Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 9
O convite a M. Shadows (ENFIM!)


Notas iniciais do capítulo

UHSHSHUSHSUSUSHAS enfim tomaram vergonha na cara ^^



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- Olá, Matthew. – comecei, um pouco trêmula. – Está ocupado?

- Não exatamente... eu estava malhando, mas nada que não possa ser deixado de lado. Precisa de algo? Quer que eu mate alguma aranha? – brincou, sorrindo.

Meus olhos, meio que imediatamente, caíram sobre seu peitoral, todo musculoso e tatuado. Ele estava sem camisa... e suado. NÃÃÃAO, ISSO NÃO PODIA ACONTECER COMIGO! Eu era casada, okay? Isso é... não, não é nada, eu estou admirando o que tem de bom nesse mundo. E Matt passou do estágio BOM para o PERFEITO, enfim...

Quando dei por mim, estava ali, feito uma mulher sedenta por sexo, cobiçando o corpo do meu ídolo musical. Isso não era muito legal, acreditem.

Suspirei, tentando afastar da minha mente qualquer pensamento pecaminoso e voltei a falar, um pouco pomposamente:

- Bem, não exatamente... eu gostaria de tratar, contigo, negócios.

- Sobre o Avenged? Por aí é o nosso empresário que...

- Não, é diretamente com você.

Matt arqueou uma das sobrancelhas, aparentemente curioso. Coçou a nuca, pensou por algum tempo. Respondeu-me, um pouco mais gentil:

- Claro, pode entrar. Não repara bagunça... é que... tive visitas.

Eu já imaginava o tipo de visita que ele tinha recebido, porque ao entrar no quarto, senti um notável perfume feminino. Tinha champagne sobre a mesinha da sala (onde estávamos naquela hora), um aparelho de musculação (na sala também, OMG) e um maço de cigarros, jogados no chão.

Quando eu era mais jovem, tinha criado uma imagem perfeita de Matthew na minha cabeça. Mas, com o passar do tempo, eu passei a perceber que, como Syn tinha dito, ele era igual a todos os homens que eu conhecia. Só que... se tinha duas coisas que eu não conseguia associar ao Matthew eram cigarros e drogas. Syn até vai, ele é chapado naturalmente, já Matt parecia tão maduro pra se matar tanto assim, pouco a pouco...

- Cigarros? - murmurei, pensando alto. Infelizmente, ele ouviu, o que não era o meu objetivo.

- Deve ser da minha visita, eu não fumo.

- Não fuma?

- Não... – murmurou, catando o maço do chão. – Isso faz mal pra caralho pra minha garganta.

- Conhece Ville Vallo? Ele parou com o cigarro porque tinha asma. Bem, pelo menos é isso que a Sam contou pra mim.

- Então somos dois. – sorriu, ajeitando a sala rapidamente. – Se eu voltar fumar, eu morro. Adquiri uns problemas respiratórios com o tempo... deve ser por culpa daqueles filhos da puta que fumam como se fosse sair de moda.

- E você fumava também?

- Fumava, mas parei com todo tipo de cigarro desde que Jimmy morreu.

“Todo tipo de cigarro?”, pensei. Então isso confirmava a teoria que Matt também usou ou usava drogas. Meu faro jornalístico pedia por mais, mas eu não poderia questioná-lo assim, do nada, sobre drogas. Ele nem era meu íntimo, e poderia não receber bem minhas perguntas indiscretas. Então, deixei o assunto morrer, até que ele voltasse falar.

- Pode sentar aqui, se quiser. – acenou para o sofá, agora apresentável. Realmente... casa de homem solteiro é uma bagunça, e eu já sabia disso desde a época em que fui morar com Hugo, e não éramos casados. Aff, nem vou falar de Hugo, por enquanto.

- Obrigada. – agradeci, sentando. Olhei para os lados, e percebendo que estávamos apenas eu e ele, naquele apartamento, a quase uma hora da manhã, bateu-me o desespero. Lógico que ele não ia me atacar como um Lobo no cio... mas... ah, é meio desconcertante. E ainda, pra ajudar, ELE NÃO VESTIA UMA BLUSA. Então, não me culpem se meus olhos fitassem algo que não devia, okay?

- Então, sobre o que queria tratar comigo?

Eu cheguei abrir a boca pra falar, mas adivinha o que aconteceu?A PORRA DO MEU MALDITO CELULAR COMEÇOU A TOCAR! E eu nem sabia que eu estava com ele. Era Nightmare, justo aquela parte: NIIIIIIIIIIGHTAAAAAAAARE! Então, dei um pulo de susto, e Matt exibiu um leve sorriso, ao ver (com orgulho) sua musica no celular de alguém. Corei tão bruscamente que, pedindo licença, fui até o outro cômodo atender. Antes disso, olhei o visor, e quase entrei em colapso quando eu vi quem era. HUGO, AQUELE FILHO DA PUTA! PUTA QUE PARIU, ELE TEVE QUASE UMA SEMANA PARA LIGAR, E VAI LIGAR JUSTAMENTE QUANDO ESTOU TRATANDO DE NEGÓCIOS? COM MATTHEW? Vai se fuder, cara.

- Hugo? – comecei, querendo morrer.

- Marietta? Não disse que ia ligar quando chegasse?

- Claro que eu ia ligar, se você deixasse seu celular ligado, pra colaborar.  

- Estou aqui em New York.

- COMO VOCÊ ESTÁ EM NEW YORK? – berrei. Só depois percebi que eu não estava na minha casa, então tratei de diminuir meu tom de voz. – Que porra é essa?

- Tive assuntos da empresa pra vir tratar.

- Eu te chamei pra vir comigo, e você disse que não tinha tempo, e agora você viaja.

- Não tenho culpa, é a minha empresa.

- Claro, sempre a sua empresa. Por que você não dobra ela e enfia no meio do seu...

- Eu não liguei pra brigar, só estou avisando que talvez quando você voltar, eu não esteja no Brasil.

- É muita cara de pau. Olha Hugo, se a gente não faz merda nenhuma juntos... e você age como se eu fosse simplesmente sua companhia nas horas vagas, por que não acabamos com essa porra de casamento de uma vez?

Ele não respondeu. Pude ouvir um suspiro, alto e extenso, como de alguém que estivesse pensando muito na proposta. Eu não deixei que ele respondesse, também, porque aquele não era o lugar certo de discutir relação.

- Estou em uma reunião.

- Essa hora da noite, Marietta?

- Era exatamente isso que eu te perguntava quando você chegava de madrugada da empresa, se é mesmo que você estava lá. Não posso por mão no fogo por você.

- Está insinuando que eu estou te traindo?

- Não sei, antes eu conhecia o Hugo, agora pra mim ele não passa de um desconhecido. E sim, eu acho você bem capacitado em me dar um belo par de chifres. Agora... se não for incômodo algum para vossa senhoria, o Poderoso Chefão das empresas... vou desligar.

- Dentro de duas semanas, estarei na Inglaterra.

- Que bom, Hugo! Assim eu posso mandar você tomar no cu pessoalmente. – e irritada, desliguei o telefone.

Pude ver que Matt, um pouco surpreso com os palavrões que eu estava falando, ficou olhando da sala para minha direção. Podemos dizer que eu não passava a imagem de uma pessoa desbocada e revoltada. Bem... agora passava.

- Está... tudo bem? – perguntou ele, enquanto eu me sentava.

- Tudo ótimo, melhor impossível. Então, voltando...

- Você... é casada?

- Por enquanto, sim. Mas não sei se por muito tempo.

Juro, juro, que se eu não estivesse tão nervosa, teria percebido um sorriso (leve) que Matthew deu. Na hora, ignorei. Tentei manter a calma, mandar Hugo para o raio que o partisse... e tratar de algo que era realmente importante: meu filme.

- Sei como é isso... – começou Matt. – Já fui casado.

- Hugo se tornou um idiota, e não sei mais quanto tempo eu vou aguentar. – suspirei, passando as mãos pelo meu rosto corado. Contei até 10, mantive a calma, e com a maior cara de pau, voltei a olhar para Matthew, agora com um sorriso:

- Então... agora podemos conversar.

- Confesso que estou curioso.

- Hum... Matthew, você gosta de fazer clipes musicais?

- Acho muito foda.

- Parabéns, você está convidado para fazer um clipe musical, com a duração de 2 horas, sem música, sem Avenged, e com script. – desembuchei, dando um largo sorriso doentio. COMO QUE EU ERA CAPAZ DE TRATAR DE NEGÓCIOS COMO SE FOSSE UMA LOUCA?


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