Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 132
Post de Aniversário: A revelação.


Notas iniciais do capítulo

POST DE UM ANOOOOOOO DE FANFIC, QUE ALEGRIIIIA MEUS AMORES. TO APRESSADA, TENHO FACUL E TAVA AQUI FAZENDO O CAP. SE NÃO SAIU BOM, ME DESUCLPEM MESMO, FIZ O QUE PUDE EM UMA HORA. MAS NÃO PODIA DEIXAR DE POSTAR NA FIC QUE TÁ COMPLETANDO UM ANO, E QUE ME FEZ TANTA COISA BOA E ME TROUXE TANTAS LEITORAS MARAVILHOSAS. AMO VOCES, E BOALEITURA.



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Mesmo com todo esse clima de Guerra Fria que havíamos criado, o mês de abril chegou com tudo. Como se, na ausência de farras e risos, tivéssemos nos dedicado mais ao filme. Logo, no dia 24 daquele mês, encerraríamos todas as gravações. A última cena gravada seria a que Heagle aparece, logo pelo final, voando em direção à Sophia. Sim, não sei se vocês sabem, mas a águia principal do meu livro se chama Heagle. Também.

- NÃO ACREDITO QUE VOLTAREI DORMIR ATÉ A MEIO DIA! – gritou Melissa, no meio de um acesso de pulos. Isso, estava pulando feito tonta na frente de Tim, que a repreendia com o olhar.

- Bela agente você foi contratar, Marietta. – resmungou, massageando a testa. – Não tem nem vergonha na cara de dizer que...

- Eu também te amo. – provocou, mandando um beijinho com a mão.

Nesse dia, especifico, fiquei um pouco nostálgica. O início de tudo havia sido muito conturbado... e agora estava terminando, dando origem a um trabalho maravilhoso! Sem contar os amigos que fizemos, devido a convivência, experiências...

- Eu nem acredito que já se passou quase um ano! – riu Anne, abraçada a Jared perto da mesa de café. – E que conheci todas as pessoas que eu queria em um mesmo antro. Risada em Alta Definição: HDHDHDHDHDHD!

- Eu também gostei muito... – murmurei, sem querer ser notada, olhando para os lados. Acabei entrando em uma meditação... e passei a percorrer todos os estúdios a pé, com passos lentos e curtos, analisando as pessoas. Pensei o quanto meu sonho de adolescente fora longe demais.

Consegui tudo que eu sempre quis: fama, dinheiro e livros. Se não me engano, esse é o início da primeira apresentação que fiz a vocês, não é?

Mas, como uma nuvem passageira, o pensamento dispersou. Fui cutucada, meio de leve, por alguém. Devia estar me seguindo, já que me encontrara em um lugar que eu nunca estive antes: no meio da bagunça da engenharia.

- Tem aspirina pra dor de cabeça? – perguntaram. Não precisei virar completamente para conhecer a voz rouca que, mesmo querendo manter distância de mim, fazia de tudo pra trocar, pelo menos, duas palavras diárias. Fossem elas irônicas, ou não.

- Não sei. – respondi, balançando os ombros. – Vá na parte da enfermaria que eles devem ter.

- Hum... – murmurou, hesitando por algum momento. Talvez fosse dizer algo, mas eu não dei brecha. Continuei minha caminhada como se nada houvesse acontecido. Era assim que aprendi a agir, quando a indiferença machucava.

Demonstrar? Jamais, já estava cansada disso. Quem sabe a Marietta de Pedra conseguisse reprimir seus sentimentos, a ponto de esquecê-los? Hum?

Logo mais tarde, por volta da meia-noite (hora que saímos dos estúdios), Melissa e Jared tiveram uma ideia. Não era de surpreender que envolvesse festas, afinal... não existia arrozes melhores do que eles, isso eu garanto.

- Vamos pra balada comemorar que nosso filme vai fuder com qualquer bosta que venha! – gritou, um pouco alterado. Efeito dos dois litros de café que ingerira durante o dia.

- Tô fora. – resmungou Matthew, trombando em mim e Synyster. Afastou-se sem ao menos dizer uma boa noite (ou qualquer coisa que mantivesse sua educação, isso se houvesse alguma).

Vi-o entrar no carro, pôr os óculos (os quais usava com mais freqüência, devido às olheiras e vermelhidão), e ir, sem qualquer rumo. Porque, simplesmente, era essa a impressão que Matthew passava: de um cara completamente perdido, que não sabia mais o que fazer pra me provocar. Esse é o castigo por uma traição? Agir como idiota?

Tudo bem, ele que sabe. Já cansei dessa putaria.

Que tal essa história ter um fim logo, porque esse roteiro melodramático, já deu que tinha que dar.

***

(Narração em Terceira Pessoa. Música: Lake of Tears – Gamma Ray).

Mais uma vez Matthew decidiu dormir fora de casa. Especialmente na casa de sua mais nova “amiga”, Giulia. Claro, conheciam-se de longa data, ainda da época que Jimmy e os Avengers compravam drogas na boate mais barra pesada da Califórnia.

Ela era uma traficante que nunca conseguia ser presa. Seduzia as autoridades caso isso ocorresse, além, claro, de saber histórias cabeludas do sistema. Como se os Estados Unidos estivessem na posse de Giulia Rim (assim que a chamavam), e nada poderia mudar isso.

Há mais de cinco anos, conheceu uma gangue. Composta por cinco homens, arquitetavam planos tão mirabolantes para seqüestro e extorsão de celebridades, que se sentiu atentada. Passou a fazer parte dele, usando de todo seu “poder feminino” para obter o que queria.

E Matthew Sanders, o vocalista de Avenged Sevenfold, era sua nova vítima.

No dia 25 de Abril, uma hora da manhã, lá estava Matthew, parado defronte o apartamento da golpista. E de lá sairia apenas no dia seguinte, depois de um dia repleto de sexo, álcool e cigarros. E, se não houvesse negado algumas vezes, heroína e “balinha”. E lógico, algumas confissões inoportunas que fizera no meio da bebedeira, sem ter consciência do que dizia. Frases como “antes de Marietta aparecer, era tudo melhor” eram freqüentes, e Giulia já estava percebendo, com perspicácia, qual era seu ponto fraco.

Chegou em casa por volta das 5 da manhã. Encontrou Synyster e Zacky deitados no chão da sala, perto de um Xbox. De certo,jogaram a noite toda um game ridículo de zumbis. Ele adorava, mas não daria o braço a torcer. Ultimamente, tudo era ridículo, anyway...

Subiu as escadas com um pouco de esforço. Talvez bebera demais no dia anterior. A ressaca estava dando sinais claros de sua vinda, e o cansaço era uma das conseqüências.

- Nada que minha cama não... resolva. – suspirou, abrindo a porta do quarto. Estava todo bagunçado, para variar.

Jogou os óculos, a jaqueta e a camisa na poltrona. A calça jeans, a cueca e os tênis, ficaram ao chão mesmo. Completamente nu, deitou sobre o colchão, sentindo um enorme prazer de estar sozinho, quieto, pronto para se entregar ao mundo dos sonhos, que parecia bem mais tranquilo que o real.

- Poderia dormir horas e... horas. – riu, batendo com força no travesseiro. – Não me surpreende estar cansado, depois do que aquela vadia fez comigo.

Mexia-se na cama até encontrar uma posição confortável. Encontrara-a minutos depois. Mas, perto de seu ouvido, o barulho de algum papel ou plástico tornara-se constante. E o irritava, para variar.

- Que porra... – resmungou, levantando-se. Tirou o travesseiro do lugar e o chacoalhou, para certificar que não havia nenhuma etiqueta. E, para sua surpresa, caíra uma carta, agora já amassada.

Abriu com desdém, julgando ser mais alguma conta que viera em seu nome. Syn e Zacky adoravam assumir dívidas no nome do amigo.

Mas, com letras de revista recortadas, o recado parecia bem mais sério. E não valia alguns euros... só mesmo a vida de nossa escritora Marietta.

- “Pode ir ao quarto dela. Ela está sentada na mesa, escrevendo, coisa que esta fazendo desde que a deixou. Sensato? Protetor? Uma arma está apontada para sua cabeça. Bum Bum. Adeus escritora Heagle, o mundo sentirá sua falta. Mas M. Shadows não”. – leu em voz alta, levantando-se de brusco.

Agarrou a carta com força, e repetiu a leitura. Uma, duas, três... quantas vezes fosse necessário para entender que sua Marietta estava em risco.

Não pensou duas vezes. Colocou uma camisa qualquer, e jeans idem, e saiu como um louco pelos corredores, com o celular em mãos. Abriu a porta de Marietta com força, e encontrou a imagem detalhada na carta, com toda perfeição.

Marietta, debruçada sobre a mesa, digitava compulsivamente na máquina de escrever. Parecia absorta em seu próprio mundo criado.

- MARIETTA! – berrou, apavorado. Sem mesmo se importar caso estivesse agindo como louco ou não, ajoelhou-se diante da escritora, agarrando-a com as duas mãos. – Pelo amor de Deus, vamos fugir.

- Hã? – questionou, sem poder se mexer. Os braços de Matthew não permitiam qualquer movimentação.

- Você está em perigo. Sai daqui, foge. Você não... eu não... ah meu Deus. – continuava, tropeçando nas próprias palavras.

- Matthew, que há, estou assustada!?

E o celular de Matthew tocou no bolso.

- Atende. – pediu, apontando para a luz emitida pelo aparelho. Mas ele, trêmulo, temia o que estivesse por vir. Não ia suportar qualquer outra ameaça. – Por favor. - continuou, tentando entender o que estava acontecendo.

Matt agarrou o celular e atendeu, quase que berrando. Talvez estivesse pressentindo o pior:

- Alô?

- Rápido, ein? Agora acredita no que falamos? Que os dias de sua querida escritora estão contados? Mas... afinal, não era isso que você queria? – disseram do outro lado. Mas a voz, diferente da outra vez, parecia divertida, como se segurassem uma gargalhada. Mas Matt não entendeu, e não precisou muito para que perdesse o controle:

- ME DÁ SEU NOME, SEU FILHO DA PUTA! EU VOU TE MATAR, VOU TE MATAR!

- Vai me matar, é? Pra você aprender a não desejar mal pra ninguém, ainda mais pra escritora que você está apaixonado!

Ele hesitou. Olhou para Marietta com os olhos arregalados, brilhantes. Como que alguém... sabia do que estava tentando esconder há muito tempo? Não, alguma coisa estava estranha na história.

- Quem está falando? – repetiu, com violência.

- Abra a porta, se for corajoso. – desafiaram, desligando logo em seguida.

- Matthew, eles vão me matar, é isso? – perguntou Marietta, levantando-se. – Era isso que você queria, não é?

- Anota bem que eu digo, Marietta: se algo acontecer com você... eu juro que vou até o capeta pra cortar o saco desse desgraçado, e enfim uma adaga bem no meio do cu. – berrou, correndo até a porta.

- PEGADINHA DO AVENGERS! – gargalharam Zacky e Syn logo que Matthew deu as caras na porta.

Agora tudo fazia sentido. Trotes, cartas, relatos e fatos. Tudo não parava de uma ridícula brincadeira para que ele e Marietta voltassem a se falar?

Zacky e Syn brincaram com o bem mais precioso que portava para... dar uma ESCROTA LIÇÃO DE MORAL?

A reação não foi muito diferente do que já imaginávamos. Matthew deu um soco na porta, correndo direto para o quarto. Pegara qualquer coisa de lá (enquanto os dois Avengers situavam Marietta do que estava acontecendo) e desceu as escadas, sendo abordado por Melissa.

- Que gritaria é essa? - perguntou, vendo Syn se aproximar, quase que pulando os degraus de dois em dois.

- QUE ACONTECEU? EU VOU TE MATAR BRIAN. – gritou, virando-se contra ele. Não deu muito tempo para evitar o confronto. Matthew já agarrava Syn pelo colarinho e socava-o, com raiva. – DEU DESGRAÇADO, EU VOU TE MATAR BRIAN!

- MEU DEUS! – gritou Marietta, desesperada, vendo tal cena.

Era horrível. Dois melhores amigos, brigando como dois galos de briga. Bem... brigar era só pra ser mais sutil.

Matthew estava espancando Syn com tanta força, com tanto ódio, que ninguém conseguia detê-lo, e nem Syn conseguia revidar. Já estava perdendo os sentidos quando Marietta, numa atitude desesperada, berrou, entrando no meio da briga. Levaria o soco no lugar de Synyster, se fosse necessário:

- NÃO VÊ QUE VAI ACABAR SE TORNANDO UM CRIMINOSO, SE TENTAR RESOLVER AS COISAS COM VIOLÊNCIA? NÃO ME DEIXA SOZINHA, PRECISAMOS DE VOCÊ. EU PRECISO, CARALHO!

O último soco parou no caminho.

Os olhos de Matthew afrouxaram, e o punho, acirrado e vermelho de sangue, abaixou.

Não teve coragem de dizer absolutamente nada, a não ser das as costas e ir embora. Marietta, não contente, seguiu-o até o carro. E o seguiria até o fim da rua, gritando como louca atrás do carro:

- MATTHEW, VOLTA, POR FAVOR. MATTHEW!

Ele não voltaria. Estava perdido demais pra voltar. Mas, de uma coisa, tinha certeza: era mais do que fato que Marietta, a escritora que tenta infernizava sua cabeça... era o amor de sua vida. E que negar, estava se tornando cada vez mais difícil. Mas tentaria.

Era melhor.


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