Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 109
O NÃO-SIM. (Ou "Não bata meu carro").


Notas iniciais do capítulo

UHSASASAHSAS primeiramente, desculpem o título, mas meu namorado deu a ideiam UHSUHAUHSUAHSUHASUHAUHSUHASUH e vfão perceber o quanto isso faz sentido, aham UHSASAUHSHUASUH Ai ai, UHSAUHSUHASUHAUHSAUHSHUASAHSAUHUASHAUHSAUHSA GENTE, TO RINDO. Na verdade, nada faz sentido, mas superamos hoho. E agora começou tocar uma música foda do Avenged, AHÁÁÁ SUHAHSUHASUHAUHSHUSHASUUHAS diga-se de passagem que estou na casa do Rafah pq to sem net. ¬¬ Então, vou postar pq ele tá me azucrinando aqui UHSHAUSHAUHSUHASUHAUHSUHAUSHUAHSUAHUSHUAHSSA e CALMA QUE TAMO NOS MATANDO uhsauhshuasuhas chega, vou postar logo. E no clima da musica Second Heartbeat... OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!



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Só uma pergunta: QUE-PORRA-EU-ESTAVA-FAZENDO? Fiquei louca, ou algo parecido? Não, sério, percebam a gravidade do meu estado: Eu, euzinha, estava beijando Matthew Sanders, meu melhor amigo, em um banheiro masculino da boate de Londres! E teria feito coisas piores, se estivesse com uma dose de conhaque pra cabeça.

Cara, aquele homem me deixa louca. É só chegar perto dele que sinto coisas... muitas coisas. Começa com algo muito infantil, com aquele “junto desse homem, eu gostaria de passar a vida toda, rindo, falando besteira”. Depois, quando meu lado perva ataca, eu penso em FAZER besteiras, diferença básica.

Não. Definitivamente não. Não iria transar com ele em um banheiro, ainda mais na situação que se encontrava. NÃO MESMO! Passo vontade, mas não sou escrota a tal ponto. Imagine, se aproveitar do estado dele, completamente bêbado, para fazer coisas. Hunf! Mesmo que ele fosse incrivelmente... AH TÁ, CHEGA.

A única solução que encontrei, infelizmente, foi me levantar com rapidez, interrompendo a ligação estabelecida entre a gente. Juro que nessa hora, minha única vontade era de enfiar a cara dentro de uma privada. E se... ele... deixasse de ser meu amigo, ein? Não me perdoaria, francamente.

- Cara, foi mal! – praticamente gritei, andando em voltas, agitando as mãos La mode Melissa. – Foi mal, foi mal, foi mal, foi...

- Marie, você gosta de mim? – interrompeu, de cabeça baixa, um pouco ofegante. Vi um sorrisinho brotar naquele rosto, como... se... achasse engraçado a situação que eu me encontrava. Isso, seu idiota, ria de mim. Ria do fato de que eu estava te amando, filho da puta! FILHO DA PUTA!

E o que eu faria? Não mentiria, definitivamente, não mentiria. Isso, manda a verdade pra esse cara, Marietta. Seja sincera.

- Não Matthew, eu não gosto de você, se é do jeito que está falando. – respondi, com veemência.

Não pensei em retribuir a pergunta, porque era inútil. Sempre soube que o tipo perfeito de mulher pro Matthew é completamente diferente do que sou. Não passo de uma magrela, sem muito busto, nerd, agitada, hiperativa... e louca, completamente louca. Logo, a resposta seria não, e eu pouparia meu coração de mais uma decepção. As que aconteciam ultimamente já eram suficientes.

Mas... quanto a negar o que eu sentia por ele... não estava mentindo, okay? Eu não GOSTAVA de Matthew. Eu AMAVA! E esse sentimento ainda estava bem confuso dentro de mim, não iria pôr em risco nossa amizade por uma besteira dessas.

Talvez estivesse confundindo meu amor de fã com amor de mulher. Tinha que pensar que Matt não é perfeito, e nossa relação não seria nada fácil. Imagine, ter que viver com um homem que tem os defeitos que você mais detesta, como madrugar fora de casa, beber loucamente, ser grosseiro e tals? Além da liberdade que ele não abria mão de jeito algum. E eu, hum? Completamente irritante quando tocam no meu calo.

Viveríamos brigando... e desgastando o que construímos... e o veria partir, mesmo com a vontade de mantê-lo por perto.

AAAAAAAAAAAH NÃO. Prefiro sofrer calada, e tê-lo como amigo. Isso, é uma ótima escolha, não acham? Bem altruísta... e idiota. Mas afinal, eu sou idiota mesmo. E chega de narração e vamos pra parte que vocês querem: o clímax.

- O que acabou de acontecer? – continuou a perguntar, mas o sorriso de outrora já não estava mais lá, naquelas faces coradas e suadas. Talvez eu tivesse sido meio ríspida na resposta anterior... não sei.

- Eu te beijei, cara. – sinceridade acima de tudo, meu lema.

- Ué, disso eu sei.

- Então por que pergunta?

- Digo... o que... te levou... a me beijar assim, de uma hora outra? – continuou, olhando um pouco confuso para os lados. – Eu to todo fedido de álcool, em estado deplorável, não devia sujar sua boca com pouca bosta.

- Pelo amor, ein Matthew? – repreendi, um pouco corada. Só pra gravar: em um momento desses, eu ainda andava em círculos, tá?

- Sei lá cara, Anne não gosta desse cheiro...

- Anne é Anne, ainda não percebeu, caralho? Sou MARIETTA GENOOM, a moça que está pouco se fudendo se você está cheirando a álcool ou a gasolina. Eu só me preocupo com seu fígado, pra ser precisa. O cheiro a gente disfarça com um Halls. Pronto, problema resolvido! – certo, eu ficava emputecida quando me comparavam com alguém, ainda mais com Anne. Ainda mais pelo Matthew. É pro cu cair da bunda de qualquer um, PQP!

- Eu sei que você não é Anne. – resmungou, tentando se levantar. – Se fosse, já teria me mandado tomar no cu.

- Não que eu não tenha vontade. – suspirei, agarrando-o pelo braço. – Mas vai adiantar alguma coisa?

- Acho que não. Nunca adianta.

O silêncio domina, parte 1. Era um pouco complicado conversar, naquela ocasião, com Matthew. Parecia que tudo que eu fizesse ou falasse, denunciaria meu estado de espírito. E ele, tão confuso e abobalhado, deixava-me assim também. Era complicado lidar com problemas sérios, no momento que deveria estar se divertindo.

Ainda mais sabendo que não o veria por, aproximadamente, um mês. E guardar aquela imagem dele, de tão triste e perdido... partia-me o coração. Queria carregar, comigo, a imagem de Matthew berrando “FUCKING NOOOOOW!”, rindo como um maluco maníaco.

- Marie... me leve à casa de Anne, preciso falar com ela. – pediu, já de pé.

- Se isso te fizer melhor... vamos, eu levo. – concordei, achando aí a única cura para a fossa.

Foda-se, estava enviando Matthew com fitinha e embrulho para as mãos inimigas, mas eu faria o que? Tentaria mudar os sentimentos dele? Não adianta isso. Eu perdi o jogo, fim! Agora, teria que aguentar e fazer o que podia, para...

Esquece. Só estou escrevendo besteiras. Vamos para outra cena, sério.

(***)

Avisei Syn e Mel que pegaria o carro. Tentei encontrar Zacky, mas devia estar em algum motel com a Baju, pra variar. Perguntaram sobre Matthew e menti, dizendo que precisava de um remédio, e iria levá-lo para pegar. O remédio? Anne.

O caminho foi terrivelmente silencioso. Não tínhamos coragem de tocar no assunto do beijo. Era constrangedor e embaraçoso.

- Pois bem, aqui estamos. – avisei, parando o caso em frente do condomínio que Anne residia. – Quer que eu te ajude a subir ou...

- Vou sozinho. – interrompeu, abrindo a porta do carro. – Hum... Marietta.

- Eu?

- Amanhã... digo, hoje... que horas você vai pro Aeroporto?

- Nove horas. O vôo sai às dez.

- Ah... sim. – assentiu, olhando para os lados. Embora estivesse um pouco alto... Matthew raciocinava direito. Entendia que eu estaria longe, por aquele tempo. Sabia que eu estaria no Brasil, na minha origem, longe de tudo que me ligava à Londres. – E... se você quiser ficar lá?

- Como assim? – questionei, franzindo o cenho.

- Sei lá... vai que você... queira voltar... pra lá. Morar, digo.

- Não pretendo voltar a morar no Brasil, Matthew. Meu lugar é aqui. Meu lar fica em Londres.

- Com a gente?

- Por que não? Já estou acostumada com essa loucura de morar com três caras e uma melhor amiga.

- Vou sentir sua falta. – acabou confessando, fechando a porta com força. Ainda não havia descido. – E devo estar muito mal mesmo pra ficar agindo como boiola com esses papos de “sentir saudades”. Só que... estou acostumado com seus gritos de manhã. E... suas broncas. Ficar um mês sem eles vai ser... estranho.

- Ligo todos os dias, se você quiser, pra dar os berros dignos de Marietta Genoom. – brinquei, tentando cortar aquele clima tenso que pairava no carro. – ACORDA, MATTHEW!

- Não vou achar ruim. Liga sempre... e entra no facebook... não esquece da gente. A menos que lá não tenha Internet ou Linha Telefônica...

- Eu sempre disse que minha cidade era bucólica, não rural. Mas eu dou noticias, prometo.

- Então... tchau. – despediu-se, saindo do carro mesmo. – Obrigada, Marietta.

- Boa noite. – acenei, afastando-me com o carro.

Pelo retrovisor, vi que Matthew ficou um bom tempo parado, vendo-me partir. Ou tinha medo que eu batesse o carro antigo dele... ou, realmente, sentiria saudades de mim, como havia dito.

Queria muito que fosse a segunda opção, por mais que a primeira fizesse sentido.

(Narração em Terceira Pessoa).

Matthew viu Marietta se afastar, com um pouco de apreensão. Seu coração estava acelerado, desde a hora que o beijo acontecera. E tinha que fingir que estava tudo normal, para não constrangê-la.

Marietta devia ter tido um momento de dispersão, ao vê-lo tão depressivo. Não era nada demais, apenas compaixão de amiga.

Tocou os lábios com os dedos, suspirou, e virou para a portaria. Sua solução era fazer as pazes com Anne, já que nada dava certo.

Marietta teve a chance de mudar toda história. Bastava ter dito um sim. Apenas um sim. 


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros, estava mal humorada pq me acordaram 8:15 DA MANHÃ è.é E estou trabalhando, bjs.