As próximas sete semanas passaram muito mais confusas, eu estava tendo as visões com mais freqüência, normalmente instantes antes que elas acontecessem. Surpresas, comecei a sentir falta disto, aos poucos me estava acostumando com as visões, mas mesmo assim isso era perturbador , as vezes queria sair gritando ,”Para! Para!Eu não agüento mais!”E dizer: - ‘Jhony Smith eu sei que foi você quem quebrou minha máquina fotográfica, seu merda’.,ou melhor dizendo ,via, desde coisas caindo...  e realmente caiam, sabendo quem ia bater na porta, ou quem ia me ligar,sobre Jhony e Annie terem ficado as escondidas – e precisei me fazer de ‘há serio?’ – do Taigers nosso time de futebol perder o campeonato pra os Destrutores, e mesmo assim animar a torcida tentando provar que íamos ganhar, mesmo sabendo da derrota.  Ou sobre o novo namorado de  mamãe, que ela estava agora mesmo, se perguntando como ia nos contar sobre isto.

- Então crianças, eu queria contar algo a vocês dois – eu e Jhony estávamos sentados no sofá, olhando mamãe andar de um lado para o outro de nervosismo, isto é legal, a cena fica mais interessante quando você já sabe o que ela esta tão apreensiva para contar. –  Sei que vai ser difícil para vocês dois .

- Mãe desembucha logo vai – disse Jhony

- sei que depois que o pai de vocês se foi, tudo ficou meio difícil –Agora vem a preção psicológico- e eu estive tão sozinha nesses últimos tempos.

- Você ta com alguém, é isso? – Jhony já estava entediado

- Não! Quero dizer é, mas não é bem assim, o Frank é um cara bem.

- HÁ então o nome dele é Frank – Agora o clima tava ficando melhor, era como se nossa mãe estivesse em nosso lugar depois que aprontamos alguma.

-É,mas ela nunca vai substituir o pai de vocês,espero que vocês entendam.

Eu Jhony trocamos olhares, e depois olhamos de maneira julgativa para ela, então Jhony começou:

- Bem acho que podemos entrar em um acordo mamãe

- É mamãe, tipo quando vocês saírem juntos queremos você onze oras em casa, entendeu?

-E mais, não pense que ele poderá ficar te ligando todos os dias não eim.

-E ele trabalha? Com o que?

Logo que mamãe se recuperou, do susto de nossas perguntas ela respondeu.

- Bem ele é delegado, e está louco para conhecer vocês.

-É pode ser – Disse Jhony com aquele sorriso diabólico dele.

- Ai crianças fico feliz que vocês tenham entendido – ela pula para um forte abraço em nós dois.Ja estava na hora de mamãe  arranjar alguém, ela se apagou um pouco depois da morte de nosso pai ,acho que um relacionamento para ela será uma boa agora,Jhony e eu já tínhamos dezessete anos,agora era hora dela cuidar de sua vida pessoal.- bem então amanhã tudo bem ele vir jantar aqui?

-Tudo bem – disse Jhony

-Há e mãe, coloque aquele seu vestido azul, acho – tenho certeza – que ele vai gostar.

-há, ta, ta legal.

Era segunda feira, e como sempre esse inicio de semana ia ser uma droga, eu nem precisava ver o futuro para saber dessas coisas, estava quase dormindo na aula de literatura, todos os anos sempre nos passam o mesmo conteúdo nessa matéria, mas nunca adianta de nada.E aquele maldito relógio nunca ajuda quando precisamos,e minha caneta já estava mastigada quase por completo,aquilo era muito, muito entediante, a voz daquele monstro em nossa frente, aquela conversa de alunos que não fazem nenhuma questão de fingir que prestam atenção na aula, e o monstro ainda continua mexendo aquela boca pela qual não escuto nada do que esta saindo dela.

- Que tédio!

Mas toda aquela minha atenção que estava a minha volta some, e a imagem sem sentido de uma câmera fotográfica aparece em minha mente, claro uma visão, atrás da câmera havia um rosto não sabia qual, ou de quem, e tudo volta ao normal,toda aquela barulheira ao meu redor.O sinal toca, graças a Deus salva, livre, hora do intervalo.  Às vezes as visões são incompletas, talvez  como imagens sem sentido como esta que acabei de ter mas que logo depois se encaixam,como era o caso que estava prestes a acontecer.Annie e Stacy estavam vindo como caminhões desgovernados em minha direção.

- Você viu isso aqui – Stacy me entrega um jornal,e estava muito brava, muito brava mesmo, muito brava até para ela.

- Mas o que... - e olho para elas sem entender.

- Leia Sarah – disse Annie apreensiva.

Na primeira pagina estava destacado, ’Nossos queridos populares. ‘E logo dizia:

‘’A coisa mais normal para estudantes se tornou andar nas sombras destes bonecos Anormais. Nosso querido time de futebol e composto por belas molduras de jogadores fortões pelos quais garotas bobas estão sonhando pelo dia em que eles passem e lembrem seus nomes, quanta BURRICE, e claro e não menos importante nossas queridas Lideres de torcidas,garotas lindas, que passam semanas engolindo porções mínimas de alimentos em seus corpos e logo depois vem a salvação, suas preciosas “escovas de dentes”,para que elas possam retirar tudo que comeram, e permanecer com seus belos corpinhos cabendo em seus minúsculos uniformes, que não deixam de mostra suas parte mais atraentes,aquela que deixam os benditos garotos loucos para que elas passem digam um ‘oi’ para eles...... 

- Mas o que é isso?Quem escreveu estas besteiras?

- Vamos dar credito ao nosso novíssimo, redator do jornal do colégio – disse Annie com cara de taxo.

Logo abaixo de mais criticas sobre nós, havia escrito – ‘Por Matt Da Niels’ .

- Nem sabia que havia jornal nessa bendita escola.

- Estava parado até a semana passada Sarah, Até esse garoto assumir essa giringonça, quem ele pensa que é para escrever esse tipo de coisa de nós,quando o encontrar vou acabar com ele, e o pior, os garotos nem ficaram tão furiosos com o que escreveram sobre eles,disseram que isso ajuda a aumentar suas auto estima.- acho que metade das coisas que foi escrita nesse jornal se encaixava perfeitamente a Stacy, mas no momento devia concordar com ela isso era uma injustiça.

- Isso já se espalhou pelo colégio? – perguntei

- Pelo colégio inteiro Sarah,todos ficam nos secando enquanto passamos por eles. 

- Eu vou conversar com este garoto, dizer poucas e boas para ele.

- você ta maluca Sarah – disse Stacy - nem sabemos quem ele é.

- não me importo vou até lá agora!

Deixei Annie e Stacy só me observando subir a escada furiosa.

Quem aquele garoto pensa que é para escrever essas coisas?

Ao chegar ao fim do corredor onde se encontrava uma porta de metal que aparentemente estava encostada, abri ela com tudo, e logo vi o rosto que estava atrás da câmera de minha visão.Era um garoto alto devia ter por volta de um metro e oitenta,cabelos pretos e lisos,olhos negros penetrantes,seria um par perfeito para mim se não estivesse com muita raiva dele,quem quer que ele fosse.Ele girou a cadeira para ficar de frente para mim,devia estar escrevendo mais um monte de baboseiras, desta vez sobre ‘a preconceito com garotas que se vestem com freiras’.

-Sim, o que gostaria – ele dobra os braços atrás da cabeça e cruza as pernas de maneira que já sabia o que estava para vir sobre ele.

- Você é Matt Da Niels.

- Se você insiste, acho que sou. – que garoto debochando, começo a me lembrar até de Jhony, quando estou irritada com ele.

- quem é que você esta pensando que é para escrever essas mentiras? – meu tom de voz estava quase explodindo, sentia meu sangre transbordando dentro de mim.

- Eu escrevi algo que deixa incomoda Sarah?

- Clar... Você sabe meu nome?

- Mas claro, quem não conhece a belíssima Sara Smith, uma das mais invejadas garotas  do colégio Maestra – ele estava me olhando com aqueles belos olhos, e com uma expressão irônica, que estava me deixando maluca.

- muito engraçado, você se acha o maioral não é?

- Eu, que isso, Nunca chegarei aos pés de ícones da fama como vocês. – e estava fazendo aquela encenação de novo.

-Não pense que esta sua materiasinha vai nos prejudicar em alguma coisa. Ninguém vai dar atenção a um anônimo como você.

- será mesmo Sarah, garanto que no momento – agora ele estava de pé e apenas centímetros de distancia separavam nossos corpos,isso me deixou meio tremula – varias pessoas estão concordando sobre como vocês ‘populares’ gostam de pisar nelas como se vocês fossem fenômenos, e não se preocupe isto é apenas o começo. – ele passa por mim em direção a porta com uma frieza que me deu ate arrepio.

- Espera ai – ao puxá-lo pelo braço sinto minha mão firme sobre a corrente que estava sobre seu pulso e de repente tudo muda. Tudo sumiu, eu não estava mais lá, agora estava em outro lugar, uma sala de estar de uma casa qualquer, mas Matt ainda estava em minha frente, mas eu não era mas eu mesma, era outra pessoal,alguém que estava usando a pulseira que estava sobre o pulso de Matt, e agora estava vendo através do que esse alguém via.

- Você está maluco Lucas, para com isso você esta acabado com sua vida – Matt dizia para ele/eu.

-Me deixa, isso é problema meu, a vida é minha, me deixe em paz – eu/ele dizia.

- Me preocupo com você. Quando alguém entra nessa vida Lucas nunca mais sai, pare...

-Isso está me fazendo bem, ok, me distrai dos problemas.

-Bem!?! São drogas Lucas, nunca faz bem, ela te mata aos poucos...

-Cala boca, Cala boca...

Tudo fica branco, e agora eu estava de volta,era eu mesma, com Matt me olhando aterrorizado.

-O que você...?

-Ele não entende que as drogas lhe fazem mal não é?

Come é que você sabe...?

- Você só quer ajudá-lo, mas ele acha que esta tudo bem .

- para com isso, você é maluca.

-Não, eu não queria- droga o que eu fiz.

-você... Você... -ele se vira e começa a correr em direção ao corredor.

- Espere – corro em sua direção, mas o perco de vista. Não queria ter falado aquilo, mas foi tudo tão intenso, talvez não houvesse tido uma visão assim ainda, foi como se ao tocar naquela pulseira que estava sobre seu pulso me tivesse trazido aquilo, tivesse-me trazido aquela visão, mas que não parecia algo futuro, mas algo que já tivesse ocontecido.

Avisto Annie e Stacy correndo de encontro a mim.

- E ai, você achou ele, o que aconteceu?- Perguntou Stacy apreensiva

-É falei com ele sim.

- E ai?

-Ele é muito metido, mas eu disse poucas e boas a ele – acho que disse até o que não devia – e acho que não vai adiantar de nada, ele realmente esta disposto a escrever tudo que lhe der agrado. E ainda mais, ele é muito sarcástico.

-É gato? – perguntou Annie

-É bonitinho.

-HUM – Annie começou – acho que alguém esta gamadinha no garoto.

-Eu, que nada, claro que não - não podia ser – quer saber, ele é um imbecil.

-Se você esta falando.

-HAHA.

Logo depois das duas ultimas aulas o sinal para o sim do turno bateu, fui pegar minhas coisas para o ensaio de hoje, e aproveitei para ver se achava acidentalmente Matt, mas de nada adiantou. Uma figura  que vestida como minha avó se aproxima de mim, era Mindie.

-Ola Sarah.

-Oi Mindie, como você esta?

-Que bom.

- Bem melhor.

-Sarah eu não tive a oportunidade de te agradecer, então obrigada.

-Que isso Mindie, Foi sorte eu ter te visto lá, qualquer um teria feito o mesmo.

-Não qualquer um. Eu sempre digo que as coisas acontecem por algum motivo, e talvez você precisasse ter me visto ali. Antes Sarah antes te via como o tipo de garota que não devia existir – Oh que baque – mas depois que me contaram o modo como você ficou preocupada comigo, comecei a perceber que você não é apenas essa garota que serve apenas como ícone de inveja – Ai – você tem um bom coração Sarah.

-É acho que sim.

- Então obrigada

Obrigada você Mindie.

Ela da um sorriso envergonhado e sai do seu modo destrambelhado.

Começo a me lembrar da cena com Matt mais cedo, do que ele disse sobre pisarmos nas pessoas. Mindie sempre passou despercebida por mim. Matt não mentiu, acho que encaixo perfeitamente no tipo de garota fútil que não percebe quantas pessoas de bom coração estão a nossa volta, ao contrario prefiro manter aquela reputação, onde só andamos com pessoas do mesmo nível, mas que nível? O nível de Stacy, do tipo que só levam para a cama, mas e depois? Ver Mindie agora falando comigo, me deixou me sentindo um lixo, acho que é como as pessoas se sentem quando Stacy as humilha, mas ao mesmo tempo um sentimento bom, um sentimento mais inocente. ‘As coisas Acontecem por algum motivo’, Qual o motivo dessas visões?Bem Serviu para ajudar Mindie,isso foi algo bom,e valeu a pena.