Nem Contigo... nem contra Ti escrita por Daniela


Capítulo 34
Capítulo 28 - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, minha gente linda (:



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– Aii, que o amor é liiindo! – Ouvi o comentário de Alice mal entrei em casa. Rolei os olhos, indo até onde ela estava sentada, junto com a minha prima e tia.
– Olá, cuscas. Sabem, eu podia vos processar. – Olhei para cada uma com os olhos semicerrados.
– Entre poder e ser capaz vai uma grande diferença. – Disse Rose, levantando-se do pequeno sofá encostado à janela da sala. Deu um beijo na minha bochecha, seguindo para a cozinha. – Vou fazer pipoca, preparem o filme!
– Bem, eu vou tomar um banho, e ver se estudo alguma coisa. – Falei, cumprimentando Alice e a minha tia.
– Estás sempre a estudar, Bella! – A minha tia lançou-me um olhar de repreensão. – Há limites até para o estudo, minha menina.

Rolei os olhos, subindo as escadas até ao meu quarto. Não havia tempo para descansar. Os Exames deste ano seriam bastante importantes para a minha média de 12ºano, apesar de serem de 11º, e os nervos não me deixavam afastar dos manuais por nada.
Tomei um banho rápido, vestindo o pijama mesmo dentro do banheiro. Estava um gelo. Escovei os dentes e corri até à minha cama, refugiando-me do frio sob os cobertores.
Peguei no telemóvel e nos livros, pousando tudo no meu colo. Marquei o número de Edward enquanto preparava o meu material de estudo com a outra mão.

Oi, linda. Mais calma?

Sorri, feita boba.

– Sim, muito mais. Chegaste bem a casa?
Cheguei sim. A minha mãe ligou.
Dizendo?
Que está contando estes últimos meses, até que eu volte para casa.

Suspirei, sem tentar disfarçar o meu desagrado. Aquilo era realmente difícil. Ouvi o suspiro de Edward do outro lado da linha.

Eu sei, birrenta. Também não fico contente com este assunto.
Vais esquecer-te de mim.
Não sejas idiota! Nas férias de verão venho ter contigo, e nas de Natal também. Não vou deixar o teu pé.
E quando estiveres em Londres, Edward? – Senti a minha voz entristecer visivelmente. – Vais apanhar um autocarro com asas até aqui?
Aí já temos quem culpabilizar pela nossa distância, Bella. – A voz de Edward endureceu ligeiramente. Eu sabia ao que ele se referia.
– Vamos culpabilizar a minha vontade de querer entrar na Faculdade de Letras ao invés de tentar seguir uma carreira como dançarina, que provavelmente não daria em nada?
Tens uma hipótese de entrar numa das melhores escolas de dança do Mundo. Tu és uma óptima dançarina. Fantástica mesmo. Entravas e tinhas o teu futuro feito. Tu adoras dançar, Bella, só estas a tentar enganar-te a ti mesma.
Edward... – Suspirei, já estava tão cansada daquele assunto. – Eu escolhi não concorrer. Respeita a minha decisão. Já falámos nisto. Magoa-me ter-te contra mim em algo tão importante.
Porquê, Bella? Porque insistes em fingir que preferes Letras a dançar?
Não estou a fingir. Prefiro, mesmo. – Falei roboticamente, mexendo numas folhas quaisquer do meu caderno, o meu olhar fixo na minha letra feita à pressa nos apontamentos.
É a tua mãe?
Para de tentar descobrir o porquê das minhas decisões Edward! – Senti-me ligeiramente irritada pelo facto de ele tentar perceber as razões, e ainda mais por ele estar perto disso. – Aceita a minha escolha! E se não o fizeres, podemos ficar já por aqui. Boa noite.

Desliguei, sem esperar a sua resposta. Senti lágrimas cegarem-me a vista, impedindo-me de ver os apontamentos que fizera nas aulas há umas horas atrás. Limpei o rosto com a manga do pijama, tentando reter algo da matéria na cabeça, e ignorar o meu coração apertado. Permaneci desse jeito o resto da noite.

Meses depois…

Junho tinha chegado. E, com ele, os Exames. Edward e eu tínhamos conversado, após a nossa discussão pelo telemóvel, e decidimos terminar tudo, já que ele iria para L.A no fim deste mês, e depois do 12º, para Londres. Apesar disso, os Move e os Step continuaram amigos, e continuamos a sair todos juntos. Apenas eu e Edward em cantos opostos, sem dirigir uma palavra ao outro. Sem olhar na cara do outro. Eu estava despedaçada.
A minha tia ligou para a minha mãe, um mês depois do meu namoro com Edward ter acabado, falando do meu comportamento fechado e reservado. A minha mãe ligou-me de volta, dizendo durante mais de uma hora os motivos de já saber que isto ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Chorei nessa noite, depois de ter terminado a chamada.
Aliás, tenho chorado todos os dias. De noite, à tarde, de manhã. Mas sempre apenas quando estou sozinha. Para os meus amigos, e tios, estou bem, perfeitamente bem. Quer dizer, isto é o que lhes digo. Eles não parecem acreditar em mim.
Apesar da minha vida amorosa estar a despedaçar o meu coração, tentei encontrar não sei bem onde a força de vontade para me concentrar nas aulas, e estudar para ter os melhores resultados nos Exames. Temi a chegada deles, e senti os nervos que sentia antes, quando estava tudo bem. Quando ainda era a Bella de Edward. Parecia que tinham passado séculos desde esses momentos. Mas não, apenas uns meses, menos de meio ano. E a dor não diminuía. E as saudades aumentavam.

Sai do carro de Rose, caminhando, sem me despedir dela ou de Alice, até à Biblioteca, para buscar os meus documentos de identificaçao, para o Exame. Era aí também que passava as horas livres nos últimos meses. A estudar. A preparar-me para os Exames, e para o meu último ano na secundária. Que seria o meu passaporte, positivo ou negativo, de entrada à Faculdade. Não via Edward durante o dia, excepto nas aulas que tínhamos juntos, ou quando os Move e Step organizam saídas juntos. Mas mesmo nas aulas que temos em conjunto, ele não se aproxima de mim. Depois da nossa discussão, depois de termos acabado, ele trocou de lugar com a Cátia, que agora estava ao meu lado. Não consigo reparar no seu rosto, nem aí, pois ele é o primeiro a entrar na sala e o último a sair.

Alice e Rose insistem em me dizer que ele está tão péssimo como eu, sempre que me vão ‘’chamar para jantar’’ ao quarto, ou quando estamos as três no sofá da sala, aos fins-de-semana. Eu faço-me de surda. Não consigo evitar sentir ciúmes, por saber que ele lhes fala, e a mim não. Mas depois, só sinto rancor. Ele está péssimo? Foi ele quem decidiu ser melhor nos afastarmos. Claro que concordei, mas ele não tentou falar comigo uma única vez nestes meses todos. Se estivesse ruim, como eu estou, viria falar comigo.

E, apesar de todo o meu esforço, o meu amor por ele não mudava. Tentava sempre saber se ele estava bem, como se estava a sair na escola, com os testes e os trabalhos. Dava uma de mãe galinha, secretamente. Só o queria bem, apesar de ele me ter deixado em pedaços.

Amar é assim, desejarmos o maior bem para essa pessoa, mesmo que ela nos faça passar pelo Inferno, mesmo que ela nos destrua, de alma e coração. É preocuparmo-nos com essa pessoa, mesmo que ela não dê a mínima para nós, não mais. Eu nunca pensei amar tanto um garoto, muito menos agora, com esta idade. E, apesar de ser nova, ele seria sempre o único que eu podia querer, se decidisse ficar comigo.

Memórias dos primeiros dias em que Edward chegara a Forks passavam constantemente na minha mente. Ele era lindo, mais bonito do que qualquer outro. E brilhava, com aquela arrogância e confiança. O jeito dele, que eu achava que odiava. Mas, no fundo, só odiava o facto de gostar tanto. Me lembrava dos sentimentos que ele fazia brotar de mim. Raiva, tristeza, alegria. O que ele me fazia sentir. Amor, ódio, calor, electricidade, sempre que ele vinha para perto. A nossa primeira vez. A minha primeira vez.

O miúdo que eu achava ser insuportável, tornou-se na maior parte da minha pequena vida. E, agora, deixou-me apenas com o que eu tinha antes. Mas tudo o que tinha antes de Edward tornou-se mínimo, depois dele, depois do que vivi com ele. Como é suposto contentar-me com nada, depois de ter tido tudo?

– Isabella Swan.

Libertei-me dos meus devaneios, levantando-me do banco de madeira que estava na entrada do Pavilhão. Entrei na sala de exames, recebendo a Prova pelo professor assistente.
Apertei os pingentes do colar que Edward me dera no Natal do ano passado, que estavam colados à pele do meu peito, quente por causa dos nervos. Se o seu amor ainda existisse, ele estaria a desejar-me sorte. Talvez esteja, talvez não. De momento, só me interessa pensar que sim.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que gostem, e peço MUITA desculpa pela demora!
Não está exatamente como queria, mas não quis deixar-vos muito mais tempo à espera.
E, bem, eu sei que é dramatico, mas é do jeito que eu mais gosto rsrs
Espero reviews gente, espero que ainda nao me tenham abandonado! :D
Beijinhos,
Daniela



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