Nem Contigo... nem contra Ti escrita por Daniela


Capítulo 35
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Gente linda, mais um capitulo. Leiam as notas finais! Boa Leitura (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/98180/chapter/35

Finais de Junho.

O meu coração não acalmava por nada. Estava tão apertadinho que nem sei como ainda respirava. Lágrimas de alegria cegaram-me os olhos, enquanto soltava pequenos gritinhos e saltava até ao parque de estacionamento.

- Bella! Então?! – Alice olhou-me ansiosa.
- TIVE 17! 17! – Sorri abertamente para ela, que me abraçou, seguida de Rose.
- Nós sabíamos que ias ter boa nota, idiota. – A minha prima beijou o topo da minha cabeça, enquanto Alice me enchia de beijos na face. – Muitos parabéns.
- Estou tão aliviada. Uf. – Sequei as lágrimas, sorrindo. Nada me tiraria o sorriso, hoje.
- As aulas acabaram oficialmente. Os Move vão-se embora logo à noite, para L.A. – Rose encarou-me, séria.

Bem, isso tirou-me o sorriso da cara num instante. Suspirei, encarando o chão. Não tinha falado com Edward uma única vez desde que acabámos, então dizer-lhe adeus não faria sentido nenhum. E isso ia matar-me.

- Quero ver o Emmett e o Jasper antes de irem. – Anunciei, sem as encarar.

Alice suspirou, mas eu entrei rapidamente no BMW da minha prima, encerrando o assunto por ali. Não queria ouvir nada sobre o assunto, nem pensar nele sequer. Só queria voltar para casa.

Algumas horas depois, eu, as meninas e a minha tia deitamo-nos no sofá sob as mantas, vendo um pouco de televisão. Finalmente, me permiti relaxar e pensar que estava de férias.
Uma pequena batida se ouviu na porta da cozinha. Rose e Alice levantaram-se de imediato, voando praticamente até à porta. Levantei-me calmamente, seguindo-as um pouco atrás.

- Emmett! – Rose apertou o grandalhão pelo pescoço, beijando-o de seguida. Pela primeira vez, era ela a esgana-lo num abraço.

Jasper e Alice também estavam abraçados, recebendo carinhos um do outro. Um pequeno sorriso melancólico surgiu na minha face. Eles ficavam tão bem juntos, os quatro, que nem se podia acreditar que iam separar-se.

- Eu não mereço nada? – Falei, com um pequeno sorriso.

Sentia o choro a querer brotar pelos meus olhos, mas contive-me, aumentando o sorriso, apesar de fingido.

- Anda cá. – Emmett tirou-me do chão, esmagando-me os músculos e ossos contra si. Nunca me senti tão bem com um abraço esmagador dele. – Vou ter saudades tuas, Bells.
- E eu tuas, grandalhão. – Antes de reparar, já uma lágrima solitária rolava pelo meu nariz. Apertei-o, escondendo o rosto no seu ombro. – Vou ter muitas.
- O Edward está lá fora, Bella. – Olhei para cima, vendo Jasper sorrindo para mim. – Não o queres chamar?

Dei uma leve pancada no ombro de Emmett, para me pousar no chão. Limpei as pequenas lágrimas traidoras, e abracei Jasper pelo pescoço, durante alguns segundos.

- Eu vou subir, para o quarto. – Todos os presentes na cozinha me olharam de forma reprovadora. Sorri fracamente. – Façam uma boa viagem, e mandem beijos a todos os outros. Vou ter saudades. – Dei um pequeno beijo na bochecha de Jasper, e um estapa leve no ombro de Emmett, subindo as escadas rapidamente, sem olhar para trás.

Agora, já deixava as lágrimas descerem livremente pelo meu rosto. Fechei a porta do quarto com a perna, parando só de andar quando cheguei ao parapeito da janela. Mal o fiz, vi Rosalie, Alice, Jasper e Emmett a saírem aqui de casa, de encontro para os carros estacionados à porta. Edward saiu de um deles, abraçando Rosalie e sendo esmagado por Alice. Ele parecia mais magro, e pálido. Não parecia ele. O meu choro irrompeu em soluços audíveis, a dor no meu coração quadruplicou, ao vê-lo. O meu amor estava a ir-se embora, e neste preciso momento estava a poucos passos de distância. E, no entanto, nenhum de nós fez questão de se aproximar.

A pequena luz do único candeeiro aceso no meu quarto, o da secretária, era o suficiente para conseguir distinguir as pequenas manchas molhadas nas minhas calças, quando as lágrimas caiam dos meus olhos até escaparem pelo meu rosto. Toquei no vidro gelado da janela, enquanto Edward e os outros entravam nos carros. Não dava para o buraco no meu coração ficar mais fundo, não dava para os pensamentos na minha mente rodarem mais depressa, por todos os momentos que passei por ele. Por cada toque dele em mim, por cada sensação proporcionada. Não conseguia distinguir mais os pedaços do meu coração partido. E duvido que algum dia este fique totalmente reparado.

Não me lembro de fazer mais nada, senão chorar, até a inconsciência tomar conta de mim.

11 Meses Depois

- Bella! – Alice correu apressada até mim.
- Diz, sua chata.
- Daqui a duas semanas, quando terminarmos as aulas, o que achas de irmos até Seattle comprar os vestidos para o Baile de Finalistas?
- Não sei se quero ir, Alice.

Rápidos flashbacks dos Bailes do ano passado surgiram na minha mente. Edward surgiu na minha mente. Como é bastante normal, nos últimos meses. Lembrar-me que não tinha par para o Baile deste ano não era uma sensação animadora.

- Desculpa?! – A baixinha dirigiu-me um olhar indignado. – É o nosso último Baile, Bella! Depois disto, Faculdade! É que nem penses que vais faltar! É um ritual de passagem!
- Eu faço o meu próprio ritual de passagem.
- Bella. Eu e Rose vamos embora na manhã depois do Baile. Vais fazer-nos essa desfeita? – Agora o semblante de Alice encarava-me com tristeza. Suspirei.

Alice tinha conseguido uma vaga na escola de música, em Londres. E o dia de partida de todos eles (Emmett, Edward e Tanya inclusive) era o dia depois do Baile, às 6h30 da manhã. Eles combinaram com Alice e Rose vir ter com elas aqui a Forks, para partirem todos juntos. A ideia de Edward voltar à cidade, mesmo que por meras horas, mexia seriamente com os meus nervos.

- Pronto, baixinha, eu vou. – Sorri para ela, recebendo um pequeno sorriso (nada à Alice) da sua parte.
- Vai ser horrível ficar sem ti e a tia. – Alice fez uma careta meio ansiosa, meio triste.

Suspirei, apertando-a contra mim, pelos ombros. Não sabia mesmo como ficaria sem elas.

- Vocês vão crescer. E eu vou para o Arizona  duas semanas depois, então diríamos adeus uma à outra, na mesma. – Beijei a sua face. – E eu vou visitar-vos, tonta.
- Espero bem que venhas mesmo visitar-nos, Isabella Swan! – A minorca empurrou-me ligeiramente, com o ombro. – Não quero ficar muito tempo sem te ver.
- Não vais ficar. Agora vamos para casa, está para chover.

As duas últimas semanas de aulas passaram rapidamente. Os professores fizeram discursos emocionados, e em casa todas nós estávamos preparando as malas. Alice e Rose para Londres, eu para o Arizona, onde tinha entrado à primeira tentativa. A minha tia estava num desplante constante, dizendo que não vivia sem nos três chateando a sua cabeça. O tio mandava-a calar e dizia que era importante para o nosso enriquecimento como pessoas. A tia achava tudo aquilo uma baboseira.

E, do nada, era a noite do Baile de Finalistas de 12ºano. Mike oferecera-se para ser o meu par: só como amigos, sem segundas intenções. Como é óbvio, eu aceitei. Alice preparou-nos às três, como sempre, mesmo a tempo dos nossos garotos (Mike, Paul e Tyler) chegarem.

Descemos as três as escadas, encontrando os meninos conversando com a tia.

- Uau, vocês estão lindas! – Tyler sorriu na nossa direcção.
- Muito obrigada. – Alice (http://fotos.sapo.pt/danielacpsantos/fotos/cotton-candy-pinkgold-femme-style/?uid=zAbPWMFA552DiATKoYlj ) sorriu satisfeita.
- Estás linda, Bella. – Mike sorriu-me, estendendo a mão na minha direcção.
- Obrigada, Mike. – Sorri de volta, pegando na sua mão enquanto descia os últimos degraus da escada. (Bella - http://fotos.sapo.pt/danielacpsantos/fotos/sophisticated-net-short-dress-with-beaded-skinny/?uid=Ht8nNjDBTQjUyFojR8ZQ )
- Vamos, menina Rose? – Paul abriu o braço, na direcção da minha prima.
- Claro. – Com um sorriso, a bela loira enlaçou a mão no braço de Paul. (Rosalie - http://fotos.sapo.pt/danielacpsantos/fotos/black-femme/?uid=2PBouzoZ9BpGaEzvZTal )

O Baile estava a ser bastante melhor do que o que eu pensava. Deixei-me descontrair uma última vez como Isabella dos Step. Bebi, dancei, diverti-me com os meus amigos, a minha segunda família.
Engoli o último pedaço de ponche (com vodka pelo meio, obra de um dos alunos), olhando em volta do ginásio, meticulosamente preparado para o evento. Sentiria saudades desta escola. De todos os treinos de dança, de todos os nervos e discussões. De todos os momentos bons e amizades formadas. Daquele momento especial que aconteceu neste mesmo espaço, apenas entre mim e outra pessoa. Fechei os olhos, esquecendo por momentos tudo o que se passava à minha volta. Esquecendo a música a ecoar nos meus ouvidos, esquecendo a tagarelice dos meus amigos, ao meu lado. Esquecendo que eu e Edward estamos separados. Tentei recuar no tempo, com a minha mente, buscando o que sentia naquele dia, neste exato sitio, depois de me ter dado a Edward. O aperto no meu peito voltou em força, sendo apanhada de surpresa pelos gritinhos surpresos de algumas pessoas.

- Oh meu Deus!
- Eles voltaram!

Abri os olhos, reparando que nenhum dos meus amigos estava junto a mim. Olhei em volta, reparando que todos se estavam a dirigir para fora do ginásio. Segui-os calmamente, ligeiramente confusa.

A brisa fria da noite já cerrada bateu-me nas pernas e ombros, arrepiando-me por segundos. Até ouvir o começo de uma melodia.

(Oiçam: http://www.youtube.com/watch?v=QB0ordd2nOI )

Algumas luzes do exterior do ginásio acenderam, iluminando o espaço plano da entrada, onde os Move estão estrategicamente posicionados. Todos estavam ali, sem excepção. Cada um com um grande sorriso na cara.
Edward estava na frente, a encarar-me. Podia ter-me faltado a respiração, naquele preciso momento. Eu não repararia.

Já não me recordava há quanto tempo Edward não me olhava assim. Meses, praticamente um ano inteiro. As saudades que sentia daquele olhar encheram todo o meu corpo com um calor profundo. Calor esse que tocou no meu coração, que batia vivo, eléctrico, de novo. Atordoada nos meus próprios pensamentos, só dei conta que Edward se movera quando este parou de caminhar, a pouco mais de um metro de distância de mim.

- Dança comigo. – Pediu. Os seus olhos sorriam-me, contavam-me tudo o que eu precisava de saber.

Sem chegar a pensar sequer no seu pedido, deixei que ele segurasse na minha mão, conduzindo-me de novo até ao centro.

Ambas as minhas mãos foram envolvidas pelas dele, enquanto ele me guiava gentilmente, como uma marioneta, ao ritmo da melodia da música. Os meus olhos fecharam-se por ordem do meu corpo, que absorvia cada toque das suas mãos nos meus braços, cintura, enquanto nos movíamos em sintonia, numa harmonia perfeita criada naquele momento.

Os seus lábios encostaram-se à pele do meu pescoço, as minhas costas roçando ocasionalmente no seu peito, enquanto ele me deixava dançar lentamente ao seu redor, apoiando apenas ambas as minhas mãos, nas suas. O seu perfume inebriou-me, como da primeira vez que nos aproximáramos.

A música contava os pulsos da melodia ao ritmo dos do meu coração. Calmos, certos e seguros sempre que Edward me segurava nas mãos, deixando que eu assumisse o controlo; Agitados, acelerados e altos, quando ele apertava como sua a minha cintura, e me rodava para si, e fazia de mim o que lhe apetecia.

Não dançava há meses, muito menos ballet, mas cada passo fluiu dos meus pés, como água a quebrar contra as pedras dos rios. A minha respiração acelerava sempre que os nossos corpos se tocavam, os meus olhos recusavam-se a abrir por completo, com medo de que isso pudesse significar o reconhecimento de que tudo aquilo era um sonho. Um lindo sonho.

Finalmente, me permiti olhar nos seus olhos. Verde vivo, cheios de ternura e compreensão. Carinho. As suas mãos impeliam o meu corpo a continuar em movimento, mesmo eu estando apenas concentrada em aproveitar cada segundo do seu olhar em mim. Ele colou-me a si, tão perto que ambos os nossos corações podiam fundir-se num. Talvez nem seja tao impossível.

Girei lentamente com ele, os seus lábios a roçarem a pele do meu rosto, perigosamente perto dos meus lábios, mas nunca próximo o suficiente destes. Edward agarrou fortemente a minha cintura, elevando-me, até eu contornar a sua cintura com as pernas. Desceu a boca pelo meu pescoço, demorando-se na zona descoberta dos meus seios. A minha coluna dobrava-se de bom grado, a minha cabeça caía, fraca demais para lutar contra a agitação do meu coração naquele momento. Pouco mais de dois segundos depois, já a minha cabeça e coluna estavam erguidas, o meu rosto pouco mais elevado em relação ao dele, as minhas pernas fechadas na sua cintura.

O ar saía pesado entre os meus lábios inchados, enquanto os meus olhos tentavam perceber os seus. Então, para meu completo deleite e loucura, Edward uniu os nossos lábios, com tanta força e vontade, que só não cedi porque estava nos seus braços.

Lágrimas quentes cobriam a minha face, enquanto as minhas mãos se embrenharam naquele cabelo revolto, enquanto a minha boca abusava da dele, com saudades esmagadoras e descontroladas. O seu aperto na minha cintura intensificou-se.

E então, acabou. Edward afastou-nos, pousando-me lentamente no chão. Aplausos e saudações irromperam segundos antes, mas eu nem reparara.

- Estás aqui. – Murmurei sem som, a voz demasiado fraca.
- Por uma razão. – A sua voz saiu doce. – Não desistiria de ti assim tão facilmente, Bella.
- O que queres dizer?

O seu olhar atravessou-me a alma.

- Tu vens para Londres comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá gente linda :D
Quero informar-vos que este capitulo foi o antepenultimo capitulo da fic. Só haverão mais dois, até ao fim! Devo dizer-vos que estou bastante entusiasmada rsrs
Como referi, no pedido que publiquei aqui há pouco tempo, espero que continuem aí me acompanhando quando começar a minha nova fic, Twins, que terá inicio quando terminar esta mesma.
Em relaçao ao capitulo... eu adorei escreve-lo! Deem-me a vossa opiniao, comentem, para eu saber o que acharam.
Espero reviews gente, nao me façam ficar tristinha convosco! ♥
Muitos beijinhos,
Daniela



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nem Contigo... nem contra Ti" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.