Make You Feel My Love escrita por I m a Allen u3u


Capítulo 10
Naked


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, não a muito oque dizer sobre este capitulo, a não ser desejar uma boa leitura para vocês ! ^^



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Moscou, Rússia – 22 de Setembro de 1933

“A viagem “

No dia seguinte ao meu casamento, acordei em casa, esperando que tudo havia sido um sonho ruim, porém quando olhei para o armário, o vestido de noiva desfiado e sujo estava lá, em um dos cabides. Suspirei fundo, e me levantei, quando me olhei no espelho – Santo Deus ! – estava com olheiras horríveis, será que eu havia ficado até tarde acordada ? Se fiquei, eu não me lembro...
Me troquei, e desci para o café. Lá embaixo, meus pais me esperavam sorrindo, ao lado deles, Daniel já estava me esperando, minha vontade era sair correndo para rua sem direção, para algum lugar bem longe de Daniel e sua família, ou melhor, minha família.

- Bom Dia, meu amor ! – Daniel se levantou da mesa, com um enorme sorriso, veio até a mim, me deu um beijo na testa. – Dormiu bem ?
- Acho...acho que sim...
- Que bom, fico feliz que tenha tido uma boa noite de sono. Agora, tome café, e depois suba para arrumar as malas.
- Malas ?
- Sim querida, nós vamos para Veneza esqueceu ?
- Sim, eu havia me esquecido....Não estou com fome, eu vou subir. – me virei rapidamente sem esperar resposta e subi as escadas quase correndo.

Entrei no meu quarto e tranquei a porta, eu havia me esquecido da viagem, dias e dias, sozinha com Daniel...Meu pesadelo pelo jeito só estava começando. Porém, eu não podia fugir, arrumei minhas coisas coloquei outro vestido, dessa vez um bege escuro, simples na altura dos joelhos, com alguns detalhes na parte do ombro e na manga, prendi os cabelos em um coque, me olhei no espelho.

- No que você se transformou Elissabeth ? – eu perguntava a mim mesma. – Numa senhora de família ? Onde foram parar os seus sonhos ? Onde está a Elissabeth ? Não...essa não sou eu...

Desci de volta, um criado carregava as minhas quatros malas.

- Estou...pronta. – engoli seco.
Ótimo, vamos logo então, se vamos acabar perdendo o Navio.
- Claro...vamos.

Passei a maior partes dos dias no Navio, evitando Daniel, mal saía do quarto e pouco falava. Passamos exatos 1 mês em Veneza, não posso negar que a cidade era linda, mas mesmo assim não consegui apreciar sua beleza, na noite de núpcias, fiz o que tinha que fazer para que Dan me deixasse em paz, depois desse dia, ele não toucou mais em mim. Nas horas em que não estávamos passeando, eu ficava lendo, sim eu peguei gosto pela leitura. Comecei a ler Romeu e Julieta, adorei a história. As famílias inimigas, o amor proibido, as juras de amor na calada da noite... Imaginei se minha história com Pethrus poderia acabar no suicídio, como o de Romeu e Julieta, e a partir daquele dia, comecei a maquinar em minha mente, como eu poderia levar eu e aquele que eu amava, no descanso da morte.
O mês, demorou a passar, e desde que começará a maquinar meu plano suicida, passei a ser mais gentil com Daniel, fazia todas as suas vontades, e quando desembarcamos na Inglaterra, no dia 02 de Outubro de 1933, eu já era uma perfeita dama, moldada sob os costumes da sociedade em que vivíamos. O que eu não sabia era que meus problemas começariam a partir daquele dia.


Londres, Inglaterra – Outubro de 1933

“ As Exigências da Família Slovak ”


Minha convivência com os Slovak começou pacifica e harmônica, porém com a chegada do meio do mês, e minha regular menstruação, o mundo desabou em cima de mim.

- Você deveria estar grávida garota ! – Minha até então, doce e querida sogra, se transformou em um furacão humano. – Passou um mês sozinha com meu filho, para nada !
- M-mas...eu não tenho culpa...
- Tem sim ! A culpa é sua !
- Mamãe, se acalme, isso não é o fim do mundo ! – Daniel tentava me proteger, mas...
- Essa vadia maldita não está servindo para nada !
- EU A PROIBO DE CHAMAR A MINHA MULHER DESSA FORMA !

A mãe de Dan se calou, e se surpreendeu com o tom de voz autoritário do filho. Estávamos na sala de visitas da casa onde eu e Daniel morávamos, na parte rural de Londres, a Sra. Slovak em uma poltrona e eu e Dan em um sofá de frente para ela. Nessa altura da discussão, Daniel já estava de pé, e sua mãe, acuada no canto da poltrona.

- Depois de um mês, eu esperava um neto.
- Me desculpe se não atendi a suas expectativas minha sogra, mas eu não sou perfeita posso ter problemas.
- Escute bem Daniel,  eu só vou falar uma vez, se dentro de um ano eu não tiver o meu neto, eu como sua mãe, vou obrigá-lo a se separar dessa garota ! Ouviu bem ?!
- Você não manda mais na minha vida, e eu não vou me separar dela, ela me dando filhos ou não.
-  Dan, por favor, não quero ser motivo de conflito entre você e sua família, se eles querem um neto, eles terão um neto. Agora eu vou subir, com licença.

Sub para meu quarto sem esperar resposta, tranquei a porta, me joguei na cama, e comecei a chorar, eu chorava descontroladamente, tudo que eu queria era tentar ser feliz, mas com toda aquela pressão em cima de mim, eu não conseguiria. Naquele momento, me lembrei de Pethrus, peguei o telefone na mesa de cabeceira ao lado da cama, disquei o número da casa dos Donson, começou a chamar.

- Residência dos Donson, com quem eu falo ? – a voz feminina do outro lado da linha não me era conhecida, uma empregada com certeza.
- Aaaah...Oi, o Sr. Pethrus está ? – o telefone tremia em minha mão.
- Quem está falando, é a Srta. Cloe ? – a empregada parecia desconfiada.
- Não, é uma amiga dele.
- Seu nome por favor.
- Elissa.
- Só um instante. – o telefone ficou mudo, ouvi passos , provavelmente da empregada, depois de algum tempo, passos de novo. – Srta. Elissa, ele está no quarto, vou passá-la para a linha dele.

Passaram-se alguns minutos, o telefone parecia que iria escapar da minha mão tremula a qualquer instante. Os minutos pareceram séculos, e então, o telefone que estava mudo, ganhou voz, e que voz...

- Alô ? – não conseguia falar, estava muda, as lágrimas corriam soltas pelo meu rosto, aquela voz, me trouxe lembranças.- Alô ? Tem alguém na linha ? Acho que não... – ele parecia querer desligar.
- Pethrus....- minha voz saiu fraca e afogada nas lágrimas. – Eu preciso de você...
- O meu Deus... Elissa...é você ?
- Pethrus...eu precisava ouvir sua voz, me, me desculpe por ter ligado, mas eu precisava...
- Não se desculpe, não há motivos para desculpas...
- Não posso viver aqui...eu preciso...preciso de...- o telefone ficou mudo a ligação caiu.

Fui até a porta do quarto  a destranquei e abri, Daniel estava parado em frente dela sério, com o fio da linha telefônica cortado nas mãos.

- Te proibi de ter contato com ele Elissabeth. Como ousa me desobedecer ?
- Precisava falar com alguém.
- Porque não ligou para sua mãe ?
- Posso ligar se você quiser, é bem capaz dela querer vir para cá. Para me buscar, ele nunca iria aceitar que sua mãe me tratasse daquele jeito.
- Então, achou melhor ligar para Pethrus ?
- Sim, acima de tudo, éramos amigos, achei que ele podia me ajudar.
- Pois achou errado. Nunca mais use esse telefone esta me ouvindo. Nunca mais.
- Você não pode me proibir disso !
- Posso, vou e estou te proibindo.
- Como vou falar com a minha mãe ?!
- Mande cartas. Se quiser.
- Mas Daniel !
- Sem reclamações. Não quero brigar com você, por favor, se comporte.
- Você me trata como se eu fosse uma criança.
- Você age como uma. Então tem que ser tratada como uma. Agora venha, vamos até a cidade tenho assuntos a tratar.

“ Meus dias na Inglaterra, eram solitários. Daniel passava o dia todo na cidade, tratando de negócios, enquanto eu ficava em casa, sozinha tricotando ou coisa do tipo. A tristeza e a saudade da Rússia, tomou conta de mim, após 6 meses. Um ano se passou, o neto que minha sogra esperava e exigia, não chegou, eu entrei em depressão, as exigências de como eu devia ser,e a reclamação do filho que eu e Daniel não tínhamos ainda, me colocava para baixo a cada dia que passava. Então finalmente, no começo de 1935, eu fiquei grávida, porém uma gravidez que não durou muito. Perdi o bebê dois meses depois. Eu fiquei abalada, minha sogra me culpava, mesmo depois do médico dizer que foi espontâneo e eu não tive culpa em nada. Pedi a Daniel então, que permitisse que eu passasse alguns meses com a minha mãe, em Moscou, diante de meu estado e situação, ele atendeu meu pedido. “



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Notas finais do capítulo

E ai, oque acharam ??



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