Kaern Online 01 - Grande Novo Mundo escrita por Kamui Black


Capítulo 2
Dungeon: Ninho de Kobolds


Notas iniciais do capítulo

Mais de um mês se passou e os aventureiros começaram a se desenvolver. Kain deseja muito o prêmio de uma certa dungeon e precisará se unir à outros aventureiros para conquistar o que deseja. Entretanto, uma surpresa lhe aguardava no final.



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Capítulo 02

Dungeon: Ninho de Kobolds

Oculto em um pequena viela na cidade de Castta eu observei enquanto os três se aproximavam. Pelo jeito que eles agiam, parecia que já se conheciam há algum tempo. Se isso acontecera antes ou depois de nossa nova vida eu não saberia dizer.

Movimentei minha mão para o canto inferior esquerdo de minha visão e um menu se abriu na minha frente. Em seguida, apontei para Criar Grupo e depois para cada um daqueles três. Eles começaram a me procurar, mas não conseguiram me ver devido ao fato de já ter anoitecido e eu estar utilizando uma capa totalmente negra. Ela era um item nível 0, e apenas mudava minha aparência, mas era apenas o que eu desejava no momento.

Apesar de não me verem, eles aceitaram meu convite de grupo e puderam ver meu nome, assim como eu pude ver o deles. Foi então que eu me revelei.

— Imagino que tenham vindo por causa do anuncio que eu coloquei no mural principal de Castta.

— Kain Darkcloak. Vejo que faz jus ao seu nome.

O primeiro a falar comigo foi um rapaz de cabelos castanhos que trajava uma cota de malha de ferro igual a minha. Suas armas, entretanto, eram duas espadas longas, também de nível 2. Seu nome, pude ver na lista do grupo, era Leon.

— Você realmente irá pagar cinquenta moedas de prata para cada um de nós se te ajudarmos a fechar a dungeon Ninho de Kobolds?

Aquele rapaz era um pouco mais alto que o anterior e tinha os cabelos loiros que chegavam até seus ombros. Ele trajava uma armadura de batalha, um escudo e um martelo de combate. Seu nome era Allin.

— Sim, isso e o que droparem dos kobolds. Mas eu quero desafiar o chefe da dungeon sozinho.

— Sozinho? Mas isso não é muito perigoso?

Não pude evitar um meio sorriso quando a garota de cabelos castanhos me perguntou aquilo. Ela ara bonita e tinha os cabelos cortados na altura das orelhas. Sua vestimenta era um robe mágico de algodão, que não fornecia muita proteção, mas ampliava o poder mágico. Sua arma era um cajado de topázio. O nome dela era Healing Feather. Algo bem incomum, devo admitir.

— É um pouco perigoso, sim, mas eu sei que posso derrota-lo. O problema da dungeon são os muitos inimigos até chegar nele e meu foco é oponente único. Além disso, imagino que você tenha habilidades de suporte, por acaso você sabe Aumentar Defesa?

— Sim, essa é a segunda habilidade que aprendi, mas ela está no primeiro nível ainda.

— Será o suficiente. Se você conjurar em mim antes da luta já ganharei uma pequena vantagem.

— Mas seu efeito vai durar apenas 10 segundos, como todos os buffs.

— Será suficiente – repeti.

O trio entreolhou-se de maneira desconfiada. Certamente estavam achando-me estranho por querer desafiar um boss de dungeon sozinho, mesmo ele sendo de uma das dungeons mais fáceis de Kaern. Apesar disso, Allin, que aparentava ser o líder, voltou a se pronunciar.

— E quando pretende partir?

— Agora.

Eles entreolharam-se novamente, como se desejassem um momento para conversarem a sós.

— Sem chance. Precisamos descansar. Minha energia está abaixo de quarenta por cento – protestou Leon.

— Da minha também resta pouco mais que a metade – afirmou Allin.

— Está certo, então – disse, contrariado. – Conheço uma estalagem que custa apenas quinze moedas de cobre por noite. Ela também serve boa comida por um preço acessível.

Guiei-os até a estalagem e alugamos nossos quartos para a pernoite. Como o preço era baixo, optamos pela privacidade e cada qual ficou com um. A desvantagem era que eles não disponibilizavam uma casa de banhos. Isso não me incomodava muito, uma vez que não havia feito muita coisa naquele dia e não estava sujo. As reclamações vieram por parte de Healing Feather, mas foram breves.

Pedimos um javali inteiro e vinho por apenas 40 moedas de cobre. Ou seja, ao todo, gastamos apenas uma moeda de prata para alimentação e hospedagem para quatro pessoas.

Sentamos em uma mesa próxima a outro grupo de aventureiros formado por seis deles, a quantidade máxima. O local estava muito barulhento e o trio conversava animadamente.

— Você é bem tímido, Kain, não falou nada até agora – disse-me Healing Feather.

— Hum... – respondi enquanto tomava um gole do vinho.

— Você deve ser do tipo player solo não é mesmo? – indagou-me Allin.

— Pode-se dizer que sim – respondi-lhes.

— E você também está bem equipado – afirmou Leon. – Sua cota de malha é igual a minha, mas sua katana parece ser de uma qualidade melhor. Melhoramento de nível dois ou três, talvez.

— Exato, melhorado três vezes.

Resolvi ocultar o fato dela também possuir o encantamento Afiado que confere uma quantidade fixa de dano adicional. O ideal seria Amplificação de Dano, mas este encantamento era raro e era necessário criar muitas armas até conseguir obtê-lo.

— Aposto que seus atributos são melhores do que os nossos também – afirmou a garota. – Você tem se aventurado desde quando?

— Desde o primeiro dia. O tempo todo sozinho. Esta será a primeira vez que vou me reunir em um grupo.

— Não é muito perigoso ficar por aí sozinho? – perguntou-me Allin. – Já perdi a conta de quantas vezes nos salvamos apenas por estarmos juntos.

— Apenas o fato de nos aventurarmos é um perigo. Mas eu sei muito bem meus limites e até onde posso ir. É por isso que pedi para que se unissem a mim para esta dungeon.

Aparentemente, Allin não concordava com a minha visão das coisas. Não que isso me importasse.

A partir daquele ponto a conversa mudou para outros assuntos. Eles conversavam sobre coisas do dia a dia deles. E eu apenas podia ouvir.

Em momentos assim parecia ser divertido se aventurar em um grupo o tempo todo. Sim... divertido. Então porque eu era assim tão solitário?

Por algum motivo eu simplesmente não conseguia me encaixar em um grupo. Sei que existem outras pessoas com este problema por causa de uma timidez impar, mas este não era o meu caso.

A verdade é que, sempre que eu tentava manter-me com um grupo, eu acabava superando-os por jogar por mais tempo. Em todos os jogos, meus níveis sempre eram maiores que de meus amigos e eu acabava me afastando deles porque eles me atrasavam.

E foi por isso que, quando me vi neste novo mundo, eu decidi permanecer sozinho e chegar até o topo. Na verdade, eu já estava no topo. Apesar de não haver níveis em Kaern, havia ranks que eram adquiridos de cada certa soma total de atributos. A cada rank, uma nova habilidade podia ser aprendida e as anteriores aumentavam um nível cada, até um máximo de três.

Iniciando do F, atualmente os aventureiros mais fortes estavam no rank E. Mas eu já estava quase subindo para o rank D.

Vendo aquele trio conversando tão animadamente, eu me sentia meio solitário. E foi por isso que eu me levantei da mesa e me dirigi direto para meu quarto, deixando-os intrigados devido a minha retirada inesperada.

* * *

Amanheceu em Castta e quando o trio desceu para o salão da estalagem eu já os aguardava para partirmos, o que fizemos sem muitas palavras.

As distâncias em Kaern haviam se remodelado para esta nova realidade. Desta maneira, o que ficava a poucos minutos no jogo, agora levava mais de uma hora de caminhada. A entrada do ninho ficava incrustada em uma montanha, parecendo uma mina abandonada.

— Tudo pronto? Vamos entrar.

O ninho era constituído de cinco andares, mas os três primeiros eram realmente fáceis de se avançar. Os inimigos vinham em grupos de cinco ou seis, mas com três pessoas para combatê-los não apresentavam real perigo.

Diferente da maioria das criaturas de Kaern que dropavam itens que podiam ser vendidos ou utilizados em poções, os kobolds que matávamos deixavam para trás moedas de cobre. Pude perceber que Allin estava bem satisfeito com a quantidade de moedas que estávamos coletando ao avançar para o interior do ninho.

 O ambiente era escuro e suas paredes eram formadas de rocha simples e pura, com algumas sustentações de madeira onde tochas eram fixadas para fornecer a pouca iluminação do local.

Nossos inimigos eram baixos, com cerca de120 centímetros de altura. Seus focinhos eram alongados, assim como sua comprida cauda. A pele deles era recoberta de escamas e seus equipamentos eram armaduras de couro, lanças, escudos e espadas curtas. Aqueles pequenos reptilianos não tinham chances contra nós. Ao menos não até o terceiro andar.

A partir do quarto andar as coisas começaram a ficar mais complicadas. O local era mais alto e com várias passagens laterais com níveis diferentes de altura. Desses lugares, alguns dos kobolds podiam nos atacar com bestas.

— Vocês enfrentam os que vierem corpo a corpo. Eu alcanço os que estão nos atacando à distância.

Aquela era a melhor estratégia que poderíamos seguir, uma vez que nenhum de nós possuía algum ataque à distância. Minha mobilidade era a maior do grupo devido à minha grande destreza. Além disso, assim que me viam aproximando, os kobolds começavam a disparar contra mim, o que deixava o restante do grupo livre para lutar contra os outros adversários.

Eu podia me esquivar da maioria dos disparos, e mesmo os que me atingiam causavam apenas dez por cento dos meus pontos de vitalidade em dano, o que não era tão significativo.

Seguimos aquela estratégia enquanto avançávamos para a passagem para o próximo andar. Tudo corria bem até eu ouvir um grito de Healing Feather. Quando olhei para o canto esquerdo de meu campo de visão vi sua barra de vitalidade reduzindo uns 40%.

— Ajudem-na!

— Estamos tentando! – gritou Allin.

— Os kobolds não estão deixando chegar até ela! – exclamou Leon enquanto desferia um Ataque Duplo na tentativa de eliminar o inimigo o mais rápido possível.

Eles eram muito incompetentes. Como puderam deixar os inimigos passarem por eles e chegarem até no suporte em um corredor estreito como aquele?

Terminei de executar o kobold com besta contra o qual eu lutava e corri pelo corredor superior na tentativa de alcançar Healing Feather.

Pude ver quando o reptiliano atacou-a novamente com sua espada curta e seus pontos de vitalidade reduziam mais 40%, mudando do verde para o amarelo. Ela havia tentado se defender com o cajado, mas, como não possuía uma habilidade para isso, foi uma atitude inútil.

Saltei antes que o derradeiro ataque a atingisse e utilizei a habilidade Bloqueio, que podia ser utilizado tanto com escudos quanto com armas de duas mãos e me permitia bloquear três ataques dentro de dez segundos.

Amparei a arma do kobold com minha katana e, em seguida, contra-ataquei. A sequência da luta foi apenas eu me defendendo e atacando de volta até que o adversário estivesse caído e eu pudesse pegar suas moedas de cobre.

— Você esta bem? – perguntei enquanto estendia minha mão para ajudá-la a se levantar.

— Si... sim. Obrigada.

Ela havia caído sentada depois do segundo golpe, mas levantou-se sem muitas dificuldades devido à minha ajuda. Havia um corte em sua barriga e outro em seu ombro, mas eles começaram a se fechar enquanto ela utilizava um Curar em si mesma.

— Você foi atingido por dois virotes, posso te curar daqui a dez segundos quando minha habilidade sair do resfriamento.

— Não precisa – disse-lhe enquanto removia os virotes. – Deixe a regeneração natural cuidar disso.

— Eu achei que fosse morrer aqui.

Sua voz estava meio chorosa e ela parecia muito assustada. Ao vê-la daquela maneira, embainhei minha espada e a abracei. Healing Feather deixou seu cajado cair no chão e me retribuiu o abraço.

— Acalme-se. Esta tudo bem.

Quando ela estava mais calma, soltou-me e pegou seu cajado no chão.

— Você não recebeu muitos ataques desde que chegamos aqui, não é?

— Eu fico sempre atrás, então raramente os inimigos chegam até mim.

Naquele momento o restante do grupo havia eliminado os inimigos e se unia a nós. Eles sequer se desculparam por deixarem a sua suporte desprotegida daquela maneira.

— Você precisa ser atingida de vez em quando, caso contrário seu vigor nunca irá aumentar.

— Eu sei, mas... mas ser atingida dói.

— Dói, mas aqui a dor é reduzida para menos de 20% do que deveria ser. Mesmo um corte como o que você recebeu agora a pouco, que reduziu quase a metade de seus pontos de vitalidade, dói apenas como um corte superficial. E a dor passará assim que você se curar.

— Quando sairmos daqui começarei a treinar meu vigor.

— Ei, Healing, pode me curar? Aqueles kobolds acabaram me ferindo – pediu Leon, como se nada houvesse acontecido.

— Tome uma poção, idiota! – foi a resposta que recebeu enquanto era empurrado pela garota, que seguia em frente no corredor.

Allin encarou-o com um olhar de censura enquanto eu apenas passei pelos dois desembainhando minha espada. Estávamos quase no final.

* * *

A sala do boss era uma caverna espaçosa em formato abaulado. Havia colunas de madeira e uma espécie de trono no centro, logo a frente dele havia dois suportes com tochas sobre eles. Sobre o trono sentava-se um kobold vestido em uma armadura de batalha. As placas de aço eram lustrosas e cobriam todo o seu corpo, exceto as mãos, os pés e a calda. Sobre sua cabeça, um elmo em formato de cabeça de dragão repousava e ao seu lado uma lança com dois metros de comprimento.

— Este é Kirul, o rei kobold – disse aos meus companheiros de grupo. – Ele só irá se levantar quando eu chegar a menos de dez metros de seu trono.

— É só um kobold – afirmou Allin.

— Você irá se surpreender quando ver o quanto esse kobold é forte – respondi-o com um sorriso. – Healing Feather, conjure um Aumentar Defesa em mim, por favor.

Enquanto ela conjurava o buff virei-me para os outros dois.

— Não interfiram a menos que eu diga para o fazerem.

Avancei correndo com ambas as mãos bem firme sobre o cabo da katana. Eu tinha apenas dez segundos para tirar proveito daquele buff.

Assim que me aproximei, Kirul levantou-se e empunhou sua lança. Seu primeiro movimento, assim como eu previra, foi utilizar a habilidade Espiral Perfurante. Apenas as criaturas possuíam aquela habilidade e ela se consistia em uma investida com a lança envolta em uma energia avermelhada.

Utilizei meu Bloquear imediatamente e desviei sua lança para o lado. Minha habilidade defendia até três ataques, mas contra certas habilidades era possível amenizar apenas metade do dano e a lança acertou a lateral de meu tórax.

Mesmo com 50% do dano reduzido, com a defesa da armadura e o buff de Healing Feather, meus pontos de vitalidade foram reduzidos em quase um quarto.

Aquele ataque era muito forte e seria o suficiente para matar instantaneamente Healing Feather e talvez até mesmo Leon. Para a minha sorte, a Espiral Perfurante só poderia ser utilizada novamente daqui a 60 segundos. A maioria das habilidades possuía esse grande tempo de resfriamento, tal como o meu Defender ou o Ataque Duplo que utilizei logo em seguida.

A luta se prosseguiu comigo defendendo os próximos dois ataques e atacando em seguida. Eu utilizava meu Ataque Rápido sempre que podia. Quando ele evoluísse de Ataque Duplo para Ataque da Tempestade, poderia utiliza-lo sem nenhum resfriamento, mas, no momento, só podia acelerar meu ataque a cada 5 segundos.

Eu me esquivava de alguns ataques e era atingido por outros. O inimigo também conseguia evitar algumas de minhas ofensivas, mas eu via seus pontos de vitalidade reduzindo pouco a pouco.

Quando minha barra de vida tornou-se amarela, afastei-me dele por um momento para poder tomar uma poção de cura média. A poção iria recuperar minha vitalidade aos poucos e logo eu estaria com mais pontos de vitalidade do que Kirul e começaria a virar aquele duelo para o meu lado.

— Ele esta utilizando o Ataque Rápido a todo momento. Será que não vai ficar sem energia? – pude ouvir Leon perguntando.

— Eu acho que a barra de energia dele deve ser muito grande. Eu mesma tenho mais energia do que vocês dois porque utilizo o Curar à Distância muitas vezes e quase todos os dias a minha energia fica a menos de 20%.

— A Healing tem razão. Quanto mais utilizamos nossa energia, mais ela aumenta. Ele deve utilizar quase toda a sua energia todos os dias antes de dormir – concluiu Allin.

— Isso quer dizer que o custo do Ataque Rápido é irrelevante para ele?

— Exatamente, Leon – afirmou Healing Feather.

Já havia se passado um minuto depois do início do conflito. Nossas habilidades já estavam prontas para serem utilizadas novamente, mas ele não havia utilizado sua Espiral Perfurante ainda. Acho que esperava que eu gastasse o meu Defender para me atingir em cheio com seu golpe. Ele também não estava dando espaço para que eu tomasse outra poção.

Eu não pretendia utilizar minha habilidade. Não cairia em sua armadilha. Sendo assim, ele me atacou com tudo o que tinha e eu defendi-me com meu Defender.

Sem o buff de Healing Feather, vi meus pontos de vitalidade serem reduzidos em mais de 30%. Bastava mais um golpe e eu estaria morto.

Eu podia sentir o perigo e a dor em meu corpo. Até então eu nunca estive abaixo dos 10%. Apesar do grande perigo tudo o que eu podia fazer era sorrir, pois sabia que a vitória estava garantida.

Ataquei-o novamente e o vi sendo atingido. Defendi-me de sua próxima investida e esperei que ele se esquivasse de meu próximo ataque. Aguardei até aquele momento apenas para ter certeza de que ele não seria capaz de esquivar-se de meu Ataque Duplo.

Atingi os dois golpes com a minha katana. Cada um fez um corte na diagonal, formando um “X” no peito reptiliano. Kirul caiu para trás em meio a um grito de agonia e sua lança se estatelou ao seu lado.

Era hora dos espólios da batalha. Eu não precisava vencê-lo sozinho, mas daquela maneira eu garantia que apenas eu pegaria o item Botas da Velocidade, que eu troquei pelas minhas imediatamente.

Em Kaern além de arma, escudo e armadura, possuíamos quatro locais para itens mágicos: botas, luvas, cinto e capa. Aquelas botas que eu havia conquistado aumentariam minha velocidade de movimento. Mas o mais importante era que quando eu as evoluísse para o nível 5, seu nível máximo, elas me garantiriam uma habilidade única.

— Quer que eu te cure? – perguntou Healing Feather enquanto corria até mim.

— Não, obrigado. Em uns noventa segundos estarei curado.

— Cento e oitenta, você quer dizer, não? – disse-me Allin ao se aproximar.

Eu sorri de maneira um tanto quanto prepotente antes de responder.

— Eu sempre deixo a minha regeneração tomar conta de minha cura, usando poções apenas quando realmente necessário. Desta maneira minha regeneração já está quase em um por cento por segundo.

— Então até isso dá para melhorar?

— Exato, Leon, sei que a cada mil de pontos de vitalidade curado ele aumenta em 0,01%. Isso até chegar a um por cento. Cada vez fica mais difícil de aumentar, assim como todos os atributos.

Expliquei-me enquanto me aproximava dos dois.

— Aqui está a recompensa de vocês.

Pequei três pequenos sacos de couro dentro de minha mochila presa ao lado do cinto e entreguei um para cada um.

— Vamos para alguma taverna comemorar. Por minha conta.

Depois de derrotado o boss não existiria mais kobolds no ninho. Isso até o próximo dia onde a dungeon iria ser resetada para que outros aventureiros tentassem conquistá-la.

— Diga-me, Kain – disse Allin ao se aproximar de mim. – Você não nos pagou apenas para deixarmos você vencer o boss. O que realmente ganhou com isso?

Não lhe respondi com palavras. Apenas olhei para meus pés e mostrei-lhe as novas botas que eu havia equipado. Reparei que ele entendeu que o boss havia me deixado um drop especial e sorri o ver sua expressão de entendimento.

Na saída da dungeon havia uma placa metálica onde ficavam registrado os dez primeiros a derrotar o boss sozinho. Caminhei até lá apenas para conferir meu nome no primeiro lugar.

— O que foi, Kain? – perguntou-me Healing Feather ao ver minha expressão de surpresa.

Meu nome estava registrado na placa, mas, acima dele havia um outro: Lissana Shadowalker.

 


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Notas finais do capítulo

Quem será essa Lissana que conquistou a dungeon antes de Kain. Será ela uma rival em potencial?

Antes de mais nada devo avisar que meu tempo é escasso, então não posso estipular prazos de postagem. Entretanto sempre postarei capítulos que estejam diretamente interligados em um prazo menor. Se gostou da história, adicione-a aos acompanhamentos para não perder os próximos capítulos. Além disso, não se esqueça de comentar, criticas e sugestões são sempre bem vindas.



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