Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 135
Save Me.


Notas iniciais do capítulo

SUAS LIIIIIIIIINDAS. SABE, SUAS HORROROOOSAS, ERA PRA EU ESTAR ESTUDANDO MEU LIVRO PRA FACULDADE... PORÉM ESTOU AQUI,POSTANDO O QUE EU DEVERIA POSTAR SÓ SEXTA, NO FERIADO! HOOOROOOR *0* ENFIM, ontem eu fiquei muito feliz porque recebi muitos reviews e fiquei muito envaidecida *----* ealém que recebi uma recomendação fooooooooooooooooooda demais da dona KaryBaptist... obrigada minha flor... e além que li todos minhas recomendações e fiquei imensamente feliz.
E agora, nesse capitulo, eu peguei pra ouvir uma musica mais a fundo do Avenged... e to viciada. O nome do cap é dedicada a musica... e tem tudo a ver com a historia. MARIETTA, SALVE O MATTHEW, AQUELE LINDO!
SEXTA tentarei postar, prometo. Beijos imensos ♥ E ignorem os erros, HUSAHUSHUAUHSA



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Que venham esses dias dourados de verão! Julho, oh julho! Como é bom receber a luz do sol mais que duas horas, malemá, por dia. Como é bom usar roupas menos pesadas, e o melhor de tudo: como é bom tomar sorvete!

No primeiro sábado do mês, combinamos de juntar uma trupe e irmos fazer um piquenique. Eu, Mel, Zacky, Syn, alguns amigos em comum (como Anne, Jared, até mesmo o Tim) e Hugo. Comemoraríamos a nossa união, e acima de tudo, as ótimas expectativas dos críticos e intelectuais para a mais nova produção da Warner, “The Murphy”.

Não me sentia tão bem há tempos. Depois de toda aquela muvuca com Matthew, passei a perceber qual era o real motivo por estar ali. E o que me impulsionava, eram meus personagens, meus amigos... e minha escrita.  

Não tinha nada mais importante para mim que meus “filhos”. Isso, eu já disse que meus livros são meus filhos... e vê-los em tão boas mãos... confortava-me. Além que dali um ano, na média, seria lançado o filme em uma premiere. Logo mais, para o mundo.

“Os Murphy” prometia bater os recordes de bilheteria, segundo Michael Jonson, um crítico meio cusão dos Estados Unidos. Pois bem, meu querido, que se profetize o que está dizendo.

Voltando ao piquenique... hum... no sábado de manhã, eu e Mel ajeitamos a nossa cesta de comida. Tudo de mais calórico estava bem ali. Quase uma bomba de infarto fulminante, colesterol alto e diabetes. Mas sabe de uma coisa? Se eu morrer logo, morro de barriga cheia e feliz.

- Tomei cuidados para Zacky ficar bem afastado dessa cozinha. – gritou Melissa, querendo que o amigo ouvisse. Ele estava na sala, sentado com Hugo e Syn, que discutiam o quanto as prostitutas do canal pornô eram gostosas. – E BRIAN, ESTOU OUVINDO ESSES SEUS PAPOS, CACHORRO SEM VERGONHA!

- Oh minha Deusa... elas são gostosas... mas a única que me endurece é você, sua LINDA! – riu, batendo as mãos. Fazia um barulho obsceno, e acabei não resistindo. Fui para a sala com uma fatia de pão cheio de geléia, e taquei-lhe no rosto, no meio de gargalhadas:

- Deixa de ser puto, cara!

- Porra, por que só eu? Bate no Hugo aqui ó... ele também está falando.

- Mas Hugo não namora minha melhor amiga. – defendi, afastando meus cabelos do rosto.

- Então é assim? Amizade é tudo, filha da puta. – resmungou Syn, lambendo os cantos da boca. – Ui, geléia de morango. Isso me lembra coisas gostosas...

- Não, chega de perversão. Um ano vivendo com vocês já foi suficiente para... para... me tornar uma perita em palavreados de baixo calão. – lamentei, olhando para Zacky, que fazia uma fusquinha. – E não vem fazendo careta pra mim não, ein Porpeta? Vou te bolinar, pra parar de ser gay.

- VEMK VEMK, EU QUERO, ME POOOOSSSUAAAA! – gritou, correndo atrás de mim.

Ai, se eu não fosse tão complicada com homens, bem que daria um jeito naquele gordinho. Mas sofro sérios riscos de me fuder, como sempre acontece. E NÃO, NÃO NO SENTIDO LITERAL, SUAS HORROROSAS!

- Larga ela, Zacky. – pediu Hugo, fingindo seriedade. – E o nosso relacionamento, onde fica? ONDE ESTÁ O NOSSO AMOR?

- Cansei de dar o cu, agora eu quero comer, okay meu amor? Mas me liga amanhã, talvez a síndrome de hétero tenha passado. – rebolou Zacky, tentando me dar um beijo bem molhado no rosto.

Ai gente, aqueles meninos me matavam. Sem eles, não era absolutamente nada.

Ah, como é bom sentir que a nuvem negra que pairava sobre minha cabeça, estava indo embora, deixando poucos vestígios de sua passagem.

Essa nuvem chamava-se Matthew. Demorei em falar dele, né? É que, realmente, não tenho o que dizer. Se bobear, fazia quase um mês que não o vejo. E isso já não me incomodava mais. Hugo, Zacky, Syn e Melissa estavam suprindo a falta que, eventualmente, podia sentir.

Não me fazia tão mal quanto antes. Aprendi a conviver com meus sentimentos. Aprendi a conviver com a ideia que... há pessoas que não nasceram pra viver juntas. Mas não é por isso que você vai deixar de viver, não é?

Então... restava comemorar meus 25 anos, que estava chegando. Faltava menos de dois meses para minha vida tomar um rumo diferente... porque nesse dia tudo mudaria. Eu queria que isso acontecesse. O que pretendia? Ainda não sabia... mas esperava pensar em algo nesse tempo.

ENTÃO, VOLTANDO AO DIA DO PIQUENIQUE (reparem, troquei de assunto três vezes, merda!), depois de toda aquela pressão de Zacky sobre mim, as brincadeiras de Hugo e Syn, e os xingamentos de Melissa, partimos para uma das “praias” de Londres.

Pra explicar certinho... como Londres não tem litoral... digo, não tem praias mesmo, banhadas por mar e tudo, eles criaram um tipo de praça, onde tem areia, com laguinho e chafariz. Tive a oportunidade de visitar um desses ainda no inverno, e posso dizer que é um lugar calmo. E divertido, porque muita gente vai jogar vôlei ou outras coisas.

Pra quem acha que o povo Britânico é tudo recluso, muito se engana. Eles usam poucas roupas também. Se sentem a vontade em curtir um dia maravilhoso como aquele.

- QUANTA MULHER! – berrou Zacky, logo que chegamos, balançando a cabeça como cachorro. – Eu achei que britânica era tudo velha e feia...

- As britânicas são belas. Tive a oportunidade de ficar com uma que... – começou Hugo.  Lancei-lhe um olhar tipo: “Hã? Quando que você ficou com uma britânica?”, por isso a interrupção, junto de um sorrisinho sem graça e culpado. – Ér... Mari... então né...

- Não precisa nem falar, Hugo. Eu sempre soube que fui corna, e das mais asnas. – resmunguei, sem me importar muito com aquilo.

O que? EUU, NÃO ME IMPORTAR POR SER UMA CORNA? SE FOSSE COM MATTHEW, EU CORTAVA AS BOLAS E FAZIA PICADINHO PRA SERVIR DE APERITIVO! Mas como não era... foda-se.

Avá, o cara estava morrendo, nem o amava. Deixa-o enfiar as coisas dele em qualquer buraco. Vai saber qual será a última vez.

- Marie, desculpa, eu... – continuou, talvez se sentindo tão culpado a ponto de não conseguir evitar um rubor nas faces. – Olha, eu...

- Hugo, ainda esse assunto? Deixa de ser Zé Roela, e curta esse sábado maravilhoso. E volta a falar nisso, que faço seu coração parar num soco só, okay? – ameacei, levantando o punho.

- VISH. VIIIIIIIIISH. VIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISH. Tenho medo dessa mulér. – murmurou Syn, afastando-se aos poucos de mim. Virou-se para Mel, agarrando-a pelo braço. – Ainda bem que eu sou fiel a minha Deusa...

- Se um dia você me trair, Brian... eu simplesmente te capo. Te capo, e enfio o “objeto” no meio da sua bunda. – sorriu, com aquela cara de psicopata maníaca que acabou de fugir do sanatório.

Qual a solução do coitado? Assentir, lógico, não queria virar uma transex tão cedo assim. 

- Bem, chega de traição, chega de boiolisse... vamos comer que to com uma fome da porra. – resmungou Zacky, tentando agarrar as cestas que carregávamos. – Deixar gordo com fome é o pior pecado que tem, caralho.

- Avá, você, com fome? – ri, voltando a me concentrar no caminho. Procurava um lugar na sombra, perto das árvores, para que pudéssemos sentar. O sol das 12 horas começava a apertar... e nossas cabeças, a esquentar.

Depois de uns dez minutos de espera, conseguimos encontrar. Era logo do lado do laguinho, de água límpida (era artificial, mantida por um jato de água vindo dos hidrantes). Ajeitamos a toalha, a cesta, a comida... e esperamos que os demais convidados chegassem. Não demorariam muito, o horário combinado era às 12:20.

- Marie, eu sei que você não quer tocar nesse assunto... mas Matt não dorme em casa há uma semana. – murmurou Synyster, aproveitando que os outros três conversavam sobre qualquer coisa. – Sério, estou preocupado.

- O que você quer que eu faça? – perguntei com rispidez.

- Ele não pode achar que está sozinho, só porque brigou com você. Pensei em... trazê-lo de volta. Não poderia nos ajudar numa festa surpresa, no aniversário dele? Não precisa fingir nada... só... sei lá... tente não ser “grosseira”, ignore-o...

- Nunca sou grosseira. Ele que me provoca. – defendi-me, levantando um pouco o tom da voz. Já ele, continuou com o mesmo.

- Se ele fizer isso, ignora. E sei o quanto você é orgulhosa e ranheta, e adora uma boa briga. Mas sério... como seu amigo e cunhado, me ajuda nessa. Tenho medo que Matthew acabe como Jimmy... e que... você... sabe...

Por mais que não quisesse, acabei aceitando. Por quê? Syn estava tão convicto e preocupado, que não pensei em negar. Por mais que suas expressões demonstrassem um cara que está pouco se fudendo... seus olhos denunciavam que, realmente, temia que mais um amigo partisse... por causa das drogas. Porque, inegavelmente, Johnny foi atropelado por estar drogado.

E... eu, mesmo nessa Guerra Fria com Matthew, não queria vê-lo longe dos amigos. Muito menos morto. Então, não precisava bancar a ignorante naquela ocasião.

- ELA TOPOU, CAMBADA! – berrou, jogando as mãos para cima.

Pelo visto, fui a última peça do plano. Marie, Zacky e até Hugo já sabiam do esquema, e a mais tardar seria compartilhado com mais amigos.

Até que a ideia era boa. O Ogro Marginal das Trevas precisava saber que tinha muita coisa em jogo, nessa ideia de sumir como um indigente.

Passamos a tarde toda comendo e falando bosta. Aproveitamos até para jogar vôlei com uma turma de universitários, que reconheceram os “Avengers” e a “Heagle”. Lógico que entramos na muvuca... era muito bom aquele calor humano.

Tudo estava bem, até bater quatro e meia. O celular de Syn, guardado na bolsa de Mel, começou a tocar. E, a pedido do mesmo, fui atender.

- Brian, tô fudido. – falaram do outro lado. Mesmo com o barulho das pessoas e da água, reconheci prontamente que era Matthew. Como esquecer daquela voz que... toda vez que eu ouvia... disparava meu coração?

E foi justamente isso que aconteceu. Há um mês não ouvia aquele tom rouco... com um sotaque americano maravilhoso... que me deixava boba só de...

- O que aconteceu, Mateus? – acabei soltando, dando uma entonação aportuguesada ao seu nome. – Por que está fudido?

- Não te interessa. Cadê Syn? – respondeu com agressividade.

- Ele está ocupado. Mas pode falar pra mim.

- Por que eu confiaria em você, hã? Já mostrou inúmeras vezes que...

- Deixa de ser idiota e fala logo, cara.

Matthew demorou para responder. Deu um suspiro nervoso e voltou a falar, um pouco mais calmo. Talvez houvesse percebido que... eu não queria, em toda parte do tempo, vê-lo mal. Ajudaria, se fosse possível:

- Fui preso por porte de drogas.

- MEU-DEUS. – gritei, olhando instintivamente para Syn, que se aproximava.

Ele era meu guia, meu irmão, a pessoa que me dava bases para continuar ali. E precisava dele, mais do que nunca, para me aparar em seus braços, porque eu cairia em qualquer momento.

- O que houve, Mari? Pelo amor, que...

- O ESCROTO DO SEU AMIGO ESTÁ PRESO! – berrei, jogando o celular em suas mãos. As minhas já não tinham controle. – PRESO! PRESO, AQUELE IMBECIL!

- MARIETTA, ME AJUDA, HUGO ESTÁ PASSANDO MAL! – gritou Mel, um pouco longe da gente, segurando meu ex-marido pelos braços. – ACHO QUE ELE ESTÁ TENDO UM INFARTE.  

Por que tenho que comemorar quando as coisas estão bem? Matthew preso, e Hugo morrendo. O pior de tudo, é que teria que escolher em qual caminho seguir... porque, definitivamente, por algum deles teria que escolher.

Ou pagaria a fiança de Matthew junto de Syn (segundo o que ele pode me explicar depois, bem depois... teria que haver duas testemunhas para assinar um termo lá de responsabilidade pra usuário)... ou acudiria Hugo junto de Mel e Zacky. Pela lei, ou sei lá pra que caralho, eu teria a obrigação de acompanhá-lo, já que fomos casados por algum tempo.

Por que, destino desgraçado, me põe em tão difíceis situações?

E por que me faz optar por coisas tão óbvias e insensatas?

Não sei como, e movida pelo que... só sei que por volta das 17 horas, com a roupa do corpo e os sapatos sujos de areia, chegamos a delegacia regional de Londres.

Não podia permitir que a vida de Matthew acabasse daquela forma. Drogado, preso e sozinho. Era necessário saber que eu sempre estaria do seu lado, por mais que minhas atitudes fossem estúpidas.

E vê-lo, com aquele rosto acabado, olhos tão foscos e roupa amassada, parecendo um bandido qualquer, apertava-me o coração.

Na hora do reencontro, depois de um mês, não tomei outra atitude a não ser acolhê-lo em meus braços. Eu precisava sentir aquele corpo, aquele cheiro... aquele homem. Era necessário fazê-lo sentir que tudo estava bem. Eu não deixaria que ele caísse. Novamente.

- Por mais que você seja um idiota... eu sempre estarei com você.

Save Me.

Desde o dia em que você se foi meu destino se tornou desconhecido

Quantos anos mais seguindo este caminho sozinho?

Tanto para ver esta noite, então por que você fecharia os olhos?

Por que eu não posso fechar os meus?

Foi algo que nós fizemos?

Me salve - Eu estou preso em um mundo vil

Me salve - Onde o fim do jogo é igual a qualquer outro

Nós estamos aqui apenas para morrer

Me salve - Eu estou perdendo meu único sonho

Me salve - Eu posso usar uma luz de orientação, algum lugar para ir

Se você me ouvir, me avise

Me ajude a encontrar meu caminho

Disse para me ajudar a encontrar meu caminho


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