Through Outsider's Eyes escrita por Mychelle_Wilmot


Capítulo 6
Leonard McCoy




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Se havia uma coisa que Leonard McCoy abominava na convivência em uma nave espacial, era sem dúvidas a incessante fofoca que estava presente em todos os ambientes, entre tripulantes de todos os cargos e posições.

Ele bem sabia que não adiantava se irritar. Era um mal inevitável diante de uma convivência tão intensa com as mesmas pessoas, onde seus amigos eram seus colegas, seus superiores e seus subordinados. A população da nave era formada em maioria por Humanos, e parecia ser difícil para seres humanos resistirem a fofocas diante dessas circunstâncias. Era inevitável que sussurros e risadinhas acontecem.

A inevitabilidade, no entanto, não tornava o hábito menos irritante.

Na maior parte do tempo, Leonard conseguia ignorar essas coisas - afinal, ele não era a mais sociável das pessoas. Que lhe importava se o Alferes Chekov e a Ordenança Smith estavam de risadinhas no refeitório, falando tão indiscretamente de alguma cena que um dos Alferes recém-chegados havia feito na engenharia, ou se em ocasiões a Tenente Uhura subitamente parava de falar quando ele se aproximava? Ele logo iria sair de perto dali e não precisaria se envolver em nenhum drama que não lhe dizia respeito.

E Leonard não dava a mínima para nada isso. Contanto que não o envolvessem naquelas fofocas, ele estava contente em ignorar a existência delas.

Isto é, se ignorar não estivesse se tornando algo com o qual ele não podia mais se dar ao luxo. Como ele podia ignorar aquilo quando havia risinhos e palavras murmuradas dentro de sua própria enfermaria, vindas de seus próprios enfermeiros e enfermeiras?

Mesmo assim, Leonard tentou manter a paciência e o profissionalismo. Ele chamou toda a sua equipe e disse para eles sem meias palavras de que ele não queria fofocas e mexericos ecoados dentro das paredes da enfermaria durante o horário de trabalho.

— O que os senhores e senhoras fazem em suas vidas particulares não é da minha conta – ele se lembrara de falar para eles – Mas dentro dessa enfermaria, durante o horário de trabalho, você estão sujeitos a regras e eu espero profissionalismo de todos vocês.

Seus subordinados pareceram um tanto envergonhados em serem repreendidos daquela forma, como se eles fossem cadetes desobedientes, mas Leonard não se arrependeu de uma palavra – se eles não quisessem ser tratados como cadetes desobedientes talvez eles devessem parar de se comportar como se fossem.

Nos dias seguintes, todos os murmúrios e conversinhas cessaram, e Leonard se sentiu satisfeito durante aqueles dias. Era bom sentir que ele estava trabalhando de verdade em um ambiente profissional, e não como se ele estivesse eternamente preso em uma sala da Academia da Frota Estelar.

Mas parecera a Leonard que ele, infelizmente, superestimara a habilidade de seus subordinados em manter-se fora das fofocas da nave, pois pouco mais de uma semana depois tudo voltou ao estado de antes.

E francamente, aquilo deixara Leonard com um terrível mau humor – eram eles tão incapazes assim de esperar o expediente acabar para conversar? Por que eles não podiam agir como os profissionais responsáveis que eles supostamente deveriam ser?

Leonard estava debatendo consigo mesmo se ele devia relaxar e deixar que eles fizessem o que quisessem, ou se deveria aumentar ainda mais sua fama de rabugento e dar uma bronca de verdade neles dessa vez, quando ele ouviu uma conversa entre o enfermeiro Evans e a enfermeira Lewis; mais especificamente, uma conversa sobre Jim e Spock.

— É difícil ver o senhor Spock desse jeito, mas me falaram que ele estava mesmo irritado.

— Um Vulcano irritado deve ser uma visão e tanto – Evans deu uma risada.

— Ah, um pouco, mas... a gente sabe que o Capitão tinha acabado de sair para aquela missão de ontem, e dizem que o Comandante foi contra a ida dele...

Como eles sequer sabiam disso? Spock tivera suas razões para ser contra a ida de Jim, e Leonard até concordava com algumas (embora ele jamais fosse dizer isso para ele), mas nada daquilo era conhecimento público. Como a tripulação sequer tinha acesso a aquelas informações?

— Isso muda um pouco as coisas – Evans deu outra risada – A gente sabe como o senhor Spock fica quando o Capitão está envolvido...

Certo, aquilo era demais para Leonard; ele podia ter suas diferenças com Spock, mas isso não mudava o fato de que ele era o Segundo em comando da nave, e que ele merecia respeito de todos que serviam naquela nave.

— Evans, Lewis – os dois tomaram um susto quando o viram, finalmente lembrando-se de onde estavam – Pelo visto a conversa está rendendo, huh?

 - Doutor McCoy – Lewis foi a primeira a falar – Nós... pedimos desculpas. A gente...

Leonard ergueu uma mão, interrompendo a fala dela; tanto Lewis quando Evans pareciam estar aterrorizados.

Ótimo. Talvez um pouco de medo finalmente desse um jeito nessa situação tão irritante e inapropriada.

— Considerando que a senhorita e o senhor não estavam se esforçando em manterem suas vozes baixas – ambos olharam pra baixo, Evans enrubescendo levemente – Não pude deixar de ouvir a conversa.

— Senhor – Evans começou – Eu peço desculpas também. Foi realmente inapropriado.

— Foi mais do que inapropriado – Leonard disse bruscamente – Vocês estão falando do Capitão Kirk e do Comandante Spock. Eles são nossos oficiais comandantes, e eles merecem serem tratados com respeito. Respeito que vocês não estão fazendo esforço algum para manter.

— Doutor, não era a nossa intenção faltar com respeito – Lewis disse, finalmente erguendo seus olhos para ele.

— Não me importa a sua intenção, senhores, isso é o que vocês fizeram. Fofocas já são inaceitáveis com qualquer colega, mas são inaceitáveis quando dirigidas aos nossos oficiais superiores. E sem falar que eu avisei que não queria mexericos nessa enfermaria. Francamente, isso é conduta que eu espero de cadetes, não de oficiais da Frota Estelar.

Ambos estavam corados agora e com olhares culpados em seu rosto; Leonard sentia que finalmente estava chegando a algum lugar.

— Os senhores estão dispensados de seus serviços por hoje. E o motivo do porque vai estar no meu relatório.

— Mas senhor... – Evans começou a protestar.

— Eu sugiro que os senhores pensem na sua conduta e que amanhã voltem para o trabalho dispostos a agirem como profissionais.

Cabisbaixos, os enfermeiros se retiraram em silêncio; Leonard esperou até que eles saíssem para abrir um sorriso. Ele não pretendia fazer uma anotação no relatório sobre essa conduta irregular, mas eles não precisavam saber disso ainda – era melhor que eles ficassem com aquele receio. Talvez isso finalmente os lembrasse de agirem como oficiais deveriam agir.

— Aconteceu alguma coisa, Doutor?

Leonard virou-se e viu que Christine Chapel observava a ele com um sorriso de soslaio.

— Por que a pergunta, enfermeira?

— É que o senhor está aos risos... e é difícil eu ver o senhor sorrindo ultimamente.

Leonard fez um gesto de desprezo com uma das mãos.

— Eu só tive uma conversinha com o Evans e a Lewis, e os dispensei por hoje com a ideia de que eles vão ganhar uma anotação de advertência por má conduta.

Christine apenas balançou a cabeça.

— O senhor é um homem mau, Doutor McCoy.

Leonard pode ver que ela prendia um sorriso enquanto falava; sua enfermeira o conhecia bem e sabia quais eram suas intenções por trás desse gesto.

— O que foi que eles estavam fazendo dessa vez?

— A mesma coisa de sempre – Leonard revirou os olhos – Eles não podem esperar o fim do expediente pra ficar com fofoquinhas e cochichos. Eu achei que a bronca da semana passada teria dado jeito, mas pelo visto não.

— É inútil lutar contra fofoca em uma nave espacial, Doutor – Christine balançou a cabeça – É uma batalha perdida. Pouco espaço, muitas pessoas.  É normal.

— Não me importo que fofocas aconteçam, me importo que elas aconteçam aqui. Que eles vão fofocar no inferno pra mim, mas não na minha enfermaria – Christine riu daquilo, mas Leonard estava falando sério – E dessa vez eles estavam falando do Capitão e do Spock! Eu tive que interferir.

Aquilo tornou o semblante de Christine mais sério.

— O que eles estavam falando deles? Algo inapropriado?

Leonard balançou a cabeça.

— Qualquer fofoca da vida pessoal do Capitão e de Spock é inapropriada, enfermeira, ainda mais se tem a insinuação de que o Spock favorece o Capitão... – Leonard hesitou – Emocionalmente.

Para sua surpresa, Christine abriu um sorriso.

— Doutor, devo crer em meus ouvidos? O senhor está mesmo defendendo o senhor Spock?

Leonard cruzou os braços, defensivamente.

— Eu posso ter meus problemas com aquele... duende esverdeado, mas isso não quer dizer que eu não o respeito, Chapel. Ele é um profissional competente e renomado, e todos os tripulantes dessa nave devem ao menos esse mínimo respeito a ele.

— Eu entendo, Doutor. E você está certo. Eu só também entendo o motivo de tantas fofocas... é um caso inusitado.

Leonard franziu as sobrancelhas.

— Como assim?

— Bem... – era impressão dele, ou Christine havia ruborizado um pouco? – Um relacionamento assim, entre Capitão e Comandante, da mesma nave... é inusitado, você tem que admitir.

— Eles são amigos. Tá certo que o Spock é Vulcano, mas até mesmo Vulcanos podem ter amigos às vezes.

Christine mordeu o lábio de leve, permanecendo em silêncio.

— O que você quer dizer com tudo isso, enfermeira?

— Nada, nada Doutor – ela balançou a cabeça – Eu só acho que...

— O quê?

Leonard não levantara sua voz, mas notou que havia falado em um tom hostil – Christine também notara.

— Eu só acho que você é próximo demais deles. Proximidade às vezes faz a gente perder perspectiva.

— Perspectiva do que, mulher?

Christine só balançou a cabeça.

— Você vai saber quando descobrir, Doutor.

Sem mais uma palavra ela se retirou, antes que Leonard pudesse dizer ou fazer qualquer coisa.

Leonard continuou onde estava, irritado, incapaz de esquecer as palavras dela. O que ela quis dizer com tudo aquilo?

*

 As palavras de Christine ficaram na cabeça de Leonard por dias. Não de maneira obsessiva, mas como um constante lembrete, constantemente martelando em sua cabeça em busca de uma explicação.

Mas Leonard não era nada senão persistente, e ele estava disposto a deixar o assunto de lado. Jim nem sequer estava na nave,  e mesmo que ele estivesse o que ele iria fazer? Chamar a atenção dele e de Spock para o assunto era a última coisa que ele queria.

Especialmente porque Spock não era a mais agradável das companhias no momento – ele nunca era quando a necessidade o forçava a assumir comando da nave. Spock era a pessoa mais responsável daquela nave, e completamente apto para seu cargo, mas era claro que ele não gostava de estar a frente da nave. Provavelmente ele preferiria ficar quieto em seu canto, com suas experimentações científicas.

Ou talvez ele só sentisse a falta de Jim, do mesmo modo que Leonard podia admitir que ele sentisse.

Por esses motivos, fora um alívio quando Jim regressara a nave – com apenas um dia de atraso. Leonard não ficara nada feliz com o atraso, e muito menos Spock, mas ao menos não acontecera nenhum acidente interplanetário e ao menos Jim havia voltado para eles são e salvo, sem nenhum machucado.

O alívio não fora apenas para Leonard e Spock; fora visível na nave toda o quanto a presença do Capitão novamente na nave os tranquilizou. Era como se uma invisível tensão houvesse sumido da nave, e agora todos pudessem respirar tranquilamente.

Diante das boas novas, as palavras de Christine sumiram de sua cabeça por semanas. Seus subordinados estiveram trabalhando sem cochichos e risadinhas desde sua bronca e de sua suspensão ao enfermeiro Evans e a enfermeira Lewis, ainda que ele sentisse por vezes alguns olhares ressentidos lançados em sua direção.

Leonard não se importava com aquilo; se eles quisessem ressenti-lo era problema deles. Para ele, só o que importava era que eles mantivessem o respeito e fizessem seu trabalho direito. Fazendo isso, o que seus subordinados pensavam dele não lhe importava.

Nessas horas, Leonard pensava que era uma boa ideia que ele tivesse almejado uma carreira em medicina e não em comando – não apenas por nunca ter desejado comando, mas por ele ser incapaz de ter a fria autoridade de Spock ou a calma confiança que Jim carregava tão naturalmente.

Leonard provavelmente nem pensaria mais no que Christine havia dito, se ele não tivesse passado pelo corredor que dava para o refeitório e ouvisse dois alferes da divisa de comando falando em uma voz sussurrada, mas com a qual era ainda possível discernir os nomes de Jim e de Spock.

Aquela cena foi o que o fez lembrar-se das palavras de Christine, e fora algo que imediatamente o fizera se sentir autoconsciente – ele estava a caminho de se reunir com Spock e Jim para o almoço, e a memória da insinuação nas palavras de Christine fazia ele se sentir um tanto desconfortável.

Por essa razão, ele tentou disfarçar seu desconforto. Mantendo uma expressão neutra, ele pegou seu almoço no refeitório e se dirigiu para a mesa, onde Spock e Jim já o aguardavam.

— Você demorou, Bones – foi a saudação de Jim, as palavras ditas em um tom amigável e não de irritação.

— Eu estava adiantando alguns relatórios, e acabei perdendo a noção do tempo – Leonard disse ao se sentar.

— ‘Perder’ a noção do tempo dificilmente é algo raro para você, Doutor.

Quando Spock falava assim, geralmente era uma provocação – algo óbvio para Leonard dar alguma resposta mal humorada, como era o costume entre eles. Era o que Leonard teria normalmente feito, mas estranhamente não lhe ocorreu nada para falar.

— Doutor, você está bem? O senhor não é geralmente tão... contido.

Bem, aquilo Leonard certamente não iria ignorar.

— Senhor Spock, na última vez que eu chequei, eu sou o médico dessa nave. Se houvesse algo de errado comigo, garanto que eu saberia.

— Você sabe o que dizem, Bones... doutores são frequentemente os piores pacientes – Jim disse, sorrindo um pouco.

— Não piores do que capitães da Frota Estelar, eu te garanto.

A resposta de Leonard causou uma risada em Jim e uma erguida de uma das sobrancelhas de Spock, o que fez Leonard se tranquilizar – o equilíbrio havia sido restaurado.

Leonard tentou se concentrar em sua comida e na conversa de Jim e Spock, buscando esquecer as associações dos últimos minutos, mas se viu lutando uma batalha em vão; para seu horror, sua cabeça estava cheia de perguntas, perguntas que ele estava acostumado a ouvir entre os corredores, no meio de risadinhas e olhares furtivos.

Era mesmo comum que Jim e Spock se sentassem tão de perto? Eles não se sentavam assim com Leonard, então porque estavam assim um com o outro? Por que Jim estava olhando daquela maneira, enquanto Spock não olhava para ele? E por que Spock não respondeu aquela provocação?

E por que os dois estavam olhando pra ele daquela maneira?

— Bones, você tem certeza de que está bem? – Jim parecia genuinamente preocupado – Você não está com a melhor das caras...

— Já disse que sim – Leonard sacudiu a cabeça, tentando deixar de parecer tão obviamente afetado – Se eu subitamente começar a me sentir mal você vai ser o primeiro a saber, Capitão.

Jim deu de ombros, ao mesmo tempo em que Spock levantou uma sobrancelha; a sincronia do gesto foi completada quando Jim e Spock olharam um para o outro. O rosto inteiro de Jim se iluminou, e até Spock pareceu dar um sorriso mínimo, erguendo um dos cantos da boca.

E Leonard mais uma vez não conseguiu disfarçar sua expressão boquiaberta, incrédulo ao que estava diante de seus olhos, ao que estivera tão obviamente na sua frente durante anos, e ele nunca pode enxergar.

Aparentemente, todas as fofocas que Leonard ignorara nos últimos anos eram verdadeiras.

Leonard conseguiu se forçar a fechar a boca e a forçar sua expressão em neutralidade, e o momento entre Jim e Spock acabou – cada um voltou para sua comida, como se nada tivesse acontecido.

Tentando organizar seus pensamentos, Leonard engoliu um pouco mais de seu almoço e se pôs a pensar em todas aquelas epifanias. Talvez ele estivesse sendo apenas influenciando por toda aquela conversa, e não havia nada ali? Certamente parecia mais plausível do que algum tipo de... relacionamento secreto. Jim e Spock não manteriam algo assim em segredo dele.

Desviando seu olhar para a mesa, Leonard notou que Jim estendeu sua mão para pegar o saleiro de cima da mesa e acidentalmente esbarrou na mão de Spock. A mão de Jim ficou como que congelada por alguns segundos, e Leonard conseguiu notar as bochechas de Spock ficando levemente esverdeadas.

Seria possível então que nenhum daqueles idiotas houvesse notado? Seria possível que... nem eles estivessem cientes do que estava acontecendo entre eles?

Leonard olhou novamente para eles, tentando ser mais discreto dessa vez. Jim e Spock pareciam estar evitando olhar um para o outro, mantendo uma distância segura entre suas mãos. Spock ainda parecia mais esverdeado que o normal.

É claro que era possível que nenhum deles houvesse percebido. Jim era bom em negar aquilo que ele não desejava reconhecer, e Spock... Leonard não iria esperar sensibilidade emocional de um Vulcano.

— Bones? Onde você está indo?

Leonard voltou-se para Jim, notando que ele havia se levantado sem perceber. Spock também o olhava com curiosidade.

— Eu acabo de me lembrar de algo que eu precisava falar com o Scotty. Vou aproveitar pra fazer isso agora.

— Oh... bem, então vá em frente.

A voz de Jim soara um tanto confusa, mas Leonard não ficou por perto tempo o suficiente para que ele fizesse mais perguntas, saindo quase correndo do refeitório.

Leonard não mentira quando falou em procurar Scotty para uma conversa. Era o que ele pretendia fazer, e ele esperava que Scotty tivesse algumas doses extras de conhaque, pois Leonard precisaria desesperadamente daquele incentivo alcoólico diante da conversa que ele pretendia ter.

Afinal, não eram todos os dias que Leonard McCoy procurava um de seus amigos atrás de fofoca sobre, entre todas as coisas, seus dois melhores amigos.


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Notas finais do capítulo

Penúltimo capítulo, pessoal! Com sorte eu não demoro tanto pra postar o último.



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