Make You Feel My Love escrita por I m a Allen u3u


Capítulo 6
Fool That I Am


Notas iniciais do capítulo

Oi minha geente *-*
HASUHSAUHASU' Nem sei se muita gente le isso, mas, a esperança de pobre é a ultima que morre, então continuarei a usar o plural u.u
Então né, ta ai mais um capitulo, boa leitura !



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Londres, Inglaterra – Junho de 1931.

Junho de 1931, inicio de verão na Inglaterra, não foi muito fácil me acostumar com o clima mais quente, mas eu  consegui. Em uma manhã de sábado, eu me levantei cedo, e como na casa de Daniel a mãe dele não tolerava as minhas calças, pus um vestido amarelo com um laço na frente, ela havia me dado de presente, sinceramente, era ridículo, mas eu não tinha nada mais “ decente”  para usar. Desci as escadarias da casa, e me direcionei ao jardim, era uma manhã fresca a brisa tocava meu rosto com leveza, eu fechei os olhos, pude sentir os raios de sol batendo na minha pele de um branco quase albino, a brisa, e em uma momento, alguém, tocou a pele do meu rosto com os lábios, era Daniel, me dando um beijo na bochecha.

- Bom dia Elissa.
- Bom dia Daniel.
- Como passou a noite.
- Muito bem obrigada.
- Eu queria saber se você gostaria de dar um passeio comigo hoje, antes do almoço.
- Hãn... não sei sua mãe vai gostar, ele disse que não quer interromper as “aulas de culinária britânica” comigo por nada.
- Já falei com ela, e ela disse que só hoje ele te libera.
- Se é assim eu vou. Mas com uma condição
- Qual ?
- Eu não vou usar vestido.
- Mas Elissa...
- Não, não e não ! Vai fazer dois meses que eu não sei o que é por uma calça, eu nem sei mais como se amarra o meu coturno !
- Está bem, mas sem o coturno.
- Mas Daniel, eu não posso colocar calça com...
- Eu sei, mas eu não vou andar com você usando aquilo.
- Então eu não vou. – olhei para ele com desdém, fechei a cara e fiz bico.
- Ok, ok, você pode por o coturno.
- Obrigada Daniel ! – me virei para ele sorrindo, e lhe deu um beijo no rosto, ele sorriu, e eu sai correndo para me trocar.
- Por que eu ainda faço as suas vontades Elissabeth ?

No quarto, eu me troquei rapidamente. Pus uma calça jeans  desbotada, meia rasgada na perna, meu amado coturno, uma blusa de manga comprida preta, e pus um casaco branco por cima fechado, fiz um rabo de cavalo meio desajeitado, peguei uma bolsa marrom de lado e desci novamente ao encontro de Daniel.

- Ainda prefiro você com o vestido.
- Eu me prefiro com essa calça, agora vamos ?
- Vamos.

Nós saímos. Passamos a manhã inteira andando por Londres, era uma cidade encantadora, paramos muitas vezes para ficar observando as pessoas, os lugares, naquele dia, pela primeira vez em dois meses que eu estava ali, eu não me lembrei de Pethrus, ou da falta que ele me fazia, pela primeira vez Daniel parecia completar esse vazio, ele me fez rir inúmeras vezes, aquele meu raro sorriso verdadeiro, Daniel estava me fazendo feliz, eu estava me sentindo feliz, mas não estava apaixonada por ele, essa felicidade, é aquela que me consome quando estou com Dimitri, ou com Stefan, uma felicidade de amiga, Daniel agora, era meu amigo, mas nunca seria o meu amor, disso eu tinha certeza.
Voltamos para casa atrasados para o almoço. Eu comi e depois, fui me deitar, estava cansada, havia andado muito. Daniel foi me ver, se sentou na cama eu já estava de olhos fechados, mas pude ouvir o que ele dizia, e perceber que ele me observava.

- Tão linda... a minha Elissabeth, tão linda.... dorme como um anjo. A meu amor, eu te amo tanto, mais tanto, mais do que eu posso suportar, mas você só me vê como um amigo, nada mais... Queria que um dia, ao menos uma vez você pudesse me amar como eu te amo.
- Eu não te odeio Dan – eu abri os olhos, ele se assustou, não era para menos, ele estava a centímetros  do meu rosto. – Não mais.
-  Isso é bom, já é um avanço.
- Acho que eu posso até amar você, mas não do mesmo modo...
- Eu sei. Você esta se esforçando ao máximo para se dar bem comigo, e eu reconheço isso mas...
- Daniel – eu pus uma das minhas mãos no rosto dele – a paciência é uma virtude sabia.
- Eu sei disso, e eu não estou dizendo que vou ser impaciente com você , só queria que...
- Por favor, não fique triste, não por minha causa. Por favor, não quero ser o motivo da sua tristeza.
- Mas é...
- Então me diga, o que eu posso fazer para te deixar feliz.
- Me beija.
- Oque ?! O.O
- É isso, me de um beijo, porque a ultima vez que eu te beijei, você cuspiu na minha cara.
- É verdade, mas isso vai ser estranho...
- Por que ?
- Daniel, eu nunca... a sei lá´, estranho beijar um amigo sabia.
- Não sou seu amigo Elissabeth, sou seu namorado. – ele terminou de falar, e rapidamente selou seus lábios nos meus, minha resposta automática foi empurra-lo, mas me refreei no meio dessa ação. Eu não relutei, mas correspondi o beijo de Daniel, porém, ele durou mais de um minuto, eu não sei o que eu senti, mas era melhor parar com aquilo já. Empurrei ele. – Elissabeth !
- Vai embora. Por favor. – eu estava com cara de assustada, e ele percebeu isso.
- O que foi ? Você parece assustada – ele ia começar a rir, mas parou.
- Isso não tem graça. E você me deixou assustada sim ! onde já se viu você se jogar para cima de mim daquele...jeito... – eu ofegava, aquele desgraçado havia me tirado o ar !
- Nada demais, quando nos formos casados...
- Disse certo, quando nós formos casados, somos noivos, você devia  me respeitar  !
- E você devia se dar ao respeito ! – canalha  como pode dizer isso !
- Olha como fale de mim ! – me levantei, ele estava sentado na cama de joelhos, erguia mão para lhe dar uma tapa na cara, mas ele segurou meu braço, e me jogou de volta na cama, segurando meus dois braços, ele se pôs praticamente em cima de mim, com o rosto a centímetros do meu. – me solta !
- Não.
- Eu vou começar a gritar.
- Te deixo nervosa ?
- Não, não deixa, você me deixa com raiva.
- Sim eu deixo, você esta vermelha e sua respiração acelera cada vez mais quando me aproximo.
- ME SOLTA !
- Não precisa gritar ok !
- Então me solta !
- Só um momento. -  ele selou novamente seus lábios nos meus, e soltou os meus braços, eu não sei o que aconteceu comigo, mas não consegui me soltar dele, eu parecia não querer me soltar de Daniel, mas por fim, voltei a mim, e empurrei ele para longe, ele foi parar na guarda no fim da cama, eu me encostei o máximo que pude na cabeceira da cama, com as pernas encolhidas, ele se sentou de lado e me encarava, como quem pede desculpas.
- Não...devia...ter...feito...isso – eu disse ofegante, desgraçado tirou meu ar de novo !
- M-me desculpa, eu não ia fazer isso, mas que....
- Não se explique só sai daqui.
- Elissa, vamos conversar.
- Não, não vamos. – eu me levantei e fiz sinal para a porta ele se levantou e começou a andar até ela. – Vê se arranja um bom motivo para explicar a sua mãe, o porque que você esta todo desarrumado . Agora Tchau.
- Elissa nós, eu e você... – ele se aproximou novamente de mim, novamente a centímetros, e novamente aquela maldita sensação tomou conta de mim, mas dessa vez olhei para o chão e me afastei .
- Eu e você nada, vai embora por favor, eu tenho que me organizar, Tchau ! – fechei a porta na cara dele, virei de costas e fui escorregando pela mesma, até cair sentada no chão, pus as mãos na cabeça e comecei a chacoalha-la de uma lado para outro. – Isso não pode estar acontecendo não pode não ! Eu não posso... ou posso ? Não logico que não Elissabeth ! Você ama o Pethrus e somente ele. Droga ! Sabia que eu não devia ter vindo para cá !

É, eu não devia ter ido para lá mesmo.... Eu podia até negar para os outros, mas não podia negar para mim mesma que eu estava errada a respeito dos meus sentimentos pelo Daniel, que ele havia conseguido ao que dois meses atrás era impossível, o meu namorado chato, se transformou no meu namorado- amigo, por quem se eu querer, me apaixonei. É apenas paixão Elissabeth, não é amor – eu pensei na hora, mas é um sentimento. Um Sentimento. Um sentimento que não foi ignorado.
Os dias que se passaram foram mais calmos, eu evitava ficar sozinha com o Daniel, pois sabia que ele poderia me atacar a qualquer momento e eu também sabia que não resistiria ao ataque, então procurei estar sempre na companhia da mãe dele ou de alguma criada. No final de agosto, eu já não podia mais continuar naquela situação, decidi conversar com ele, eu queria voltar para a Rússia.

 - Mas Elissa não fez nem um ano que você esta aqui !
- Eu sei, mas é que eu sinto saudade de casa, da minha mãe, eu preciso ver ela – Mentira ! Eu quero é me afastar de você.
- Mas Elissa, nós estávamos indo tão bem...
- E-esse é o problema, você acha que nós estávamos indo bem mas nos não estamos indo bem !
- Foi por causa daquele dia ?
- Sim, você não devia ter feito aquilo.
- Elissa, eu já pedi desculpas...
- Não interessa, já fiz minhas malas e já conversei com seu pai, vou embora hoje a tarde.

Flash Back – Moscou, Rússia ,23 de Abril de 1931
“ As diversas versões do Aniversário de 15 anos de Elissabeth Djokovic “

Por Daniel Slovak

Era uma manhã normal como todas as outras milhares de manhãs em que eu acordo em um hotel Russo, distante de casa, apenas para poder ver a minha amada Elissabeth. Mesmo sabendo de seu ódio por mim, Elissabeth, é a única que eu realmente amo, não me importo quantas vezes ele me xingar ou coisa parecida, sei que um dia, ela ira me amar. Naquela manhã, me levantei cedo, e fui caminhar um pouco, fiquei pensando em como ela estaria agora, se estaria nervosa, ou se estaria calma e contente, em se tornar minha noiva. Enquanto caminhava, eu comecei a observar os casais que passeavam pelas praças e pelas  doçarias da cidade. Voltei para o hotel por volta do 12:00, almocei com meus pais, e terminei de acertar detalhes do meu noivado com Elissa, que seria naquela noite, na festa de 15 anos dela. O dia pareceu passar tão lentamente, para uma pessoa como eu que não via a hora da noite chegar, eu esperei por aquele momento durante 3 anos, e não queria que nada desce errado, ninguém poderia estragar aquele momento, nem a própria Elissabeth. A noite finalmente chegou,  a 19:30 em ponto, eu cheguei no salão, não avistei Elissabeth, apenas a mãe dela, que me disse que ela estava a minha espera em um quartinho no andar de cima. Subi as escadas. Quando entrei na sala, e avistei Elissabeth, eu me segurei para não abrir a boca e babar, ela estava mais linda do que nunca... Elissa me olhava com a mesma cara de arrogante e irônica de sempre.  Eu a elogiei, mas como sempre, ela me maltratou,  usando o próprio vestido como arma. Começamos a descer as escadas, tentei ignorar o seu olhar que automaticamente foi parar na direção de Pethrus, ela o olhava com uma cara que me partiu o coração... Era quase que uma súplica, ela parecia realmente suplicar para que ele a tirasse dos meus braços e fugisse com ela. Meu coração se partiu não pelo fato de que ela queria correr para ele, e não queria ficar ali, junto comigo, meu coração se despedaçou com fato, de que, bem antes de tê-la eu já a havia perdido.
Ela não dançou comigo de inicio, o que me deixou frustrado, podia ver em seu rosto que ela estava infeliz, tentei fazer com que ela dança-se, mas acabei me irritando e usando a força, o que a deixou mais brava ainda. Ao final, ela só dançou porque a mãe a obrigou. Depois disso, eu esperei  entediado que a meia noite chegasse, quando o  mesmo chegou, eu me alegrei novamente, eu estava a apenas um minuto da minha Elissabeth . Porém para minha surpresa e desolação, ela não recebeu a notícia de ser minha noiva como eu esperava, Elissa se exaltou e saiu correndo para fora do salão. Fazia um frio de -4º e ela estava sem ao menos um casaco, e ainda para piorar tudo, chovia, chovia forte. Quando Elissabeth saiu, eu a chamei mas ela não me ouviu, Pethrus avançou contra mim, dizendo que tudo era minha culpa, que se algo acontecesse com ela seria minha culpa, eu rebati dizendo que ele estragará a vida dela, que eles nunca deveriam ter sido apresentados, Pethrus me atingiu com um soco no nariz e depois um chute no meio do estômago, pude ver os convidados que se aglomeravam a nossa volta, o meu pai e o pai dele que tentavam segurá-lo, eu estava caído no chão, me levantei com dificuldade, então pude ver que ele escapará das mãos dos dois homens, e correrá para fora do salão chamando por Elissa. Ele a encontrou, e essa é a única coisa a qual sou grato a Pethrus Donson. Ele, antes me amigo, agora meu Inimigo. A melhor noite da minha vida, agora se transformou na pior noite de todas. Minha Elissabeth assumiu amar outro.
#FlashBackOFF


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Notas finais do capítulo

Cara, só eu que fico com raiva e constrangida por acontecimentos alheios dos meus personagens ? '-'



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