Palavras de Heagle escrita por Heagle
Notas iniciais do capítulo
Olá minhas cats... vim compartilhar que ontem tive minha primeira festa surpresa *-* meus amigos do cursin e meu namorado fizeram pra mim, foi tão lidns ttt e de bom humor, adiantei MUITAS coisas da FANFIC TTT entao, postarei *---* e agradeço a todos os recadinhos fofos, suas LINDAS! *---*
Todos nós ficamos quietos, depois daquele momento “own, ti lindo”. Não tínhamos nada a dizer (tá, ter até tínhamos, mas cadê a coragem de cortar aquele silêncio enlouquecedor?). Dava a impressão que o primeiro que abrisse a boca, levaria socos de todos da sala. Ou simplesmente, não estávamos com pique para conversas animadas, como antes. Aproximadamente uma centena de pessoas morreu... e... ah, esquece.
Matt sentou-se ao meu lado, olhando de esgoela para todo o apartamento. Devia estar confuso, ainda, pelo fato de ter tido a premonição da minha morte. E, lógico, de ter feito às pazes comigo. Duas coisas que, a princípio, eram difíceis de acontecer.
Syn, aparentemente esguio, olhava-nos. Talvez esperasse que algo acontecesse. Ou temia que acontecesse. Já Mel, coçava a cabeça, e Zacky... roncava em cima da minha almofada. Ânimo mil.
- Jimmy e Johnny estavam no sonho. – começou Matt, mexendo nos dedos do meu pé (não, um podólatra não!). – Era muito estranho porque... Jimmy dizia que estava morto... mas ele estava do meu lado.
- Talvez aquele filho da puta tenha mandado um sinal pra gente. – resmungou Syn, coçando os olhos.
- É, talvez.
- Pelo amor de Deus, vamos parar com esse assunto, senão eu fico ainda mais depressiva. – gritei, batendo palmas. Zacky deu um pulo do sofá, ainda com a almofada em mãos. Deve ter se assustado com minha voz (o que era algo comum de acontecer).
- LADRÃO, LADRÃO... – gritou, pondo-se de pé em poucos segundos. Syn revirou os olhos, dando-lhe uma almofadada na cabeça.
Ai ai, amor de amigos me comove às vezes, sério.
- Zacky, para com a maconha cara...
- Olha só quem fala. O santo sóbrio e digno, Brian. Vai se fuder, lazarento.
- Gente, calma. Respira bumbum! – sorriu Mel, dando uma piscadinha. Meu Deus, como ela conseguia ser tão tensa, tão tonta e tão minha melhor amiga? UHSSUH.
Eu ia xingá-la de tudo que era nome, só pra não perder o hábito (amor de amigas, comovente 2), mas, antes de abrir a boca... adivinhem? O telefone tocou. Isso, aquele maldito celular, que sempre tocava em horas inoportunas.
- Passa a porra desse celular. – disse, com grosseria, apontando pro Iphone. Mel pegou, um pouco relutante, e ao ler o nome de quem ligava, questionou, corada:
- Quer... realmente?
- Se eu pedi, é porque preciso atender, né Mel?
- Mas... você não... vai... gostar...
- Passa logo esse celular, cara!
Matt deu uma olhadela para o aparelho, e ao compartilhar com Mel o nome da criatura que ligava... fechou a cara, entregando-o, com violência. Aquele ser agia de forma estranha inúmeras vezes, e eu ao menos entendia por quê. Anyway...
- É o boiola do seu marido. – murmurou, cruzando os braços.
Tudo bem, tudo bem... aquela podia ser a chance. Oh Meu Deus... será que Hugo teria visto o acidente na televisão e... pensou que eu estivesse nele, assim percebendo que me amava acima de tudo... e que nunca mais me deixaria sozinha?
Não seria a primeira vez. Quando eu tinha 20 anos, aconteceu um assalto na faculdade em que eu e Mel estudávamos. Ela, que estava na cantina naquela hora, foi pega de refém. Eu, por sorte, estava na biblioteca.
E lembro-me até hoje do rostinho que ele fez, quando me viu. Deu um abraço tão apertado... aliviado por não ter acontecido nada comigo.
- Meu Deus, quase morri do coração, quando vi a notícia na TV. – começou ele, beijando-me por todo rosto. – Marietta, como eu te amo... que... susto.
- Calma, meu querido. – sorri, passando a mão em seu rosto. – Eu nunca vou te deixar. E mesmo se algo acontecer... eu volto e puxo sua perna.
- Isso realmente me deixa mais aliviado. – riu ele, voltando a me beijar.
Essa cena poderia ocorrer novamente, não? Ele perceberia que... eu era sua esposa, e que por mais que tentasse, não encontraria outra mulher que o amasse tanto.
Tudo bem, vamos ao menos tentar.
- Hugo, querido? – comecei, com essa cena acima passando pela minha cabeça. Esperança é última que morre, não?
- Marietta, sou eu, Hugo.
- Ava! Se você não falasse, eu nunca ia saber. – questionei. Como um homem tão rico pode ser tão lerdo? – Enfim... por que ligou?
Momento tensão. Será que ele diria o que eu queria que ele dissesse? E Melissa, pararia de roer as unhas? Matt deixaria de odiar meu marido? Syn deixaria de fazer piadas em momentos nada convenientes? Zacky pararia de namorar minha almofada achando que era a ex- namorada, a tal da Baju?
- Estou ligando para avisar que... estou em Londres.
Meu coração deu um pulo, um pulão daqueles ENORMES!
- Em Londres? – repeti, mantendo a pose. Sou linda e poderosa.
- Uhum... tive um compromisso de última hora. Estou em frente do seu hotel, agora. Gostaria de tomar um chá comigo?
NÃÃÃÃO! NÃO, NÃO E NÃO. DEFINITIVAMENTE, AQUELE NÃO ERA MEU MARIDO.
- Tomar chá... contigo? – repeti novamente, julgando estar ficando louca e surda.
- É, chá. Não sei quando irei embora. Talvez... possamos passar o Natal juntos, para variar. Então, que horas descerá?
- Ér... ér... calma aí, já respondo. – pedi, tapando o celular com a mão. Olhei para Mel e Matt, com os olhos brilhantes e um sorriso de orelha a orelha:
- É o Hugo, ele quer tomar chá comigo. E talvez passamos... o Natal... JUNTOS.
- Ah, que legal, animou meu dia. – resmungou Syn. Tá, naquela hora ignorei o que ele disse. Estava tão feliz, tão...
- Hugo? Oi... então... em meia hora descerei. – voltei a falar.
- Tudo bem, até daqui a pouco.
- Até... – despedi-me, dando um pulo no sofá. Comecei bater palmas, rir, gritar, cantar... - MEU DEUS, MEU DEUS, ELE... ELE... TÁ AQUI, MEU DEUS, MEU DEUS...
Mel riu, levantando-se também. Correu até mim, deu-me um abraço e começou a mexer em meus cabelos, animada.
- Que lindo, gente, será que ele... está disposto a mudar?
- Não sei, não sei, não... ah mew, que roupa usar? QUE ROUPA USAR?
- Vai pelada, Marietta, talvez ele goste. – ironizou Matt, gesticulando com a mão. – Ou talvez não, já que ele é boiola.
- Ai Matt, definitivamente você não estragará esse momento feliz.
- Vá, curta seu Natal com seu marido. Agora nós... como já estive pensando... iremos para um chalé em Manchester. – provocou Matt, tentando fazer com que eu mudasse de ideia.
Foda-se chalé e Matthew, eu quero meu marido, oras!
- Vamos curtir o Natal como se fosse uma festa com bebida de graça e MUUU... – continuou Syn, se empolgando demais. Mel ameaçou-o com os punhos.
- BRIAN!
- MUUU...SICA. – apressou-se a acrescentar, antes de apanhar.
O que importa é que... eu corri para o quarto, me troquei, fiquei apresentável (ou pelo menos, o que era possível) e desci correndo, sem ao menos me despedir dos que ficavam no apartamento.
- BOA SORTE, BEST. – berrou Melissa, à porta.
- Valeu, Mel, valeu mesmo. – murmurei para mim mesma, afastando-me.
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