P.O.V Josh

- Certo. E o que adianta ir a festas e ser badalado por garotas sem ter nenhuma amiga pra conversar? Que adianta ficar sem as nossas tardes nos cinemas, vendo filmes repetidos e contando em voz alta o final? Você pode até ter me acompanhado, POR FORA, mas você não sabe como está aqui dentro. A falta que eu sinto de você...

- Own...Eu também senti muito a sua falta, na verdade, mais do que você possa imaginar... – Falou ela, com uma voz melosa.

- E nós? Você quer ser só minha AMIGA quando voltar, tenho pensando em outras coisas..O que acha?

NADA. Eu fiquei sem resposta.

- Hum...Liza? Você está ai?

Permaneci falando com as paredes. Comecei a me desesperar! Finalmente consigo um contato com ela e agora, que eu lhe faço a pergunta mais intimidadora ela resolve “sumir”? Se fosse não era só dizer...Não precisava de tudo isso...

P.O.V Liza

Meu Deus! Aconteceu algo muito estranho...Eu estava conversando com Josh e fui de novo sugada pelo mesmo buraco negro, mas desta vez, não botei meu dedo, simplesmente SUMI. Fiquei num lugar escuro por um tempo. Que será que Josh havia me perguntado...

- Srta. Lizandra Smith Banks? – Perguntou uma silhueta abstrata.

- Sou eu. – Respondi.

- Me acompanhe para seu julgamento, por favor.

- Julgamento? Eu vou ser presa? – Perguntei, apreensiva.

- Não! Não mesmo...No julgamento vão decidir se você vai para os céus ou para...As trevas.

Fiquei esperando em outra sala. Uma iluminada. Agora eu podia ver o rosto do homem: Era moreno, com um ar de velho; Usava uma espécie de toga e sandálias. Seu rosto possuía dois fundos buracos na parte próxima a sua bochecha.

- O que está acontecendo? – Eu perguntei.

- Senhorita, você terá de me esperar aqui. O mestre me chama.

- Mas onde você vai? O que eu faço? – Eu perguntei, confusa.

- Só...Só me espere. – Falou o homem, correndo em direção a uma grande porta de madeira cujo as fechaduras tinham talhados dois anjinhos de metal.

- Herbert, mande-a entrar. – Falou uma voz de trás da porta.

- Srta. Lizand...

- Sou eu. – Respondi impaciente. Herbert...Esse nome não me é estranho...Já sei! Ele foi o homem que deu aquele olho de vidro para meu pai...E foi por aquilo que ele me viu...Levantei e fui até a porta. Era um lugar branco, onde só tinham coisas brancas. Até a luz que iluminava o lugar era branca.

- Fique calma senhorita Banks, todas as suas perguntas serão respondidas. – Sussurrou Herbert, se sentando do meu lado em um enorme sofá branco.

- E começa agora o julgamento de Lizandra Smith Banks! – Falou um homem cujo tinha a aparência de velho, mas as roupas de pessoa nova. Ele não tinha barba.

Que será que vai acontecer? Eu vou para o céu ou para as trevas?