Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 72
O fiasco do jantar. E a decisão.


Notas iniciais do capítulo

Olááá suas liiindas, desculpem se houver erros grotescos de protugues, não deu tempod e betar a fic, e to lotada de coisa pra fazer... mas eu não podia deixar vocês na mão, né?
nesse capitulo...aconteceu várias coisas... que tods as leitoras queriam que logo acontecesse. isso pessoal... HUSAHUSUHAUHSA

Queria dar boas vindas à Lavinia159 *---* Seja bem vinda flooor, *---* E logo logo eu respondeu todos os reviews, okay? BEIJOS E BOA LEITURA.



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Na tarde que antecedia meu encontro com Johnny Depp, eu estava uma pilha de nervos (também, não era pra estar?). Trombava com Mel e Anne a cada cinco minutos, perguntando o que eu devia vestir. A resposta da primeira, era simples: “Vá poderosa!”, e da segunda, mais ainda: “Vá gostosa!”.

Tá, vamos lá, vamos lá. Respira, respira GAROTA!

Por estar tão ansiosa, eu não pude perceber a agitação de Matt, no intervalo das gravações. Misturava-se à multidão de atores, esguio, como se não quisesse que o encontrassem.  Que eu não o encontrasse. Mais tarde, por Anne, soube que ele veio questioná-la, como se estivesse bravo com o tal encontro. Ele sabia de tudo! Droga.

- Anne... a Marie vai ficar com aquele Marinheiro? - resmungou, arrastando-a para um canto mais calmo. Nesse momento, eu estava gravando com Jared e Simone.

- Não sabemos, mas torço que sim! – vibrou, animadamente. – Está na hora dela desencanar do Hugo, né?

- Não dessa forma. Não com ele. – voltou a resmungar, cada vez mais bravo. Parecia um irmão mais velho... ou um namorado, sei lá. Pelo que Anne disse... ele estava um pouco suado e corado. Vai entender.

- Oxe, e você, que tem a ver com isso? – questionou Anne, curiosa.

- Sou amigo dela, posso querer o bem, não? – defendeu-se, como se... Anne estivesse insinuando algo que não o agradasse. Mas, na verdade, ela não insinuava nada. Falava na cara mesmo.

- Isso me cheira a ciúmes. – sorriu, com um pouco de audácia. Disse-me ela que Matt corou um pouco mais, mexendo nos botões da blusa para disfarçar seu nervosismo.

- CIÚMES? Da Marietta? Não, não... falo isso por causa de Syn.

- Ué... então... é o Syn que tem que tomar uma atitude, não você.

Anne Wins, Fatality! AAAH como eu amo essas patadas (quando não é comigo, lógico!), sempre certeira e direta. O que ela pensava, dizia, sendo, por vezes, grosseira. E percebendo que passara essa imagem, naquela ocasião, sorriu, dando em Matt um tapinha amigável:

- É só um jantar no Pure Amour. Nada demais.

- ANNE BLAKE, VOCÊ CONTOU ONDE EU IA JANTAR? – berrei, enquanto ela me contava o ocorrido, no fim da tarde. Ela riu, afastando os cabelos do pescoço.

- O que ele vai fazer? Hein? Mandar um atirador de elite matar vocês... ou melhor, o Depp? Tá, o ciúmes do Matt é suspeito, mas nem tanto.

- Nããão, Matt não está com ciúmes de mim! – neguei veemente, balançando a cabeça.

- Ah sei lá... ele agiu muito sinistro. E eu não entendo esse homem que olha pro meu decote, tá de rolo com a puta da Mel e fica com ciúmes de você. Manda ele se decidir, okay?

- Deixe de ser tola. Ele tenta me defender como amigo, é cheio de me tratar como se eu fosse irmã mais nova. E tem mais: se ele estiver mesmo com ciúmes, acredito que é por causa do Syn, que é super amigo dele. Dos tempos que ele tenta juntar...

- E não junta porque você é uma tonta.

- Valeu pelo elogio, sua vaca. Bien... vou indo então. Preciso me arrumar. – avisei, acenando para Mel, que se aproximava. – Vamos Mel, você tem que me ajudar.

- Ah que legal, eu sou a estilista e você pede ajuda pra ela? Senti-me ofendida. – retrucou Anne, encostando-se à parede.

- Boba. O horário da Mel já deu, e sempre vamos...

- Ow sua coisinha... não esqueça que eu sou a melhor amiga da Marie, okay? Então se ela tem que pedir ajuda, vai ser pra mim. – provocou Mel, afastando-se. – Vamos Marie.

- Odeio essa... essa... – mas antes de completar, a beijei no rosto, saindo correndo. Se deixasse, aquela história ia longe.

No carro, contei à Mel o que Anne havia dito. Pra variar, achava que ela havia mentido em tudo, só pra deixar aquele climinha de suspense na ocasião. Bem a cara de Anne, mas duvido que tenha apelado tanto, ainda mais comigo, sua grande amiga.

Pra resumir, implorei para que ela vigiasse os Avengers, e se fosse necessário, mentisse (falando que eu e Depp estaríamos em outro lugar). Usei minha melhor roupa, meu melhor sapato e meu melhor perfume. Tá, minha melhor lingerie, vai saber o que aconteceria?

De uma coisa eu tinha certeza: se ele me chamasse para algo mais íntimo... eu iria pro telefone mais próximo e terminava tudo com Hugo, sem pestanejar. GENTE, NÃO É QUALQUER UM... É JOHNNY DEPP, MEU AMOR DE ADOLESCÊNCIA!

- Boa sorte, e arrasa garota! – gritou Mel, despedindo-se de mim.

Entrei no carro em que Johnny estava. Pra variar, (e pra fazer inveja a vocês), ele estava AINDA MAIS SEDUTOR... com uma blusa e um casaco por cima. Pra ajudar, dois botões estavam abertos... deixando aquele ar “vem cá e tira o resto”.

- Você está belíssima. – disse-me, logo que entrei. Cumprimentei-o com um beijo e fomos para o restaurante. Aquele prometia ser a melhor noite... de minha vida! Gente, digo e repito: não me acordem... mesmo!

No Restaurante.

Fomos ao tal de Pure Amour... um restaurante totalmente familiar, fino e aconchegante. Fiquei surpresa, até, porque não sabia que na Inglaterra havia restaurantes franceses.

Não preciso nem dizer o quanto ele é cavalheiro, e faz uma mulher amolecer só de vê-lo. Isso, Johnny Depp era o homem que qualquer mulher pediria a Deus. Abriu a porta do carro, para que eu saísse. Beijou minha mão, entrelaçou nossos braços... disse-me elogios, um pouco perto da orelha.

AI SENHOR DO CÉU! ME ABANA QUE TÁ FICANDO TUDO QUENTE. Arrepia só de lembrar!

- O que desejam. – perguntou o garçom, impecavelmente trajado. Anotava em um Ipad (isso, Ipad mesmo) o pedido dos clientes, com um sorrisão enorme no rosto. Só na Inglaterra mesmo pra turma trabalhar de noite e feliz.

- Hum... quer que eu escolha a comida, querida? Lembro-me que disse que nunca havia provado comida francesa. – disse Johnny, com educação. Assenti, sorrindo (mesmo porque, eu não sabia nada daquela comida, e aqueles nomes estranhos, ein? Não queria soltar uma gafe de falar “ménage a troi” achando que era um bolo de carne. Aliás, confiava no bom gosto daquele homem lindo. Tá, agora parei.)

Ele disse algumas coisas lá que não entendi bosta nenhuma... e tempinho depois, surgiu na mesa, um banquete visualmente apetitoso, acompanhado de um bom vinho.

- Não sei se a senhorita bebe... mas...

- Não tem problema. Um copo não faz mal a ninguém.

Isso, um copo não faria mal a ninguém. A menos que eu me embebedasse, transasse com aquela loucura de homem, e no dia seguinte não lembrasse nada. Essa história parece um dejavu, sei lá... mas eu sei que ficaria PUTA DE ÓDIO SE DESCOBRISSE.

- Hum... eu sei que posso estar... indo rápido demais... e que você é casada... mas podíamos ir a um lugar diferente, se você quiser. – disse-me a certa altura do jantar, bebericando um pouco do vinho. – Somos dois adultos...

DEUS DA SANTA BATATINHA! ELE QUERIA MEU CORPO!  ELE-QUERIA-POSSUIR-MEU-CORPINHO! VEM QUENTE QUE ESTOU FERVENDO, SEU LINDO!

- Agrada-me muito a ideia. Somos, realmente, dois adultos. Sabemos que... temos que aproveitar.  – concordei, pegando minha bolsa do encosto da cadeira. Eu ligaria para o Hugo, terminaria tudo, e curtiria minha primeira noite de divorciada... com o Depp, em algum lugar que eu desconhecia.

Estava agindo como uma puta? Sei lá, mas eu estava “animadinha” só por estar com Depp, e a ideia de passar a noite com ele AGRADAVA MUITO! Foda-se Hugo, não perderia aquela chance por ninguém!

Levantei-me com o celular na mão, e quando estava a ponto de apertar o botãozinho verde para completar a ligação... eis que vejo algo que, pelo baque, fez com que eu voltasse a mesa novamente, abrindo um guardanapo diante de meu rosto.

Eu não podia acreditar no que estava vendo. Era justamente M. Shadows, Syn e Zacky entrando no restaurante, todos com roupa bem largadas de show, falando alto e rindo. Acenaram para nossa mesa, quando nos viram. E vieram em nossa direção, trombando em tudo que tinha pela frente. Até o pobre garçom das batidinhas não escapou do trombão, que levou tudo ao chão.

- E aí Marieeetta! – gritou Shadows, roubando de uma mesa vizinha um copo de suco. – Porra, esse suco tá amargo. Que porra de restaurante é esse que serve suco amargo para os clientes? TSI TSI!

- E aí marujo, beleza? – disse Zacky à Depp, pegando o pãozinho do prato. Mordeu, com uma expressão de satisfação. – AAAAH, man, to com uma fome do cão. Comeria até a Marietta, se bobeasse.

- ZACKY! – gritei, tapando a cara de vergonha, ainda com o guardanapo.

Outro que me trincou a cara, foi o Syn, que sentou NO MEU COLO, para ficar lado a lado com o Depp. Deus, por que você faz isso comigo? Só porque eu não tenho religião? Ah mew, não se faz isso com ninguém, caralho!

- Willy Wonka, tu descola alguns chocolates pra gente? – perguntou, dando uma piscadela marota.  Já Depp, todo educado, e levando no humor o que estava acontecendo, riu:

- Lógico que sim, posso arranjar o que você quiser.

- Olha que carinha camarada, Zacky. – sorriu Matt, sentando-se à mesa, olhando pra mim. – E vocês dois, estão se conhecendo melhor?

- Ao menos pretendíamos, antes de vocês chegarem, seus idiotas. – resmunguei, afastando o pano do rosto. – No Hotel, farei questão de castrar cada um de vocês, vão se preparando. – ameacei, tentando disfarçar a vergonha que estava sentindo.

Todos pareciam rir da minha cara, inclusive o Johnny, que gargalhava. Devia estar constrangido, mas reagia amigavelmente. Diferente daquele bando de MULA que... aaaaaaaaaaaaaaargh!

- Formidável brincadeira.

- Depp... antes de você querer investir na nossa amiguinha, quero que você saiba de algo.  – interrompeu Matt, afastando tudo que o impedia de ver, com clareza, o rosto de Johnny. - Primeiro: magoe ela, que te socamos. Segundo: sexo só depois do casamento. Terceiro: Marietta... na verdade, é um travesti.

- Morra queimado, Shadows. MORRA! – gritei, sentindo meu rosto queimar. E Syn, AINDA NO MEU COLO, ria, dando palmadinhas no meu ombro.

- Porra gatinha... só queremos fazer com que você se liberte. Até eu gamei no seu pênis.

- Eu... não... tenho... pênis. – gaguejei, agora trêmula. Alguém me acorda, que só pode ser pesadelo. SÉRIO!

- Isso depois da cirurgia.

- Cirurgia? – repetiu Johnny, assustado. SERÁ QUE AQUELE TONTO ESTAVA ACREDITANDO NA HISTÓRIA MESMO? PAU NO SEU CU TAMBÉM!

- É cara, a remoção do amiguinho. – confirmou Zacky, abaixando a cabeça, como se sentisse uma repentina tristeza. – Deve ter doído... coitadinho.

- Johnny, ignore o que esses ESCROTOS estão falando. – murmurei, empurrando Syn para longe de mim.

- Poxa Marietinha...

- Sumam daqui! – ordenei, levantando-me. – SUMAM MESMO.

- Ér... sabe o que eu acho? Que podíamos jantar todos juntos, concordam? - sugeriu Depp, aquele corno manso!  TRAÍDA... PELA RETAGUARDA! ATÉ TU DEPP, ÍDOLO MEU!

Bem, para resumir... vou contar o que sobrou do projeto do “melhor noite da minha vida”, que incluía jantar com Depp. Noite com Depp. Café da manhã com Depp. Agora, o que restava: a lembrança do pior jantar da minha vida. Syn fez questão de sentar entre eu e Depp. Matt só falava meus podres, Zacky comia de boca aberta... e o filho da puta do Johnny, se divertia... até que aderiu a onda de brincadeiras...e se uniu a eles.

MALDITOS! QUE PUTARIA ERA AQUELA? EU não acredito. Uma única vez na vida que um homem que preste me chamou pra jantar... e aquele trio de filhos da puta estragavam tudo. POR QUE, EIN?

Na hora de sairmos, bem que Depp tentou me levar... mas não teve como. Syn e Zacky me escoltaram, como uma bandida, para dentro do carro deles. Alegavam que, no dia seguinte, teríamos que acordar muito cedo, para fazer o ritual do agradecimento a um Deus Pagão.

“Vou enfiar o Deus Pagão logo logo no rabo de cada um”, pensei... vendo meu DEPP IR... sem ganhar beijinho... nem uma mordidinha... nem nada.

- O cara é foda... – disse Matt, no volante, quando já estávamos em movimento. – Devemos nos reunir assim mais vezes.

- EU-ODEIO-VOCÊS. – berrei, batendo (com força) no banco do carro. – EU VOU ESFAQUEAR VOCÊS. DURMAM DE OLHOS ABERTOS! EU VOU ARRANCAR O PINTO DE CADA UM COM OS DENTES! MELHOR, COM UM ALICATE.

- Não estresse, SUA LINDA! – gritou em resposta, enquanto os outros dois APERTAVAM MINHA BOCHECHA. Tá, calma Marietta... espera chegar até o Hotel pra poder soltar o capeta de dentro de você.

Não demorou tanto para chegarmos. Mel estava no saguão, sentada, aparentemente preocupada.

- Ai meu Deus, que vocês fizeram! – perguntou, olhando para todos nós.  Minha cara vermelha denunciava que eu estava a ponto de matar alguém. E esse alguém se chama: MATTHEW SANDERS!

- ELES ESTRAGARAM A MELHOR NOITE DA MINHA VIDA! AH CARALHO... EU VOU MATAR VOCÊ, SEU FILHO DA PUTA. – berrei, avançando em Shadows. Precisou que Syn me segurasse para que eu não o enforcasse. Já Mel e Zacky... caíram na gargalhada. Deve ter sido minha cara de tonta. AI QUE ÓDIO.

- Calma Mariettinha... – provocada Matt, mandando beijinhos com a mão. – Eu estava te protegendo. Ele queria possuir seu corpo. E eu sou seu melhor amigo, meu dever é...

- CALMA SEU ÂNUS! JOOOHNNY DEPP, JOOOOOOOOHNNY... AAAAAAAH SYNYSTER, ME LARGA, VOCÊ TÁ ME ENCOXANDO.

- Tá tão bom. – respondeu, maliciosamente.

- LAAAAAAAAAAAARGA! – berrei, me chacoalhando no ar. Só nessa hora que percebi o quanto eu era baixinha e leviana... e Syn era forte e alto, para me segurar no alto, ao ponto que eu não podia tocar os pés no chão. Mas minha boca estava a todo o vapor. – VOCÊS ESTRAGARAM TUDO, SEUS MISERÁVEIS! EU ESTAVA A PONTO DE LIGAR PRO HUGO PRA PEDIR O DIVÓRCIO!

- Você ia largar do Hugo só pra ficar com o Johnny? - perguntou Matt, deixando que o sorriso morresse pouco a pouco. Tá... soou estranho, mas foda-se.

- EU ESTAVA LOUCA, COMO AGORA. NOSSA SHADOWS, SOME DAQUI QUE EU VOU TE MATAR! E VOCÊ SYNYSTER GATES, ME SOLTAAAAAAAAA!

- Syn, larga a Marietta. – pediu Mel, tentando me ajudar. – Gente, mas por que tudo isso...? A Marie sabe o que faz da vida dela.

- Ela é louca... ia largar do marido pra ficar com o Depp. – resmungou Matt, puxando-me pelo braço. ALELUIA, EU ESTAVA SOLTA. MAS NÃO MENOS ENCAPETADA. Pra variar, avancei novamente naquele ogro maldito, socando cada parte do corpo dele.

- DA MINHA VIDA CUIDO EU, SEU FILHO DE UMA PUTA, MORFÉTICO, PAU NO SEU CU!

- Marie, pelo amor, se acalma. – pediu Mel novamente, aproximando-se de mim. Agarrou-me pelo braço e me “escoltou”, ainda praguejando a existência de Matthew, até meu apartamento. Mas cadê que eles iam me deixar em paz? Que nada. Menos de um minuto, lá estava os três na porta.

- Porra Marietta, a gente estava preocupado contigo. – começou Shadows, sentando ao meu lado no sofá. Ele estava PEDINDO pra morrer.

É, eu não queria conversa mesmo. Saí da sala sem cerimônia alguma, batendo a porta do meu quarto com força.

E ficou por um tempo aquele silêncio, até que Mel voltou a falar, desta vez com Syn. Bem... como sou curiosa (isso, sou mesmo), abri a porta do quarto bem sorrateiramente, deixando a brecha suficiente para ouvir o diálogo. Talvez eles dissessem a verdade... porque aquela baboseira de proteção de irmão mais velho... não colou.

- Geente, porque fizeram isso. Que vergonha da Marie, coitada. – começou Mel. – Vai Shadows... explica aí que quero entender.

- Eu não sou a melhor pessoa para explicar isso. – respondeu. – Só fiz isso por causa do Syn.

- Ótimo, temos um culpado. Senhor Brian, diz, porque você fez isso?

- Eu gosto dela, não percebeu ainda? E quando digo gostar, não é gostar só por gostar. É gostar de querer... algo... entendeu? Fiquei louco! Ela e aquele velhote dos sete mares... argh!

- Mas não ia rolar nada. Não precisava tanto. Ela também gosta de você, seu tonto.

- Atá que não ia rolar. Ela ia terminar com o marido só pra passar a noite com cara. Se ela gostasse de mim, já teria feito isso dos tempos.

- Conheço a Marietta muito bem. Na hora da pressão, talvez tenha pensado nisso... mas quando ouvisse a voz de Hugo, e percebesse o que estava fazendo... teria fugido! Gente, ela é tradicional demais, nunca faria sexo casual.

Que ódio da Mel, ela tinha total razão!

- Não sei, eu perdi o controle quando o Matt contou o que ia acontecer. Eu... argh! Estou agindo como idiota. A Marie nunca vai me ver como homem... porque ela só me vê como um galinha!

- Também, cara, que imagem você quer passar, agindo como um idiota? - questionou Zacky.

- Foda-se. Eu gosto dela... mas não sei demonstrar. O que querem que eu faça? Sou dessa forma, não sei ser diferente.

- Marietta gosta sim do senhor, eu tenho certeza disso. – confirmou Mel, batendo o pé (porque ouvi o som do salto bater no piso). – Mas tem medo de sair da acomodação com Hugo... pra uma relação cheia de turbulência, com você.

- Era por isso que eu estava agindo estranho, Mel. Sou os ouvidos e os olhos de Syn naqueles bastidores. Ele é meu amigo... o que mais quero é que ele e Marie fiquem juntos. – cochichou Matt, talvez na suspeita que alguém estivesse ouvindo tudo. No caso, eu.

Calmamente, fechei a porta, sem fazer barulho. Caí na cama com a cabeça a mil... pensando em tudo que havia acontecido. Meu Deus... o que eu estava esperando para seguir minha vida, ein? Não por Johnny Depp, nem por Matt, nem por Syn... e sim por mim... para que eu fosse mais feliz. Mais solta. E não sentisse o puta remorso só de desejar estar com outra pessoa.

Acabei tomando uma decisão. Precipitada? Talvez, mas correta COM CERTEZA.

- Oi Hugo. – comecei, antes mesmo que ele perguntasse por quê eu estava ligando. – Tem como você vir a Londres?

- Talvez daqui duas semanas eu esteja aí. Ou menos. Por quê?

- Precisamos conversar. Sério. Definir qual vai ser o rumo da nossa vida.

- E o que você sugere.

- Sugiro que acabamos com isso logo... para que possamos ser felizes. Separados.


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