Strike! escrita por Lirio_de_Maio
Notas iniciais do capítulo
Olá, meninas! Aqui está mais um capítulo. Espero que gostem.
CAPÍTULO IX
Os últimos dois quilômetros que levavam à casa de Emmett eram de terra batida e aquilo fazia com que Edward lembrasse da fazenda onde nascera. Vinha pensando muito em sua família ultimamente. Mais do que isso, até. Vinha pensando em apresentar Bella a seu pai. Tentou imaginar o que ela diria, quando lhe contasse. Eles só haviam saído juntos uma vez. Na verdade, mal se conheciam. De qualquer modo, já dera para perceber que a queria. Não sabia como a história iria terminar, mas a queria de qualquer jeito e ponto final.
Emmett arregalou os olhos ao ver os recém-chegados.
— Ei, Rose! Olhe só quem chegou junto! Mal posso acreditar no que estou vendo!
Rose, uma loira alta, que segurava uma bandeja nas mãos, pareceu ficar surpresa.
— Engraçado. Eu não pensei que Bella gostasse de jogadores do tipo de Edward Cullen. – tornou Emmett.
— Querido, não há jogadores como Edward. Ele é único. – Emmett franziu as sobrancelhas, e Rose sorriu. – Pelo menos é o que todas as minhas amigas dizem.
— Vocês, mulheres, não têm jeito mesmo... — Emmett acenou para Edward e Bella.
— Eu já estava achando que vocês dois não viriam mais. O que aconteceu? Por acaso o carro quebrou no meio do caminho?
Bella tirou os óculos e os colocou no alto da cabeça.
— Eu fui obrigada a pedir uma carona. Alguém prometeu apanhar meu carro no estádio e levá-lo até a minha casa, mas não cumpriu a promessa.
Edward deu um sorriso sem graça.
— Xi... Eu me esqueci!
— Esqueceu mesmo. Se você jogasse beisebol do jeito que cumpre suas promessas, os Rebels estariam em último lugar no campeonato.
Edward olhou para Emmett e deu um suspiro desanimado.
— A garota é fogo! Tem uma língua como nunca vi igual.
Emmett sorriu.
— Deus do céu! Será possível que vocês dois ainda não se entenderam?
Bella deu de ombros.
— Ora, Emm... eu me entendo com todo mundo! — Olhou em volta e avistou a moça que havia conhecido no último churrasco do amigo. — Oi, Alice, tudo bem?
Edward observou-a se afastar, o suave balançar de seus quadris deixava-o completamente maluco.
Mas não teve oportunidade de contemplar suas curvas por muito tempo. Segundos depois, era cercado por um grupo de crianças.
— Ei, Edward, por que você demorou tanto? — perguntou um garoto loiro de doze anos.
Ele passou a mão pelos cabelos do primogênito de Emmett e virou-se para o amigo:
— Scottie é tão exigente quanto você.
Emmett levantou as mãos, clamando por inocência.
— Ele puxou a mãe, não a mim.
Rose lhe deu um tapa no braço.
— Eu sempre levo a culpa de tudo! Agora, que tal você se mexer e fazer alguma coisa de útil?
Emmett deu um beijo no pescoço da mulher.
— Eu pensei que sempre fizesse coisas úteis, querida.
Ela deu uma risada alta.
— Pois pensou errado!
Ele virou-se para Edward e deu um suspiro desanimado.
— Rose adora destruir meu ego...
Scottie parecia impaciente:
— Vocês vão ficar aí conversando, ou vão jogar?
— Vamos jogar — respondeu Edward. — Onde está a bola?
Mal acabou de falar e o objeto pedido foi parar em suas mãos. As crianças à sua volta praticamente o arrastaram até o campo ali perto.
— Até mais — disse Emmett. — Pode deixar que eu digo a Bella que você foi seqüestrado por um bando de monstrinhos.
Bella, porém, não precisava ser avisada de nada. Embora estivesse conversando com Alice e mais outra amiga, continuara a observar Edward com o canto do olho. Havia algumas moças desacompanhadas por ali, moças bonitas, por sinal, mas ele nem parecia notá-las. Toda sua atenção estava voltada para as crianças com as quais jogava.
Meia hora depois, a partida acabava. Ela continuou a conversar animadamente com as amigas, para que Edward não percebesse que ela havia passado o tempo todo de olho nele. Estava no meio de uma discussão animada a respeito de filmes, quando alguém lhe deu um beijo na nuca. Um beijo que lhe causou mais um arrepio na espinha. Olhou para trás, assustada, e deu de cara com Edward, que lhe sorria carinhosamente.
— Oi, querida.
Ela fez uma cara de espanto.
— Ah, é você. Pensei que fosse um mosquito.
— Você está usando repelente, não está? — Ele a pegou pelo braço. — Venha comigo. Já não agüento mais ficar no meio da multidão.
Ela franziu a testa.
— Pensei que você adorasse multidões.
— Adoro coisa nenhuma.
Eles começaram a andar e só pararam quando ninguém mais podia vê-los. Edward recostou-se a uma árvore e deu um suspiro de pura satisfação.
— Às vezes, é tão bom ficar sozinho...
Bella fez menção de se afastar.
— Nesse caso então, é melhor eu ir andando. Não quero atrapalhar sua solidão.
Ele a pegou pelo braço de novo, impedindo-a.
— Não, senhora. Você é a razão pela qual eu quero me afastar dos outros. Além disso, Bella Swan, há outra coisa que eu gostaria de lhe pedir.
— O que é?
— Será que dá para você parar de fugir?
Ela percebeu que ele estava falando sério. Muito sério, aliás. Abaixou a cabeça, um pouco envergonhada.
— Eu não percebi que estava fugindo.
Ele levantou-lhe o queixo.
— Mas estava. Aliás, você vive fazendo isso.
Ela respirou fundo. Não gostava do rumo que a conversa vinha tomando, então tentou mudar de assunto:
— Você parecia estar se divertindo muito no meio de todas aquelas crianças.
Ele sorriu.
— Eu tenho cinco irmãos. E sabe quantos sobrinhos? Treze! Eu realmente adoro crianças.
— Elas também parecem adorar você.
— E você? Também gosta de crianças?
— Para falar a verdade, o que eu gostaria mesmo era de tomar alguma coisa. Uma soda gelada, por exemplo.
— Mais tarde!
— Mas eu estou morrendo de sede! Minha boca está tão seca!
Edward deu um sorriso.
— A minha também.
Ele a beijou. Se ela não estivesse recostada na árvore, teria perdido o equilíbrio.
— Você beija como joga uma bola — ela murmurou, momentos depois. — Mais depressa que um raio de luz.
— É que eu não queria lhe dar tempo para reclamar. — Ele começou a acariciar-lhe os cabelos. — Bella?
— O que foi?
— Vamos dar um passeio?
Ela olhou para o local do churrasco, um pouco hesitante.
— Será que Rose e Emm não vão se ofender?
— Eles se ofenderiam se soubessem o quanto você está me fazendo sofrer, isso sim. Eu quero beijar você, Bella. Quero te beijar, sem correr o risco de levar uma bolada, ou de alguma criança aparecer e me pedir para jogar outra partida.
— Eu pensei que você adorasse crianças.
— E adoro mesmo. Só que adoro mais você.
Deu-lhe outro beijo no pescoço, despertando-lhe algo dentro da alma que estava adormecido. Ela sabia que deveria dizer não, sabia que deveria voltar à segurança do churrasco.
Porém, quando ele tomou-lhe a mão e começou a caminhar, Bella também percebeu que não tinha escolha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Demorei um pouquinho pra postar pq não consigo desligar a tv... Só quem mora no Rio de Janeiro pra entender... Agradecendo a todas pelos comentários, eles são muito importantes pra mim. Se não for pedir muito, será que poderiam dar uma passadinha em outra fic minha, a "Destino"? Já postei há um tempinho e não houve nenhum comentário. Gostaria de saber o que vcs pensam, se eu continuo ou deleto. Bjs!