano no ombro. 

— Além de fresco é abusado. — ele sorriu sem jeito. — Você tem que me ajudar a escolher os presentes dos meus amigos. Não sei como fazer isso, nunca me casei. Você, pelo contrário... 

— Para ser sincero, não acho que chegamos a usar nenhum dos presentes que ganhamos. 

— E o que foi feito deles depois que separaram? 

— Ela ficou com tudo. 

Juno fez uma careta. 

— Sério? Não fez questão de nada? 

— Uhm, não sei o que teria feito com tudo aquilo. Provavelmente teria acabado dando para minha mãe. Ah, ela ficou uma fera quando descobriu que eu sai sem nada dessa brincadeira. Até hoje me cobra o faqueiro que deveria ter sido meu. — ele tomou um gole do café e franziu o cenho. — O problema é que não me lembro de nenhum faqueiro. 

— Aparentemente estou trazendo as piores memórias à tona. — ela deu um riso nasal, analisando-o. — Eu sei que você não tem paciência para isso, mas eu preciso muito da sua ajuda. Minha tia precisou resolver uns problemas da casa e minhas amigas... — como dizer que estava com vergonha de ver suas amigas por medo de ouvir o que tinham para falar após descobrirem tudo? — Bem, quem melhor do que alguém que viveu um casamento para me dizer qual o melhor presente a se dar em um casamento? 

— Eu recebi presentes, é diferente de comprar presentes para o enxoval de outra pessoa. — retrucou, terminando de beber o café. — Já que estamos aqui... Acho que o ideal é comprar algo útil, não focar no fato de ser chique e caro. A maior parte dos convidados acha que o ideal é um presente caro e bonito, quando, na verdade, o casal precisa de algo que seja útil. Tipo um faqueiro... 

Enquanto Elio apresentava uma tese sobre presentes de casamento, mesmo jurando não entender nada do que dizia, Juno sentiu a atenção desmanchando-se aos poucos, fugindo de encontro aos receios que continuava a falhar em ignorar. 

Nirav insistia em seu sumiço, como se estivesse lhe evitando. E por isso, Juno também jurou a si mesma que não o procuraria. Talvez, se tivesse feito assim desde o início, as coisas não estariam como estavam. Entretanto, não era apenas isso que a incomodava. A ideia do que seus amigos podiam estar pensando sobre ela era torturante. Naquele ponto, era provável que todos soubessem do término de Nirav. E pior, não duvidava de que soubessem que a culpa era sua. Afinal, não era difícil chegar em tal conclusão. 

Como teria coragem de encará-los depois de fazer tudo o que prometeu não fazer? Como ver o julgamento silencioso de Theo ou as bravatas de Hester? Como aguentar as costumeiras provocações de Louise ou enfrentar os olhares da própria Alice? Pelo menos com Nirav não teria de se preocupar, já que não parecia preocupado em sequer lembrar da existência de sua pessoa. Mas não Helena. Helena jamais a olharia torto, provocaria com acidez ou julgaria antes de tentar entendê-la. Mesmo assim, como ter coragem de olhar para sua melhor amiga e dizer que falhou de novo? 

— Falei demais, não falei? — a pergunta indignada de Elio a puxou de volta para realidade, em que estavam ambos parados no meio de um cruzamento que, por sorte, não passava carro algum. — Eu não consigo me controlar, eu sinto muito. Eu deveria fazer uma terapia, eu sei, ainda é um assunto que... 

Juno tocou seu ombro com afeição, interrompendo-o com delicadeza. 

— Não... O problema não é você, Elio, sou eu — suspirou. — Eu é que estou avoada demais, perdida em pensamentos que não consigo afugentar. 

— Está acontecendo alguma coisa? — ele a conduziu para a calçada seguinte. Em seu semblante uma genuína preocupação criava uma ruga no canto de seus olhos. — Está tudo bem? 

Ela olhou para o copo de café em suas mãos, já frio e doce demais para o seu gosto. Mesmo assim, tomou-o todo em um único gole. Então, olhou de volta para Elio. 

— Já sentiu como se estivesse cometendo o mesmo erro seguidas vezes, sem parar? 

— Sim, quando estava casado — a resposta veio sem hesitação, porém, repleta de ressentimento. — Constantemente sentia que estava andando em círculos, insistindo no erro e esperando resultados diferentes. 

A similaridade daquelas palavras com seus sentimentos fez Juno engolir a seco e prender a respiração. Passando o copo vazio de café de uma mão para outra, ela reuniu coragem: 

— E o que você fez? 

Elio ponderou sua questão, adiantou dois passos à sua frente e, por fim, suspirou. 

— Para ser sincero, a única saída foi desistir. E seguir em frente. 

— É... É o que continuam me dizendo, mas... 

— Mas é um tanto radical, não é? 

Juno abaixou o olhar por um instante. 

— Há algum meio termo? 

— Depende. — Elio a instigou a continuar andando conduzindo-a com a mão em seus ombros. — Nada é absoluto, tudo é relativo, segundo Einstein. 

Ela fez uma careta, então deu uma risada. 

— Hm, acho que Einstein não disse nada do tipo. 

— Não? — ele pareceu surpreso quando ela confirmou o equívoco. — Droga, minha vida foi uma mentira. 

— Na verdade, é mais o contrário. Algumas coisas são relativas porque há outras fundamentais que são absolutas. 

Elio interrompeu os passos, analisando suas palavras. Ela deu uma risada desconcertante e abanou a mão. 

— Do que falávamos mesmo? — perguntou, se divertindo com a expressão confusa dele. 

Depende. — Elio arqueou as sobrancelhas. — A parte que eu estava tentando te consolar ou a que você acabou com todo o conhecimento que eu jurava absoluto? — quando ela deu risada, ele se aproximou um pouco. — Não sei o que houve, Juno, mas se você quiser conversar, estou aqui. Se precisar de ajuda, por favor, me conte. Eu não sei muito das coisas da vida, caso contrário não teria feito da minha própria uma bagunça, mas ainda posso ouvir e tentar entender. 

Nada disse por um instante, apenas caminhou ao lado de seu amigo. E ele não insistiu, apenas esperou por sua decisão. 

Queria ajuda para entender, estava desesperada para entender. Mas se dissesse a Elio, teria de dizer tudo, contar a verdade e mostrar as suas falhas. Aquelas falhas que por anos tentou consertar e, aparentemente, tornou a falhar. E o que ele diria quando soubesse que sua suposta amiga era uma traidora confessa que não satisfeita em bagunçar a própria vida, bagunçou também a de quem jurava amar? O que ele iria pensar dela? Era difícil arriscar perder a admiração da única pessoa que não conhecia suas falsidades, hipocrisias e erros. 

E o que ele teria para lhe dizer, no fim das contas? Logo ele que, assumidamente, dizia não saber muito da vida. Alguém como ela que meteu os pés pela mão e carrega o arrependimento em seus ombros até hoje, sem ser capaz de se perdoar e, de fato, seguir em frente. Era uma bagunça, como ela, Elio era uma bagunça. E era por isso que sentia confiar tanto nele, a ponto de contar todos os seus míseros defeitos e falhas mais grotescas. Porque eram iguais de certa forma. E além dele, só havia uma outra pessoa capaz de compreender o seu caos, mas onde estava essa pessoa agora? 

— Se não quiser falar, eu vou entender... 

Juno segurou seu pulso, impedindo-o de continuar andando. Quando ele paralisou e virou o rosto surpreso de encontro ao seu, Juno respirou fundo e contou a verdade. 

Parados no meio de uma calçada, entre transeuntes no seu diário e constante vaivém, Elio encostou-se na parede de tijolos antigos de uma casa qualquer e ouviu todas as palavras que jorravam da boca nervosa de Juno, andando de um lado para o outro, gesticulando exageradamente com suas mãos, ocupando todo o espaço da calçada a ponto de ter de desviar de uma pessoa ou outra. E ela contou tudo, porque não conseguia evitar. Quando a primeira palavra escapou de seus lábios, todas as outras não podiam mais ser contidas. 

Desde o primeiro instante até o último, Juno recitou como se cada momento estivesse gravado no fundo de sua memória como um o roteiro do seu próprio filme fracassado. Todos os anos que se passaram e como cada dia, semana e mês eram iguais uns aos outros, um eterno ciclo de solidão e ressentimento que a engoliram um pouco mais a cada instante até não sobrar mais nada. Depois, como a vida retornou ao seu corpo no dia que retornou. E como continuou errando sem parar desde então, pois a sua necessidade era maior do que a racionalidade. E porque amava Nirav. Nunca deixou de amar. E talvez nunca deixasse. 

Diante dos olhos atentos de Elio, Juno confessou todos seus medos, erros e amores. A noite já começava a cair quando enfim terminou de falar. O céu escuro se cobria com nuvens que pareciam formar uma chuva e o vento frio noturno começava a expulsar as pessoas das ruas de volta às suas casas. Aos poucos, apenas os dois permaneceram. 

Assim como a noite, o silêncio caiu sobre ambos, pesado e denso, quase insuportável. Olhando ansiosa para Elio, temendo encontrar o julgamento em seu semblante, na verdade, surpreendeu-se ao encontrar apenas uma falta de jeito. Por um momento, pensou que ele fosse abraçá-la e, no seguinte, pensou que fosse engasgar com as palavras que não sabia proferir. Ele abriu e fechou a boca diversas vezes, sem saber o que dizer, mas Juno compreendeu o afeto implícito naquele silêncio. 

— Está tudo bem, não precisa tentar dizer qualquer coisa — ela sorriu em sua direção. — Às vezes, um silêncio confortador é melhor do que qualquer palavra. Já fico satisfeita por não ter me julgado pelos erros que tanto cometi. 

Ele se afastou da parede, enfiando as mãos no bolso da bermuda larga. 

— Geralmente é mais fácil julgar do que tentar entender, porque, para isso, é preciso se pôr no lugar dos outros e, na maior parte das vezes, não queremos nos imaginar em situações que desafiam nossos princípios. Temos medo de estarmos errados sobre nós mesmos. — aos poucos, sob as luzes amareladas dos postes, eles recomeçaram a andar. — Não sei o que eu faria nas situações em que você esteve, reconheço isso. Mas eu entendo o que você fez e o porquê fez. Não se condene tanto, não é justo consigo mesma. Não merece passar por isso. 

Juno suspirou, desviando o olhar dele pela primeira vez. 

— Eu não sei não fazer isso. E não sei mais o que fazer por conta disso. 

— Lembra que eu falei que a minha única saída foi desistir e seguir em frente? — ele indagou, observando-a anuir. — Não é bem a verdade. Logo depois que nos divorciamos, depois de uns meses nós resolvemos tentar de novo. Só porque começamos a nos dar bem outra vez, achamos que a culpa de ter dado errado era da pressão do casamento. Tornamos a namorar de novo. 

— E como foi? 

— Horrível. Parecia falso, como se estivéssemos nos esforçando para não admitir que erramos e que não dava mais certo. Não queríamos aceitar a verdade do término. Nunca daria certo, não importava quanto mais tentássemos. — Juno sentiu a emoção tremular na voz de Elio repleta de remorso e mágoa. — Não brigávamos mais, é verdade, mas também não fazíamos mais nada. Não nos odiávamos, mas também não nos amávamos. E foi só então, no vazio daquela relação, que vi que só estávamos presos a uma projeção de uma ilusão que nunca se tornaria real. Foi quando percebi que era hora de desistir e seguir em frente. 

Um agito estremeceu seu corpo e ela não soube dizer se era o vento frio ou o receio de Elio estar sendo cruelmente honesto. Sentiu o lábio tremer e o mordeu para controlar o pranto. 

— Acha que o que Nirav e eu sentimos é uma ilusão também? — a pergunta foi inevitável, embora temesse a resposta. 

— Você acha? 

Não, não me devolva a pergunta, ela pensou. E se eu continuar mentindo? 

— Não — deu por si respondendo, de repente, sem hesitar. — Mas então por que não dá certo? Por que não conseguimos? 

Elio deu de ombros como se a resposta fosse óbvia. 

— Porque a vida não facilitou para vocês. Continuam se esbarrando nos piores momentos, é quase azarado. — ele parecia mais sério, mais velho, mais maduro ao dizer-lhe tais palavras. — Mas não acho que estejam perseguindo uma ilusão, porque sequer tiveram a chance de descobrir. Só acho que as coisas não são tão fáceis mesmo, pois se fossem, seria como foi comigo. Seria vazio. E não me parece vazio, parece inconsequente, impulsivo, inevitável, mas não vazio. 

— Mas ainda não sei o que fazer. E acho que ele também não sabe. 

— Não posso te dizer o que deve fazer, Juno. Não tenho essa resposta, até porque tampouco sei o que fazer comigo mesmo. — ele deu um riso nasal de escárnio. — Talvez esteja na hora de fazer as perguntas para o Nirav. E de responder as dele. 

Juno refletiu. E enquanto refletia, o celular no bolso de sua calça jeans vibrou. A ansiedade a fez recorrer ao aparelho com pressa, mas se esperava ver alguma notícia de Nirav, estava enganada. Era promissor, porém. Lendo a mensagem de Hester convidando para a despedida de solteiro dos noivos, Juno soube que era uma oportunidade e que não deveria deixar escapar pelo receio dos olhares e as vergonhas de seus erros. Além de tudo, deveria ir pelos seus amigos. Então, sem precisar pensar muito, decidiu que iria. Mas antes, deveria comprar o presente que esqueceram. 

— Onde compra faqueiros? — perguntou, de repente, para Elio, que se surpreendeu ao perceber que ela havia escutado pelo menos um de seus conselhos.


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Notas finais do capítulo

Ai, eu gosto do Elio ♥ Ele é todo esquisito e todo diferente, mas é tão legal. E bem, ele não tá errado, não é mesmo?

Enfim, gostaria de desejar um feliz natal a vocês e um bom ano novo. Que o próximo ano seja melhor e que os sonhos se realizem! ♥



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