Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 94
Don't walk away, don't walk away.


Notas iniciais do capítulo

OIII GEEENTE, HOJE ACORDEI INSPIRADA JHSAHSHASUS então passei o almoço todo escrevendo esse capitulo, hoho! HSHASH a briga dos dois... e algumas cositas mas (666

Bem, vocês devem pereber que a Marie anda bipolar demais, mas normal, quando estamos meio confusos, tudo se torna motivo de escandalos. UHSAHSHU acho que vocês gostarão desse capitulo, e ouçam a musica!

Promete tentar postar amanhga, okay? Beijos suas lindas, boa leitura.

E ignorem os erros, por favor, fiz na pressa mesmo. E li todos os reviews, fiquei imensamente feliz com todos, sério!



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(Música: Carnival of Rust – Poets of the fall)

Mel olhou para mim e para ele, tentando adivinhar o que iria acontecer. Então, pra não levar a pior, acabou aceitando, saindo sem falar nada. É... tinha sido bem perspicaz em deduzir que... a Terceira Guerra Mundial aconteceria ali, no meu quarto.

E o início de tudo, foi quando Matt deu um chute na cama, corando bruscamente:

- Que porra é essa? QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO COM VOCÊ? – berrou, sem ousar em se aproximar. Eu já me punha de pé, ao lado da cama, com o mesmo tom de pele e de voz.

- NÃO ESTÁ ACONTECENDO NADA! – neguei, acirrando os punhos. – NADA!

- SYNYSTER FEZ ALGO PRA VOCÊ? FALA, SYN FEZ ALGO PRA VOCÊ? – continuou, ignorando minha recusa. – FALA QUE EU MATO ELE!

- Deixe de ser tolo. – murmurei, sentando na cama. – Não tem nada com Syn, ao contrário... ele me faz muito feliz.

- Então...?

- O problema é você. Satisfeito? – confessei, passando a mão pelo rosto, tentando disfarçar o rubor. Que nada: parecia mesmo um tomate.

Por um momento, Matthew hesitou. Deu um passo para trás, virando o rosto, impedindo-me de vê-lo. Aparentava não esperar uma resposta daquelas.

- Por que o problema sou eu? – perguntou.

- Você só vive por Anne.

- Então, é isso? Eu e Anne? O motivo por você estar desta forma...?

- Não percebe? No meu aniversário, eu pretendia comemorar com as pessoas que amo, que quero junto de mim. Você trocou meu dia, minha amizade, por Anne. Esse foi o começo das coisas. Tende a se tornar pior.

- Eu não vou te deixar por Anne, nunca faria isso. – sorriu, daquela forma que só ele podia fazer. Droga... ele devia ser feio, só pra me deixar menos culpada, né?

- Aé? – desafiei, afastando os cabelos do rosto. – É inevitável, cara... você se afasta cada vez mais, até chegar o dia que... que...

- Para com isso, Marie. Você é minha melhor amiga... me apoiou tanto com meu lance com Anne, e te apoiei com Syn. Por que está dando tudo errado agora?

- Por que está dando tudo errado? Eu não SEI! Só sei que estou definhando. Minha gastrite está pior. Minha loucura, também. Não percebe o quanto está me matando com essa sua tolice de encontrar a felicidade, hum?

- Por que isso te incomoda, Marietta? – questionou, olhando-me. Não precisava ser uma gênia para decifrar seus olhares... que demonstravam muito mais do que podia.  

- Porque Anne NUNCA TE FARÁ FELIZ! – berrei, perdendo novamente o controle das minhas emoções. Ah cara... que dane-se o mundo, que dane-se essa porra... já estava tudo fudido mesmo.

- E COMO VOCÊ SABE DISSO?

- POR QUE EU SEI!

- Fala Marietta, me responde! – repetiu, esticando-me a mão. – Por que?

- Porque você nunca vai encontrar a felicidade ao lado de uma pessoa que ama outra pessoa, não percebe isso! JÁ FIZ ESSA BESTEIRA ANTES, E NÃO DEU CERTO!

Ai Deus, ai Deus, o que eu estava falando, ein? Não, estava dando bandeira à vontade para levantar suspeitas. Mel não devia ser a primeira de estranhar minha crise, diante do namoro de Matt. Mas ninguém, absolutamente ninguém, entendia o que eu estava sentindo.

Na minha cabecinha... era ciúmes de irmã. Ciúmes de amiga... que temia que o companheiro se machucasse, num relacionamento relâmpago. É, era isso.

- DE QUEM VOCÊ FALA, MARIETTA? – repetiu, em um tom mais alto. Irritada por ter falado mais que devia, retruquei:

- NÃO INTERESSA. NADA DA MINHA VIDA TE INTERESSA. VÁ COM ANNE EMBORA, E ME DEIXE EM PAZ.

- Marietta, pelo amor de Deus, fale comigo. Somos amigos, não? – minha tentativa de afastá-lo, era cada vez mais falha. Com passos sutis, aproximava-se. Tive ímpetos de abraçá-lo... mas, automaticamente, me continha, destruindo qualquer possibilidade. Invés disso, retruquei mais uma vez:

- Somos? É isso que te pergunto. Eu estou do seu lado... mas você não está no meu.

- Talvez...

- Talvez eu seja uma tonta que deposita tanto sentimento por alguém que não está nem aí pra mim. Sabia, Matthew, que hoje completa UM ANO QUE NOS CONHECEMOS?

- Não...

- Eu sei... você não lembrou. Ah, que caralho... me deixa em paz, vai.

- Eu não quero perder você, Marietta. – murmurou, com a cabeça baixa. – Eu não posso deixar você ir.

- Você tá me perdendo pouco a pouco. E é uma escolha sua.

- Eu disse que preciso ser feliz.

- Se no meu lado você não pode ser feliz... então vai.

- Você tem que me entender, Marietta. – pediu, passando a mão pelo meu rosto. – Eu preciso da sua amizade.

- Sinceramente... eu não teria tanta certeza. – sussurrei, afastando-me. – Matt, vai embora.

- É isso que você quer, que eu vá?

- Eu não quero ficar longe de você... mas ultimamente, tudo tem se tornado difícil. Talvez... fosse bom... um tempo.

- Tempo?

- É... não quero que tudo acabe em uma briga.

- Não vai acabar. – sorriu, dando-me as costas. – Te prometo, que nunca mais, serei a causa de suas crises. Sério. Sua amizade está acima de qualquer coisa... e fui tolo de esquecer isso.

- Eu só quero... ficar sozinha.

Matthew não questionou nem negou meu pedido. Aproximou-se de mim mais uma vez, deu um beijo em minha testa, e se afastou, exibindo um sorriso. Por mais estranho que possa parecer... tínhamos brigado e feito as pazes sem perceber, em questão de minutos!

 Talvez tivesse entendido que aquela crise era passageira, e que hora ou outra, voltaria ao meu estado normal... e que nós dois, como sempre... estaríamos juntos, falando merda, zuando a todos... naquele nosso companheirismo fora do comum.

Eu só precisava de uma noite... pra por meus sentimentos em ordem, e negar, com veemência, que eu não estava amando, pela primeira vez na vida.

Não podia estar amando. Praticamente impossível.


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