Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 126
All I wanted was you!


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ BANDILINDAS E LINDOS AHSAHUSHUASUHAUHS mais um capitulo. Pra ser sincera, esse capitulo é o mais importante da fic toda. Pq? Bem... vocês vão saber HUSHAUHS. Eu queria um tema com musica do Avenged, mas The Kill caiu tão certin que deixei ela. As duas mais belas do Avenged estão guardadas para dois climax da historia... que tá saindo do seu meio para reta final. ÉÉÉ T.T meio que falta pouca coisa... não tão pouca... mas eu acho que sim HUSAUHSUHASH. enfim, desculpem se não fiz um capitulo tão bom... não fluiu tanto como eu gostaria, mas eu nao poderia deixar de postar pra vcs.
Beijos suas lindas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130789/chapter/126

Como já disse na outra vez que estive aqui... tudo estava indo bem. É, perfeitamente bem, cheio de romances, aventura, ódio, intrigas... Parecia um daqueles filmes patéticos da Sessão da Tarde!


Até entrar alguém em cena. Desaparecida há algum tempo... mas que quando volta, volta pra fuder. Leia-se: MINHA GASTRITE. E não demorou muito para que desse sinal de vida não.


Passou uma semana bem agitada, alternada em gravações do filme e compromissos profissionais, com meu jogo secreto: nos bastidores, consolava Anne. De noite, disfarçadamente, instrua Jared. E, durante a madrugada, já que o sono me abandonara de vez, espiava Matthew pela fechadura, xeretando.


Foi no sábado de manhã, por volta das duas horas, que acordei um pouco estranha. Sentia um oco na barriga, junto de uma ânsia de vômito insuportável.


Levantei-me, andei por algum tempo pelo meu quarto... mas não demorou muito para que eu sentisse “aquele” soco no estômago. É, o soco que sentia toda vez que meus nervos saíam do limite, e davam sinais de agitação. Além, claro, das besteiras que vivia comendo no lugar de comida.


- Porra... não agora. – resmunguei, correndo para o banheiro, no fim do corredor. Ajoelhei-me diante do vaso e pá... nem preciso descrever que eu estava rejeitando até a alma pela boca.


Que inferno, como odiava minha saúde nesses momentos. Bronquite, Gastrite, problemas emocionais... o que mais faltava para acontecer com minha pessoa, ein? 


Fiquei ali, ajoelhada, enxugando meus olhos com a manga do blusão. É, eu chorava enquanto vomitava, quem nunca fez isso?


Tentei não fazer muito barulho. Fechei a porta com cuidado e me sentei, enfim, aliviada por boa parte dos meus problemas estarem rolando privada a baixo. Talvez eu conseguisse cochilar um pouco antes da outra crise, que estava por vir. É, devia ser a melhor opção. Ou não.

Tema: The Kill – 30 Seconds to Mars. 


Acordei num pulo com o barulho da porta do banheiro. Esfreguei os olhos, tentando enxergar, com nitidez, quem era o monte de massa muscular que estava parado diante de mim, olhando-me. Não demorou muito para reconhecer Matthew. E foi aí que voltei a vomitar, com o estômago queimando e doendo. Estava piorando em questão de minutos... olha que agilidade do meu sistema digestivo.


- CARALHO. – berrei, passando a mão pelo rosto. – QUE CARALHO! 
- O que aconteceu, você está bem? – perguntei, ajoelhando-me do meu lado. Ignorei-o completamente, debruçada diante do vaso.


Que pergunta IMBECIL... “está bem, está bem?”. Estou despejando meu almoço e janta do dia anterior, junto de algumas outras coisas nojentas! Como, COMO POSSO ESTAR BEM, SEU IDIOTA? 


- Marietta? – repetiu, afastando meu cabelo do rosto. – Você não está bem.


- Uau, você é muito bom mesmo, cara. – resmunguei, caindo no chão, enxugando a boca com algum pano que não pude identificar. – É, não estou bem, eu supero.


Matthew não respondeu. Analisou-me por algum tempo, sério, torcendo as mãos em sinal de ansiedade. Ainda com roupas de noite, devia estar voltando de alguma balada com sua adorada e querida Anne. Ou simplesmente estava bebendo com os amigos... ou sei lá mais o que. Francamente, não me interessava.


- Por que olha para mim? – acabei perguntando, levantando minha cabeça para que pudéssemos manter um contato visual. Talvez, naquele momento, eu realmente precisasse dos olhos verdes de Matthews para uma falsa sensação de bem-estar. Minha vida, ultimamente, estava fugindo do caminho... e só mesmo aquele olhar, do cara que mais detestava no momento (ironia), era capaz de me confortar.


- Seria capaz de me trair, Marietta? – perguntou, aproximando-se aos poucos. – Realmente você seria capaz de me trair?


Talvez o peso de minhas ações estivessem caindo sobre minhas costas naquela noite. Naquele momento. Naquele banheiro.


Não pude deixar de fazer a ligação dos acontecimentos que estive envolvida com a pergunta tão estranha de Matthew. Ele não perguntaria algo tão sério em um momento daqueles, apenas por zuação. Não... Matthew devia saber de algo. Alguém, tanto Jared como Anne, não manteve a promessa do silêncio e abriu a boca, contando tudo.


Ou, simplesmente... Matthew não era burro, e percebeu que as coincidências não existiam... que eu era a maior causadora de seu mal. Do fim de seu relacionamento.


Tentando não demonstrar minha surpresa, retruquei, virando o rosto para o lado:


- Pra que isso agora? Vai mudar algo?


- Eu preciso saber. Você seria capaz? – repetiu, um pouco mais alto.


- Não Matthew, eu não seria capaz. – suspirei, olhando para o chão. – Nem se eu tentasse... traição não é algo que faz parte do meu dicionário. E pra que diabos você quer saber isso, agora, JUSTAMENTE agora?


- Anne e eu não estamos mais juntos. – revelou, já pertinho de mim, quase que com o rosto colado no meu. Aquela aproximação me irritava, deixava nervosa. O perfume de Matthew era horrível... mas... tão... tão... familiar, aconchegante. Um abraço, era justamente o que eu precisava. Queria poder expressar a alegria de ouvir aquele comunicado, o mesmo com o qual sonhei por dias e dias. O qual armei, esquematizei e consegui obter. Mas, aquela sensação de vingança que queria sentir... já não conseguia mais. O tom de voz de Matthew fez que eu recordasse de algo que até então estava esquecido: acima de tudo, ele era meu amigo, e eu fui falsa. Trai sua confiança por algo tão bobo. Algo que não conseguia confessar pra mim mesma.


Brinquei com a vida de três pessoas, por um curto espaço de tempo, e mudanças bruscas aconteceram. Juntei um casal que se ama... mas trouxe a infelicidade do meu maior amigo. O que havia de errado comigo?


Não, eu tinha que estar feliz. Matthew estava SÓ. Ele voltaria ser só meu, só. E quando precisasse de sua mão para me ajudar, ele estaria lá, sem compromissos com a namorada, sem ter que dividir seu tempo.
Oh meu Deus, o quanto fui egoísta. Como minha ficha foi cair tão rápido? Cadê aquela risada que estava preparando, há dias, para receber aquela notícia maravilhosa?


Cadê minha sede de vingança? Caiu junto da minha lealdade. E, se essa última caiu... o corpo todo também cai.


- Lamento. – foi o que respondi, sem entender muito bem o que estava acontecendo DENTRO de mim naquele momento. O misto das sensações descritas acima deixa qualquer pessoa confusa, abobalhada, sem respostas mais elaboradas para um término de relacionamento. Normal.


- Anne sempre amou Jared, mas eles não voltaram “sozinhos”, creio. Deve haver alguém que serviu de intermediário. Eu sei que houve. E não gosto de ser enganado, Marietta, você sabe disso. – continuou, agora quase que em um sussurro, perto do meu ouvido. – Eu só preciso saber... ou melhor, ouvir de sua boca... olhando nos meus olhos... que você não fez jus a ameaça que fez no aeroporto. Que você não me traiu dessa forma apenas por uma briga. Que não usou Anne para me afetar. Por favor, me diga que não traiu minha confiança... você é a pessoa pela qual eu daria a vida... E, de fato, seria uma vingança bem a altura se eu soubesse que... que...


- Chega. – gritei, balançado a cabeça com violência. – Para de falar, Matthew, para.


- Marietta, eu peço...


- PARA! Não, não te trai. Não ajudei Anne a voltar com Jared. Não me vinguei de você. – menti, olhando-o fixamente, como havia pedido. Afastei-o de mim, com agressividade, algum tempo depois, sem conseguir aguentar. – Agora, me deixa... estou morrendo e você só pensa em falar de Anne Anne Anne, caralho, já pensou que eu tenho sentimentos também? SOU GENTE. Não vivo em função de ser psicóloga, ou resolver os problemas alheios. Agora, me deixa em paz. Me deixa...


- Marie... eu te ajudo, me dê a mão. Vamos para algum médico.


- Não quero sua ajuda. – gaguejei, ajoelhando-me novamente no vaso. - Não...


- Realmente, não queria que estivéssemos aqui. Não queria que acontecesse isso, mas há coisas que... não são possíveis de... – interrompeu-se, virando o rosto. – Enfim, fico feliz que... pelo menos, nisso tudo, sei que você ainda é minha Marietta. A mesma escritora que conheci no aeroporto de Londres.


- Muita coisa mudou em um ano, Matthew.


- Eu sei... a mudança é inevitável. – sorriu, aproximando-se novamente, como se estivesse tentando uma reconciliação. - Mas...


Afastei-o novamente, levantando-me com rapidez. Cambaleando, deixei o banheiro, fugindo daquela conversa que estava me perturbando.
Naquele momento, me sentia a pessoa mais podre do mundo. Movida pelo impulso, trai meu maior amigo. Menti, olhando-o nos olhos. Mostrei dissimulação. Fui má com ele, e comigo mesma.


Já não era a mesma Marietta de antes. Agora eu estava suja, com uma culpa na mente. O remorso, na certa, cercaria meus dias. E, tornar-se-ia mais intenso, toda vez que encarasse Matthew sorrindo... ou chorando.
Não podia suportar aquela culpa. E, se ao menos, tivesse alguma forma de aliviá-la. Uma forma de aliviar a sensação que... EU era culpada pela INFELICIDADE da pessoa que mais admirava... e amava.


Por que não sei se ficou claro agora... mas o medo de perdê-lo, por uma tolice, fez com que eu... enfim entendesse... que não era normal. Não era normal.


Matthew Charlie Sanders era o homem da minha vida.


Eu tentei ser outra pessoa, mas nada pareceu mudar.

Agora sei quem realmente sou por dentro.

Finalmente eu me encontrei!

(...)

Olhe nos meus olhos! Você está me matando, me matando!

Tudo que eu queria era você!

Venha me destruir! Me destruir, me destruir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!