Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 131
O plano.


Notas iniciais do capítulo

MIIINHAS LINDAS, QUE SUPER SAUDADES DE VOCÊS, MEUS AMOOOOOOORES *-------------*! DEVO DIZER QUE ATRASEI PQ A FACULDADE É UMA LOUUUUUUUUCUUURA E ESTOU AMANDO MUUUUUUUITO *--------------* Minha turma é um barato, adooooooroo! Então, no domingo passado, em que eu postaria, tive que fazer um resumo pra aula de Metodologia :/ Então né... atrasei. Agora... não sei se é noticia ruim ou boa... mas eu perdi mais um emprego. ¬¬ Estou cobrindo aviso, então saio mais cedo todos os dias. Isso ajuda, pq dá pra eu postar com mais frequencia. Mas antes que vocês pensem que sou uma má funcionaria... o motivo de ter perdido o emprego foi por causa do meu estudo. :/ Foda ter que escolher entre o que preciso, e o que eu sonho. E sempre escolho o que eu sonho. Pq é isso que me motiva. Mas sem neura... estou aqui com voces, e vocês não sabem o quanto fiquei agoniada esses dias. DIA 7 completa 1 ano de fanfic, e espero poder postar algo bem foda nesse dia. Eu acho que vcs vão AMAR!! ENTÃO... UM SALVE LINDO PRA DONA Alinnetss QUE SE MANIFESTOU NOS REVIEWS *----* fiquei feliz a bessa quando li seu recadinho. Animou minha noite., adooro. Seja bem vinda e continue, que vamo que vamo *-*
Boa leitura suas liiindas, e comentem ein? E não achem que eu detesto os reviews grandes, EU AMOOOOOO AQUELAS BIBLIAS, OOOWNT *0* enfim... beijão!



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Madrugada, sozinha, no meio de algum lugar que eu ainda não sabia o nome.

- Synyster! – gritei pelo celular, no meio de uma crise tensa de choro. Tá, eu sou orgulhosa e não choro por homem algum... quando estou certa. Quando faço cagada, essa é a minha única solução.  – Por favor, vem me buscar. – pedi, gaguejando devido ao nervosismo.

Do outro lado, pude ouvir a voz histérica de Mel perguntando “o que houve com a Marie?”, enquanto Syn pedia calma para nós duas.

- Marie, Marie, explica o que houve. Você e o Matt estão bem? – perguntou bem lentamente, como se a calma de sua voz adiantasse algo.  

Era tudo que precisava, ouvir o nome de Matthew. Fiquei ainda mais apreensiva, relembrando tudo que acontecera há algum tempo atrás, sem dar a mínima chance de compreenderem o que eu falava. As frases saíam confusas, enroladas. 

- Matt... Matt... – resmunguei, passando a mão pelo rosto. – Vem me buscar, por favor.

- Houve algo com Matthew?

- Não sei... venha, Syn, por...

- MARIETTA GENOOM, VOCÊ CONTOU A VERDADE? – berrou Melissa, que provavelmente, havia roubado o celular das mãos do namorado. Sabia que Matt era o único homem pelo qual eu choraria, e deduziu, imediatamente, que devíamos ter brigado. – Contou, não foi?

- FOI! – respondi, enxugando os olhos com a manga da blusa. – Mel... vem ficar comigo, estou sozinha.

- Vocês brigaram e ele saiu com o carro?

- Ele sumiu com o carro. E estou aqui. Tá escuro, no meio do nada. Estou com medo, e se eu morrer?

- Marie, deixa de tolice, você nunca mais teve medo de ficar sozinha. Por que isso agora?

- Ele quer me matar. – murmurei, olhando para os lados. – Matthew sabe que a vida dele seria melhor sem minha existência. Pelo amor de Deus, vem me buscar Mel!

- EU que vou matar o filho da puta que retorna em você todos seus problemas de adolescência, sério. – resmungou, desligando na minha cara. Legal, nada como esse apoio de amigas, mesmo.

Acho que vocês já perceberam que sou um pouco... complicada. Freqüentei psicólogo por alguns anos, na adolescência, porque sempre acreditei que fosse morrer (morrer todos nós vamos, mas eu achava que era imediato). Além, claro, daqueles problemas de aceitação física que já citei aqui.

E ouvir Matthew desejar minha morte... era como se retornasse todos meus medos. De ficar só, do escuro, de assassinos, de qualquer coisa que possa tirar minha vida. E de carro, principalmente... visto que já presenciei um acidente, e... esquecem, não gosto de lembrar disso. Minhas mãos tremem para escrever.

Enfim, voltando àquela noite, Syn e Mel chegaram uma hora depois. Deviam ter se perdido na segunda estrada, que não possuía nem sinalização, e tão pouco luz.

Procurei por Zacky, ao vê-los entrar com tudo na chalé, e deduzi que ficara em casa, caso Matthew surgisse por lá.

- Marie. – murmurou Syn, abraçando-me. Lembro que eu estava encolhida no sofá, abraçando as próprias pernas, como se qualquer objeto fosse tomar vida e me assombrar. Foi com enorme dificuldade que consegui arrumar minhas malas. A mente humana é uma bosta quando está desequilibrada, que porra. – O que houve, realmente? Mel explicou meio por cima e...

- Marie foi filha da puta em ter traído Matthew. E Matthew foi filho da puta de ter desejado a morte da coitada. – interrompeu Mel, puxando-me pelo braço. – Sai dessa fossa, mulher. Vamos embora, manda aquele idiota se fuder.

- Não é bem assim, Mel. – interveio Syn, levantando-se. Talvez a forma que estávamos falando de seu amigo não lhe agradara – Matthew tem os motivos de ter ficado nervoso. Marie armou todo um esquema contra ele.

- Mas foi mulher suficiente pra chegar e contar a verdade. – respondeu na lata, corando.

Melissa podia ser a melhor pessoa do mundo, mas Syn a questionava... xii, sai de baixo que lá vem bomba. E das maiores ainda.

- Não estou questionando isso, Melissa. – opa, Syn disse o nome inteiro? O baguo tá ficando sério, Deus.

- Então o que é? – questionou, cruzando os braços, batendo a ponta do pé no chão. O barulho de “toc toc toc” já estava alto.

- Você nunca falou merda quando estava nervosa? Conheço Matthew desde pequeno, não leve a sério o que ele diz.

- Legal, ele chega, xinga todo mundo, e depois nós que devemos entender que é porque o Sr “Ogro das Trevas” é o injustiçado. Que maneiro.

“Sentido, pra que te quero?”, pensei comigo. Só eu que achei a frase da Mel meia... incoerente?

- Chega de ironia, não quero discutir com você. – concluiu Syn, dando de ombros. Mel corou ainda mais, puxando-o pelo braço. Irritava-se facilmente com desdém.

- Discutir, quem está discutindo?

- Cala a boca vocês dois, hã? – gritei, enrugando a testa. Briga de casal, numa hora daquelas, ninguém merecia. Nem eu. – Vamos embora, caralho?

- É, vamos embora. – concordou Syn, conseguindo se soltar de Mel. Agarrou as primeiras malas que viu ao pé da porta e vazou, deixando-nos para trás.

- Sinistro filho da puta. – resmungou Mel, dando um soco no ar. – Filho da puta. E o seu Escurinho também é um filho da puta. Avengers filhos da puta. Todos filhos da puta.

Legal, se as mães dos Avengers lerem isso, ficarão imensamente felizes. Meu salve a vocês.

***

Sabe quando que o senhor Matthew Sanders foi aparecer em casa? Na terça de manhã. NA PORRA DA TERÇA! Que caralho, na segunda tive que rebolar muito para justificar a falta dele nos estúdios. Mas lógico, Tom não era tolo... e minhas olheiras denunciavam que alguma coisa estava errada entre a gente.

- Estamos na reta final, Marietta. Não podemos nos dar ao luxo de que brigas de namorados interfiram no andamento das gravações. – repreendeu-me, coçando a testa. Nosso diretor podia ser gente fina, mas quando envolvia os prazos de entrega de material e tals... era absurdamente neurótico, e nada, nem mesmo coisa grave, poderia justificar um atraso. Ou uma falta, como a daquele dia.

- Não somos namorados, Tom. – resmunguei, dando as costas. – Estamos bem longe de sermos isso. Até mais.

Bem, como eu disse... ele surgiu na terça de manhã, por volta das sete horas. Quieto, trombava em tudo que estava pela frente. A jaqueta que usava estava amassada, com alguns sinais de arranhaduras.

Syn abordou-o na escada, enquanto eu me levantava do sofá (que se tornara minha cama por aqueles dias).

- Cara, você...?

- Não enche meu saco. Ouviu? ME DEIXA EM PAZ, CACETE! – berrou, empurrando-o escada a baixo. Por sorte Syn se equilibrou no corrimão, evitando a queda. Mas a mão que usara para apoio torceu.

- DEIXA DE SER IDIOTA, MATTHEW. – gritou Syn, segurando uma careta de dor, barrando-o novamente. – Qual sua finalidade em jogar seu melhor amigo pela escada? Quer me matar, é isso?

- ME-DEIXA! – era só o que sabia dizer, enquanto subia as escadas.

Não me manifestei, obviamente. Sentei no sofá, balançando a cabeça. Que diabos estava acontecendo? Minha vida, a certo ponto, estava influenciando a de todos. Isso não era bom. Não mesmo.

Syn desistiu de conversar. Seu humor já estava consideravelmente péssimo. Matthew se trancara no quarto, e não havia nada a fazer além de se controlar. E controlar a situação.

O que era bem fora de alcance, no momento.

***

Matthew só saiu do quarto na quarta-feira, devidamente arrumado para gravar o filme. Juro que por algum momento, pensei que fosse largar tudo.

Zacky e Syn entreolharam-se, quando o viu sentar à mesa. Mel fez a mesma coisa comigo. Juro que eu não sabia se era sensato abandonar a mesa, ou ficar, fingindo uma harmonia. Neutralidade. Sei lá, qualquer coisa que demonstrasse que não me importava.

- Passa as panquecas, Zacky. – pediu Syn, quebrando aquele silêncio constrangedor, esticando a mão. Matthew ficou analisando, por um tempo.

- Enfaixada? – acabou murmurando, olhando para o amigo. Syn, já na posse da travessa, abaixou a cabeça, soltando um simples “torci meu punho na escada”.

Era óbvio que havia se machucado na briga do dia anterior. Um tanto quanto visível sua mão inchada, enrolada numa faixa. Justamente a mão que usava para tocar...

- Chego tarde hoje. – avisou, enchendo a xícara com café. Devia estar de ressaca, com certeza.

- E quem está interessado nisso? – resmungou Zacky, levantando-se da mesa. Parecia que a presença de Matthew estava um pouco enfadonha. Tempo depois, Syn fez o mesmo, demonstrando impaciência. E só restara três. Três idiotas.

- Hum... – suspirou Mel, olhando para os lados. – Qual a cena de hoje, Marie?

- Do retorno... e que Jonathan... e Sophia... decidem... ér... estou indo. – sim, praticamente fugi como se fosse uma condenada daquela mesa. A morbidez do olhar de Matthew e aquele clima tenso estavam acabando, ainda mais, com meu dia.

E só ficou Mel e Matt. Calados. Sem proferirem uma palavra sequer. E saíram juntos da mesa, lado a lado, fingindo não se conhecerem.

O meu lar estava desmoronando. E era TUDO culpa minha. Que caralho, viu?

***

Matthew voltou a sair todas as noites. Chegava muito tarde, bêbado, trombando nas coisas. Por algumas vezes, chegava com os olhos vermelhos. Devia ser o sono... ou algo que eu nem conseguia imaginar.

E a dúvida da vida narcótica dos Avengers rondara-me novamente.

E nessa nova condição, de todos se tratarem como um bando de estranhos, passou um mês. Lógico que Mel e Syn já estavam de amores um com o outro. E que, mesmo raramente, pegava o trio de Avengers rindo, ou falando sobre qualquer assunto. Mas Matthew, por mais que tentasse, se distanciava. Parecia cada vez mais absorto em seu próprio pensamento... e não foi surpresa encontrá-lo tão misterioso e quieto. E lógico, promíscuo e boêmio. É... agora que M. Shadows retornara a vida.

Certa noite, por volta das 2 da manhã, sai de meu quarto para comer algo. É, sou uma daquelas obesas que assalta a geladeira a noite, algum problema?

Passei pelo quarto de Matthew e ouvi algumas vozes masculinas. Eram reconhecíveis, lógico. Syn e Zacky deviam estar lá.

E eu, a jornalista formada, a curiosa de plantão que não abandona uma boa proposta de fofoca... olhei para os lados, certificando que não seria pega... e colei meu ouvido na porta, abaixando-me à altura da fechadura.

- Tá saindo com a Giulia, aquela que vendia...? – dizia Syn, até que Zacky o interrompeu.

- Matthew, sai dessa. Você parou de fumar a tempos. Esqueceu da promessa?

- Não estou me drogando, caralho. Voltei com o cigarro, só isso. – defendeu-se Matt, deitado na cama, com os braços dobrados. – Já não agüentava mais bancar o certinho.

- E seus problemas, onde ficam? – questionou Syn, ajeitando-se na cadeira. – Porra vei, você sabe muito bem que...

- Que se foda os problemas. Vou vadiar até não poder mais. Afinal, não era isso que fazíamos? – sorriu, com aquele jeitinho malicioso.

- Mas os tempos mudaram.

- Não mudaram caralho nenhum, Brian. Se você namora, foda-se. Estou solteiro e vou fazer o que eu quero. E quero fumar e beber, e comer aquelas vadias da boate. – disse com agressividade, levantando-se. – E pra que vou me guardar? Pra agradar aquela filha da puta que me traiu?

- E isso justifica que você esteja se envolvendo com a traficante mais fodida da nossa cidade, hã?

- Giulia é gostosa, Zacky. Foda-se a profissão. – riu divertidamente, pondo a mão na barriga. Syn e Zacky não entenderam o motivo da graça. – Ow, qualé?

- Você está se matando. Já voltou com o cigarro. Qual vai ser o próximo passo, a maconha? A heroína?

- Um pau no seu cu. – resmungou Matthew, perdendo a paciência de todo aquele sermão pra cima dele. – A vida é minha, não se meta. Se eu quiser me drogar e morrer como o Jimmy, eu faço isso, afinal, ELA É MINHA.

- Ridículo. – gritou Syn, levantando-se. – Se não bastasse essa sua tentativa de suicídio... está tentando também levar a Marie junto. Vai, morre todo mundo, que final empolgando de história.

- Não vou matar a Marietta. – sorriu, erguendo a sobrancelha. – Se esse Deus realmente existir, vai fazer tudo por ele mesmo.

- O que você quer dizer com isso?

- Já pensou que se a Marietta nunca tivesse entrado nas nossas vidas, tudo estaria bem, como sempre foi? Agora, minha solução, é matá-la dentro de mim. Yeah. E esperar o dia que ela vai pros quintos dos infernos, bem longe de mim. Já não agüento mais fingir. É patético.

- É patético. – repeti, levantando-me. Agora... já estava mais claro.

Matthew estava se envolvendo com uma traficante. Voltara a fumar. A beber. E, quem sabe, era questão de tempo para se drogar. Era a atitude que acreditava ser a melhor, visto que não podia me matar.

Lógico, ele não viraria um assassino por minha culpa... mas me odiava. Simplesmente desejava que eu ficasse longe. Bem longe.

Meu Deus... não sei o que dizer. O que eu posso fazer, além de esperar que o meu filme termine, para pôr um fim nisso tudo?

Porque, vou pôr. Não vou seguir com os filmes pela Warner. Não vou aceitar o 2. Vou voltar para o Brasil, enquanto eles não saem de Londres. E retornarei, pra continuar na minha solidão.

Mel já não está mais só. Tem Syn. Quem sabe algum dia eles se casam? Afinal, ela sempre sonhou em morar nos Estados Unidos.

E eu tenho a mim mesma, e ao meus livros. Única companhia que posso esperar.

Se eu não morrer antes disso... acho que vou ser uma velhinha bem solitária. Mas, pelo menos, ninguém vai ser prejudicado pelos meus sentimentos.

Ou eu deveria mandar todo mundo catar coquinho, e ir escrever na Ásia. Quem sabe eu encontro algum rabino pitel pra me amar?

Lá vem o humor tentando acobertar o que realmente estou sentindo.

Um lixo. É isso.

***

(Narração em Terceira Pessoa)


- Matthew tem que aprender uma lição. – sugeriu Syn, sentado nas escadas com Zacky. – Que tal “aquele” nosso plano, hum?

- Acho ótimo. Quem sabe assim ele percebe... o que está, praticamente, escancarado?

Se Syn e Zacky soubessem que a brincadeira que pretendiam fazer já estava sendo planejada, há muito, por um grupo, na certa não teriam em mente a hipótese de executá-la. No caso do grupo, que nomearei de “Vingadores”, não se tratava de uma brincadeira. Era algo muito mais sério.

- Ele fala muito da escritora? – começou um homem, sentado em uma cadeira, fumando um charuto. A sala estava escura. Devia ser um beco.

Uma mulher, de cabelos vermelhos e roupa colada, aproximava-se lentamente dele.

- Fala quando bêbado. Vai ser fácil nos vingarmos.

- O nosso melhor homem foi preso... e morto. E tudo por causa de um drogadinho que tentou defender a...

- Matthew vai se arrepender de ter se intrometido nos nossos planos. – interrompeu Giulia, sorrindo. - E vai pagar na moeda mais cara de seu bolso: a vida de sua adorada escritora.

Qual é a hora que podemos gritar um FUDEU!?

CORRAM, CORRAM PARA AS COLINAS. É UMA CILADA, MATTHEW!


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