“Caro M. Shadows.

Você é um filho da puta. É um idiota que não consigo tirar da minha cabeça. Em estado deplorável, encontro-me no carro de minha irmã mais velha, quase chegando na casa de meus pais.

Eles estão perguntando, a cada cinco minutos, quem são os amigos com quem moro em Londres. Eis que lhes respondo: um gordo, um galinha maconheiro e um ogro maldito que detesto mais que tudo nessa vida.

Porque, francamente, eu te odeio. Hoje, agora, sempre! Você sempre faz com que eu me sinta idiota por te odiar, mas eu tenho motivos plenos de odiar, sabe por quê? Você vive trocando a minha amizade por um cu. Isso, um cu de alguma mulher por aí... mesmo que esse cu seja de uma de minhas melhores amigas, anyway.

Não sei que porra estou escrevendo... meu irmão está tentando ler, e já tratei de enfiar a caneta no nariz dele, para parar de ser curioso. Menti, dizendo que era um trecho para meu novo livro.

É, um novo livro, em que conto a minha vida filha da puta depois da sua entrada nela... e olha nego, foi mais violenta que sexo anal entre cavalo e égua. E isso foi pornográfico e nojento, acho que vou vomitar.

Mas... sério. Estou tão fula da vida contigo... que seria capaz de botar fogo em você. E antes que você faça uma piadinha como ‘ui, fogo, depende do lugar eu gosto’, vou avisando que estou magoada, chateada, decepcionada. Achei que significasse algo para você, mas nããão... VOCÊ PREFERE COMER A ANNE DO QUE SE DESPEDIR DE MIM. Você é um lazarento, vou te contar. E eu ainda estou aqui, escrevendo essa bosta que vou rasgar daqui a pouco, depois de uma crise cabulosa de raiva e gargalhadas fatais.

Meus irmãos estão achando que estou me envolvendo com drogas. Também, Mel vive com aquela cara de drogada, não é estranho que achem isso, embora eu negue. Pra ajudar, ao me verem toda tatuada... estão achando que faço parte de alguma seita ou algo do tipo. Olham para mim como se eu estivesse com o passaporte direto pro inferno. Não que isso não seja verdade, devido aos meus pensamentos nos últimos tempos, enfim...

Terminando essa carta que, possivelmente, você nunca lerá, porque farei questão de esfregá-la em seu cu quando encontrá-lo novamente, espero que você morra. Isso, morra, porque eu te odeio.

Atenciosamente, Marietta Heagle Genoom, ou a moça que vai cortar seu pênis fora quando tiver oportunidade”.

Carta carinhosa essa que escrevi, não?