Strike! escrita por Lirio_de_Maio


Capítulo 8
Capítulo 7 - Jantar


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo e pra alegria de vcs, mais longo, rs... enjoy!



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Capítulo 7

— Eu não sou a garota dele! — protestou ela, vermelha de raiva. — Como pôde dizer um absurdo desses?

Emmett sorriu e continuou a andar com passos rápidos.

— Só quis ser engraçado. Agora aqui entre nós, o que você tem contra o sujeito?

Eles chegaram ao vestiário e Emm abriu a porta para que ela entrasse. O cheiro de umidade, sabonete e água-de-colônia masculina penetrou-lhe as narinas.

— Em primeiro lugar, ele é um grande convencido.

— Com razão, digamos assim..Olhe, Bella, eu vou lhe pedir um favor. Trate bem o coitado. Você pode não achar, mas ele é um cara decente.

Ela deu um suspiro desanimado.

— Tudo bem. Mas só porque você está me pedindo. — Olhou para a mão do amigo, que lhe segurava o braço. — Pode me largar, Emmett. Prometo que não vou fugir. Se bem que estou morrendo de vontade de fazê-lo.

Ele a soltou.

— Lá se vai minha desculpa para segurar uma mulher bonita...

Bella caiu na risada.

— Você não tem jeito, Emmett McCarty!

— Quando o assunto é mulher, não tenho mesmo.

Eles atravessaram o vestiário e se aproximaram de um verdadeiro batalhão de repórteres, fotógrafos e câmeras, todos falando e gritando ao mesmo tempo.

No meio da confusão toda, estava a grande estrela do momento. Edward Cullen, a Raposa toda-poderosa.

— Como está se sentindo, após ter quebrado o recorde de 1912?

— Você se considera o melhor jogador da atualidade?

— E agora? Quais são seus planos?

— Edward, por favor, uma palavrinha para seus fãs...

Ele procurava atender a todos, respondendo às mesmas perguntas dezenas de vezes, apesar do cansaço que devia estar sentindo.

Bella precisava admitir que, no final das contas, Edward até que era um homem atencioso e educado.

E aquilo não deixava de ser uma surpresa. Uma grande surpresa.

Emmett observava sua amiga disfarçadamente.

Conhecia-a havia muito tempo e tinha certeza de uma coisa: ela tratara Edward daquele modo porque sentia-se tremendamente atraída por ele. Não havia outra explicação para seu estranho comportamento. Era aquilo mesmo. A filhinha do grande Swan estava se apaixonando. Só que ainda não se dera conta do fato. Mal podia esperar para contar a novidade para Rose.

O técnico Gibson abriu passagem entre a multidão de repórteres, a fim de resgatar o herói indefeso.

— Pessoal, que tal deixarem a Raposa tomar seu banho em paz? Depois vocês continuam a entrevista. — Gibson agarrou o braço de Edward e praticamente o arrastou para o chuveiro. — Se deixarmos, esses urubus só vão sair daqui à noite.

Emmett virou-se para Bella:

— Esta é a nossa chance. Vamos atrás dele.

— Mas o coitado quer tomar um banho! Não acha melhor deixá-lo em paz?

— No momento, ele está mais interessado em ver você do que em água e sabonete.

Bella levantou a sobrancelha.

— Mas por quê?

— Pergunte a ele.

Gibson virou-se ao ouvir som de vozes atrás dele e ficou surpreso ao ver Bella.

— Ei! O que você está fazendo aqui, num vestiário masculino?

Ela levantou as mãos, antes que o técnico pudesse fazer mais algum comentário.

— Eu fui forçada a entrar aqui. Juro que sou inocente!

Edward sorriu e lhe deu uma piscada.

— Obrigado por ter vindo, Bella. Eu vou tomar um banho rápido e já me encontro com você, está bem?

Emmett a pegou pelo braço e a conduziu para fora do vestiário.

— Vamos para o estacionamento. Edward vai se encontrar conosco lá.

Ela estava começando a achar tudo aquilo ridículo.

— Então por que você me trouxe até aqui?

— Porque ele queria vê-la e ter certeza de que você não tinha ido embora.

— E posso saber a troco de que o cara queria tanto me ver? Será que está assim tão interessado em terminar a entrevista?

Emmett sorriu.

— Eu diria que ele tem mais coisas em mente do que uma simples entrevista.

Bella franziu a testa, um pouco desconfiada.

— Que tipo de coisa?

Eles chegaram ao estacionamento, onde estava o Volvo prata de Edward.

— Por que você não pergunta a ele?

Bella não estava gostando do rumo que as coisas vinham tomando.

— Emmett...

— O que foi?

— Me diga a verdade. Por que você me levou ao vestiário?

— Eu já disse. Porque Edward pediu. Ou melhor. Me obrigou.

— E você costuma obedecer às ordens dele.

Emmett sorriu.

— Pois é. O cara tem um poder de persuasão incrível, podes crer.

Bella deu um sorriso. Não dava para ficar zangada com um amigo que possui tanto senso de humor. Foi aí então que viu Edward entrando no estacionamento. Engoliu em seco. Não é que ele conseguia ficar ainda mais bonito, com os cabelos úmidos? Ela precisava confessar uma coisa: tudo seria muito mais fácil se o homem não fosse tão atraente! Emmett deu-lhe um beijo no rosto.

— Divirta-se, querida. Até mais.

Bella tentou segurá-lo por mais alguns instantes:

— Espere um pouco, Emmett. Não vá embora! Não quero ficar sozinha com ele!

— E por que não? Será que está com medo de alguma coisa?

— Eu? Medo? Claro que não! Que idéia absurda!

— Então até mais, querida. E trate de se comportar bem!

— Emmett, espere!

Mas o jogador já virava as costas e se afastava dali.

Começava a soprar um vento fresco, quando Edward avistou Bella recostada no seu Volvo. Emmett se afastava do local.

Não sabia ao certo se ela iria esperá-lo, apesar das promessas do amigo.

— Deixe Bella comigo — dissera-lhe Emm. — Eu sei lidar com a garota como ninguém.

Ele tinha suas dúvidas. Como alguém podia saber lidar com aquela moça, que era teimosa como uma mula?

De qualquer modo, havia tomado o banho mais rápido de sua vida, se vestido em dois minutos e ignorado todos os repórteres que cercavam o vestiário, como verdadeiros abutres. Tudo aquilo por medo de que ela mudasse de idéia e fosse embora.

— Você veio. Obrigado.

— Para falar a verdade, eu não tive muita escolha. Emmett praticamente me arrastou até aqui.

Edward sorriu.

— Ele é um grande companheiro.

— Um grande traidor, isso sim.

Edward abriu a porta do carro, para que ela entrasse.

— O que foi que disse?

— Nada, nada. Apenas pensei alto. Agora, posso saber para onde você quer me levar?

— Para qualquer lugar, onde possamos conversar. Temos uma entrevista para terminar, já se esqueceu?

Ela entrou no carro. Era a única opção que lhe restava. Sair correndo por aquele estacionamento cheio de pedregulhos, com seus sapatos de salto alto, estava fora de cogitação.

Poucos minutos depois, o Volvo deslizava pelas ruas da cidade, a uma velocidade, na opinião de Bella, um pouco alta demais.

Ela ficou em dúvida se ficava quieta ou se fazia algum comentário a respeito. Acabou se decidindo pela segunda alternativa. Se o homem ficasse ofendido, problema dele.

— Edward?

Ele olhou para ela.

— O que foi?

— Você é jogador de beisebol ou piloto de Fórmula Um?

Edward olhou para o velocímetro. O ponteiro marcava cento e dez por hora.

— Desculpe. Acho que a adrenalina ainda está correndo nas minhas veias.

— Aliás, não é só sua adrenalina que está correndo.

— Como assim?

Ela virou a cabeça para trás.

— Olhe pelo espelhinho retrovisor e vai entender o que estou querendo dizer.

Ele olhou. E engoliu em seco. Uma motocicleta da polícia, com o farol alto aceso, vinha se aproximando do carro rapidamente.

— Xi... — Edward tirou a carteira do bolso. — Acho que nosso jantar vai ter que esperar.

Aquela era a primeira vez que ele mencionava a palavra "jantar". Bella não ficou muito satisfeita com aquilo. Ia abrir a boca para protestar, para dizer que não queria saber de jantar algum, que a única coisa que pretendia era terminar a entrevista em questão, quando o rosto do guarda apareceu na janela do carro. O sujeito era bem mal-encarado.

— Por acaso sua casa está pegando fogo, rapaz?

— Peço desculpa, seu guarda. Acho que me distraí.

Bem, pensou Bella. Pelo menos ele não está tentando impressionar o guarda, revelando sua identidade. Menos mal.

— Sua carteira de motorista, por favor.

Ele entregou-lhe o documento. Segundos depois, o queixo do guarda caía. Olhou para Edward, surpreso.

— Meu Deus! Você é Edward Cullen!

Ed deu um sorriso sem graça.

— Em carne e osso.

Minutos depois, cada um seguia seu caminho, Edward com uma advertência na carteira, o feliz guarda com um autógrafo no bolso.

— Acho que esta é a sua noite de sorte — comentou Bella, recostando-se no banco do Volvo.

— Minha sorte ainda nem começou, Bella Swan.

E, dizendo isso, deu-lhe um sorriso tão sedutor que ela sentiu um friozinho inesperado na barriga.

"Tome cuidado, Bella", ela ordenou a si mesma. "Senão, até o fim da noite, você vai estar presidindo o fã-clube desse homem".

Edward a levou a um pequeno restaurante, localizado numa rua estreita e escura. Engraçado, mas aquele não era o tipo de lugar que ela achava que ele devesse freqüentar. Imaginava-o em boates barulhentas e restaurantes da moda, quanto mais cheios melhor, só para exibir seu charme ao mundo.

Só que, agora, as coisas não pareciam bem assim. Muito estranho. "Será que cometi um erro?", ela pensou. "Será que ele não era o homem fútil que eu estava pensando?"

De qualquer modo, não custava tomar cuidado. Na verdade, tinha o ligeiro pressentimento de que ainda iria sair machucada daquela história toda.

O dono do restaurante, um italiano gordo e sorridente, que olhava para Edward com um orgulho paternal, conduziu-os até uma mesa, num canto da sala.

— O risoto de açafrão daqui é o melhor da cidade — comentou Edward, observando o garçom se aproximar. — Você gosta desse prato?

Bella nunca comera risoto de açafrão antes. Na verdade, andava comendo tão pouco que seus jantares, naqueles últimos tempos, tinham se resumido a cachorros-quentes, hambúrgueres e omeletes, quase sempre sem queijo. Fazer compras no supermercado era uma das tarefas que mais detestava. Pior do que aquilo, só descascar cebolas e cozinhar.

— Ha... eu... nunca comi risoto de açafrão em toda a minha vida. É bom?

Ele riu.

— Se é bom? É divino! Tenho certeza de que você vai adorar!

Os pedidos foram feitos e, para acompanhar o jantar, ele escolheu uma garrafa de Bordeaux, forte e encorpado.

Bella experimentou uma garfada do tal arroz. Não é que Edward tinha razão? A comida era uma delícia!

Ele a observava comer, com um sorriso nos lábios.

— Gostou?

— Adorei. Acho que nunca comi nada melhor em toda a minha vida.

— Eu sabia que você iria gostar.

Ela riu.

— Quer dizer que, além de jogador de beisebol, você também é vidente?

Os dois caíram na risada. E Bella descobriu uma coisa: estava adorando a noite. Mais do que aquilo, aliás. Estava adorando a companhia. Seria possível? O que acontecera à antiga opinião que tinha do jogador? Sempre achara que ele não passava de um interesseiro ganancioso, de um mulherengo egoísta e insensível.

"Vá com calma, Bella", ela pensou, tomando um gole de vinho. "Você ainda não o conhece direito. Se não tomar cuidado, poderá entrar por um cano que não tem tamanho."

Como ele continuasse a observá-la, ela resolveu dizer a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

— Você pretende jogar beisebol por ainda muito tempo?

Edward recostou-se na cadeira.

— Por mais uns quatro ou cinco anos.

— E depois? O que vai fazer?

A resposta veio rápida:

— Depois, pretendo convencer meu pai a me deixar modernizar a fazenda e fazer as reformas que forem necessárias.

Bella ficou surpresa. Jamais havia imaginado que ele fosse dizer aquilo.

— Seu pai ainda mora na mesma fazenda em que você nasceu?

Edward fez que sim com a cabeça.,

— Mora. Homem teimoso, meu pai. Recusa-se a aceitar ajuda dos filhos, embora tenha passado a vida toda nos ajudando.

Bella sorriu, aquelas palavras levaram-na para um outro tempo e um outro lugar.

—Sabe de uma coisa? Meu pai era igualzinho.

E, dizendo isso, tomou um gole de Bordeaux. O vinho parecia aquecer-lhe o corpo e a alma, de um jeito um tanto perturbador. Aliás, a noite, o homem e a bebida estavam fazendo com que ela ficasse externamente vulnerável. Era engraçado, mas quando estava ao lado de Edward sentia uma vontade estranha de ser protegida, de voltar a ser dependente de alguém. E aquilo era péssimo.

Sua independência, adquirida com tanto sacrifício, depois da morte de seu pai, era um dos bens mais preciosos que possuía.

Edward serviu-se de mais vinho.

— Eu sempre fui um grande fã do lendário Campeão Swan. Fiquei muito triste quando soube que ele tinha sofrido um infarto.

Sua voz estava impregnada de simpatia, e Bella teve certeza de que aquelas palavras eram sinceras. Ele não falara aquilo por educação, como tantas pessoas costumavam fazer, quando descobriam quem ela era.

O vinho lhe deu coragem para dizer uma coisa que jamais dissera para alguém:

— Sabe de uma coisa? Aquele infarto foi a melhor coisa que pôde lhe acontecer. — Edward pareceu ficar surpreso com aquilo. "Será que ele está achando que eu sou uma filha sem coração?", ela pensou. — Pelo menos, acabou com o sofrimento terrível causado pelo derrame que ele tinha sofrido no ano anterior.

Ela fez uma pausa e tomou um gole de vinho.

— Meu pai odiava o fato de ter ficado incapacitado. E eu odiava vê-lo infeliz daquele jeito.

A imagem daquele homem maravilhoso, deitado numa cama, com os olhos perdidos no infinito, voltou-lhe à mente. E ela sentiu um arrepio de tristeza e de dor.

Edward estendeu o braço e tomou a mão dela. Bella mal se deu conta do gesto e continuou a falar:

— Era horrível vê-lo paralisado, recebendo cartas e telegramas que não podia ler, assistindo a jogos de beisebol pela televisão sem se dar conta do que se passava na tela.

Edward não disse nada. Não havia nada a ser dito. Por isso, limitou-se a apertar a mão dela com mais força, para mostrar que compreendia bem seus sentimentos.

Bella levantou a cabeça, os olhos cheios de lágrimas.

— Sinto muito. Não costumo falar sobre isso com ninguém.

Ele sorriu.

— Fico contente que tenha falado comigo.

Ela abriu a bolsa, à procura de um lenço. Ele tirou um do bolso e lhe ofereceu, antes que ela pudesse achar.

— Obrigada. — Bella enxugou os olhos. — Mas por que você disse que ficou contente?

— Porque assim, eu pude conhecê-la melhor.

"Controle-se Bella", ela ordenou a si mesma. "Do jeito como as coisas vão indo, você vai estar na cama dele antes que o relógio dê as doze badaladas."

Devolveu-lhe o lenço e achou melhor começar a trilhar um caminho mais seguro.

— Bem, agora que tal terminarmos a entrevista?

Edward deu um sorriso.

— É você quem manda. O que mais quer saber a meu respeito?

Uma hora depois, eles deixaram o restaurante e voltavam ao Volvo de Edward, estacionado ali em frente. A lua cheia brilhava num céu azul sem nuvens, os raios de prata iluminando o rosto de Bella. Edward achou-a mais linda que nunca, e sentiu uma vontade incrível de levá-la a uma praia deserta, tirar-lhe a roupa e amá-la até não poder mais. E teve o leve pressentimento de que ela queria a mesma coisa.

Abriu a porta do carro para que ela entrasse.

— Bella?

— O que foi?

— Eu a deixo nervosa?

Ela sorriu. Não dava para esconder a verdade.

— Deixa, sim.

— Por quê?

— Não sei. Acho que porque não consigo entendê-lo direito.

— Mas por que não? Eu não sou um homem complicado.

Bella entrou no carro e esperou que ele também entrasse, para continuar a falar:

— Qualquer homem que tenha um empresário, dinheiro suficiente no banco para pagar a dívida externa de um país da América Central e uma legião de fãs não pode ser descomplicado.

Edward sorriu e deu a partida.

— Tudo bem. Digamos que eu sou tão descomplicado quanto minha situação possa permitir. Aliás, no presente momento, estou tendo idéias bem pouco complicadas.

— É mesmo? E quais são elas?

— Estou pensando em como vai ser beijar você, quando eu for deixá-la em casa.

Por aquilo, Bella não esperava. Respirou fundo, tentando ficar calma.

— Pois eu não diria que isso é uma coisa descomplicada.

Ele franziu o cenho.

— E por que não?

— Eu já lhe disse. Não costumo me envolver com jogadores de beisebol e isso inclui beijá-los.

— E eu também já lhe disse que as regras foram feitas para serem quebradas. Além disso, você aceitou jantar comigo esta noite.

O Volvo deslizava pelas ruas quase desertas àquela hora.

— Para terminar a entrevista.

— E para começar alguma coisa a mais.

— Edward, eu...

— Diga que você não quer mais me ver.

— Eu não quero mais ver você.

— Eu não acredito.

Bella sorriu.

— Você não acredita porque eu estou mentindo.

Edward olhou para ela e lhe deu um beijo rápido nos lábios, enquanto esperava que o sinal abrisse.

Aquilo foi o suficiente para que suas pernas ficassem bambas. Não só as pernas, aliás. Na verdade, seu corpo todo tremia como folha ao vento. Resolveu falar a primeira coisa que lhe veio à cabeça, para disfarçar o nervosismo:

— Meu carro ficou no estádio. Você me deixa lá?

— Não.

— Não? Mas eu...

— Se eu for deixá-la no estádio, você vai ter que voltar para casa sozinha e eu não a quero dirigindo por essas ruas desertas, a esta hora da noite. Se você me der a chave, eu providencio para que alguém o leve para a sua casa, amanhã de manhã. — Ele sorriu. — Relaxe, Bella. Não vou forçá-la a nada. Eu tenho tempo. Muito tempo. E sou um mestre na arte de esperar.

Ela pensou nos longos momentos em que Edward ficava parado no campo, observando o batedor, esperando o melhor instante para fazer seu movimento.

— Isso não é um jogo, Edward.

— A vida toda é um jogo. — Ele estacionou em frente à casa dela. — E eu costumo levar os meus muito a sério.

Bella fez menção de descer do carro, e então percebeu que seus joelhos continuavam trêmulos. Estava com medo.

Mas medo de quê? De seus próprios sentimentos, provavelmente. Sabia muito bem que envolver-se com Edward Cullen seria sua ruína.

— Boa noite, Edward. — Ela abriu a porta. — Obrigada pelo jantar.

Ele tocou-lhe de leve o braço.

— Bella?

— Sim?

— Você está com medo de quê?

Aquele simples toque foi o suficiente para deixá-la ainda mais nervosa.

— De você.

— Mas por quê? Eu sou um homem tão inofensivo...

E, dizendo isso, cobriu os lábios dela com os seus.


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Notas finais do capítulo

E aí, meninas, gostaram do capítulo? Finalmente as coisas começaram a esquentar, não? Mais uma vez agradeço a todas vcs que comentam e acompanham a história. Bjs!