Make You Feel My Love escrita por I m a Allen u3u


Capítulo 4
Hiding My Heart Away


Notas iniciais do capítulo

Gente, os nomes dos capítulos são musicas da Adele, só pra contar, pra quem quiser ouvir ^^



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Koloma, Rússia – Natal, 1930
No mesmo ano em que expulsei os Black, os Donson e os Slovak de casa, eles foram convidados por minha vó, para passarem o natal conosco em sua casa, em Koloma, eles obviamente não rejeitaram o convite, e vieram dois dias antes. Eu fui ignorada por todos, com exceção de Pethrus, durante toda a festa, Cloe fez de tudo para estragar a minha festa e me irritar, para haver motivos para que brigassem comigo, mas não conseguiu, não me deixei levar por suas provocações.
Depois da ceia, os homens foram tratar de negócios como sempre, Daniel passou mal, então foi se deitar, Cloe foi tocar piano com Pethrus e eu, bem eu fiz o que eu sempre faço em festas de “família”, saí sem avisar ninguém, e foi em direção a praça de 10 anos atrás.
A praça estava mais congelada, mais cheia de neve e mais fria do que antes, e não havia ninguém nela nem na rua, apenas eu, sozinha andando cuidadosamente pela praça em meio aos pingentes de gelo que pendiam nas árvores, em um momento cheguei no suposto centro da praça onde o lago estava novamente congelado, me sentei em um banco frio e cheio de neve, onde eu fiquei creio que uma meia hora a observar a neve cair na superfície do lago congelado, estava tão distraída que só fui notar a presença de Pethrus ao meu lado quando me levantei para continuar a minha caminhada.

- O que você faz aqui ?
- Eu vim dar uma volta na praça, que até onde eu sei é publica.
- Onde está a Cloe ?
- Na casa da sua avó dormindo.
- Devia estar com ela e não aqui...
- Sabe que horas são ?
- Não.
- São quase duas da manhã, isso não é hora para você ficar andando sozinha pela cidade.
- HAHA’ grande coisa que são duas da manhã, eles nem sentem a minha falta, e outra não tem perigo algum eu andar por aqui, hoje é Natal Pethrus tá todo mundo em casa comemorando.
- Você devia fazer o mesmo.
- E você se importa tanto em ficar em casa, por que veio atrás de mim ?
-. E quem disse que eu vim atrás de você ?
- Com tantos lugares para você ir “ dar uma volta “ você escolheu justo essa praça, porque sabia que eu estaria aqui.
- Se lembrando daquele dia.
- Será que você pode por favor esquecer aquele maldito dia e não falar mais nisso !
- Claro que posso, me dê outro beijo como aquele que você me deu na casa dos Judeus que eu paro.- ele sorriu maliciosamente.
- Vá se catar Pethrus ! – eu fiz uma careta para ele e saí andando em passos largos e firmes.
- Elissabeth ! Não confia em mim ? – ele me seguiu, demorou alguns segundos até ele me alcançar e se prostrar em minha frente bloqueando a passagem. – Você não acredita no que eu te escrevi ?
- Talvez, mas não quero mais problemas com os Black.
- Mas Elissa, você leu o que...
- Chega Pethrus, eu não quero problemas com a família da Cloe, e além de que eu não vou ficar me agarrando com você como uma suka* qualquer.
- Mas Elissa, eu amo você. Isso não é suficiente ?
- É mais do que suficiente para mim, mas não é suficiente para eles !
- E você vai se importar com eles agora ?
- Eu... Pethrus, eu tenho que parar de .....- naquela hora, eu me lembrei do que tinha dito a minha mãe “eu não vou cometer o mesmo erro, eu vou ir atrás de quem eu amo, nem que isto custe a minha vida” eu respirei fundo olhei para ele – eu tenho que parar de pensar demais neles, e começar a pensar mais em nós – me chame de louca, de vadia, do que quiserem, mas ele era e é o homem que eu amo, e eu não resisti. Aproximei-me dele e o beijei, um beijo apaixonado que fora correspondido no mesmo instante, não sei quando tempo durou mais foi o bastante para tirar boa parte de meu oxigênio.
-> Agora você deixou de ser uma vadia, ou só fez isso por pura raiva ou pirraça ?
- Cala a boca – eu dei um leve tapa em sua cara, ele sorriu.
- Agora eu posso dizer que estou correndo risco de vida.
- E por que ?
- Elissa, você acaba de assumir que também gosta de mim, isso para Daniel é o mesmo que enfiar dez mil facas nele de uma vez !
- Ele vai ser o homem mais infeliz do mundo se casar comigo.
- Mas se ele descobrir ou se alguém suspeitar que você gosta de mim, assim como eu gosto de você, eles vão nos afastar um do outro.
- Então, você quer que continuamos, a nos ver assim por acaso uma vez ou outra e depois que nos casarmos virarmos amantes ?! A pelo amor de Deus . – eu me afastei dele e voltei a me sentar no banco de frente pro lago.
- Eu te prometo que eu fujo com você assim que eu tiver tudo sobre controle.
- Eu não tenho todo o tempo do mundo sabia. Começo do próximo ano, eu estarei oficialmente namorando com Daniel.
- Então vamos ser amigos.
- Acha que é fácil assim ? – olhei para ele com cara de indignação.
- Sei que vai ser difícil mas, temos de tentar.
- Tentar ! Eu prefiro virar sua inimiga a ter de ser apenas uma amiga !
- Não quero ser seu inimigo, eu não posso, eu sofreria demais com isso.
- E você acha que eu não sofreria ?
- Elissa, tente entender, eu não posso abandonar tudo agora...
- Pode, pode, mas você não quer. Agora vamos embora está tarde.
- Ok. – nós saímos em silêncio.

Chegamos na casa da minha vó minutos depois, estava tudo apagado e silencioso, porém quando nós entramos uma voz familiar me chamou, ela vinha da direção da porta da cozinha.

- Elissabeth ? – era a minha mãe, menos mal.
- Mamãe...Eu posso..
- Não temos tempo para explicações, Pethrus suba agora para o quarto, e tente fazer o máximo de silêncio possível, ninguém pode saber que vocês chegaram juntos. E Elissa, venha comigo, você vai dormir aqui no quarto debaixo, e não quero mais saber dos dois juntos até essa hora !
- Sim senhora – respondemos juntos.

Minha mãe não estava brava, mas sim preocupada, afinal, só Deus sabe o que fariam comigo se me vissem com Pethrus sozinha numa praça escura as duas da manhã. Na manhã seguinte, minha mãe inventou uma das maiores e mais absurdas mentiras de todas.

- Onde você estava ontem a noite após a ceia Elissabeth ? – Lucia, mãe de Cloe finalmente falou comigo.
- Bem eu...fui até a casa de uma...de uma amiga.
- Amiga ?! As uma hora da manhã ?! – ela me olhou desconfiada.
- Exatamente Lucia. – Minha mãe interveio na conversa.- Se quiser pode ir confirmar com a garota na casa dela, a casa é numero 45 aqui na rua mesmo, é a filha da família Connan, Alicia Connan. – Minha mãe a encarou, a mesma ficou sem graça, e começou a interrogar Pethrus, sem que Lucia visse, minha mãe me mandou uma leve piscadela. Viva a minha grande mentirosa !
- A claro, e você onde estava Pethrus ?
- Eu fui dar uma volta, só isso.
- Tem certeza ? – Cloe começou a me encarar.
- Absoluta.
- Você podia muito bem estar com Elissabeth.
- Eu nunca andaria com esse desgraçado convencido eu me levantei a apontei o dedo para Pethrus.
- Desgraçado convencido eu ?! Olhe para você Elissabeth ! Sua Simbolo de Desonra ! – ele também se levantou, Cloe estava entre nós.
- Seu mentiroso ordinário, como pode falar assim de mim !
- Como eu posso ?! Podendo, e outra você que começou !
Maldito ! – eu me aproximei.
- Maldita !– ele também se aproximou.
- Eu vou matar você ! – eu agarrei Pethrus pela gola da camisa e comecei a sacudi-lo.
-. PAREM JÁ VOCÊS DOIS ! –Cloe gritou, e nós nos separamos e olhamos para ela. – Parecem duas crianças mimadas !
- Crianças mimadas ! Da próxima vez é só não duvidar de mim Cloe – Pethrus fez uma careta e se e sentou, eu fiz o mesmo.

Durante o resto do café, eu e Pethrus nos olhamos pouco, porém, ele pode perceber que eu levará a sério o fato de se transformar em sua inimiga. Durante o dia que se seguiu eu fiquei afastada dele o máximo possível, porém quando entrei na sala de música foi inevitável não falar com ele.

- Desculpe, eu não sabia que estava ocupada – eu me virei para sair de cabeça baixa.
- Elissa, espere, tenho que te perguntar uma coisa.
- Pode falar sou toda ouvidos.
- Poderia olhar para mim, por favor ?
- Hãn...- eu suspirei fundo me virei e olhei para ele. Seus olhos agora puxados mais para o azul.
- Você vai realmente se tornar minha inimiga ou aquilo no café...
- Aquilo no café, foi apenas uma amostra de como pode ser o nosso relacionamento, em caso de sermos “amigos” .
- Vai me odiar para sempre ?
- Talvez...Não sei até quando meu ódio por pessoas como você pode durar.
- Pessoas como eu ?...
- Sim, pessoas que eu amo tanto, mas que ao mesmo tempo em que tem o meu amor tem de mim outro sentimento, só que ruim. Por você, por exemplo, eu sinto...pena.
- P-pena ?
- Pena por ter de aturar a Cloe, pena por ser tão covarde ao ponto de não conseguir enfrentar o seu pai, pena por ter medo daquele frouxo do Daniel, pena por viver preso a essa sociedade falsa, pena por...
- Pena por perder você – ele completou minha frase, seus olhos agora de um azul vivo, estavam cheios de lágrimas. – Me desculpe se eu não sou bom o suficiente para você, eu achei que fosse.
- O meu Pethrus é, o Pethrus deles não. – eu me virei e saí da sala, ele me chamou mas eu não  dei atenção, continuei andando.

Saí para fora da casa me sentei na sarjeta da calçada, sobre meu rosto rolavam algumas lágrimas, lágrimas amargas de dor e ódio, eu não podia perde-lo, era o único que me fazia sorrir, que me fazia realmente e verdadeiramente feliz, não podia perder minha felicidade, não podia perder meu sorriso, eu tinha de fazer algo, eu precisa da minha vida comigo, mas o que eu poderia fazer ?! Eu não era capaz de convence-lo a fugir, ou era ? Eu não sabia ao certo o que fazer, e fiquei pensando nisso o dia todo, a tarde eu fui embora antes dele, e as dúvidas, perguntas sem respostas foram comigo.



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Notas finais do capítulo

E oque acharam ??



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