Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 125
You know me, you know me all too well.


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁ SUAS LINDAS E LINDOS, porque além do meu amado Rafah88, temos um novo leitor macho na história. Matt Sexy, bem vindo Boy HUSHUAHS não se sinta reprimido no meio de tanta mulher e melodrama romantico, você supera HUSHUAUHSUHASHUAS. enfim... O Cap de hj foi feito com muita inspiração HUSAUHSHU digo... queria que ela fosse uma fdp mesmo. HUSAUHUSAS mas nem tanto assim, Marie tem um coração bom... mas meio escurecido nnn HUSHUAS enfim... obrigad apelos reviews, adoro tooooooodas, e biejos aos novos leitores além do Matt ttt...
BEIJOS \O



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(Música tema [principalmente no finalzinho] - The End of Heartache - Killswitch Engage).


A segunda parte do plano, colocaria em prática na manhã seguinte, nos bastidores do filme.


Não precisou de muito para que tudo desse certo. Sem o menor esforço, consegui arranjar um momento para que eu e Anne ficássemos as sós, longe de Matthew ou Jared.


Não existia lugar mais tranquilo e habitual que seu ateliê, para “um novo ajuste no vestido, que devido o meu emagrecimento, afrouxara”. Tá, uma desculpa deslavada, mas surtira efeito.


A ruiva me recepcionou com um abraço, um pouco mais apertado que das outras vezes. Seus olhos, antes tão delineados e escuros, estavam embaçados, inchados. Era estranho ver Anne sem uma maquiagem sequer.


– Tudo bem? – comecei. Mesmo tendo ideia do que estava acontecendo, precisava manter a neutralidade, a ingenuidade, afinal, eu “não sabia de absolutamente nada”.


– Lógico. – respondeu, afastando-se um pouco rápido, esfregando os olhos. – Por que, não parece?


– Obviamente não. – sorri, fazendo uma careta. – Anne sem delineador, é Anne sem alma. Vamos, o que houve?


– Por que diabos você me conhece tão bem? – resmungou, jogando-se em um banquinho, como se não lhe restasse mais nenhuma força nas pernas. Parecia arrasada, e vencida. – Mas... você tem que prometer que... não vai falar nada pra ninguém.


– Xi... quando você pede isso, com certeza vai acabar sobrando...


– Não, eu te juro que Matthew ou Jared nunca saberão que... você sabe... – apressou-se a prometer, como se estivesse apavorada com a hipótese que a única pessoa com a qual poderia desabafar, fosse embora, sem querer ouvi-la.


Exibi um meio sorriso, tentando não demonstrar minha satisfação diante da promessa. Era bom que Matthew nunca soubesse do que eu estava fazendo. Estaria ferrada. Mas, quem se importa? Foda-se ele também.


– Bem... – continuei, sentando-me no chão, ao lado do banquinho. O ateliê estava uma bagunça, e eu nem era louca de tentar procurar outro banquinho por ali. – Pode começar, se quiser.


– Ontem... Jared... apareceu em casa. – começou, gaguejando, como se um choro interno a impedisse de falar com clareza. – E... disse que era inútil continuar com as coisas que havia ganho de mim, nas datas comemorativas e tals. Disse que... era hora de largar o passado e começar uma nova vida. A vida que ele precisava, sem mim. Não queria nada que o prendesse... e... se foi.


– Bem, era isso que você queria, não? – disse com frieza, virando os olhos. Às vezes, aquele melodrama mexicano me irritava. Os dois complicavam as coisas, eram idiotas, queriam viver afastados sabendo que queriam viver juntos... então, PRA QUE ESSA PORRA DE SOFRIMENTO TODO? E se alguém falar que isso soa familiar, eu mato. Ou não. – Vocês brigaram. Você tratou de se enrabichar com Matthew logo em seguida, na tentativa falha e estúpida de tentar esquecer toda essa muvucada. Jared, continuou sozinho, na dele, remoendo todo esse sentimento que sentia por você. Agora que o cara decidiu seguir a vida adiante, depois de meses... você está aí Madalena Arrependida, como morta-viva pelos cantos dos estúdios. Pelo amor de Deus, ein Anne?


– Filha da puta, essa parte era pra ser minha. – resmungou, enxugando os olhos com a manga da blusa. – Sempre fui a estúpida, sincera e odiável. Você a melosa e romântica. Que porra aconteceu conosco, invertemos de papel?


– O fato é que estou sendo sincera. Se você está tão balançada com Jared, por que ainda continua com Matthew? – perguntas diretas e objetivas, há, o meu forte de jornalista.


– Porque eu sinto a necessidade de mostrar a ele que ainda sou a Anne independente que não precisa de homem pra viver. Que posso me divertir sem meu ídolo desde a adolescência. Que posso viver sem ele. Que... que... – suspirou, abaixando a cabeça. – Que eu não me sinto aliviada toda vez que os boatos que ele estava pegando alguém eram desmentidas, mesmo sabendo que eu ria, muito alto, várias vezes, comemorando a novidade. Que... que...


– Você o ama. – conclui, levantando-me com rapidez. – Não precisa nem terminar. Está pintado na sua teste, em tinta fluorescente: EU AMO JARED! Uau, e pra que tanto mistério, hum?


– Mas tem Matthew. Ele é uma loucura... – riu, abanando-se, logo em seguida, com as mãos. Senti-me incomodada com o comentário, então tratei logo de mudar de assunto, com um seco:


– Não preciso saber como anda sua vida sexual, Anne.


– Ah cara, recalcada você. – tá, agora Anne já estava mais alegrinha, rindo que nem tonta das minhas faces vermelhas (embora eu nem sentisse que elas estavam assim). – Lembra quando ficávamos fofocando e falando como deveria ser uma noite com esses deuses gregos do Avenged? Pois saiba: MATTHEW É, REALMENTE É, AQUELA PROPAGANDA. TODA E UM POUCO MAIS.


– TÁ, CHEGA, NÃO QUERO SABER, okay? – gritei, chacoalhando o ombro. – Poupe-me dos detalhes sórdidos, já disse.


– Mas Jared era também tão espetacular... e eu me sentia tão segura com ele. – voltou a suspirar, deixando morrer, aos poucos, aquele sorriso malicioso de outrora. – Era um sexo diferente... não sei explicar. Já de estar do lado dele, era suficiente.


– E o que você pretende fazer em relação a isso? - perguntei, tacando na mesa a minha última carta, guardada na manga.


Anne esfregou os olhos por mais algumas vezes e olhou para cima, como se tentasse encontrar as palavras certas.


– Se ele... realmente... falasse que ainda me ama... e que quer recomeçar, com tudo diferente... eu... acho que... que... ah, meu Deus, eu voltaria sem pensar. Engoliria a porra do meu orgulho e agarraria aquele homem.


– E seu relacionamento com Matthew, como fica depois disso tudo?


Esse era o ponto que estava me interessando no momento.


– Depois do que aconteceu, não sei se há mais “relacionamento”. – confessou, um pouco acanhada. – Digamos que ele ficou um pouco puto... com a história toda.


– Hum, entendo. – concordei, balançando a cabeça. Mas, dentro de mim, a vontade era de soltar rojão e pagar uma rodada do Absinto da Fada Verde pra metade de Londres.


– Mas não tem nada certo ainda. – apressou-se a completar, balançando as mãos. – Às vezes estou confusa, e gosto de Matthew... ah, esquece. Vou esfriar minha cabeça, não vou ver mais nenhum dos dois. Anne Blake precisa de paz, rock e muita, mas muita costura. Como essa que terei que fazer nessa sua roupa, que está um balaio.


– Pra isso que vim. – sorri, erguendo os braços. – Então, comece seu trabalho.


Em menos de vinte e quatro horas... consegui adiantar mais de 50% do meu plano de me vingar de Matthew e juntar Anne e Jared. Ah cara, não sabia que ia ser TÃO rápido assim.


Os sentimentos alvoroçados do casal separado colaboravam para que tudo se apressasse. Não tinham tempo a perder. E eu também não tinha.


Meia hora depois, numa clima um pouco menos pesado entre a gente (isso, o clima que veio junto do namoro com Matthew), saímos do ateliê. Anne foi para a esquerda, procurando Johnny Depp que saíra sem seu chapéu. Fui para a direita, rumo ao set de filmagens, onde, com certeza, encontraria as peças principais de meu jogo particular.


– E aí Marietta. – cumprimentou Jared, correndo perto de mim. – Depois conversamos, estou atrasado pra cena.


– Não se atrase, ein seu louco, senão te demito. – brinquei, continuando a andar. Parei na mesa de café (meu lugar favorito), onde os bolinhos, cookies e leite faziam uma baderna cobiçando meu pobre e frágil estômago.


Matthew, sem que eu pudesse notá-lo de imediato, sentava do outro lado, com um copo de café.


– Você pode rir da minha cara agora, Marietta. – começou, em um tom de provocação. Tá, eu sou lerda... e foi só nesse momento que o notei ali, parado, feito uma múmia. Estava lindo, só pra variar, mas isso não entra no caso.


Retruquei, enfiando um bolinho na boca:


– Não sei do que está falando.


– Você deve ter rido muito da minha cara de pamonha ontem. Quando é que vai começar a falar “eu te disse, seu idiota, ela só estava te usando”?


– Não me venha encher o saco com suas briguinhas de amor. – resmunguei, afastando-me aos poucos. – Aposto que logo se reconciliarão, fazendo o que fazem todas as noites. Então, me poupe.


– Não sabia que a minha Marietta podia ser tão fria e tão...


– ... Realista? – completei, virando o pescoço para fitá-lo. – É, Matthew, as coisas mudam. Mas, de fato, tem algo que não vai mudar: nunca fui SUA Marietta. Você nunca deu chance para que isso acontecesse.


HÃ? PORRA? QUE? O QUE EU DISSE, NESSA ÚLTIMA FRASE AÍ? HÃ? ME SITUEM QUE ESTOU INSHOQUE COMIGO MESMA.


PORRA, MARIETTA, VAI MESMO ESTRAGAR O DESFARCE?


AAAAAAAAAAH SUA FILHA DA PUTA MANCA!


– O que quis dizer com isso? – perguntou aquele lerdo, arqueando as sobrancelhas. Tentei tratá-lo com desdém, dando as costas novamente.


You know me, you know me all too well. My only desire: to bridge our division. * – cantarolei bem baixinho, afastando-me com passos longos e rápidos.


Estar perto de Matthew era um perigo. Tanto para meus planos, como para mim.


Vai que realmente me desse vontade de... unir qualquer coisa que nos separasse?


* Tradução: Você me conhece, você me conhece muito bem. Meu único desejo: unir o que nos separa.


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