Minha Resposta escrita por Selena Cullen


Capítulo 3
Lindo sorriso


Notas iniciais do capítulo

Oii meus amores, tudo certinho com você? Espero que sim!
Boa leitura!



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Era um sábado chuvoso, o céu estava parcialmente nublado, eu e Chris voltávamos da escola, o teste para o basquete havia sido naquela manhã, eu a princípio não iria, mas depois de tanto Chris insistir eu acabei revendo minha agenda e deixando um Scooter muito furioso. Eu vim fazer o teste e agora já estava voltando. Havíamos passado.

—Sabia que íamos conseguir! Sabia! Somos fodas.
—Sim, sim somos.
—Tenho que ligar para o Ryan, ele vai morrer de inveja!
—Você não presta!
—Eu sei disso!
—Ei cara, você vai comigo ou não vai?
—Ir aonde?
—Ao ensaio fotográfico, se você não for, eu te deixo em casa.
—Cara – ele colocou a mão no meu ombro- Eu não perderia por nada nesse mundo você fazendo biquinho para câmera!
                                        
                                           **Por Jen**
Era um típico sábado que caia aquela garoa fina e eu ficava jogada no sofá, a televisão estava ligada, eu olhava para tela, mas minha mente estava longe.
Fazia cinco dias que eu não via minha tia, eu estava preocupada, porém não sabia onde procurá-la, tinha medo do quê ela poderia estar fazendo...
Minha atenção só se voltou para a televisão quando apareceu uma entrevista com Justin Bieber e eu não pude evitar sorrir, ele sempre com seu jeito cativante, sempre otimista, sempre feliz, como se nada o abalasse. Eu o invejava.

 

Porque afinal, o que eu era? Decidi também que não queria ficar jogada no sofá o dia inteiro, verifiquei mentalmente minha opções, hoje tinha a festinha dos populares, aonde só os populares iam, um verdadeiro teste. Eu havia sido convidada, até tinha uma carona, mas não tinha certeza se queria ir, porém era
melhor do que ficar aqui, sozinha, remoendo sentimentos e coisas que eu simplesmente não podia mudar. Então quando o horário da festa se aproximou eu fui para o quarto, separei uma roupa e uma bolsa para botar a cartela de cigarro e fui tomar banho, em meia hora já estava pronta.

 

 

Quando ouvi a buzina da minha carona desci e tranquei a casa.
David Peter era minha carona, já havia ficado com ele algumas vezes, na época era bom ficar com ele, ele era uma boa companhia, mas depois que ele tentou “avançar” as coisas eu “terminei” e também parei de falar com ele, mas ele me pediu desculpas e me ofereceu a carona e eu acabei aceitando.

 

Entrei em seu carro esporte vermelho e o cumprimentei.
—Oi.
—Oi.
—Tudo bem?
—Tudo.
—Que bom!
—Vem cá Jen, eu não vou ganhar nem um beijinho?
—Não...
—Ah fala sério, eu vim até aqui, só um beijinho, por favor?
—David você disse...
—Eu sei, eu sei, mas poxa, você está linda! Não consigo resistir...

Por fim, eu o beijei, ele beijava bem, mas era como beijar uma parede, não tinha significado, sentimentos... Eu parei o beijo quando ele atrevidamente colocou a mão no meu seio esquerdo.

—Que droga David!
—Ah que foi?
—Que foi? QUE FOI?- me alterei com sua cara cínica.
—Tá gritando por quê?
—Eu disse para você não fazer essa merda!
—Até parece que você não gosta! Todas gostam!
—Eu não gosto e não sou todas, seu idiota!
Em um salto saí do carro e bati com força a porta do seu precioso carro e fui andando pela rua.

—Vai andando é? – ele me acompanhou com o carro.
—VOU!
—Ah, que se dane então!
Ele acelerou o carro, provavelmente calculando se dava tempo de pegar outra garota e quando ele acelerou ainda jogou água em mim, pois passou com o pneu em cima de uma poça.

—VIADO!- gritei muito irritada.
A velhinha que morava na vizinhança e estava na varanda de sua provável casa me olhou com cara de “Elvisnãomorreumesmonão”.
Limpei minha boca tirando qualquer possível resíduo de David e resolvi ir caminhando para festa, pelo que eu me lembrava do endereço eu não ia andar muito, eu esperava. Peguei um cigarro em minha pequena bolsa e começei a tragá-lo e lembrei-me de Justin e do fato de que se ele estivesse ali comigo ele provavelmente atiraria o cigarro longe.
Bem, meus cálculos estavam certos, eu não demorei muito para chegar a casa em que residia a festa. A festa já  aparentava estar na metade. Quando eu finalmente entrei no salão fui logo procurar o bar e pedi uma tequila quando o achei. Eu terminava a quinta dose quando Justin apareceu do meu lado.

—Oi. – ele disse.
—Oiii. – o álcool já me subia à cabeça.
—Tudo bem?
—Na verdade, tá tudo uma merda- dei uma gargalhada escandalosa.
—Acho que você está bêbada!
—Eu? Imagina- continuei rindo.
—Melhor você parar de beber um pouquinho- ele arrancou o copo de tequila da minha mão.
—Ahhh, fala sério, me dá! Me dá! Sai daqui! Seu chato!
—Você tem que parar um pouco Jen.
—Você está um gatinho, sabia?

 

— É,  você com certeza está bêbada!
Novamente gargalhei, mesmo não tendo muita noção do que ele estava falando, então se ele estava me xingando lá estava eu rindo... Por fim ele riu também.
—Ahhh, adoro essa música! – olhei para ele- Vem! Vamos dançar!
—Ah, Jen, eu...
—Vêem! Por favor!
—Ah, tá bom, eu vou!
A música era lenta e sensual ao mesmo tempo, eu descia e subia encostada em Justin, quando subi pela terceira vez, ele segurou minha cintura e começou a dançar comigo, entrando lentamente em sintonia comigo e com a melodia.
Eu estava um pouco tonta, encostei a cabeça no vão entre seu ombro e seu pescoço, todos os meus sentimentos vieram à tona e eu fiquei infeliz.

De repente eu precisava sair dali, precisava respirar e sem pensar em mais nada eu saí dali, eu corri, eu não sabia muito bem para onde estava indo, mas me lembro perfeitamente de subir escadas, enfim, eu continuei correndo e só parei quando cheguei a uma varanda, a noite estava linda. Subi encima da murada da varanda e abri os braços deixando o ar fresco da noite entrar totalmente em mim, bagunçando meu cabelos, quando novamente abri os olhos vi que embaixo residia uma piscina, bem, pensei comigo mesma, porque não dar um mergulho?
Quando me preparei para pular, alguém segurou minha cintura.
—O que está fazendo?
— Quero nadar!
—Está maluca?
—Dói tanto...
—O que dói, onde dói?
— Dói buscar respostas e não encontrar. Dói chorar em silêncio e não encontrar alívio.
— Shhh... Vai passar, eu prometo!
— Me abraça?
Ele não respondeu, apenas envolveu seus braços em minha cintura me colando ao calor de seus braços, nunca me senti tão confortada, tão protegida, tão tranqüila... Seu abraço, seu calor, era tão reconfortante, como se nada me abalasse enfim. Queria poder ficar em seus braços por um bom tempo, mas não foi possível.
—Vou te levar em casa, tá?!
—Tá... -disse em um sussurro.
Ele me levou até seu carro, uma Range Rover, abriu a porta de passageiro para mim e depois foi para a de motorista e entrou.
—Onde é sua casa?
Fui dando as coordenadas para ele, ele dirigia muito bem. Não demorou muito a chegar a minha casa.

—Está entregue! – ele disse assim que chegamos.
—Obrigada!- disse antes de sair do carro.
—Tem alguém aí? – ele perguntou olhando para a casa que estava escura.
—Não.
—Hum... Jen promete não fazer nenhuma besteira?
—Tipo me cortar com a faca da cozinha?
—É sério.
—Tudo bem, eu prometo!
—Posso confiar?
—Pode.
—Ok então!
—Ah, Justin, cadê aquele seu amigo tarado? Não o vi!

—O Chris?
—Acho que sim!
—Ah, ele ainda está na festa! Vou buscá-lo!
—Hum... Então tá! – eu o olhava pela janela do banco do carona.
—Boa noite Jen. Até segunda!
—Até e boa noite!

Ele sorriu e só partiu com o carro quando eu entrei em casa e acendi a luz da sala. Bem, nesse momento bateu a exaustão do dia em parte agitado e eu me joguei no sofá mesmo e adormeci de roupa de festa mesmo.

                                 ** Por Justin **

Lamentava o fato de ter que voltar naquela festa, eu nem queria ir, só fui porque Chris ficou me implorando e por fim eu acabei indo.
Eu não conseguia tirar o sorriso do rosto ao lembrar Jen, ela estava tão linda hoje, essa garota mexia comigo, não sei como, mas mexia.

Bem quando cheguei novamente à festa, percebi que o movimento havia aumentado, aumentando junto o número de adolescentes bêbados se esfregando um no outro, seria um suplício achar Chris em meio a tanta gente. Bem, o jeito era sair pedindo licença. Quando estava no que eu julgava ser o meio do salão esbarrei em Lena e Kaila.

— Ahh Justin, bom te ver! Queria falar com você!- Lena disse.
— Comigo?- coloquei minhas mãos em meu próprio peito.
— Claro bobinho!
— Bem, fala!
— Na verdade eu queria te avisar sobre a Jen!
— Sobre a Jen?
— Sim, eu vi vocês dois juntos, e bem, queria te dizer para não ficar muito “próximo” a Jen.
— Não entendi.
—Justin, a Jen é uma má influência, entendeu?
—Mas vocês não são amigas?
— Em termos...
—Meus pais já falaram mil vezes para eu não andar com ela. – Kaila tomou a palavra.
—Um exemplo de que ela é uma má influência é o fato da tia dela ser dependente química. Viciada em drogas, para me expressar melhor.
— Ah, obrigado pelo aviso!
— Ah que isso!

— Bem, eu tenho que procurar Chris!
— Ok... Acho que o vi por ali – ela apontou para a região a esquerda de onde a gente estava.
—Obrigado duas vezes. – dei um sorriso amarelo e fui caminhando para onde ela apontou ao mesmo tempo me perguntava até onde podia ir à falsidade de uma pessoa, quer dizer, eu achava que Lena, Kaila e Jen eram melhores amigas, quando na verdade elas achavam Jen uma má influência, eu sabia que Jen não era uma má influência, ela só estava um pouco perdida em suas próprias emoções.

Achei Chris se agarrando com uma loira que com certeza era mais velha que ele e provavelmente já estava bêbada, se Chris tivesse bebido algo alcoólico ele ia levar uma grande bronca.

— Chris, Chris, Chris... CHRIS... – enfim ele olhou.
— Hãm, hãm, que?- ele perguntou meio desnorteado.
— Vamos embora!
— Mas já?
— Já
— Ahh, vamos ficar mais um pouco, né Ally?!
— Sim - a loira bêbada respondeu.
— Nem mais um minuto Chris...
— Cara, você está muito velho!
— Sou um velho de 70 anos, agora vamos?
— Vamos vovô!

Fomos até o carro com Chris resmungando ao meu lado, depois eu era o velho!

—Droga, nem peguei o telefone de Ally! – ele disse com a mão na testa.
— Que pena... - disse irônico

Ficamos em silêncio algum tempo, até que resolvi falar de Lena e Kaila...

— Chris?
— Fala?
— Olha, acho melhor avisar que Lena e Kaila são um pouco falsas, então toma cuidado.
—Um pouco? Fala sério, aquelas são mais falsas que nota de 10, só você não percebeu!
— Chris?
— Oi?
— Nota de 10 existe, tá?

— Ah, é mesmo! Cara acho que botaram alguma coisa na minha bebida.
—Você acha? Eu tenho certeza!
— Ou você é burro mesmo... - conclui por fim.
—É muito bom ver seu amor por mim.
— Que bom!

Mais silêncio...

— Justin?
— Sim?
— Porque você não incluiu aquela outra que anda com Lena e Kaila no seu aviso?
— Porque sei que a Jen não é assim- disse simplesmente.
— Hum... Jen? Já está de apelidinho? – ele encarnou em mim.
— Olha, ela prefere Jen a Jennifer, tá?!
— Já sabe suas preferências?
— Chris, vira para o lado, cala boca e dorme!

                                ** Por Jen **

Acordei no domingo, ainda no sofá suplicando por uma aspirina, fui até os armarinho do banheiro e nele achei um pequeno potinho de comprimidos, tomei logo dois e depois fui caminhando até a meu quarto, eu ainda estava com o vestido da noite passada, troquei para roupas confortáveis, roupas de moletom cinza, confortáveis e nada sexy. Verifiquei o tempo pela janela, estava à mesma coisa de ontem, garoa fina e o céu totalmente nublado e depois desci até a cozinha, eu estava com muita fome e nem lembrava a última vez que eu tinha me alimentado, porém também não me lembrava de quase nada da noite passada, minha lembranças se resumiam a Justin Bieber, o que de fato eu estranhava.

Olhei os armários e forno e por fim conclui que não tinha nada pronto para comer, eu acabei apelando para comida congelada, descongelei uma lasanha de queijo e presunto e fiz um suco de abacaxi e comi sem culpa mesmo sabendo que depois esse mero capricho resultaria em algumas horas na academia, tinha que manter a forma pelo time de torcida, depois lavei a louça e voltei para meu amado sofá.

Passei meu domingo inteiro assim, sentada no sofá vendo programas de auto-ajuda ou telemarketing e fui dormir cedo só que dessa vez na minha cama e deitada na cama olhando o teto eu percebi que havia cumprido minha promessa para com Justin de não fazer nenhuma besteira, eu nem havia fumado hoje, não que eu não houvesse sentido falta, mas eu fiquei com preguiça de levantar.


Também percebi que minha pequena bolsa não havia voltado comigo e eu não fazia a mínima idéia de onde a havia largado e também não me preocupava.
Hoje fazia seis dias consecutivos que não via minha tia e foi pensando em minha tia que virei para o lado e adormeci.

A segunda feira ainda estava chuvosa e eu acordei sem disposição ou ânimo nenhum de ir para a escola, cogitei a idéia de ficar em casa e cabular aula, mas a idéia foi passageira e eu levantei, tomei um banho, vesti uma roupa qualquer, peguei uma maça na cozinha e fui andando para a escola.

Dei graça ao deuses de chegar cedo o suficiente para não encontrar Lena e Kaila no portão, tinha pouquíssimos alunos quando eu cheguei, fui diretamente para a sala 506, não tinha ninguém, escolhi com calma meu lugar, por fim fiquei com o lugar que ficava embaixo da janela. Depois de 20 minutos as pessoas começaram a entrar, Justin entrou junto com Chris, Lena e Kaila.
Os quatro sentaram juntos, bem longe de mim, eu não fui procurá-los, não estava afim.
O velho, chato professor de história não demorou muito para entrar, a aula estava um tédio, como sempre, o que mudou foi que, mais ou menos no meio da aula, uma pequena bolinha de papel vôo em mim, eu a peguei e com cuidado desdobrei encima da mesa e encontrei um bilhete com uma bonita caligrafia.

                                     Como foi seu domingo?
                                                Beijos

Não havia assinatura, olhei ao meu redor com a esperança de descobrir quem mandou o bilhete, Justin olhava para mim, conclui que havia sido ele, lhe dirigi um sorriso e peguei um pequeno pedaço de papel para responder o bilhete.

                                     Monótono, e o seu?
             Sabia que fiquei pensando maior tempão em você?
                                             Beijos
 
Disfarçadamente lhe enviei o bilhete, com agilidade ele pegou e leu o bilhete, um sorriso nasceu em seu rosto quando ele terminou de ler.
Ele pegou o lápis escreveu algo e novamente jogou a bolinha de papel para mim, eu a peguei abri o papel e li.
                                     
                                   Eu trabalhei no meu.
                              Bom saber que não fui o único.
                                              Beijos


Eu li, e por algum motivo eu fiquei feliz em saber que ele também pensou em mim, peguei o papel e escrevi o que provavelmente seria o último bilhete trocado, senão o professor chato nos descobriria.

                                       Bem, isso é meio chato.
                                               Que bom...
                                   A gente se vê no intervalo?
                                                  Beijos

 

le não escreveu novamente, apenas olhou para mim e piscou, interpretei isso como um “sim, a gente se vê no intervalo”.

                                           

                                            **Por Justin**

 

Havia pagado todos os meus pecados ontem, Scooter me fez fazer tudo no domingo, ensaio de coreografia, ensaio fotográfico, reuniões para CDs, para possíveis turnês, autografos para as fãs, enfim eu fiz absolutamente tudo naquele domingo, mal parei para comer algo, quando cheguei em casa já estava escuro.

Acordar para estar aqui hoje foi um verdadeiro suplício, para minha mãe, pois eu quase me casei com o colchão e para completar tinha Chris rindo da minha cara, Lena e Kaila no meu pé e a primeira aula era de história, eu estava fazendo quase um sacrifício para não dormir eu estava em um péssimo humor, o que me animou um pouco foi os bilhetes trocados entre eu e Jen, saber que ela pensou em mim como eu pensei nela foi muito gratificante.
 Estava contando os minutos, segundos e milésimos para o intervalo, passou à primeira, a segunda aula se arrastou a terceira rastejou e enfim o intervalo.

Jen foi uma das primeiras a sair da sala, fui atrás dela, ela não percebeu que eu a estava seguindo.
Ela foi para seu tronco caído da ala leste, como sempre.

—Oi. - disse me sentando ao seu lado.
—Olá.
—Tudo bem?
— Estou bem e você?
— Eu estou com sono.
— Pelo trabalho de ontem?
—Sim, paguei todos os meus pecados.
— Eu fiquei o dia inteiro vendo televisão.
— Eu invejo isso, acredite.


Ela riu. Uma risada gostosa de ouvir queria pedir que ela não parasse. Olhando para ela, involuntariamente, ri também.

— O que foi?

 

 

— Você tem o sorriso lindo...


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Espero de coração que tenham gostado!
Obrigaada pelos reviews?
Bem, mais reviews? Talvez uma recomendação?
Beijoooos
Amo vocês!