Garota Invisível escrita por L Chandler


Capítulo 8
Conversando com Josh


Notas iniciais do capítulo

HOPE U ENJOY (:



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P.O.V Josh


Escrevi isso na mesma carta que eu já tinha começado a escrever, como não havia assinado meu nome, deu pra continuar em baixo. Agora tudo faz sentido! “Se seu melhor amigo não se importasse mais com você, preferisse andar com outras, e pensasse que você de fato é invisível, seus pais não ligam pra o que você pensa ou faz, e acha que está sozinho no mundo, podendo fugir para qualquer lugar a não ser aquele, você faria?É isso, Liza não morreu, está presa, em algum lugar, e nós só podemos nos comunicar por cartas...Ah meu Deus, como não percebi isso antes!


P.O.V Liza

Andei por ai, como eu sempre faço, até o amanhecer, que ai, eu faço uma visitinha aos meus pais e a Josh. No momento, já tinha ido ver meus pais, que dormiam serenamente. Era manha de sábado, e o sol ainda se escondia atrás de uma grande montanha em Stampucks, minha cidade. É uma cidade bem pequena, onde quase todos se conhecem, e por aqui, as noticias voam. Agora, era a vez de eu ver Josh. Fui visitá-lo e percebi que ele não estava em seu quarto...O que será que houve? Deve ter ido dormir na casa de algum amigo ou sei lá...Continuei andando. Pássaros cantavam, folhas caiam, era uma perfeita manha de outono, e ia ficar melhor. Coincidentemente passei em frente a Delicius e Josh estava lá, deitado sobre a mesa, com o braço estendido, segurando algo nas mãos. Resolvi entrar e tentar saber o que aconteceu. Peguei o papel de sua mão e li cuidadosamente. Caramba! Ele descobriu que sou eu! Rapidamente peguei minha caneta e escrevi:


“Sim, sou eu!

–Garota invisível”

Deixei o papel sobre a mesa mesmo..Precisava arrumar um jeito de acordá-lo...Não foi preciso. Ele se levantou sozinho, o que eu estranhei...Ele não costuma acordar tão cedo.


– Quem está ai? – Perguntou ele, com as pálpebras semi-abertas.


– Josh, sou eu, Liza...Você pode me ouvir? – Eu falei, apreensiva. Era a lógica...Ele descobriu quem eu sou, provavelmente poderia me ouvir, ou não, nesse submundo confuso...


– L-L-L-Liza? – Perguntou ele estático, e assustado, abrindo completamente os olhos e ao mesmo tempo arregalando-os.


– Josh, sou eu! Meu Deus, você pode me ouvir Josh! Escute, receio que não possa me ver...


– N-N-Não...Ver não...Onde você está!? – Perguntou ele, tateando o ar.


– Bem do seu lado. – Eu falei, chegando mais perto de seus ouvidos, e dando um baita susto nele.


– Você está bem? Você está viva? O que aconteceu? Você anda me seguindo? Você pensou em fugir? Porque você está invisível? Porque o único jeito de se comunicar é por carta? Porque sua mãe quis me matar?Porque seu corpo ainda dorme se você está falando comigo? Eu estou ficando louco? – Ele falou, mas eu logo o cortei. Era uma enxurrada de perguntas, e nem todas iam ser respondidas, principalmente porque eu mesma não sabia até hoje a resposta de algumas.


Expliquei a ele tudo que sabia: Da caneta, dos meus pais e o olho mágico, da Dana, de como eu me sinto, que eu estou presa em um submundo e que eu ainda não morri, e mesmo que tivesse...Como eu morri? Digo...Será que alguém me matou? Ou foi um suicídio? É...Nunca tinha pensado nisso...


– Então você está bem?! – Concluiu ele, olhando para o lado oposto de onde eu estava.


– Sim, mais ou menos...Eu fiquei completamente sozinha quando você parou de responder as cartas...O que te deu Josh?


– Ah, sei lá. Não queria ficar preso a essas cartas e não podia ficar a vida inteira me preocupando com você...Tenho que seguir em frente não é verdade? Não foi o que você me disse? – Falou ele, analisando as cartas que ele mesmo escrevera.


– Verdade...Mas achei que você ia passar um pouco mais de tempo dando valor a mim sabe...


– Valor? Eu não tenho palavras pra descrever o quanto minha vida é um fracasso sem você! – Ele falou, rindo.


– Fracasso? Festas, você é badalado pelas garotas...Não minta pra mim Josh, eu te acompanhei todos esses dias...


– Certo. E o que adianta ir a festas e ser badalado por garotas sem ter nenhuma amiga pra conversar? Que adianta ficar sem as nossas tardes nos cinemas, vendo filmes repetidos e contando em voz alta o final? Você pode até ter me acompanhado, POR FORA, mas você não sabe como está aqui dentro. A falta que eu sinto de você...



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Notas finais do capítulo

THAKS TO READ :)