Príncipe Caspian: a Verdadeira História escrita por EmmaW, bellafurtado, Clarizabel


Capítulo 11
Sob a Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou muito feliz com todos os reviews, elogios e sugestões que temos recebido! Mas já estamos chegando perto do fim... :'( Enfim, meus parabens a Bella Furtado ( de novo) que me deu uma ajuda ENORME nesse capitulo...
Espero que vocês gostem!

PS: Nesse capitulo, eu achei que seria bem merecido uma trilha sonora, então é só clicar no link e ouçam ;)
bjs das autoras



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99741/chapter/11

            Catherine caminhava de volta ao forte quando começou a chover intensamente. Entretanto, como já estava próximo de seu destino e tinha de retornar o mais rápido que pudesse, decidiu prosseguir.

            Mal caminhara por alguns metros, e o solo que estava extremamente escorregadio, cedeu sob seu pé fazendo-a cair, ocasionando-lhe uma fratura no tornozelo.

              -Droga - murmurou a moça, tocando o tornozelo e sentindo uma imensa dor.

            Apertou os olhos e afastou a mão imediatamente. Tinha que voltar ao forte, mas não poderia andar muito com aquele tornozelo. Respirou fundo, tentando recobrar a paciência. Nada estava indo de acordo com o que planejava. Pensou apenas por um segundo e decidiu-se sobre o que fazer.

            Logo a rainha arrastou-se para um abrigo abaixo que parte de um tronco de árvore caído lhe oferecia, e permaneceu encolhida por um bom tempo, na verdade, não mais que alguns minutos, mas estes lhe pareceram horas.

***

[ Música - http://www.youtube.com/watch?v=CdjRmM0Q0qs]

            Pedro caminhava lentamente em direção à floresta. Um turbilhão de ideias e pensamentos passavam por sua cabeça. Aonde Catherine foi? Ela realmente não sentia mais nada por ele? Essa última pergunta rasgou seu peito. Não. As coisas não podiam ter se passado assim tão fácil. Ela não podia simplesmente deixar de amá-lo por culpa de uma atitude errada.

              -Pare de se iludir, Pedro - murmurou o Grande Rei para si mesmo. - Ela tem todos os motivos do mundo para te odiar agora, seu idiota.

            Antes que pudesse continuar com sua reflexão, começou a chover. O Rei praguejou baixinho e apressou o passo em direção à floresta. Não voltaria para o forte sem Catherine. Olhou para os lados, tentando se decidir para que direção seguir, já que a moça não deu nenhuma informação sobre o local exato em que iria. Antes que Pedro fizesse qualquer coisa, ouviu um gemido baixinho. Foi andando na direção em de onde ouvira o gemido, e deu de cara com a Rainha sentada abaixo do tronco de uma árvore.

            Esboçou um sorriso e foi andando em direção a ela.

***

            E foi naquele momento, que a moça avistou ao longe a última pessoa que esperava ver: O Grande Rei Pedro.

            Então ela saiu do abrigo enquanto o rapaz se aproximava:

              -O que faz parada aqui? – Perguntou Pedro com certo ar de riso

              -Bem, é um pouco difícil andar com o tornozelo torcido – Respondeu sarcasticamente

              -Se me permite – Falou antes de tocar a perna da moça e após tirar a bota e ver o inchaço acrescentou – Não, você não o torceu... Você quebrou o tornozelo!

              -De qualquer maneira... É melhor irmos logo – disse a Rainha, tentando se levantar, mas caindo no chão logo em seguida.

              -Ei, calma aí – disse o Grande Rei, empurrando Catherine para baixo e a sentando. - Está chovendo. Seu tornozelo está quebrado. Vamos esperar mais alguns minutos, o céu já está clareando. - Catherine bufou e o rapaz fez uma carranca. – Minha companhia não é tão ruim assim.

              -Ela não era tão ruim assim. Mas você fez tudo piorar com a sua cabeça dura.

            -Cathy... Escute, eu sei que fui idiota, mas eu estou tentando consertar as coisas, está bem? Eu percebi que fui cabeça-dura. Mas para que as coisas dêem certo, nós precisamos estar unidos. Então agora é a sua vez de deixar de ser cabeça dura.

              -Pedro, as coisas mudaram. Se fosse há um ano, eu diria sim. Mas eu não sinto mais nada por você para me submeter a isso.

              -Você pode fingir que não aconteceu, Cathy. Mas eu não posso. Meus sentimentos por você não mudaram. E é por isso que dói tanto te ouvir falar esse tipo de coisa.

            Catherine ficou em silêncio, olhando o horizonte, percebendo que as nuvens se dissipavam aos poucos. Respirou fundo. Não sabia o que dizer. Sentiu sua mão - que estava pousada na perna - ser agarrada lenta e cuidadosamente pela mão de Pedro. O corpo da moça levou um imenso choque, partindo do ponto tocado pelo rapaz. Ela corou e desviou o rosto, fingindo não perceber.

              -Acha que ele vai aparecer? - perguntou Pedro, livrando a moça do constrangimento momentâneo. Catherine o olhou, as sobrancelhas se unindo, numa expressão de interrogação. - Eu quero dizer, Aslam.

            Ela voltou a olhar o horizonte, percebendo o fim da chuva.

              -Pedro, ele já está aqui. Será que é tão difícil entender? - ela fechou os olhos e respirou fundo, sentindo o vento bater contra seu rosto. - Ele é como... como o vento. Você não pode vê-lo nesse momento... mas você pode sentí-lo. Aslam está com você até quando você não o vê. E é por isso que só Lúcia o enxergou naquele dia. A chuva já está cessando, está na hora de irmos. - disse Catherine colocando o braço nos ombros de Pedro, para apoiar-se nele

              -O que está fazendo?

              -Preciso me apoiar... A menos que você queira que eu vá flutuando – Respondeu secamente.

              -Bem, talvez você possa...

            E ao dizer estas palavras, Pedro segurou a cintura da moça e pôs o outro braço sob seus joelhos e a ergueu.

            Aquilo causou um enorme choque em Catherine, pois ela definitivamente não esperava tamanho ato de cavalheirismo, especialmente depois de tudo que dissera a ele, de ter lhe dito que não sentia absolutamente mais nada por ele, e da maneira fria e desprezível que passou a tratá-lo.

              -Ora, vamos! Ponha-me no chão imediatamente!

              -Isto está absolutamente fora de questão! Sempre a respeito, mas considerando que se permanecer mais tempo debaixo da chuva ficará doente, a senhorita não está em posição de fazer exigências – Advertiu rindo

              -Ora, Pedro, está só chuviscando! Mas isto é ridicu...

              -E nem mais uma palavras sobre isso. Logo chegaremos.

            Então, Cathy relaxou e permitiu que seu corpo amolecesse nos braços do Rei e aproveitou cada segundo, ouvindo as batidas de seu coração e sentindo a sua respiração. Pois provavelmente não teria outro momento como aquele novamente.

***

            Mabelle estava sentada no ponto de observação das tumbas, olhando para a floresta com ar de preocupação. Remexia as mãos nervosamente, pensando no que devia ter acontecido na floresta para fazer Pedro e Cathy demorarem tanto. Mas aí, ouviu passos. Desconfiada, pousou sua mão sobre o arco que usava.

Sentiu uma mão tocar seu ombro e não pensou duas vezes: virou o arco e bateu no braço da pessoa, que gemeu e segurou o local acertado. Ali, na sua frente, estava Edmundo.

              -Pela juba do Leão! – gritou ainda mais preocupada, correndo em direção ao rapaz. - Oh, céus, me perdoe, Edmundo! Eu... eu estou tão preocupada e... e aí eu acabei achando que você era alguém que na verdade não é você e aí...

            O rei riu e segurou o braço da garota.

              -Está tudo bem, Belle – ele disse calmamente. - Foi um acidente. - a garota esboçou um sorriso, que foi algo mais parecido com uma careta, o que tornou sua preocupação aparente. - Belle, eles estão bem! Olhe, tem uma tempestade se aproximando, por isso devem estar lá e...

            Nesse instante, um trovão rompeu o céu e a chuva começou a cair. Os dois jovens se olharam e começaram a rir. Edmundo, que havia trazido uma camisa de mangas compridas para usar em caso de frio, colocou a mesma em cima das cabeças dos dois. Fingindo que nada estava acontecendo, passou uma de suas mãos pela cintura da moça. Os dois seguraram a camisa e saíram correndo para dentro, mas num lugar de onde podiam observar o que acontecia lá fora.

            Mabelle ficou encarando a floresta, com a camisa sobre seus ombros, o cabelo molhado caindo graciosamente por seus ombros. Edmundo a encarou e deu um sorriso.

              -Você é tão bonita... - murmurou.

              -O quê?! - ela perguntou se sobressaltando.

             -Eu disse que tem uma coisa no seu rosto - ele disse envergonhado, praguejando internamente. - Seu cabelo está caindo no olho, deixe-me tirar.

            Ele passou a mão pelo rosto da garota lentamente, sempre a olhando nos olhos, tentando capturar tudo o que ela sentia. Belle se arrepiou e olhou de esguelha para a mão do Rei. Ele colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, mas sua mão continuou ali. Depois de tomar coragem, a garota também o olhou nos olhos. O rosto dos dois se aproximou. Já podiam sentir a respiração um do outro, quando Mabelle ouviu passos e se virou para olhá-los.

              -Você ouviu isso? - perguntou, se recolhendo para o lado de fora.

            Edmundo respirou fundo. Seguiu a garota até o lado de fora e encarou a floresta, vendo duas pessoas se aproximarem.

***

            Quando já se aproximaram das tumbas, Edmundo e Mabelle que estavam à espera logo os avistaram:

              -Venha logo Lúcia! Catherine está ferida! – Gritou Ed, enquanto o mesmo e Belle corriam em direção aos recém-chegados.

              -O que aconteceu? – Perguntou Mabelle

              -Melhor esperar até que ela melhore... Não vamos perturbar sua mente com inquisições que podem esperar – Falou o Grande Rei antes mesmo que a garota pudesse pensar numa resposta

            Logo a colocaram na sala de armaduras, e lá Lúcia derramou uma gota do Suco da Flor-de-Fogo em seu tornozelo e deu-lhe uma gota para curar-lhe de um resfriado. E após vestir-se, Cathy se dirigiu a sala de Aslam, onde estavam reunidos os mais importantes líderes do exército:

              -Então, já que todos se encontram presentes – Disse Pedro lançando um leve sorriso para Catherine – devemos dar início a um novo Conselho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AVISO: Eu vou demorar um poukinho mais pra postar o proximo, porque irei acampar com a Clara durante uma semana... Mas o lado positivo é que não é melhor lugar para se ter inspiração para uma batalha em Nárnia que o meio do mato, não é mesmo?
Mas logo estarei de volta com um cap quentinho!

E ai o que acharam? ;)