Make You Feel My Love escrita por I m a Allen u3u


Capítulo 3
Many Shades Of Black


Notas iniciais do capítulo

O Revolts da Elissa u.u



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Moscou, Rússia 1930, 1 mês depois.

Depois daquela longa noite, fomos embora de manhã. Eu voltei a minha rotina normal, ia na escola, voltava dela, ficava em casa, brincava com os garotos na rua, tacava pedras na casa da vizinha e assim por diante. Em uma manhã de Sábado, eu voltava da casa de uma colega de escola quando avistei Pethrus e Cloe sentados nas escadas da minha nova casa, tínhamos abandonado a imensa mansão e passamos a morar em uma casa comum de dois andares no bairro nobre de Moscou, abraçados trocando beijos, eu bobinha como sempre, fiquei magoada, pensando que ele estava me traindo, e me dando conta de que eu não era a única que ele manipulava para roubar beijos, eu estava congelada na esquina de casa, até que Cloe me viu e me chamou, eu entrei em casa sem nem olhar na cara de ambos, Pethrus se levantou e me chamou, mas não dei ouvidos. Me tranquei no quarto, procurei as cartas que ele me mandará durante toda a semana durante esse último mês, ela eram lindas, elas ficaram mais lindas ainda queimando no fogo da lareira do meu quarto. Eu fiquei mais uma hora trancada no quarto, só desci porque minha mãe chamou, eu desci com pouca vontade até a sala de jantar, estava vestida com a minha pior roupa, uma calça jeans rasgada e um camisão preto de mangas longas todo desconjuntado, minha mãe ficou horrorizada ao ver como eu estava vestida, mas não podia mais esperar o almoço já estava na mesa. Quando me sentei na mesa, todos me olharam com espanto.

- Elissa querida, o que aconteceu com você ? – Cloe foi a primeira a comentar.
- Nada que seja da sua conta.
- Elissabeth ! – Disse meu pai.
- Ai, Elissabeth, Elissabeth ! – fiz uma imitação barata da voz de meu pai – Ninguém manda ela ser tão curiosa, e querer saber demais da vida dos outros.
- Ela só fez uma simples pergunta Elissa, não foi por mal – Pethrus começara a falar.
- Me deem licença, perdi a fome ! – Olhei ameaçadoramente para Pethrus de modo que todos pudessem saber que ele era o motivo de minha saída, me levantei e saí.
- Elissabeth Djokovic volte aqui agora ! – Meu pai se levantará e fora atrás de mim.
- Me perdoem por favor, ela está meio exaltada hoje – minha mãe sorriu falsamente e já puxou outro assunto – Ah...então Cloe, soube que você e Pethrus estão namorando é verdade ?
- Com toda certeza tia.
- Que ótimo, meus parabéns.
- Obrigada tia Jessie.

Lá fora na escadaria de entrada eu chorava de raiva ao lado de meu pai. Ele tentava me consolar, mas meu choro não era pra ser consolado, não daquela forma, eu só estaria calma quando eles fossem embora, ou quando eu pudesse ver Pethrus e Cloe mortos sem um pingo de sopro de vida em seus corpos, mas a morte naquele momento ainda era impossível.

- Eu quero mata-los papai, quero matar os dois !
- Elissa, fique calma por favor, eu sei que você tem motivos suficientes para querer matar Pethrus e ...
- Não diga o nome desse desgraçado ! Eu quero ele fora da minha casa agora !
- Eu não posso por eles para fora assim do nada querida, espere até o final do dia, eles iram embora eu prometo .
- Não ! Eu não suporto mais ter que ouvir aquela voz irritante da Cloe o dia inteiro falando como ela é uma ótima filha que faz tudo, não suporto mas ele ficar dizendo sua mentiras para mim, não suporto mais Daniel tendo seus ataques estúpidos de ciúmes, eu não suporto mais essas pessoas ! CHEGA ! CANCEI DE SER FALSA ! AGORA SE ELES QUISERAM, VÃO TER QUE CONVIVER COM A VERDADEIRA ELISSABETH DJOKOVIC ! Uma Elissabeth, que não se importa com as suas malditas leis ! – eu me levantei e entrei novamente em casa, eles agora estavam sentados na sala, meu pai veio atrás de mim, todos pararam o assinto para me observar.
- Elissabeth, volte aqui agora, é uma ordem !
- O que aconteceu tio ? – Cloe perguntou.
- Ela enlouqueceu...Ela só pode ter enlouquecido  !

Eu estava no meu quarto nesse momento, então não ouvi ele me chamando de louca, Daniel me contou depois, eu peguei uma velha mochila, coloquei algumas coisas úteis dentro, peguei meu casaco, coloquei uma bota militar, e desci novamente para a sala.

- Elissa minha filha, o que está acontecendo ? – minha mãe me olhava preocupada, mas ela sabia muito bem o motivo pelo qual eu estava saindo de casa daquele jeito.
- Quando eles saírem eu volto.
- Filha, por favor, venha aqui, vamos conversar o que você acha ?
- O que eu acho ? Eu acho que vocês não passam de um bando de hipócritas, um covil de cobras ! Estou cansada dessa falsidade !
- Elissabeth, você não está no seu normal, olhe só que você está falando !
- Eu estou muito normal, agora me deixem em paz, e gastem seus preciosos tempos mimando essa vadia da Srta. Black, digo Srta. Donson- eu saí sem olhar para trás ou me importar com os gritos de protestos, apenas bati a porta e saí.
Você pode até achar que essa atitude para uma adolescente de quatorze anos é a coisa mais normal do mundo, agora. Naquela época isso era rebeldia, loucura, e eu fui tachada como tal , a rebelde louca sem solução, a macho fêmea que sai pelas ruas envergonhando o nome de seu pai, usando um par de causas e uma botina do exército, andando com garotos da classe mais baixa de Moscou, envergonhando as doces e inocentes moças da classe nobre russa. Inocentes e doces ?! O certo a dizer sobre aquelas vadias eram oferecidas e safadas isso sim ! Cloe era uma das piores, ela sempre fez de tudo para me separar de Pethrus, ela se oferecia para ele como uma cachorra de rua. Eu vaguei pelas ruas de Moscou durante a tarde toda, parei em um café no lado pobre da cidade e comi qualquer porcaria por lá. Andei por praças destruídas e por casas corroídas pelo tempo,
e em um momento encontrei Dimitri, um amigo da escola, contei a ele o que aconteceu, ele ficou mais irritado do que eu, e disse que se encontrasse com Pethrus na rua, acabaria com ele, porque ninguém pode quebrar o coração da sua princesa russa, Dimitri me tinha como sua namorada e não como sua amiga, e isso tinha suas vantagens. A partir do momento que eu o encontrei na rua, ele não desgrudou mais de mim, passou a tarde inteira comigo, me levou a lugares de Moscou que eu não fazia ideia que existiam, como casarões antigos, que hoje servem de pensão ou abrigo para os mais pobres, casarões lindos, com imensos jardins, mais lindos do que os da casa dos Judeus em São Petesburgo, alias a família de Dimitri era judia imigrante, ele não era russo puro como eu, era um mestiço, e por esse e outros motivos, como os financeiros, que meu pai jamais permitiu que ele se torna-se meu namorado, ele se quer gostava dele ser meu amigo. A noite começou a se aproximar, ele me aconselhou a voltar para casa, eu segui seu conselho, e ele me levou até a rua de casa, chegando na esquina eu parei.

- Não posso voltar ainda, olhe os carros ainda estão ali.
- Vamos Elissa, você não precisa conversar com eles, entre e os ignore, tranque-se no quarto, se eles quiserem te obrigar a descer para pedir desculpas, eu estarei nos fundos da sua casa para ajudá-la a pular a janela do seu quarto ok ?
- Certo. Eu te adoro Dimitri, você é uma das melhores, e poucas, pessoas que eu conheço.
- Obrigado. – ele sorriu, um sorriso amarelo, mas sincero.

Eu comecei a andar pela rua, sub a escadas da porta de casa, parei olhei para porta, eu podia ouvir as risadas na sala, respirei fundo, girei a maçaneta e entrei. Os risos que eu ouvia de fora acabaram, todos me olhavam apreensivos, e com um tom de arrogância, eu ergui a cabeça e andei em direção a escada que levava aos quartos da casa.

- Elissa ? – minha mãe me chamou, eu parei no terceiro degrau da escada e me virei para ela.
- O que é mãe ?
- Como assim o que é ? Você passou o dia inteiro fora de casa sem dar noticias, eu preciso saber se...
- Eu estou ótima mãe. E agradeça a Dimitri por que ter voltado, se não fosse ele me convencer eu estaria vagando pela rua até agora, esperando o covil de cobras ir embora...
- A única cobra aqui é você, a única traidora traiçoeira é você Elissabeth ! – Cloe se levantará, e estava a meio metro de mim.
- Traidora ?! VOCÊ ME CHAMOU DE TRAIDORA ?! –ela recuou alguns passos e engoliu seco – Posso ser a traidora o símbolo de desonra em minha família mas pelo menos o mérito de me casar pura esse eu vou ter.
- O que você está insinuando ?
- Eu insinuando ?! Nada. Eu estou afirmando que você é uma suka* oferecida , que já deve ter se deitado com o Pethrus naquela maldita casa Judia milhões de vezes !
- Eu não aceito que fale assim da minha prometida Elissabeth ! – Pethrus se levantou e se pos na frente de Cloe.
- Vai negar agora Pethrus querido ? – sorri irônica. Eu podia ver a raiva crescendo em Pethrus.
- Cale a sua boca sua Syn ot·suki*   !
- Não ofenda a minha mãe seu cretino ordinário mentiroso ! – eu desci da escada e me direcionei a ele, a minha raiva era tanta que não percebi que meu pai tentava me puxar para longe de Pethrus.
- Ofendo quem eu quiser sua desonrada ! vadiamedíocre !
- CALADO !
- Eu não vou me calar diante de uma garota insolente como você !
- CALADO !
- Olhe no que você se transformou Elissabeth ! Coloque-se no seu lugar e pare de...- ele não pode terminar a frase eu lhe dei um belo soco na cara, que fez sangrar sua boca e seu nariz.
- EU DISSE CALADO !
- Vadia Maldita !
- Cuidado com as palavras Pethrus a ultima vez que você falou isso de mim, você me roubou dois beijos .- sorri sarcasticamente para ele, me virei e sub a escada para meu quarto tranquilamente, como se nada tivesse acontecido.

Ouvi os murmúrios de protestos e xingamentos vindos da sala, então minha mãe me chamou através da porta tentando me obrigar a ir pedir desculpas, eu olhei pela varanda do meu quarto, Dimitri estava sentado me esperando, eu sinalizei para ele e sorri, peguei um sabonete, mais dinheiro, umas mudas de roupa coloquei tudo na mochila, enquanto isso minha mãe gritava para mim abrir a porta, peguei alguns lençóis amarrei-os uns aos outros rapidamente e joguei pela varanda, nesse momento minha mãe foi chamar meu pai para arrombar a porta, escorreguei pelos lençóis o mais rápido que eu pude, e depois saí correndo com Dimitri em direção a uma praça cheia de arvores e “mini cavernas”, quando entrei no gramado da praça, pude ouvir meu pai gritando meu nome da varanda desesperadamente, aquilo me cortou o coração, mas eu não podia voltar, não agora.
Dimitri me levou para o bairro pobre onde ele morava com a família, em um casarão antigo junto com mais cinquenta pessoas, o lugar era lindo, e eu fui muito bem recebida, tomei um bom banho, coloquei uma roupa limpa e fui dormir. Na manhã seguinte, acordei com Dimitri me chamando, dizendo que a polícia estava atrás de mim na cidade inteira, que eu precisava voltar ou tinha de sair da cidade. Eu não sabia o que fazer, não podia voltar mas também não podia ir embora da cidade. O jeito era voltar e encarar o problema, não podia ficar fugindo dele a vida inteira. Naquele mesmo dia, na hora do almoço, eu bati na porta da minha casa, e fui atendida pela minha mãe que estava aos prantos, e quando me viu quase saltou de alegria !

- Elissabeth...OH ELISSABETH ! Rupert venha aqui, ela voltou ! vamos meu amor entre venha....- eu entrei cautelosa, aquela nem parecia mais a minha casa, depois de tudo que eu disse e fiz, os nossos queridos convidados ainda estavam lá, me esperando. – Meu amor, agora vamos parar de brincadeira, e vamos pedir desculpas ao Pethrus e a Cloe.
- 1º Eu não vou pedir desculpa para ninguém, não me arrependo do que falei o do que fiz. 2º Pode parar por favor, de me tratar como uma criança mimada de quatro anos ?
- Elissa, eu senti sua falta...só isso.
- Se você e papai se importassem comigo, teriam colocados estes fulanos para fora !
- Elissabeth, por favor vamos parar de brigas está bem. Agora por mim, e pelo seu pai, peça desculpas a eles.
- Se eu pedir as malditas desculpas eles vão embora.
- Com toda certeza – Pethrus me respondeu.
- Eu não falei com você seu...
-Elissabeth...- meu pai me advertiu.
- Ok, ok, me desculpe Cloe, me desculpe Pethrus, está bom assim ?
- Ótimo. – Pethrus disse e Cloe concordou com a cabeça.
- Muito bem, agora fora da minha casa.
- O que disse Elissa? – Foi a vez do pai de Cloe falar.
- Fora da minha casa, era esse o trato não era ? Eu peço as malditas desculpas e vocês somem da minha casa. Então podem sair, sumam, vão embora, agora !
- Elissabeth...nós ainda não...
- SUMAM DA MINHA CASA AGORA !

Eles saíram rapidamente de casa, e se despediram dos meus pais do lado de fora, eu fiquei na janela, vendo eles irem, Pethrus ficou o tempo todo me olhando, e o sentimento que seus olhos diziam não era aquele da noite passada, eu saí da janela, e fui me sentar no sofá, na escrivaninha, havia uma papel dobrado, eu peguei abri e comecei a ler, era para mim, de Pethrus.

Elissabeth, peço que me perdoe, não me leve a mal, nem me odeie por favor, eu tinha que ter defendido Cloe, querendo ou não ela ainda é a minha prometida. As cartas que te mandei, tudo que nelas está escrito é a mais pura verdade. Eu amo você e só você, eu sou infeliz ao lado de Cloe, você nem ninguém vê isso, mas eu não á amo, eu amo você Elissa, aquele beijo a um mês atrás ainda esta gravado em minha memória e toda vez que vou até a casa dos Judeus eu me lembro do seu perfume apaixonante, e me lembro do doce gosto do seus lábios. Não me esqueça, que eu não te esquecerei, eu ainda a amo, mais do que eu poderia, sei que nosso amor é proibido e impossível, mais eu ainda tenho a esperança de ser feliz com você.

                                                           Para sempre seu,

                                                                  Pethrus. “
Quando acebei de ler, corri para a janela ele estava encostado no carro ainda olhando em minha direção, eu sorri para ele e confirmei com a cabeça, ele me deu um leve sorriso de volta e olhou para minha mãe, que sem eu perceber, nos observava de cara fechada, quando o pai dele o chamou, antes de entrar no carro ele olhou diretamente para mim, de modo que meus pais pudessem ver, e sorriu novamente. Eles se foram, quando meu pai e minha mãe entraram novamente me casa, eu me sentei novamente no sofá, meus pais sentaram no outro de frente para mim, e minha mãe começou a falar.

- Porque estava sorrindo para ele ?
- Nada.
- Tem que haver um motivo.
- Não é nada. Eu vou subir.
 
Me levantei minha mãe foi atrás de mim, e entrou no meu quarto antes que eu pudesse fechar a porta.

- Agora que estamos longe de seu pai me fale a verdade a respeito de sua troca de sorrisos com Pethrus. – ela entrou e fechou a porta.
- Ele disse que me ama, mas eu não sei se acredito nisso.
- Acredite, ele fala a verdade, eu podia ver nos olhos dele, todo vez que falávamos de você, ele se iluminava com um enorme sorriso, um sorriso igual ao de Ivan...
- Quem é Ivan ?
- Ivan, foi um homem que eu amei muito Elissabeth, eu o amava incondicionalmente, mas meu pai havia me prometido ao seu pai, por causa de seus malditos negócios. No começo eu relutei tentei de tudo, mas ao final de tudo eu me rendi à sociedade, e perdi o meu amor, durante muito tempo antes de você nascer, eu não era feliz sendo casada com seu pai, você me trouxe felicidade, e é por isso que eu quero a sua felicidade, é por isso que eu te digo para correr atrás do seu amor minha filha, ele é tudo que realmente vai ser precioso para você durante sua vida.
- Eu não vou cometer o mesmo erro que você mamãe, eu vou lutar por quem eu amo, nem que isso custe a minha vida.


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Notas finais do capítulo

E ai oque achaam ?



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