Strike! escrita por Lirio_de_Maio


Capítulo 11
Capítulo 10 - Rendição


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas! Pelo título será que dá pra perceber o que vem por aí? Então... Enjoy!



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CAPÍTULO X

Bella não sabia para onde Edward a estava levando. Tinha apenas uma certeza: estar ao lado dele era a sensação mais gostosa do mundo. Então, só lhe restava aproveitar bem aquele dia e tratar de esquecê-lo depois. Não havia lugar em seu coração para um homem como Edward Cullen, que vivia cercado pelas mulheres mais bonitas do país.

Tudo era tão confuso... As coisas estavam acontecendo a uma velocidade assustadora. Ela queria começar um namoro sério com alguém e Edward aparecera bem na hora certa.

O diabo era que ele era a pessoa errada.

E aquilo significava apenas uma realidade: um coração partido no final da história. O coração dela, evidentemente. Conhecia todas as pressões, todos os ciúmes e problemas de um casamento em que o noivo em questão é um astro de beisebol. Não pretendia cair naquela armadilha por nada neste mundo. Era muito esperta para aquilo.

Mesmo assim, esperta ou não, estava andando de mãos dadas com ele, sabia Deus para onde.

— Você tem algum destino em mente, ou pretende continuar andando até que fiquemos exaustos?

Edward olhou para ela e sorriu. Tinham se afastado completamente do local do churrasco e não havia a mínima possibilidade de que alguém os visse.

— Podemos ficar aqui, se você quiser. — Ele olhou para os pinheiros altos que os cercavam. — Este lugar não é lindo?

— É, sim. É maravilhoso. Mas, e agora? O que vamos fazer?

Edward soltou-lhe a mão.

— Agora eu vou beijá-la.

O coração de Bella começou a bater com mais força.

— Mas você já me beijou.

Ele apertou os olhos.

— Você adora ser do contra, não é?

— Depende de que lado você está — ela murmurou, sentindo os braços dele enlaçando-lhe a cintura.

— Eu vou sempre estar a seu lado, querida.

E, dizendo isso, abaixou a cabeça e a beijou.

A resposta de Bella foi imediata e intensa, como se o toque dele tivesse provocado um incêndio dentro de sua alma. Tal explosão a assustou. Alguma força estranha e impressionante havia se apoderado dela. Abraçou-o com mais força, correspondendo àquele beijo com uma intensidade que surpreendeu a ambos.

Edward deslizou as mãos para os quadris dela, pressionando-lhe o corpo contra o dele. Sensações maravilhosas e desconhecidas invadiam a alma de Bella. Era evidente que ela já tinha beijado muitos homens, mas nenhum deles, absolutamente nenhum, havia lhe proporcionado tanto prazer. Sentia-se lânguida e alerta ao mesmo tempo, tonta, mas ainda assim, totalmente consciente daquele momento.

Edward estava impressionado consigo mesmo. Conhecera uma infinidade de mulheres, namorara as garotas mais bonitas do país e levara quem bem entendera para a cama. Só que, com nenhuma delas, sentira o que estava sentindo agora.

Percebeu que estava prestes a perder o controle. Se não parasse com aquilo naquele exato momento, acabaria deitando Bella na relva e fazendo amor com ela ali mesmo.

Não, aquela não era a hora certa. Nem o local apropriado. Então, com um esforço sobre-humano, deu um passo para trás.

Ela abriu os olhos. Ele notou que eles brilhavam com muita intensidade.

— Aqui não — murmurou, dando um sorriso.

Bella tentou se recompor. Passou a mão pelos cabelos e respirou fundo. Aquela era a primeira vez, em sua vida, que havia se descontrolado daquele jeito.

— Você tem toda a razão. — Ela abaixou os olhos, um pouco sem graça. — Já pensou se alguém aparecesse?

Edward lhe deu um selinho.

— Muito em breve, minha querida, nós dois estaremos num lugar onde ninguém vai aparecer. E, então, poderemos continuar o que começamos.

— Eu tenho medo, Edward. Tenho medo que...

Ele pôs um dedo em seus lábios, fazendo-a calar-se.

— Eu vou te amar com o maior carinho do mundo, Bella. Fique tranqüila.

Ela sentiu um friozinho na barriga.

— Se esse dia chegar, eu...

Ele a interrompeu de novo:

— Vai chegar, querida. E muito mais depressa do que você imagina.

— Vamos voltar ao churrasco, Edward. Daqui a pouco, Emmett e Rose estarão vindo atrás de nós, para ver que fim levamos.

Ele fez que sim com a cabeça, pegou a mão dela e os dois começaram a andar.

— Essa foi uma das razões pelas quais eu achei melhor pararmos aquilo que tínhamos começado.

— E qual foi a outra?

— Eu acho uma cama bem mais confortável que a grama. — Ele sorriu. — Além disso, camas em geral não têm formigas.

O churrasco só terminou no final da tarde. Embora não houvesse treino naquela noite, os jogadores tinham coisas a resolver, antes de viajar para Denver no dia seguinte, para uma série de três partidas contra o time local. Após despedirem-se de todos, Bella e Edward entraram no carro e voltaram para casa.

Ela passou o percurso todo no mais completo silêncio. Recostou a cabeça no banco, fechou os olhos e tentou relaxar. Não conseguiu.

Quando Edward estacionou em frente à sua casa, uma surpresa a aguardava.

— Ei! — ela exclamou. — Meu carro!

Ele deu um sorriso.

— Eu costumo cumprir minhas promessas. Posso tardar de vez em quando, mas não falho nunca.

Bella abriu a porta do carro.

— Obrigada por tudo, Edward. Eu me diverti muito.

Ele segurou-lhe o braço.

— Bella, espere.

Ela se virou para ele:

— O que foi?

— Eu... gostaria de entrar um pouco.

Fez-se um momento de silêncio.

— Eu gostaria de entrar — ele repetiu. — Você vai me convidar?

Bella passara o caminho inteiro morrendo de medo daquele momento. Havia uma guerra dentro de sua alma, e o pior de tudo é que ela sabia qual dos dois lados iria vencer.

— O que você acha?

Edward sorriu.

— Eu acho que sim.

Ela deu um suspiro, fingindo estar brava.

— Detesto homens que estão sempre certos.

— Podemos dar um jeito nisso, querida. — Ele abriu a porta do carro e desceu. — Se você quiser, eu me transformo no homem mais errado do mundo.

A casa de Bella era exatamente o que Edward esperava que fosse. Limpa, arejada, alguns objetos de beisebol em cima da lareira.

— Você quer tomar alguma coisa? — ela ofereceu. — Um uísque, uma cerveja...

— Uma cerveja, por favor.

— Um minutinho só que eu já vou pegar. Sente-se e fique à vontade.

Ele fez exatamente o que lhe foi mandado: sentou-se e ficou à vontade. À vontade demais, na verdade. Era como se ele já pertencesse àquele lugar, como se estivesse ali sentado havia uma eternidade.

"Abra os olhos, Bella Swan", ela ordenou a si mesma. "Daqui a pouco tempo, esse homem se cansa de você e vai procurar novidade em outro lugar. Não faça nada de que possa se arrepender depois".

Se ao menos ela conseguisse controlar suas vontades e sua emoção...

Voltou à sala com uma lata de cerveja na mão.

Ele olhava para uma fotografia em cima de uma mesa, onde o grande Campeão Swan e sua filha sorriam para a câmera, felizes. Bella devia ter uns quinze ou dezesseis anos na época. Tentou imaginar como ela era, naquele tempo. Será que possuía o mesmo gênio de agora?

Olhou para a lata que ela lhe estendia e deu um sorriso.

— Tem certeza de que posso tomar esta cerveja tranqüilamente?

Bella deu um suspiro. Droga! Por que o deixara entrar?

— Posso saber do que você está falando?

— É que você está com uma cara tão amarrada que eu pensei que talvez tivesse colocado veneno na bebida. — Ele deu um sorriso. — Eu sou uma visita nesta casa, Bella Swan. Por acaso sua mãe não lhe ensinou a ser gentil com os convidados em geral?

Edward se arrependeu de ter falado aquilo no momento em que as palavras saíram de sua boca. Porcaria! Por que não mordia a língua? Bella contraiu o rosto, como se ele tivesse desenterrado uma lembrança dolorida de sua mente, algo que preferisse esquecer.

— Minha mãe nunca me disse nada. — A voz dela era rouca e pausada. — Nem mesmo adeus.

Edward colocou a lata de cerveja em cima da mesa e a abraçou. Ela tentou se afastar, mas ele a apertou com mais força.

— Sinto muito, querida. Meu comentário foi extremamente desagradável e inoportuno.

Ela deu de ombros, tentando parecer indiferente.

— Emmett lhe contou?

— Contou.

— O quê, exatamente?

— Que sua mãe abandonou vocês e que seu pai passou a levá-la para todos os lugares.

Ela fez que sim com a cabeça.

— É verdade. Papai podia ter me deixado com a minha avó. Teria sido muito mais fácil para ele. Mas não. O pobrezinho fez questão de me levar para tudo que era canto. Acho que não queria que eu me sentisse sozinha e abandonada. — De repente seus olhos se encheram de lágrimas. — Estou sendo muito sentimental. Aliás, você sempre me faz ficar assim.

— Eu?

— Você mesmo. Quando estou ao seu lado, eu me sinto mais vulnerável, sinto como se estivesse faltando algo na minha vida.

Ele sorriu.

— E está faltando mesmo.

Bella levantou o queixo, um ar de desafio no rosto.

— Posso saber o quê?

Ele a apertou com mais força.

— Pode, sim. Eu.

Aquilo tudo estava acontecendo por culpa sua. Não podia culpar ninguém, além de si própria. Havia permitido que ele entrasse em sua casa, havia permitido que ele tocasse-lhe o coração de uma forma como ninguém jamais tocara.

— Edward?

— O que foi?

— Você quer me beijar de novo?

Ele acariciou-lhe os cabelos.

— Se eu tivesse que escolher entre respirar ou beijar você, ficaria, sem sombra de dúvida, com a segunda opção.

— Então que tal parar de falar e dar vazão às suas vontades?

Aquela mistura de impetuosidade e vulnerabilidade fazia dela uma mulher tão única, tão especial e desejável, que Edward achou que fosse explodir, se não pudesse tê-la.

E depressa.

O beijo que se seguiu foi longo, explosivo, selvagem. Bella o abraçou com mais força, colando o corpo ao dele, como se quisesse se aquecer na fogueira que aquele homem maravilhoso havia acendido dentro de sua alma. Era como se ela estivesse com frio, com muito frio, e precisasse daquele calor com desespero.

Ele continuou a beijá-la e a acariciá-la pelo que pareceu uma eternidade, e Bella sentiu um estranha mistura de tranqüilidade e inquietude, com a qual estava tendo dificuldade em lidar.

Queria amá-lo, queria viver aquele momento tórrido e selvagem que a esperava no fim de tudo, mas aquilo significava que o fim estava próximo, o que a apavorava.

Teve a impressão de que estava flutuando; então percebeu que Edward a havia tomado nos braços e a deitado no sofá.

— Vamos com calma — ele sussurrou em seu ouvido. — Quero fazer amor com você bem devagar.

Não tão devagar assim, ela pediu, em pensamento. "Não sei se vou conseguir suportar tanta demora".

Antes que pudesse se dar conta do que havia acontecido, sua camiseta jazia no chão, completamente inútil, e Edward acariciava-lhe os seios com tanta ternura que ela pensou que fosse desmaiar.

De repente, um pânico de última hora invadiu-lhe a alma.

— Edward...

Ele levantou a cabeça e, com seus olhos profundamente verdes, parecia estudar-lhe o rosto.

— O que foi?

— Eu estou com medo... com tanto medo!

— Não faz mal. Eu lhe dou coragem.

Bella não conseguiu dizer mais nada. Era como se os beijos, dele tivessem roubado suas palavras, seus pensamentos, sua sanidade. Havia percebido, desde a primeira vez que o vira, que ele significava problemas à vista, que aquele homem iria modificar sua vida de um modo intenso e radical.

Percebeu vagamente que ele tirava-lhe o short. Estranhamente, não sentiu vergonha, nem constrangimento. Naquele momento, compreendeu que lhe pertencia e que ele a levaria para um lugar aonde jamais estivera antes.

Edward percebeu que não iria conseguir se controlar por muito tempo. Queria que aquele ato fosse muito especial para ela, queria proporcionar-lhe o maior prazer do mundo, mas a vontade de amá-la era tanta, mas tanta, que mal podia suportar.

Tirou as próprias roupas e jogou-as no chão. Ao ver-lhe o corpo nu, Bella deu um assobio de pura admiração.

— Uau...

Aquilo o deixou sem graça. Era inacreditável. Mulher alguma jamais o deixara embaraçado em toda a sua vida. De qualquer modo, não se surpreendeu com o fato de que tal proeza fosse conseguida por Bella Swan.

Ela deu um sorriso.

— Sabe que é um homem muito atraente, Edward Cullen? Atraente e gostoso...

Ele ajoelhou-se a seu lado e continuou a acariciá-la, beijos e toques em lugares estratégicos desvendando todos os segredos de seu corpo.

Ela estendeu-lhe os braços.

— Venha, meu amor. Não posso esperar mais.,

Ele também não podia. Deitou-se em cima dela, mas a princípio não fez nada mais a não ser beijar-lhe a boca, enquanto os corpos se fundiam num longo abraço.

Então, finalmente ele enterrou a língua no ouvido dela e murmurou:

— Me guie...

Ela engoliu em seco.

— Eu... não sei como fazer isso.

Aquilo o pegou de surpresa.

— Quer dizer que você nunca...

Bella desviou o olhar.

— Nunca.

Por aquela, ele não esperava.

— Pode ser que você sinta um pouco de dor, querida. Mas eu vou tomar cuidado. Prometo.

— Eu... não me importo se doer...

— Eu te adoro — ele murmurou, um pouco antes de penetrá-la.

Bella soltou um gemido de dor, mas o calor da boca de Edward conseguiu apagar qualquer desconforto e então ela só sentiu prazer.

O som da respiração ofegante de Edward excitou-a ainda mais. Abraçou-o com toda a força, percebendo, finalmente, que o amava. Aquele foi o último pensamento coerente que cruzou a mente de Bella, antes de atingir o orgasmo e depois, um incrível sentimento de paz invadiu-lhe o corpo e a alma.

Edward saiu de cima dela lentamente e lhe deu um beijo nos cabelos.

— Oi, querida.

— Oi — ela respondeu, esperando que o embaraço e a vergonha aparecessem. Nada aconteceu. Nada veio para atrapalhar seu sentimento de euforia.

Ele a abraçou.

— Você não me falou que era virgem.

Ela sorriu.

— Eu não falei pela razão mais simples do mundo. Você não perguntou.

— Bella?

— O que foi?

— Será que eu posso lhe perguntar por quê?

— O porquê de eu ter permanecido virgem até hoje? Bem, acho que nunca permiti que ninguém se aproximasse muito de mim. Além disso, meu pai era um homem muito forte. — Ela sorriu. — Ninguém que tivesse um pouco de bom senso se atreveria a bancar o engraçadinho com a filha do Campeão Swan.

Edward começou a brincar com um de seus seios.

— Eu teria me atrevido.

— Talvez você não tenha bom senso.

— Talvez. Mas eu tenho outra coisa.

— O quê?

— Uma tremenda vontade de beijar você de novo.

— E o que vai fazer a respeito?

— Já vou lhe mostrar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje, e agradeço mais uma vez as reviews recebidas e a todas que lêem e acompanham a fic. Bjs!