Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 123
O ínicio da Guerra.


Notas iniciais do capítulo

HAHAHAHA, VOCÊS VÃO ME OOODIAAAAR, HAHAHAHAHAHA! Gente, tô tão maléfica, que sinto que vocês vão ficar muito putas com a Marietta... HSAHUSHUASHUHASHUASHA mas adoooooooooooooooro que vocês a amem, e depois, a odeiem ttt mas, no amor e na guerra, TUDO vale... HAHAHAHA. TA, CHEGA, VAMOS AO CAPITULO. Agora as coisas começam a tomar rumo. E pelo visto a formatação não vai voltar ao normal tão cedo ¬¬



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(Trilha sonora – Seize the Day – Avenged Sevenfold!)


Matthew, desde que soubera que Hugo morreria, sentia-se atormentado e agitado. Era como se... Marietta estivesse fugindo, cada vez mais, de suas posses. Como se a amiguinha escritora fosse partir, a qualquer mundo, junto de Hugo.


Atentado pela ideia de convencê-la que ao lado dele e dos amigos, a felicidade seria “eterna”, embora utópica, decidiu se tornar um cara mais presente. Faria tudo que pudesse para que Marietta entendesse que não poderia ser feliz em nenhum outro lugar, que não fosse ali, no Lar de Londres.


Pondo em prática seu plano, influenciado principalmente pelos sentimentos de posse e ciúmes, decidiu que iria buscá-la no aeroporto, tentando recompensar o que fizera na partida.


Colocou a melhor roupa, evitou os óculos escuros, e foi, ignorando os avisos de Syn e Zacky, que diziam:


– Calma aí cara, ela pode estar chateada ainda, não faça isso se tornar pior...


– Foda-se, ela deve ter esquecido já. Foi uma pisada na bola, mas quem nunca deu? Marie supera, ela sempre supera. – sorria, antes de mandá-los tomar no cu.


Tudo bem né... você que sabe.


O desembarque estava previsto para as 11 horas da manhã. Nevava. Matthew manteve-se sentado até as 11:20, quando começou a ficar preocupado. As lembranças do acidente do ano passado, em que quase Marietta se envolvera, ainda eram vivas em sua mente.


– Pode ter acontecido alguma coisa. – resmungava para Zacky, que tratava de acalmá-lo.


– Cara, são só vinte minutos, você sabe como é um caos aeroporto.


– Porra, ein, cara, tá parecendo que vai casar. – riu Syn, levantando-se. – Mas se isso te sossega, eu e Zacky vamos buscar informações nos balcões. Deve ter acontecido um atraso normal.


– Tá... e eu vou dar uma volta. Minha bunda está dormente.


Levantou-se, ajeitou o casaco e começou a caminhada, com as mãos no bolso, fitando unicamente o chão. Seus pensamentos, naquele momento, andavam confusos e atordoados. Nunca se sentira assim antes.


Era tão estranho o vazio que sentia por dentro. Percebeu, mesmo que na marra, que algum tempo sem a amiguinha do interior era dolorido. Acostumara-se com seu jeito, seus gritos, suas histerias.


Apavorou-se, mesmo que em questão de segundos, em imaginar como seria a vida depois que o filme terminasse. O que faria, quando tivesse que seguir sozinho?


“Deixe de pensar bosta, Matthew. Estamos em janeiro ainda, muita coisa pode acontecer”, pensou consigo, dando um giro com os calcanhares.


Seu olhar, até então posto no chão, mudara de foco. Era exatamente a figura que estava procurando. Aquela mesma, magra, alta, de cabelos bem mais extensos que sua massa corpórea, munida de sobretudo e cachecóis, devido ao inverno rigoroso da Europa. Calçava uma bota sem salto. Bem do timbre de sua menininha, que pagava para não ter que usar saltos...


Mantinha-se inerte, olhando para os lados. As mãos, enluvadas, carregavam uma bolsa, que devia estar cheia de comida, para variar.


– MARIETTA! – gritou, sem poder resistir.

E a cabeça da jovem virou, para encontrar, no meio da multidão, o dono da voz. Era exatamente quem pensou que fosse. E não demonstrou felicidade (embora a sentisse, bem no fundinho).


Afastou os cabelos do rosto, ajeitou o cachecol e começou a caminhar, com passos longos e rápidos.


Matthew sentia-se um tolo, de aparentar tanta ansiedade pela vinda de Marietta. Não podia evitar. O corado de suas faces e os dedos torcidos uns aos outros demonstravam isso e muito mais.


E, não demorou muito, para que estivessem face a face, frente a frente.


– M. Shadows. – começou ela, com notável frieza e indiferença. – Fico agradecida que não tenha estragado tudo dessa vez. Acredito que a noite não tenha sido tão boa assim. Mas, sinceramente, preferia que não tivesse vindo.


TUSH! Matthew sentiu aquele desprezo como se fosse um soco no estômago.


Ficou sem reação, no momento. O sorriso, que nasceria dali algum tempo, na expectativa de que um abraço de reconciliação acontecesse, morreu antes mesmo de surgir.


Marietta destruíra todas suas esperanças com poucas palavras. Diretas, amargas, e vazias.


Passou a mão pelo rosto, agora tingido de um vermelho púrpuro, tentando entender o que fizera de errado para ser tratado daquela forma. E concluíra que, mesmo se tivesse sido um filho da puta inúmeras vezes, Marietta NÃO possuía motivos. Não imediatos.


– Calma aí. – gritou, agarrando-a pelo braço. Todos os sentimentos bons depositados naquele momento vazaram como água na peneira. Matthew só sentia raiva, por ter o orgulho ferido. A indiferença era a pior arma que alguém poderia usar. – Que porra, afinal, você quer de mim? Fiz besteira, mas eu estava disposto a me redimir, e você vem com essa porra de seu nariz empinado pisar em mim, como se fosse grande bosta?


– Você, se redimir, Matthew? Estou cansada de você. Cansada de suas tentativas falhas de se redimir. – continuou com a mesma calma. – Estou cansada de sempre estar esperando algo de você que nunca vou ter.


– O que, posso saber? – desafiou, enrugando a testa.


– Consideração e lealdade. Posso, a qualquer hora, ser traída. Ser posta de lado por uma mulher, ou alguma coisa que você julga mais importante. Agora, por favor, solta meu braço, e não estrague meu retorno da mesma forma que fez com a minha despedida.


Matthew soltou Marietta com agressividade, passando, por várias vezes seguidas, as mãos no rosto. Pegou alguns papéis que carregava no bolso, amassou-os e jogou no chão.


– É guerra que você quer, Marietta Genoom? Pois bem, guerra você terá. Está muito enganada se acredita que pode rir da minha cara. Você vai se arrepender por isso. – e, quase na beira de uma crise de choro (por incrível que pareça, quando Matthew sentia muita raiva, tinha vontade de chorar), foi embora, com os punhos acirrados.


– Então é isso, Matthew? Ótimo! Vou te atingir onde mais dói... – suspirou Marietta, passando as mãos pela testa suada.


Foi difícil manter o equilíbrio diante da ocasião, mas precisava ser enérgica, mostrar a Matthew que seus sentimentos não eram brinquedos, que podiam ser deixados de lado a qualquer hora.


E o ano começava bem, com aquela Guerra particular que os dois haviam declarado.


E Marietta, movida pelo impulso de atingir Matthew de alguma forma ou outra, aproveitou o fato de estar sozinha. Pegou o celular da bolsa, procurou pelo nome de Jared Leto e discou, batendo os pés no chão.


– Oi Jared. Tenho que ser breve, acabo de chegar. Sabe... estive pensando. – começou, dando um meio sorriso. – E a melhor coisa que posso fazer... é te ajudar a voltar com Anne.


Marietta acabava de se tornar a vilã de sua própria história.


E se ao menos tivesse a curiosidade de pegar os papeizinhos caídos no chão, aqueles abandonados por Matthew depois da briga, entenderia o motivo de sua ira, diante da rejeição.


“Trails in life, questions of us existing here, don't wanna die alone without you here. Please tell me what we have is real.”


(Rastros em vida, perguntas sobre a nossa existência, não quero morrer sozinho sem você aqui. Por favor, conte-me se o que temos é real).


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