Príncipe Caspian: a Verdadeira História escrita por EmmaW, bellafurtado, Clarizabel


Capítulo 10
Algumas medidas deseperadas


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz com cada um dos 76 reviews deixados aki! o/
E agradeço por cada um de vez que está acompanhando, e espero que gostem desse capitulo! :D

Valeu a Bella q me ajudou muito nesse!

bjs da Deeh



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Caspian olhava para os desenhos nas paredes próximas a sala de Aslam, perguntando-se se realmente havia feito aquilo que era certo, quando Nikabrink interrompeu seus pensamentos:

              -Está satisfeito com a trompa mágica, garoto? Seus reis e rainhas falharam; Metade de seu exercito está morto; Sua autoridade foi desafiada... Será que já não é o suficiente?

              Realmente, Caspian se sentia arrependido. Sentia que poderia ter feito melhor sem os reis e rainhas. Mas depois pensou melhor e concluiu que talvez eles ainda pudessem ajudar em muita coisa. Afinal, foram eles que reinaram sobre Nárnia durante todo esse tempo....

              -O que você quer? – Perguntou o príncipe desconfiado.

              -Você quer o sangue do seu tio... e nós também. Você quer o trono dele... e nós podemos dá-lo a você. – Concluiu o anão negro conduzindo o príncipe a sala e continuou:

              -Você usou um poder antigo e este falhou.  Mas há ainda um poder maior, um poder que subjugou Aslam por cem anos...

            Então dois seres encapuzados adentraram a sala: Uma megera (que não irei descrever para poupar-lhe o estomago) e um besta (assemelha-se muito com um lobisomem). As duas criaturas começaram a aproximar-se de Caspian enquanto pronunciavam sombrias  cantigas numa espécie de ritual de magia negra, o que fez o príncipe reagir erguendo sua espada e logo perguntou:

              -O que está acontecendo aqui? - o príncipe estava assustado. - O que você está fazendo?

              -Estamos só lhe ajudando, meu príncipe - respondeu o anão em falso respeito. - Temos a absoluta certeza de que tu nos liderará muito melhor do que qualquer um desses reis.

              A oferta era tentadora. "O que mais pode acontecer?", Caspian pensou. "Pior do que estamos, não vamos ficar".

              -Mas vocês podem garantir a morte de Miraz? - perguntou por fim, sem abaixar a espada, olhando fixamente para as criaturas horrendas em sua frente.

              -E tudo mais que desejar... – Respondeu a megera

              Enquanto isso, nas forjas, Pedro estava supervisionando o trabalho dos anões quando percebeu Lúcia chegando perto, o rosto numa careta de tensão.

              -O que houve, Lu? - perguntou Pedro, se aproximando da irmã e lhe abraçando.

              -Estou tendo um mal pressentimento, como se algo ruim estivesse acontecendo na mesa de pedra - ela disse aterrorizada, levando a mão ao coração.

               -Bom... Então eu posso ir checar para você. Ed venha comigo.

               Na mesa de pedra, os dois feiticeiros começaram a recitar frases numa língua incompreensível ao príncipe e desenharam um circulo no chão em frente a mesa de pedra e colocaram o jovem dentro dele. Caspian se assombrou. Estava com um mau pressentimento sobre isso. Logo a megera começou a pronunciar o feitiço cada vez mais alto e rapidamente, então ela ergueu a metade superior de lança que havia sido partida ao meio e a encravou  na mesa de pedra. Logo algo muito estranho aconteceu: começara a se formar sobre ela, um painel de gelo que se erguia cerca de dois metros e meio acima da Mesa de Pedra, e nele lentamente formava-se a imagem da Feiticeira Branca:

              -Não era isso o que eu queria... – Exclamou Caspian trêmulo e tentando retirar-se do circulo

              -Uma gota do sangue do Filho de Adão e estarei livre – Disse Jádis

            A besta segurou o rapaz e o anão fez-lhe um corte na mão, e quando a feiticeira esticou o braço para fora do gelo a fim de alcançá-lo, Pedro irrompeu na sala junto com Edmundo:

              -Pare!

            Edmundo imediatamente golpeou a besta e começou a travar uma luta, enquanto Pedro conseguia derrotar a megera. Os únicos sons ouvidos nesses instantes eram os urros de batalha e os toques metálicos das espadas. Lúcia entrou na sala junto Trumpkin e começam a lutar contra Nikabrik. Edmundo depois de muito lutar conseguiu desferir um ultimo golpe matando a besta, Trupkin ao ver que o anão negro atacara Lúcia não hesitou em matá-lo. E Pedro, após matar a megera, empurrou Caspian, que estava cada vez mais perto da feiticeira, para fora do circulo:

              -Afaste-se! – Gritou o Grande Rei apontando a espada para Jádis

              -Pedro, meu querido. Venha só uma gota, querido.

            Então se encantando com as palavras da feiticeira, Pedro abaixou a espada e começou a movimentar-se em sua direção, quando de súbito ouviu-se um estalo e o gigante painel de gelo estilhaçou-se no chão, e atrás dele estava Edmundo segurando sua espada:

              -É, eu sei Pedro... Você estava ganhando

            Caspian levantou-se e ele e o Grande Rei olharam para a escultura do Leão, e finalmente deram-se conta de que sozinhos definitivamente não iriam conseguir e que apenas Aslam poderia ajudá-los. Logo se lançaram olhares de compreensão e vergonha pelo o que haviam feito. Depois de certo tempo, Caspian retirou-se para conversar com seu tutor:

              -Por que o senhor nunca me contou sobre o meu pai?

              -Minha mãe era uma anã negra que vivia nas montanhas do sul – contou o professor – Eu arrisquei-me todos esses anos para que algum dia você viesse a ser um rei melhor do que seus antepassados.

              -Então, o desapontei – Respondeu o príncipe, que se sentia desapontado por ele mesmo. Depois do que acontecera na mesa de pedra naquele dia, percebeu o quão tolo foi por todo esse tempo. E sentia-se profundamente arrependido. 

              - Tudo o que lhe contei e tudo que não contei, foi unicamente porque eu acreditava em você – E prosseguiu – E agora você tem a chance de se tornar a mais nobre contradição da história: O telmarino que salvou Nárnia.

***

            O Grande Rei ainda parecia sentado na sala, no mais absoluto silencio, encostado na mesa de pedra. Então sua irmã mais nova sentou-se e recostou em seu ombro.

              -Você tem sorte, sabia? – Desabafou Pedro

              -O quer dizer? – Indagou Lu

              -Em vê-lo. Eu só gostaria que ele tivesse me dado algum tipo de prova... Como a que deu a você e a Cathy

              -Talvez sejamos nós somos quem devemos dar alguma prova de nós mesmos a ele... – Concluiu Lúcia

            A conversa foi interrompida por Susana, que disse:

               -Pedro, é melhor você vir logo!

            Susana levou-os ao lado de fora, e lá podia-se avistar ao longe que o exercito inimigo havia atravessado o Beruna.

                -Nós devemos nos reunir imediatamente! – Sugeriu Caspian agitado

                -Não sem a Catherine! – Falou Pedro – Ed! Mabelle! Vocês sabem aonde ela se encontra?

                -Bom, ela... Ela  disse que ia dar umas voltas por aí... – Respondeu Belle meio sem saber o que dizer

              -Pedro, também não é para tanto. – Falou Su – Logo ela estará de volta... Ela sempre soube se cuidar muito bem, e nós devemos nos reunir logo!

              -Susana, não seja tola! - Pedro retrucou estressado. - Todo esse tempo era ela quem estava certa. Todo esse tempo nós estávamos agindo errado quando a pessoa que significa sabedoria para toda a Nárnia estava tentando no empurrar para o caminho certo. Entende que não podemos continuar sem ela? Ela é como nossa porta-voz com Aslam!

              -Você realmente acha isso ou está assim só porque quer tê-la ao seu lado? - perguntou Susana, também com raiva. Detestava ser chamada de tola.

              -Quer saber, Susana? Não vou mais bater boca com você. Não vale à pena. Eu sei que isso é certo, e vou lutar para conseguí-lo. Se quiser ficar aqui, tentando em vão achar algo que lhe ajude, fique.

               Susana ficou em silêncio por alguns segundos, e com o punho cerrado em sinal de raiva. 

              -Eu não sei o porquê, mas eu estou tendo um péssimo pressentimento... - Edmundo disse, olhando o exército que estava cada vez mais perto do forte.

              Ao ouvir isso, Susana se decidiu:

              -Tudo bem, Pedro, é melhor que vá. Caso algo aconteça, nós cuidaremos de tudo por aqui.

              -Bom, então deve ir logo – Sugeriu o príncipe para Pedro, apontando para o horizonte – Aquelas nuvens a oeste indicam que logo teremos uma tempestade. Se preferir, eu vou com você...

              -Não, é melhor que fique. Eu sou quem deve procurá-la.


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