Quando Daisuke subiu o primeiro degrau o homem, que estava até então distraído com a paisagem, assustou-se. Mesmo que não tenha sido uma reação muito escandalosa, foi o suficiente para que ele corasse e tapasse o rosto com a mão, fazendo com que a manga de seu kimono deslizasse pela sua pela alva.

— Kadeno... — hesitou — digo, meu senhor, não imagino outra forma de te agradecer que não seja minha servidão a ti. — Olhou o homem que lhe encarava de volta, com os olhos semicerrados, do mesmo jeito que ele fez quando o rapaz havia aparecido em sua porta.

Quando o garoto começou a se ajoelhar perante ao deus ele lhe interrompeu. Segurou o ombro do jovem antes de ele se abaixar, enquanto segurava sua mão. Não bastou muito para que surgisse um pequeno sinal nas costas da mão de Teshigawara, linhas abstratas que se assemelhavam a um ¹tsuru.

— Não preciso de sua serventia, mas a vida na montanha é de fato muito solitária. — Escapou um riso baixo. — Se realmente quiser ficar não lhe impedirei, mas peço que não se esqueça de mim. — Bagunçou o cabelo escuro de Daisuke.

Juntou-se ao ²matcha matinal do deus preguiçoso, enquanto o sol tardava a subir.