Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 118
Reencontro.


Notas iniciais do capítulo

Vou dizer que estou muito chateada com vocês, leitoras. u-u Eu sei que precisei me ausentar, e que agora estou de volta, mas poxa, quase ninguém comentou nos meus ultimos posts :/ isso desanima u-u ainda mais na fossa que to hoje. Enfim... mesmo vocês sendo más comigo, vouuuuuuu postar hj DOIS CAPITULOS. UM menorzinho, com o Reencontro da Marie com os papis (o que não ddei muita enfase, pq hj tem BUEMBAS!) e outro muito foda. Bem... boa leitura, E COMENTEM e.é E BEIJOS IMENSOS PRA LILLY QUE CONHECI NO DIA DO VESTIBULAR, HAHAHA. Minha Mel, vai me aguentar 4 anos, hoho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130789/chapter/118

Não foi fácil retornar a casa de meus pais. Principalmente pelo fato de estar dois kilos mais magra... com uma puta tatuagem nas costas... e alguns milhões mais rica, talvez.

Rio só de lembrar a cara do meu pai, sentado na mesa da cozinha, quando cheguei junto de meus irmãos. Não me abraçou nem disse um “eu te amo”. Sempre fomos secos nessa parte, o que não desmerecia, em nada, nossos sentimentos uns pelos outros.

Meus pais eram tudo pra mim... tudo e mais um pouco.

- Filha. – sorriu minha mãe, vindo me abraçar (diferente do meu pai, ela era mais emotiva. Até demais, algumas vezes, HSUAHSAHUS). – Andou abusando muito em Londres? Tomou coisa gelada? Ficou descalça? Bebeu ou...?

- Estou bem, mãe. Não virei uma drogada nem estou me prostituindo. – sorri, afastando-a de mim. – E você, ein dona Genoom, tá inteirona ainda.

- Mãe, a Marie fez uma tatuagem nas costas, olha. – contou meu irmão linguarudo, que ADORAVA me tirar do sério. Ai... bem que tentei encostar na parede, querendo esconder a minha “pequena” arte, mas meus pais vieram pra cima de mim como um bando de cupim em torno de uma madeira.

- O QUE É ISSO? – disse meu pai, arqueando uma das sobrancelhas. – Sai com Bombril e Tiner, né?

- Não... exatamente. – confessei, coçando a nuca. – Eu disse que tatuaria minha águia quando fosse rica e famosa, não disse?

- Não levei a sério. – resmungou minha mãe, cutucando-a com o dedo. – Não levei a sério mesmo. O que minhas irmãs...?

- Blá blá blá, o que elas vão falar quando ver que a filha da dona Genoom está perdida e corrompida, uau. – brinquei, revirando os olhos. – Ah gente, não vamos estragar meu clima de retorno, ein?

Meus pais não ficaram muito felizes e convencidos com minhas explicações não. Era visível, na cara deles, que se pudessem, ainda manteriam a pequena caçula sob seus cuidados, bem pertinho, sem deixar escapar.

Era inútil isso. Embora seja difícil, às vezes, admitir... o tempo passa. Muito rapidamente, em certas ocasiões. E eu senti exatamente isso, quando entrei em meu antigo quarto.

O quarto lilás, com pôsteres de banda, águia e livros, muitos livros. Meu guarda-roupa ainda estava empanturrado de rascunhos e cadernos. Minha bolsa de diários (que eu guardava a sete chaves), mantinha-se escondidinho no fundo da primeira porta. E meu cofrinho, que não passava de uma embalagem de ovo de páscoa da Ferrero Rocher, guardava algumas moedas, da época que eu juntava.  

- O tempo passa. – murmurei, tocando a porta com a ponta dos dedos. – E é estranho pensar que tenho dois lares, agora.

Foi ali que criei Heagle. Ali que criei meus primeiros textos... ideias... livros. Ali que decidi ser uma das melhores escritoras de literatura fantástica do mundo!

Foi exatamente naquele cantinho que Marietta se tornou Heagle, na época que ninguém acreditava que um dia isso fosse acontecer.

Heagle foi criada diante de um espelho. No rascunho de um caderno. Nas esperanças de uma interiorana que... acima de tudo, sonhou.

A vida não é nada se não tivermos sonhos para realizar. E, os meus, ainda estavam só no começo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!