Dons: Carbúnculo escrita por KariAnn, Haruka hime


Capítulo 12
Encontros e Surpresas


Notas iniciais do capítulo

3 - Uma das poucas personagens que criamos especialmente para a história é a Victória Montserrat que aparece neste capítulo. Ela foi um elemento novo que decidimos adicionar.



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No dia seguinte, depois de visitar Branca e Michael e constatar que eles estavam bem, Fábio se aproximou de seu pai, que estava mais silencioso e pensativo do que de costume. Os dois estavam a sós em casa, já que Alícia e Guilherme saíram, e Amélia estava com as amigas no shopping.

— Pai, o que acha de sairmos nesse fim de semana?

— Para onde? — Kurt perguntou sem levantar os olhos de um livros que estava a ler. 

— Bem, amanhã terá um evento no Grande Teatro São Thomas. Victória de Montserrat irá se apresentar. Podemos assistir. Eu já deixei alguns ingressos reservados, afinal, hoje já nem há mais lugares disponíveis. Vamos? Será bom para nós depois de tudo que tem acontecido.

Kurt fechou o livro e suspirou. Olhou para o teto e pensou consigo que seria uma boa ideia sair, ver algo diferente, assim poderia se distrair um pouco e esquecer todos aqueles problemas. 

—Você tem razão — o homem respondeu por fim. — Iremos, então. Quantos ingressos você separou?

***

O Grande Teatro São Thomas era conhecido por sua arquitetura clássica e por sempre serem apresentadas ali grandes encenações e orquestras. A atração em cartaz da semana era a famosa cantora soprano Victória Montserrat. Sua linda imagem estava estampada num enorme outdoor em frente ao teatro. No seu repertorio estava sua mais famosa ópera, Cantare Vita.

Além de uma soprano linda, Victória era uma exímia compositora, e sua paixão pelos instrumentos de sopro era de conhecimento público. Naquela noite, sua apresentação seria assistida por todo o estado de Eldred, ali em Kendrich.

Graças a antecipação de Fábio, os Raimann poderiam desfrutar da apresentação de um camarote especial, próximos ao palco.

Fábio tinha um gosto suficientemente refinado para apreciar uma boa ópera. Seu irmão Guilherme também apreciava, no entanto nem ele nem Alícia poderiam ver a apresentação naquele dia.

Duas das cadeiras disponíveis seriam então ocupadas pelas gêmeas Preta e Branca, que já tivera alta do hospital junto com Michael. No camarote ao lado, Rafael e sua esposa assistiriam em companhia de Loui e Heitor.

Fábio estava ansioso para a apresentação. Junto a ele e a seu pai estaria Carlos Magno, presença que era estranha para o garoto, já que os dois raramente conversavam.

Fábio pensou na chance que teria de ver Victória Montserrat cantar e mesmo de vê-la pessoalmente. Pensou no carbúnculo e nas poucas chances de ele conseguir encontrá-lo se estivesse mesmo na propriedade daquela mulher.

***

Chegada a noite de fim de semana, todos já se encontravam na fila para a entrada. O lugar estava lotado. Muitas pessoas vinham para assistir a performance da bela Victória que se apresentaria no estado pela primeira vez.

Ao lado de Fábio, na fila para a entrada, estava Carlos Magno, muito bem vestido com um terno finíssimo e os cabelos cuidadosamente penteados e presos num rabo de cavalo. Fábio também usava um terno e seus cabelos também estavam presos num rabo de cavalo, porém algumas madeixas lhe caíam pela face jovial.

— Vocês vão amar essa mulher — Kurt falou ao virar-se para o filho e o sobrinho. — Eu a vi cantando numa ópera na Finlândia e foi espetacular.

— Com certeza — Fábio concordou. — Ela é brilhante e tem recebido boas críticas. Está chegando a nossa vez.

Kurt entregou os ingressos e rapidamente os três entraram e tomaram seus lugares no camarote, porém o show demoraria a ter início. Nesse meio tempo, Kurt levantou-se para cumprimentar alguns conhecidos, e Fábio e Magno resolveram caminhar pelo teatro.

Fábio era consideravelmente mais baixo que Magno, alcançando seu ombro, mas não impunha menos respeito por isso. Ambos tinham ligeiras semelhanças, além da cor dos cabelos, como o nariz e o formato do rosto. De longe se percebia que eram parentes. Apesar disso, nenhum deles dizia coisa alguma.

Os dois cumprimentavam as pessoas que passavam por eles enquanto se dirigiam até a entrada para o camarim onde os músicos se preparavam para a apresentação. Havia dois seguranças que restringia a entrada de pessoas, algo que deixou Fábio um tanto decepcionado. Porém, antes que os dois voltassem, Victória Montserrat aproximou-se e parou diante deles e sorriu.

— Olá, posso ajudá-los? — perguntou, estendendo sua mão a Fábio que a cumprimentou, surpreso, seguido por Magno que parecia um pouco menos impressionado.

— Estávamos apenas caminhando para passar o tempo — Magno falou com mais delicadeza do que seu tom costumeiro, mas mantendo sua tão característica seriedade.

— Oh! Sim, entendo. Espero que seu tédio passe assim que começar minha apresentação.

— Com certeza. É sempre um prazer poder ouvi-la cantar — disse Fábio com um sorriso sincero. Victória de Montserrat era sua cantora contemporânea preferida, e ele ficara muito empolgado ao saber que ela se apresentaria no São Thomas no fim de semana.

— Oh! Quanta gentileza... Posso saber seus nomes?

— Sou Fábio Raimann e esse é meu primo, Carlos Magno Raimann.

— Raimann? — Ela piscou algumas vezes. — Ah! Agora me lembro. Sua família é muito conhecida no mundo dos negócios e das artes também. É realmente um prazer conhecê-los. Espero vê-los novamente ao fim da apresentação. Com licença, que vou me preparar.

Carlos e Fábio a cumprimentaram mais uma vez e ela foi direto para seu camarim a fim de se arrumar para a apresentação. Fábio estava muito empolgado e sorria, tanto por poder assistir ao espetáculo, como pela perspectiva de poder falar mais uma vez com a cantora.

— Amo as canções dela, principalmente Cantare Vita — Fábio exprimiu, ainda olhando na direção do camarim.

— Também gosto. São ótimas composições, mas aprecio mais quando tocada apenas no piano

Fábio encarou o primo com perplexidade, pois não imaginava que ele gostasse de ópera ou de teatro. Em sua mente, a única coisa que representava Carlos Magno era uma arma e uma farda militar imponente. Naquele momento, conhecia um lado sensível do primo que achava que nem sua mãe pudesse conhecer.

Em pouco tempo, todos tomavam seus lugares. Quando a orquestra iniciou, Victória Montserrat apareceu trajando um glamouroso vestido império longo de um vinho opaco com um decote ombro a ombro. Seus cabelos escuros e azulados estavam penteados estilo escova modelada, com belos cachos médios com algumas contas peroladas presas a eles. Seus olhos estavam delineados e eram grandes e claros, e seus lábios destacavam-se por conta do batom violeta intenso.

Quando Victória começou a cantar, o silêncio da plateia era impressionante. Todos pareciam derreter-se ao ouvir aquela voz forte, porém doce a entoar uma canção sobre a vida.

Em seu assento, Fábio mantinha um sorriso de prazer e uma expressão serena que destacava ainda mais sua beleza natural. Carlos Magno olhava fixamente para a cantora e sua expressão estava mais suave do que costumeiramente. Apesar de sua seriedade, ele não tinha uma expressão rígida, mas sentia uma leveza tal que se refletia em seu rosto e em seu olhar fixado em Victória.

A apresentação durou algumas horas e, ao final, a plateia parecia extasiada. Quando Victória cantou o último ato, os aplausos e os “bravo!” tomaram o teatro de forma efusiva.

***

Saindo de seu camarote, Marcos caminhava com as mãos nos bolsos, acompanhado por Léia, que usava um lindo vestido ciano de corte princesa com saia curta e decote tomara que caia. O salto alto lhe conferia uma estatura que lhe permitia chegar à altura dos ombros do patrão. Seus cabelos estavam soltos e ondulados, caindo pelo pescoço.

Marcos comprara para a empregada aquele vestido especialmente para que o acompanhasse à ópera. Cobrou dela etiqueta e atenção para que não cometesse erros grotescos. Para sua sorte, Léia era naturalmente delicada e sabia sorrir de forma casual, algo que encantou todos que os cumprimentaram.

Os dois saíram da ópera para respirar um ar fresco. Atrás deles, Alessandra, vestida com um tomara que caia preto e justo, e usando uma gargantilha com uma caveira incrustada e saltos altos, olhava em volta à procura de uma oportunidade para surrupiar algumas joias e carteiras. Ela se aproximou de Marcos e, quando puxou sua carteira com rapidez, ele se virou e a fitou. Ela, surpresa ao vê-lo, sorriu sem graça.

— Oh! Ha ha ha... Err...

— O que pensa que está fazendo? — ele rosnou. — Mais importante que isso... Onde está o livro?

— Ah! É! O livro! Pois é, sabe, aconteceu um imprevisto e...

Antes que terminasse de falar, Alessandra soltou a carteira e correu em direção ao estacionamento. Era difícil correr com os saltos, mas seu desespero fez com que ela ignorasse aquilo e corresse o mais rápido que pudesse. Ela olhou para trás e gritou ao perceber que Marcos a seguia.

***

Quando todos se retiravam, Fábio e Magno se dirigiram para os fundos, onde várias pessoas cumprimentavam os músicos e atores. Num canto, cercada de pessoas, estava Victória Montserrat. Não demorou muito e ela avistou os dois, e também a Kurt e Rafael, que apareceram logo atrás.

— E então, o que acharam? —  ela indagou alegremente enquanto se dirigia a eles.

— Arrebatador! — Carlos Magno falou num suspiro. Victória fixou nele seus olhos claros e sorriu satisfeita.

— Fico feliz que tenham apreciado.

— Foi majestoso, senhorita Montserrat — Kurt expressou sua felicidade.

— Oh, obrigada! O senhor deve ser Kurt Raimann, estou certa?

— Sou eu.

— É um prazer poder conhecê-lo. Admiro muito seu engajamento com causas sociais.

— Oh! Obrigado. Espero poder ouvi-la cantar novamente.

— Espero poder cantar novamente aqui em Kendrich —  ela se manifestou com os olhos brilhantes. Um homem bem vestido aproximou-se e lhe falou que era hora de ir. Ela, entristecida, sorriu para a família. —  Lamento, mas terei que me retirar. Foi um prazer conhecê-los.

— Obrigado. Se quiser, te acompanhamos até seu carro —  Carlos Magno sugeriu e Fábio concordou, agradecendo interiormente a prontidão do primo. Ela assentiu e os três logo se dirigiram para o estacionamento onde uma limusine estava estacionada. Carlos Magno abriu a porta para a moça entrar e ela convidou os dois para tomarem uma taça de champanhe.

***

Alessandra olhou para trás novamente para ver que Marcos ainda a perseguia. Em desespero, ela avistou um homem que parecia um chofer a abrir a porta de uma limusine preta. Sem perder tempo, ela empurrou o homem e entrou no carro, fechando a porta e dando a partida.

Marcos, então, pôs-se a voar, sem se importar se alguém o veria. Ao olhar pelo retrovisor, os olhos de Alessandra se esbugalharam e seu desespero aumentou ao perceber que ele podia voar. Então, pisou no acelerador, correndo pelo estacionamento, ávida para achar a saída.

Na parte de trás, Victória, Magno e Fábio foram pegos de surpresa pela súbita partida. Magno abriu o vidro interno que separava o lado do motorista do dos passageiros e sua expressão se tornou mais irada do que nunca ao ver Alessandra conduzindo o veículo. Ela, ao olhar para ele, tomou outro susto e apertou ainda mais o acelerador. A situação piorou ao surgir a face de Fábio também.

— Alessandra! O que você pensa que está fazendo? — Fábio gritou.

— Pare esse carro já! — Magno emendou.

— O que vocês estão fazendo aqui? — ela interpelou num tom choroso. Magno ficou mais surpreso ao ver pelo retrovisor a imagem de Marcos voando atrás deles. Fábio, por outro lado, enervou-se ainda mais. Atrás, Victória respirava rapidamente, assustada por não entender o que acontecia.

Marcos aumentou sua velocidade e esticou sua mão direita de onde saiu uma pequena esfera roxa que passou zunindo pelo carro. Com o susto, Alessandra perdeu o controle do veículo e acabou por bater num poste. Espavorida, ela saiu do carro a tempo de ver Marcos pousar em sua frente, os olhos cintilando, e o sorriso largo.

Alessandra deu um passo para trás, e antes que Marcos a atacasse, ele recebeu um potente soco de Magno que o arremessou para o lado com violência. Fábio ajudava Victória a sair. Por sorte, nada lhe acontecera, porém ela parecia em estado de choque.

Marcos se levantou com uma expressão assombrosa no rosto e esferas roxas se formando nas duas mãos. Magno o olhou diretamente nos olhos, e Marcos se sentiu um pouco assustado. As chamas azuis que dançavam na íris de Magno passaram a ser vermelhas e tomaram toda a íris. Lentamente, a esferas roxas se dissolveram e Marcos, de um salto, levantou voo e se foi.

Ao olhar para trás, Magno percebeu que Alessandra não estava mais ali. Sem se importar com isso, ele se aproximou de Fábio e de Victória, que ainda não se acalmara de todo. Os primos então a conduziram de volta ao teatro. Três seguranças que se dirigiam ao local da batida os encontraram no meio do caminho e os acompanharam.

— Mil desculpas pelo que houve senhorita — Rafael se desculpou para Victória, que estava em seu camarim, a tomar um copo de água para se acalmar. Ela sorriu e suspirou.

— Não se desculpe. Eu ainda não entendi bem o que aconteceu, estou um pouco abalada, mas, por sorte não estava sozinha — falou, olhando para Fábio e Magno.

Magno sorriu rapidamente e afastou-se, puxando Fábio consigo. Eles pararam a uma distância considerável do camarim. Magno olhou para o primo com o cenho franzido.

— Como conheceu a Alessandra?

— Isso por acaso te interessa?

— Interessa, sim! Acredito que saiba muito bem quem é ela, então responda!

— Ou o quê? — Fábio perguntou com um olhar desafiador, mas um tanto cauteloso. Sabia do pavio curto do primo por ouvir falar, mas não sabia até que ponto Carlos Magno poderia chegar se fosse provocado. Além disso, não conhecia seu poder, o que tornava mais complicado de lidar com ele.

— Para o seu bem, é bom que apenas se conheçam de vista — Magno sentenciou e se retirou, retornando ao camarim. Fábio o acompanhou com o olhar. Amaldiçoou Alessandra por aquela encrenca e pensou que Marcos certamente estaria atrás dela por conta de ela não lhe ter entregado o livro.

***

Nesse ínterim, Leia viu-se solitária no teatro. Sem nada para fazer, a moça resolveu voltar para casa sozinha, temendo que Marcos a esquecesse ali. Pôs-se então a caminhar pelas ruas escuras, lamentando-se pelo salto alto.

No meio do caminho, ela se deparou com Marcos vindo de outra direção. Ele, ao vê-la, se irritou por não tê-lo esperado no teatro, embora ela não estivesse de todo errada em se afastar.

O carro de Marcos ainda estava no estacionamento do teatro. Ele pediu que a empregada esperasse ali mesmo enquanto ia buscar o veículo. Para não demorar, voou a maior parte do caminho e foi o mais discreto possível. Então voltou rapidamente, pegou a moça e os dois voltaram para casa.

Enquanto dirigia, Marcos pensava no que acabara de acontecer. Depois de ver Alessandra com Carlos Magno e Fábio, teve certeza de que ela mudara de lado. Nesse caso, o livro ainda estava com Fábio. O homem só não sabia se o resto da família tinha conhecimento sobre a história, mas sabia de uma coisa; teria que pegá-lo para saber como localizar o carbúnculo. Estava ficando sem tempo. Os Óligios não esperariam muito e Fábio poderia conseguir a pedra antes dele. Teria que pensar numa nova estratégia.

***

Alessandra caminhava a passos largos. Àquela hora da noite, havia muitas pessoas a passear pelo centro da cidade. Os jovens eram maioria, por isso ela se sentia bem protegida, camuflada no meio de toda aquela gente. Procurava caminhar próxima a algum grupo, pois poderia facilmente se misturar e passar despercebida.

De repente, no meio daquela multidão, Alessandra teve uma sensação apavorante de estar sendo seguida e a pessoa que a seguia exalava uma aura mortal que a assustou. Olhou para trás como quem não quer nada e então o viu. Apavorou-se e começou a andar rapidamente, entrou num beco e pôs-se a correr desesperadamente. Quando olhou para trás novamente, Carlos Magno aproximava-se com incrível rapidez e não demorou muito para que a agarrasse e pressionasse contra a parede.

— Então você está com o Fábio, não? Como se conheceram? — Magno questionou asperamente.

— Relaxa, cara — Alessandra falou, assutada. — Eu falo o que você quiser, só não aperta tanto meus punhos. Quer para a minha circulação?

— Tentador! Agora responda à pergunta!

— Tá legal, tá legal. Eu o conheci naquele dia que eu cai na sua torta. E foi mal por aquilo, foi sem intenção.

Alessandra sentiu a pressão aumentar em seus punhos e segurou um grito de dor. 

— Por que estava lá?

— Um cara me mandou ir lá roubar um livro sem valor. Aí! Tá doendo. Dá um tempo!

— Que cara? Por acaso foi o Marcos?

— É, é! Foi ele. Sei lá pra quê! Era só um livro inútil.

— E então?

— Se você não apertar tanto, te falo numa boa.

Magno aliviou a pressão nos punhos punhos da garota, mas ainda a segurava com firmeza. Queria se certificar de que ela não fugiria.

— Daí o Fábio me encontrou depois pra saber por que eu estava lá. E eu contei.

— E o que mais?

— Mais nada! Ele também não sabia pra que o Marcos ia querer um livro sem valor.

Os olhos de Magno se estreitaram, fitando o rosto de Alessandra atentamente. A garota tremia e desviava o olhar.

— Devo acreditar em você?

— Claro! Eu falei a verdade. Foi assim que conheci o Fábio. Depois não o vi mais. Quero dizer, só hoje, quando eu peguei o carro com vocês dentro e tals!

Alessandra fechou os olhos, amedrontada. Interiormente ela torcia para que Magno acreditasse na mentira. Não correria o risco de contar a ele a verdade e perder o dinheiro que ganharia com aquela empreitada, mas se ele não acreditasse ela estaria perdida. Para seu alívio, Magno a soltou.

— Então por que Marco a estava perseguindo?

— Justamente por que eu não levei o livro.

— Se não tinha importância, por que Fábio não o entregou a você?

— Por que Marcos ia querer um livro sem importância? Ele ficou todo irritado, mas o Fábio disse que não havia lido ainda e resolveu não me entregar. Daí o Marco ficou fulo e, por acaso, me encontrou no teatro.

Magno estreitou os olhos mais ainda. Depois de alguns minutos, se pôs a caminhar sem dizer nada. A garota o observou se afastar, ainda tremendo de medo. Quando o home virou a esquina, ela voltou de ontem vinha.

Alessandra pensou consigo por que Carlos Magno não havia voltado para sua casa e como a encontrara. Já era madrugada e logo amanheceria. Ela resolveu arranjar uma pousada para descansar.

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Comentem!!



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