Garota Invisível escrita por L Chandler


Capítulo 2
Só tem um jeito...




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Porque minha mãe estava ameaçando meu melhor amigo? Porque eu estou dormindo por cinco dias? Porque eu não me lembro de nada que me aconteceu antes de “voar” naquele buraco negro? Porque eu consigo atravessar coisas? Eu estou morta? São tantas perguntas...

-Perai, porque a senhora quer me matar?

-Você faz perguntas demais, sabia Josh? –Falou minha mãe, sarcasticamente, fazendo algo que se parecia com uma posição de ataque.

-Como você pode deixá-la assim? Por CINCO DIAS?

-Olha, eu não quero te machucar, mas estou vendo que...

-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? –Disse meu pai, entrando no quarto, segurando minha mãe com força.

-Você...Vocês dois são malucos! Vocês deixaram a própria filha em cativeiro! Mas...Eu não vou deixá-la aqui! –Josh andou em direção a minha cama, pegou meu corpo e foi me arrastando, pelo chão.

-Garoto, pare! Você vai matá-la! Você não sabe de nada! Estamos fazendo isso para PROTEGE-LA!

-Ah, sei. protegê-la de que? O único perigo que tem aqui são VOCÊS.

-Você não entende...Saia daqui, agora! Estou fazendo você sair por bem, a menos que você queira sair por mal...

Ele ajeitou a mochila em seus ombros largos e saiu marchando do meu quarto. Depois que ele saiu, eu fiquei uns segundo olhando pra minha mãe e pro meu pai, que a abraçava afetuosamente. Ela começou a chorar, e meu pai deu um beijo em sua testa. Logo depois, eu sai, mais confusa que entrei, e fui seguindo Josh. Ele continuava marchando, bufando com raiva. Ele entrou em casa e bateu a porta, com força. A mãe dele perguntou: “Porque você chegou em casa a essa hora? Eu já estava ficando preocupada!” mas ele simplesmente a ignorou. Ele colocou as mãos na cabeça, e ficou perguntando para si mesmo: “Eu devia ter ido lá antes...Ela está “DORMINDO” ... A culpa disso é minha! Ao menos queria saber se ela esta bem...”

Senti pena dele, mas do que de mim mesma, perdida num universo paralelo, sem saber o que fazer, e como se comunicar. Mas eu realmente não lamentava absolutamente nada. Eu só queria respostas. Uma das perguntas mais frustrantes era: Ele é mesmo meu amigo? SÓ amigo? Acho que se ele fosse meu amigo, não estaria TÃO preocupado...Enfim, preciso arrumar um jeito de obter respostas. Desci até a sala e fiquei pensando. Por computador não dá...Minha mão vai atravessar...Por carta também não, minha mão vai passar a caneta...Tem jeito? Quando fui sentar no sofá, eu me lembrei: Eu ia atravessá-lo. Depois que isso aconteceu, senti algo em minhas costas...Algo pontudo...Era uma caneta. Como ela não tinha ultrapassado o meu corpo? Peguei a caneta, e sem tocar no papel comecei a escrever: “Josh, aqui é a Liza, eu estou bem e ...” Não consegui terminar. A tinta sumiu. Fiquei quase a tarde inteira tentando ver um jeito de escrever sem que a tinta sumisse. Quando finalmente anoitecera, eu consegui desvendar: Eu não posso me identificar, apenas, me comunicar, sem que ele saiba que sou eu. Caso contrário, a tinta torna a sumir. Peguei a caneta com as mãos tremulas (eu já estava cansada de tanto escrever) e comecei:

Caro Josh,

tenho lhe observado e vejo que você está muito preocupado. Tire esse peso de suas costas, afinal, o que você tem a perder? Responda a essa carta e depois coloque-a na rua Wiberton 305, mesa 4. Em baixo da mesa, você vai encontrar um envelope. Ponha a carta lá. É o único meio de nós conversamos.

Botei a carta no quarto de Josh, sobre a mesa de cabeceira e sai da casa. Algo me dizia que meus pais sabiam demais sobre essa história. Vou ficar um tempo em minha casa, para ver se descubro algo. Ah, mais uma pergunta: Fantasmas dormem?


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Notas finais do capítulo

Breve capitulo 3 :D