P.O.V Josh

– A pessoa que eu mais admiro está bem nessa sala. Lizandra Banks. – Eu falei, e Liza sorriu, e corou mais. Toda a turma olhou para Liza, mas logo, eu segui a redação e voltaram os olhares para mim. – Porque? Ora, nós somos amigos faz tanto tempo, e ela sempre foi a mesma pessoa. Todos nós sabemos, que se passarmos um tempo com certa pessoa, ela vai mudar, mas Liza não. Ela não é assim. Ela sempre foi e sempre vai ser a menininha meiga, encantadora, simpática, carismática, e tantos outros adjetivos. Liza, você tem inúmeras qualidades, e é por isso que eu te admiro tanto, por ser aquela garota decidida, que sabe o que quer. Lógico que também tem pontos fracos, todos nós temos, somos humanos, afinal, ninguém é perfeito. Mas posso afirmar, Lizandra Banks chega BEM PERTO DA PERFEIÇÃO.

Hm...Certo...Acho que exagerei nesse final...Mas é sinceramente o que acho de Liza. A Srta. Mapple pigarreou e continuou a chamar os nomes, recolhendo minha redação, e lendo-a, como se precisasse comprovar que eu tinha MESMO escrito aquilo. E ela não se decepcionou. Passado uns 3 minutos ela olhou para mim, ignorando totalmente a redação do Blender, que seguia lendo. A Srta. Mapple me olhou demoradamente, e eu a encarei de volta, e ai, me surpreendi: Ela sorriu.

O resto do dia foi normal, na hora do almoço, comemos eu, Liza, e Blender, como sempre, mas notei que Liza não tinha amigAS. Fiquei pensativo: porque ela só anda com eu e Blender, se ela pode ter amigas garotas? Fiquei observando-a por um tempo, mas depois parei. Ela estava me olhando também. Logo tornamos a olhar para a gororoba que as cozinheiras chamam de comida. Saímos da escola quase 19:00, pois nós ficamos de castigo por ontem: Colocamos cola no apagador da professora (que não sabemos se ainda foi retirado de sua mão) e foi cola das boas. Nosso castigo foi limpar a sala do Jardim II, mas nós aprontamos armadilhas pros pequenos também: Assim que eles abrirem o armário, vai cair 3 pesados baldes de tinta nas pobres cabeças dos pequenos. Armar tudo é quase tão divertido quando ver as armadilhas funcionando. Terminamos para não deixar nenhum vestígio que fomos nós, e logo, partimos para nossas casas.

P.O.V Liza

Eu e Josh estávamos indo para casa, conversando sobre mais idéias, para aprontar.

- Que tal botar aqueles sacos de lixo pretos na cabeça e assustar a criançada? – Josh propôs.

- Ah, adorei! Ou que tal pegarmos o controle da TV do 9º ano e ficarmos fora da sala, e ligarmos a TV? Vão pensar que são fantasmas controlando a TV...

- Fala sério Liz, ninguém é tão idiota de acreditar que fantasmas existem...Você acredita?– Ele me perguntou, dando um empurrãozinho em meu ombro.

Estava prestes a responder que era OBVIO QUE NÃO, quando, do nada, teve uma ventania.

- Como ousam nos desacatar assim? – Uma voz grossa falou. Por instantes, eu pensei que fosse o Josh, mas ele estava do meu lado direito, e a voz vinha de algum lugar da frente.

- Lizandra, você já foi uma fantasma, sabia disso? Apagaram sua memória...- Contimuou a voz, ficando cada vez mais perto.

- C-Como você sabe meu nome? Q-Quem é você? – Eu perguntei, tiritando de medo.

- Quem sou eu...Ah, eu te conheço tão bem Liza...Eu ESTUDEI VOCE. Pra poder MATAR VOCE.

Me matar? Meu Deus, só podia ser algum tipo de brincadeira. Eu estou bem viva. Josh olhava pro céu, procurando, sem direção de onde vinha a voz.

- Eu estou viva. Como você me matou? – EU perguntei.

- NÃO EXATAMENTE EU. EU NÃO TERIA A FORÇA PARA MATAR UMA HUMANA. EU ME INCORPOREI EM UMA PESSOA. NO SEU AMIGUINHO CORAJOSO, AI. – Falou a voz, rouca e grossa, fazendo surgir uma mão com apenas três finos dedos pretos esqueléticos. Josh, que por sua vez tinha as pernas bambas, mesmo morrendo de medo, depositou-se na minha frente.

- Você não vai TOCAR na Liza. Seja você que for. – Falou Josh, bravamente.