The Diary of Molly Weasley II escrita por Paddy


Capítulo 12
Bônus: O dia em que Audrey escreveu mais uma carta que nunca seria enviada.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, vocês não esperavam por esse capítulo, entretanto, ele é um bônus para a BiaaOliveiraa, pela linda recomendação. Não sei se você vai gostar muito, sei que esperava algo mais "OMG", mas foi o máximo que consegui. Isso porque é meio complicado colocar a visão de outro personagem, sendo que tudo o que vocês leem é do diário da Molly, porém, queria lhe dizer que fiz de tudo para que ficasse bom. Desculpe-me se não consegui :/
Bem, esse é uma das cartas que Audrey não enviou para Molly.

Espero que Gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/674875/chapter/12

 

Capítulo XI

Bônus.

Audrey Campbell Weasley.

Minha querida, Molly.

Você sabe o que significa “saudade”? Saudade é sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas. E é isso que eu estou sentindo.

Provavelmente não lhe mandarei esta carta, nem qualquer outra que já escrevi, porque não sei se você quer conversar comigo. Eu sei, estou sendo uma péssima mãe, mas eu não consigo... Me desculpe! Eu queria lhe escrever uma carta, dizendo que tudo está bem, que tudo não passa de um pesadelo. Entretanto, eu não consigo. Entenda: eu venho de uma família puro sangue, meus pais me ensinaram que ter um aborto na família é algo horrível, vergonhoso, creio que seu pai também pense assim. Só que eu tento, tento fingir que tudo está bem, que isso não me afeta, pois eu sou sua mãe. Não posso agir como seu pai. Devo lhe confortar nos piores momentos, devo saber de tudo que acontece com você, porém, é difícil quando você acaba se deparando com essa situação.

Minha mãe, sua avó, nunca foi de ter preconceito com nascidos trouxas, entretanto, ela me criou com o pensamento de que um aborto era pior que um trouxa, um sangue-ruim. Pois, um nascido trouxa não vem de uma linhagem totalmente bruxa: puro sangue. Agora, abortos são filhos de bruxos, são pessoas sem magia, são, como ela costumava dizer, um erro de genética.

E, confesso que na hora em que descobri que a minha garotinha, minha menininha, minha princesinha, era um aborto, me senti horrível. Merlin, porque logo comigo? Eu sempre fiz tudo certo! Por que ele estava me castigando de tal maneira?

Meu Deus, tenho vergonha de ter pensado isso, tenho vergonha de não ter conseguido ir no seu quarto e ajudá-la. Deixei-a sozinha por dias, provavelmente  você estava se culpando. Eu deveria estar ao seu lado, como Lucy estava, deveria ter lhe dito que nunca lhe abandonaria, mas eu não fiz isso. Só depois de dias, depois de pensar no que estava fazendo, percebi que minha mãe não havia me ensinado a renegar minha família. Família é para estar sempre unida, em qualquer momento, não só nos felizes. Por isso, quando a olhei e disse: “tudo bem, eu estou aqui”, enfim percebi, que eu realmente estava.

Sei que não entenderá o motivo de não lhe mandar mais tantas cartas, mas eu me sinto culpada. Culpada por tê-la deixado ir morar com sua tia. Era para você estar aqui, era para está casa ser seu lar, era para você se sentir bem na nossa presença.

Sabe, Lucy me encontrou chorando.

Ela me perguntou: “por que tá' chorando, mamãe?”

Lembro de não lhe responder, de apenas retribuir o seu abraço. Porém, eu sabia porquê chorava. Chorava porque sentia culpa, chorava porque sentia saudade.

Eu estava na sala, olhando para aquela foto que tiramos no seu aniversário. Você estava tão feliz, dizia que não via a hora de ir para Hogwarts. Lembro que seu pai brincou dizendo que se você fosse para a Sonserina, ele iria te deserdar. Você riu e disse: “eu sou uma Lufana, papai!”

Lufana, nunca entendi o porquê de sempre dizer que era daquela casa.

Lufanos não são do tipo que se destaca e você, minha querida, era totalmente o contrário disso. Lufanos são do tipo que não marcam a vida de uma pessoa, pelo menos, é o que dizem. Mas filha, ninguém consegue lhe esquecer, você passa pela nossa vida e nos marca: com as suas gargalhadas, com as suas brincadeiras, com seu conhecimento, com os seus conselhos tão bem dados, com o seu jeito de ser.

Molly, sinto tanto a sua falta, a quero aqui, mas tenho medo. Medo do que pode acontecer quando ver seu pai, sei que não o considera mais o seu herói, sei que ele lhe magoou e sei que ele vai lhe magoar ainda mais. Seu pai não lhe aceita e isso dói tanto, dói vê-lo agir de maneira tão fria na sua frente, dói vê-lo se afastar de você. Dói tanto perceber que não somos os mesmos de antes.

Red, meu amor, espero que um dia nos perdoe por sermos assim. Eu lhe prometo que farei de tudo para voltar a ser a sua mãe, a mulher que lhe inspirava, mas, desculpe-me se não lhe mandar esta carta, nem as outras que tenho escritas. Eu sou fraca demais.

Sei que nunca vai ler isso, mas

Eu continuo lhe amando.

Com amor, mamãe

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos hahaha :3 :3 :3

[Postado: 20/03/2016]
[Editado:18/01/2019]