— Fique parada, Nessie! — Alice resmungou, agarrando meus quadris e me obrigando a parar de remexer.

— Ai! — eu gritei. — Você fez isso de propósito! — eu a acusei enquanto esfregava o local nas minhas costas onde ela me cutucou com o alfinete.

Minha mãe riu baixinho atrás de mim. — Ela não perfurou a pele. — ela disse através de seus risos.

— Não significa que não doeu.— retruquei rapidamente.

— Não ajuda em nada quando eu não posso te ver. — Alice murmurou.

— Eu posso entrar, por favor? — Rosalie implorou, batendo na porta do meu quarto.

Virei meu corpo para olhar para a minha mãe, o que me resultou em outra alfinetada. Hesitei, mas sabia que dessa vez foi minha culpa. Alice não conseguia ver a minha mudança de decisão, de modo que ela não poderia tirar os alfinetes do caminho antes que eles me cutucassem.

— Você cuida dela? — Perguntei à minha mãe. Eu estava tendo meu vestido ajustado, e eu não queria que Rose pensasse em como eu ficava com ele para a imagem chegar ao meu pai lá embaixo.

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim, Rose! — antes que eu dissesse seu nome ela já havia passado pela porta e a fechado rapidamente atrás dela. Suas costas estavam pressionadas contra a porta enquanto ela ria.

— Esse Jacob curioso. — ela deu uma risada. Revirei os olhos.

— Vá procurar algo para fazer, Jake, você não vai entrar aqui. — Eu falei como se ele estivesse na minha frente. Eu sabia que ele poderia me ouvir mesmo que eu sussurrasse.

— Emmett me contou. — Jacob mentiu.

— Não me meta nessa. — Emmett tentou se defender.

— Edward pare de rir, isso só incentiva ele. — Jacob resmungou e eu o ouvi socar meu pai.

— O que? — meu pai perguntou. — Ele é muito engraçado. — ele disse rindo.

— Garotos. — Esme disse fechando a porta atrás de si.

— Você a deixou brava. — Emmett provocou.

— Não fui eu! — Jacob reclamou.

— Eu estava falando com você mesmo Emmett. — ela disse. Nós quatro no quarto rimos.

— Às vezes me pergunto o que realmente está passando em sua mente o tempo todo. — Jacob perguntou.

— Eu me perco na mente dele. — meu pai riu. Virei-me e outro alfinete me cutucou. Tia Alice rosnou e eu dei de ombros, sorrindo para ela.

— Desculpa — eu sussurrei.

— Ok, acabado. Braços para cima. — Alice ordenou e eu fiz o que ela pediu. Minha mãe ajudou a puxar o vestido por cima da minha cabeça e, em seguida, entregou-me as minhas roupas para me vestir.

Eu saltitei escada abaixo, parando quando eu vi Jacob sentado no sofá sorrindo para Emmett, sentado na cadeira reclinável mais para o canto da sala. Meu pai e minha avó estavam na cozinha. Eu podia ouvi-los movendo os pratos enquanto eles começavam a fazer o almoço.

— Por que você está tão longe? — minha mãe perguntou ao Emmett, quando ela entrou na sala atrás de mim.

— Esme o colocou de castigo no canto. — Jacob se inclinou para frente, rindo histericamente. Sentei-me no sofá e ele colocou os braços em volta de mim.

— Eu não. — Esme discordou. — Eu simplesmente lhe disse para se sentar naquela cadeira longe de você, Jacob.

— Por que vocês dois não podem se dar bem? — murmurei, irritada.

— Juro, o talento dele deve ser ainda mais chato do que quando ele era como humano, e não a sua força. — Jacob disse entre risos.

— Jacob. — minha mãe avisou.

— Bells, estou falando sério. Estou apenas afirmando o óbvio.

— Você ficou mais rude e malvado quando você começou a se transformar. — ela retrucou.

— Não, eu não! Você apenas ama discordar de mim. — ele disse.

— Quando isso virou uma discussão entre vocês dois? — meu pai perguntou, entregando-me um sanduíche.

— Jake. — Eu sibilei, pegando suas mãos nas minhas.

Ele soltou uma de minhas mãos e levou seu dedo até debaixo do meu queixo, trazendo o meu rosto em direção ao dele. Nossos lábios se tocaram e eu esqueci de tudo a nossa volta.

— Vou sair para pegar os vestidos das damas de honra. — Esme pegou sua bolsa.

Eu estava animada para vê-los prontos. Lyss e Emm eram as duas damas de honra. Todos os vestidos foram comprados e preparados. Agora haviam outras coisas que precisávamos nos preocupar. A lista nunca terminava, e eu estava feliz que eu não precisava me preocupar com nada dela.

— Alice quer te ver. — ela disse para mim.

— Algo errado? — eu perguntei exasperada. Ela rapidamente balançou a cabeça, sorrindo para mim.

— Nada muito importante, ela só quer saber se você prefere uma mistura de flores, ou um tipo específico. — ela sorriu.

— Ela já não sabe? Ela nunca teve que te perguntar. — eu perguntei, alarmada. — Alice nunca fica insegura de alguma coisa quando se trata de planejar uma festa. — meus olhos cintilaram para o meu pai quando eu o ouvi tentar encobrir o seu riso.

Ele limpou a garganta quando me viu olhando para ele.

— Alice nunca perguntou a sua mãe porque… bem, principalmente porque ela nunca teria respondido, e também porque sua mãe não tinha idéia de como era a decoração, além disso, Alice tinha uma boa idéia do que sua mãe escolheria.

— Ainda bem que ela não está fazendo isso comigo. — murmurei. Eu queria ter a chance de escolher todas as minhas decorações florais, e tudo mais. Meu casamento seria tão elegante como eu sempre sonhei que seria.

— Não. — meu pai balançou a cabeça. — Alice sabe que você está realmente animada sobre todo o planejamento. Uma coisa que diferencia você de sua mãe. — ele se inclinou e beijou a bochecha da minha mãe.

Ela não tinha nada a dizer. Ela não podia argumentar com ele dessa vez. Ele estava certo. Todos sabíamos isso. Virei para encarar Jacob.

— Onde você estava no casamento? — eu perguntei, lembrando que não o vi em lugar nenhum nas fotos. Minha mãe e Jacob enrijeceram ao mesmo tempo. Os olhos do meu pai caíram para o chão.

— O que eu disse? — sussurrei. Eu podia sentir a temperatura do ambiente esfriar alguns graus.

— Eu só estive lá por pouco tempo. — Jacob resmungou entre os dentes. Seus braços serpenteando ao redor da minha cintura.

— Por quê? — eu perguntei.

— Ness… — Jacob parou de falar, balançando a cabeça.

— Oh. — foi tudo que eu pude dizer. Eu estava quase certa que entendi a causa da tensão entre os meus pais e Jacob.

— Sim. — Jacob e minha mãe ofegaram.

— Mas você esteve lá um tempinho? — perguntei para ele. Eu queria terminar a conversa, mas eu estava muito curiosa. Era um hábito horrível que eu tinha que tratar. Jacob balançou a cabeça.

— Eu não estava por perto por um tempo quando o casamento estava sendo planejado. Eu não queria estar por perto. — ele fez uma pausa enquanto engolia ruidosamente. — Lutei comigo mesmo se eu deveria ou não ir. Meu coração ganhou e eu apareci… Nós dançamos um pouco e eu fui embora.

Minha mãe sorriu condescendente e meu pai a abraçou, eles se entreolharam e sorriram para si. Logo estavam em pé subindo as escadas de mãos dadas.

Observei meu pai assentir uma vez, muito rápido para ele querer que eu captasse. Eu fingi que não vi nada. Isso só queria dizer que havia mais que não foi dito. Eu não liguei porque me incomodava que Jacob pensou que minha mãe era a única mulher para ele. Estremeci.

Eu passei meus braços em volta dele, traçando meus dedos ao redor da cintura da calça jeans dele, suas costas nuas eram quentes contra os meus dedos. Eu estava meio que esperando meu pai vir para cima e nos parar, mas foi o telefone de Jacob que interrompeu o beijo. Ele manteve seu braço direito em torno de mim enquanto enfiava a mão no bolso de trás para atender.

— Alô? — ele falou, beijando minha testa. — É ele. — Eu vi suas sobrancelhas tornarem-se uma linha reta na testa enquanto ouvia o homem falar do outro lado da linha. Ouvi atentamente o outro lado da conversa quando Jacob me deixou sentada no sofá e foi até a janela.

Eu esperei pacientemente, enquanto eles terminavam a conversa.

— Jake. — eu disse depois que ele desligou, seu entusiasmo foi explicito e seu sorriso aumentou nos lábios. — O que aconteceu? — eu lhe perguntei.

— Eu acabei de receber uma proposta de trabalho em Nova York. — ele disse categoricamente. A excitação foi drenada rapidamente do seu rosto.

— Estou indo para a faculdade, nós podemos morar em Nova York. — eu tentei.

— Não. — ele disse. — Eu não precisarei sair de Washington, eles querem abrir uma montadora em Port Angeles e querem que eu lidere. — ele sorriu.

— Isso vai ser ótimo Jake! Quer dizer, eu posso ir para alguma faculdade por aqui mesmo. — eu o abracei quando ele sentou ao meu lado de novo.

— Podemos viver aqui em Forks com a nossa família. — ele sorriu

— Que família? — murmurei, abraçando meus joelhos no meu peito.

— A nossa… — ele disse cautelosamente enquanto olhava para mim. — Que cara é essa? — ele perguntou, tocando as pontas dos dedos nos meus lábios.

— Eu vou parar de crescer em breve… muito em breve. Quando eu parar de envelhecer, lá se vai a minha oportunidade de carregar um bebê. — eu resmunguei.

— Nós não sabemos disso. — Jacob sussurrou. Eu sabia que ele estava tentando desesperadamente esconder o medo em sua voz, mas eu podia ver isso claramente em seus olhos. Ele quer uma família que eu provavelmente não poderia lhe dar.

Olhei para longe dele, tentando evitar as lágrimas de escapar.

— Jacob, houveram algumas vezes que nós não tomamos… cuidado. Nada aconteceu. — eu disse triste.

— Roma não foi construída em um dia, e acho que é uma boa coisa que não aconteceu nada ainda. Eu gostaria de estar vivo quando me casar com você. — ele sorriu.

Eu não pude evitar rir. Ele tinha um ponto. Meu pai teria enlouquecido se eu dissesse que estava grávida.

— Nós podemos nos preocupar com isso quando chegar a hora? — Jacob implorou, seus lábios deslizaram em meu pescoço. Sua língua era quente em minha pele.

— Preocupar com o quê? — eu perguntei sem fôlego. Ele deu uma risadinha no meu ombro, puxando minha blusa para me beijar lá.

— Por que você está rindo de mim? — era quase impossível colocar as palavras para fora.

— Adoro ver suas reações quando eu te beijo. — ele riu de novo quando o meu corpo estremeceu depois que seus lábios tocaram minha clavícula.

Jacob me puxou de volta para o presente com seus lábios ardendo em beijos por toda a minha clavícula.

— Só mais alguns dias e você será oficialmente minha, para sempre. — ele sussurrou contra a minha pele.

— Para sempre? ­— eu repeti, a pergunta era clara na minha voz.

— Você está pensando em algo diferente? — ele perguntou, olhando para mim.

Eu pressionei levemente seus ombros, fazendo ele se deitar de costas no sofá. Tracei um coração em seu peito sobre seu próprio coração batendo firme.

— Você vai viver tanto tempo quanto eu? — eu não sei por que nunca tivemos essa conversa antes.

— Eu posso, e irei. — ele balançou a cabeça.

— Você não tem que parar de se transformar um dia? — perguntei.

Ele balançou a cabeça.

—Não se eu não quiser. Vou ficar exatamente do jeito que eu sou, contanto que eu continue me transformando. — ele riu.

Sorri para isso. Era exatamente o que eu queria ouvir.

— Que bom. — suspirei, inclinando-me sobre ele para beijá-lo.

Ele riu contra meus lábios e prendeu seus braços ao meu redor, me rolando de costas. Eu passei meus braços e pernas em torno dele, mantendo-o pressionado contra mim.

Nós acordamos, enrolados um no outro, estávamos na minha cama. Olhei para o relógio e saltei ficando de pé.

— O que há de errado? — Jacob perguntou, procurando por mim, enquanto ouvia os sons ao redor da casa.

— São três da tarde! Dormimos o dia inteiro! — ele riu enquanto saía da minha cama.

— Ness, nós não dormimos muito na noite passada. Acho que tínhamos o direito de dormir um pouco mais hoje.

— E se alguém precisou de nós? E se Alice precisou de mim para escolher algo? — me sentia estranha por ter dormido o dia inteiro.

— Eles não precisaram. Volte para a cama. — ele disse.

— Com fome? — eu perguntei enquanto trocava minhas roupas depois de lavar o rosto e escovar os dentes. O estômago de Jacob roncou alto, respondendo à minha pergunta.

— Morrendo. — ele concordou.

Comemos em frente à TV, assistindo a um filme. Eu gostava do tempo que tínhamos sozinhos. Ele já nos fez sentir como um casal. Nossa própria casa, ninguém vindo nos incomodar, ninguém nos dizendo para sentar em lados opostos da sala.

Apenas Jacob e eu, sem preocupação alguma. Olhei para o meu meio sanduíche, de repente triste pela visão que eu criei dentro da minha cabeça. Isso era tudo que teríamos.

Eu não sabia como dizer a ele, mas se eu não tinha ficado grávida ainda então provavelmente eu nunca ficaria. Jacob e eu não tínhamos sido exatamente cuidadosos desde o dia que ele me pediu em casamento.

A súbita visão de nós dois sozinhos era devastadora. Eu sabia o quanto Jacob queria crianças correndo ao redor de nossa casa, preenchendo com o som que faltava em minha pequena visão perfeita.

— No que você está pensando? — Jacob perguntou, beijando meu pescoço.

— Nada e tudo. — forcei um sorriso.

— Me mostre. — ele disse.

Eu limpei minha cabeça, só pensando na alegria que senti conosco a sós, e que eu estava ansiosa para isso depois que nos casarmos. Uma vez que eu estava feliz o suficiente para convencê-lo, coloquei minhas mãos em seu rosto.

— Também mal posso esperar. — ele sorriu, colocando suas mãos sobre as minhas e se inclinando para me beijar. O resto da nossa refeição e o meu deprimido humor foram rapidamente esquecidos.

Caminhei por meu quarto impacientemente enquanto eu esperava Jacob chegar. Minha mãe e meu pai estavam ocupados preparando a casa de meus avós. Eu ia casar amanhã, a excitação enviou borboletas para meu estômago.

Ouvi os pés de Jacob batendo na calçada enquanto ele corria em direção à casa. Ele passou pelos primeiros passos em um salto, e atravessou a porta no mesmo instante. Sorri quando ele explodiu através da minha porta, me pegando em seus braços imediatamente.

Eu ri quando seus lábios se esmagaram nos meus e ele nos atirou de costas em minha cama. O movimento súbito fez com que minha cabeça girasse.

— Ei, espere um segundo. — eu disse ofegante, colocando a minha mão em minha testa.

— O quê? — Jacob gemeu, movendo seus lábios para o meu pescoço, me dando uma chance para respirar.

Ele não estava ajudando muito quando sua mão escorregou para debaixo da minha camisa.

— Jake, estou falando sério. — arfei, rolando para o lado. Eu não tinha certeza se eu deveria correr para o banheiro para vomitar ou se a sensação iria passar.

— O que há de errado? — sua respiração ofegante se igualava à minha enquanto ele me encarava. Segurei minha cabeça com uma mão, e meu outro braço estava envolto em torno de meu estômago. A mão de Jacob veio descansar em meu quadril.

— Eu me sinto tonta. — eu disse baixo.

— Desculpe, talvez seja minha culpa. — ele disse.

As náuseas e sensações de tonturas desapareceram, e eu fui capaz de me concentrar no rosto de Jacob.

— Ok, onde estávamos? — eu perguntei, descendo para o botão em seus shorts jeans.

— Se você não está se sentindo bem, talvez nós não devê- — eu o cortei com os meus lábios nos dele. Sua sentença foi imediatamente esquecida.

— Você pensa que nós já estamos na nossa lua de mel. — Jacob riu sentando-se em minha cama, correndo seus dedos para cima e para baixo em minha espinha e me puxou para junto dele.

— Sim. — eu suspirei, em seguida, inclinando-me para que eu pudesse olhar para ele. — De novo, onde é que nós vamos?

As sobrancelhas de Jacob se juntaram enquanto olhava para mim.

— O que você quer dizer? Eu pensei que você já tinha tudo planejado. — ele disse.

Sentei-me na cama, levando os cobertores comigo. Isso foi um erro. Sentei-me muito rápido e cambaleei antes de cair contra Jacob. Ele estava debruçado sobre mim, olhando nos meus olhos.

— Você não parece muito bem. — ele disse sentando-se ao meu lado na cama, eu o encarei, empurrando-o para longe de mim.

— Obrigada pelo elogio. — repliquei.

— Eu não quis dizer assim! Eu só quis dizer que você parece… você está doente?

Balancei minha cabeça.

— Eu vou me casar, eu não posso estar doente! E eu não tenho estado doente desde que era pequena. É o stress, isso é tudo. — eu disse rápido.

— Que tipo de stress você poderia estar sofrendo? Você tem tudo feito para você. — ele disse.

— Aparentemente não a lua de mel. Tenho que ir falar com a minha mãe. — eu me levantei. Jacob me olhou confuso.

— O que Bella tem a ver com nossa lua de mel? — ele estremeceu, obviamente desconfortável por usar o nome da minha mãe e lua de mel na mesma frase.

— Eu quero perguntar algumas sugestões para ela. Tenho que fazer as reservas. Nós supostamente estamos indo viajar amanhã à noite. Ele se inclinou para frente, me beijando.

— Você será a Sra. Black em menos de vinte e quatro horas. — eu estiquei minha mão, sorrindo, e toquei no canto de seu olho. O orgulho que estourava dele quando ele disse isso foi suficiente para fazer meu coração parar de bater.

Ele pegou meu rosto em suas mãos e o puxou para seus lábios.

Por mais que eu amasse ficar aqui com ele, eu tinha trabalho a fazer. E só havia uma maneira de fazer com que suas mãos me libertassem.

— Uau. — eu ofeguei, olhando ao redor do quintal à minha frente, era mais do que eu sempre sonhei que seria.

— Ei, por que ela pode ver? — minha mãe apontou para mim através do quintal, onde ela estava segurando o carretel de fita, enquanto tia Alice puxava e amarrava firmemente laços em branco e prata em torno do quintal.

— Porque ela não vai ter um ataque de pânico, como alguém aqui teria. — Alice riu, cutucando o lado da cabeça da minha mãe.

— Eu não teria… eu provavelmente teria sim. — ela concordou. Rosalie riu do outro lado do jardim, onde ela estava ajudando minha avó a montar a pista de dança.

— Mãe, posso falar com você por um segundo? — eu perguntei, voltando a minha atenção para um arranjo central, na minha frente, em uma mesa.

Ele foi criado com rosas brancas e uma cor de vinho que eu nunca tinha visto antes em uma rosa. Era lindo. O arranjo central da mesa estava envolto com um laço prata e pérolas.

— O que você precisa? — minha mãe perguntou, passando rapidamente por todo o quintal até mim. Eu estava inclinada sobre a mesa, dando uma olhada mais de perto nas pérolas.

— Elas são reais? — eu perguntei, olhando para a minha mãe. Ela assentiu com a cabeça e apontou seu queixo em direção à minha tia.

— Alice recebeu a entrega delas esta manhã. — ela sorriu.

O vaso claro brilhava no fundo, as flores não estavam submersas em água, pequenos diamantes enchiam o fundo de cada arranjo.

— Esses chegaram aqui na noite passada. — minha mãe sorriu, envolvendo os braços em torno da minha cintura. — Nós não teríamos nada menos que perfeito para alguém tão especial como você. — eu estava sem palavras.

— Nós ainda não decidimos onde queremos ir na nossa lua de mel. — eu disse voltando ao assunto da minha ida até lá. Minha mãe mordeu um pouco os lábios para não sorrir.

— Não se preocupe, vamos pensar em alguma coisa. Vá para casa. Seu pai e eu estaremos lá em pouco tempo.

Eu girei para voltar correndo de para minha casa, quando meu corpo se moveu mais rápido do que meu cérebro estava processando. Mais uma vez, eu estava tonta. Desta vez eu estava em pé, e não me deitando.

— Ness? — ouvi minha mãe me chamando, mas ela soou muito distante.

— Carlisle, Edward! — a ouvi gritar. Mais do que um conjunto de mãos estavam sobre minha cabeça e pescoço. Eu estava no chão, isso eu sabia.

— Estou bem. — murmurei fraco.

— Você comeu hoje? — meu pai perguntou, segurando a minha pálpebra aberta, e olhando em meus olhos.

— Não… — minha voz sumiu enquanto eu pensava sobre isso. — Podemos ir caçar mais tarde? — eu perguntei, esticando minha mão e tocando as manchas roxas debaixo de seus olhos negros. Meu pai balançou a cabeça e me levantou do chão.

— Eu vou levá-la de volta para casa. Volto já. — ele caminhou lentamente para nossa casa. Eu fui grata por isso.

Mesmo que a caminhada tenha levado apenas dois minutos, eu estava dormindo antes mesmo que nós chegássemos à calçada. Quando acordei eu estava no sofá, com um cobertor envolto em cima de mim. Eu gemi, esfregando o sono em meus olhos.

— Como você está se sentindo? — Jacob perguntou. Seus dedos quentes envolvendo meu tornozelo. Mexi meus pés levemente, percebendo que estavam em seu colo.

— Descansada. — eu grunhi, bocejando e me esticando.

— Nós estivemos esperando você acordar. — meu pai disse da cadeira do outro lado da sala. Minha mãe balançou a cabeça em seu colo.

— Por quê? Quanto tempo eu estive dormindo? — eu perguntei, me sentando e tirando os meus pés do colo de Jacob.

— Cinco horas. — Emmett disse impaciente. Sorri quando vi o negro em seus olhos. Levantei-me e beijei sua bochecha.

— Desculpe por fazê-lo esperar. Você está com sede, todos vocês estão. Vocês poderiam ter ido sem mim. Jacob e eu teríamos alcançado vocês.

— Esta é a última vez que você está indo caçar como Renesmee Cullen. Queríamos levá-la junto. — minha mãe disse, saindo colo do meu pai e colocando seus braços ao meu redor. Meu pai a seguiu, envolvendo os braços em volta de nós duas.

— Você está pronta? — meu pai perguntou. Eu podia ouvir a tensão em sua voz. Eu não precisava ver seus olhos para saber que eles estavam muito escuros. Minha própria sede era desconfortável.

— Meu. — eu sibilei, vendo um urso andando na mata à minha frente.  Meu pai balançou a cabeça, esperando eu caçar meu jantar. Meu estômago estava roncando tanto quanto minha garganta estava queimando. Eu nunca estive com fome e sede ao mesmo tempo.

A carne nos ossos do urso cheirava tão apetitosa quanto o sangue em suas veias. Ignorei a minha fome, lembrando a mim mesma que estávamos aqui para caçar.

Eu me agachei para correr em direção ao urso, que agora estava vagando para mais longe de mim. Eu o peguei em tempo recorde, afundando meus dentes em seu pescoço. Seus rosnados foram cortados com um grunhido e então ele estava mole e drenado debaixo de mim.

Levantei-me e procurei por outro animal com aroma saboroso para caçar. Eu tive que me contentar com um bando de cerdos. Pulei sobre minha mãe, que tinha acabado de pegar seu terceiro cerdo. Entre nós duas, nós caçamos todos os que pertenciam ao rebanho. Meu pai estava com sua própria caça longe de nós.

Jacob comeu ao meu lado, e eu me sentei em meus tornozelos enquanto o assistia. Minha boca se encheu d’água pela carne que ele estava rasgando. Balancei minha cabeça e decidi caçar mais uma vez antes de irmos. Eu precisava satisfazer a minha fome, ou era minha sede? Eu já não sabia dizer ao certo.

Eu me virei e fui em busca de uma outro rebanho de cerdos. Finalmente terminei – não satisfeita – mas eu estava deixando meus pais inquietos. E Jacob estava de volta em seu sua bermuda jeans me assistindo ao lado de minha mãe. De repente eu me senti constrangida e queria ir para casa. Levantei-me, chutando meu animal já sem sangue para longe de mim, o chão parecia estar se movendo sob meus pés.

— Uau, acho que me levantei rápido demais. — murmurei. Quando eu andei até meus pais e Jacob, a mão da minha mãe foi direto para minha testa.

— Querida, você está doente? — ela perguntou preocupada. Balancei minha cabeça tentando me afastar de sua mão.

— Estou bem, um vampiro não pode ficar com muita sede? — eu cuspi. Meu pai balançou a cabeça lentamente assentindo.

Meu pai parou em um drive-thru para pegar um cheeseburger para mim no caminho de casa. Jacob me seguiu para dentro do meu quarto, suas mãos firmemente em meus quadris. Virei-me e bocejei, abraçando meus pais para dar boa noite. Eu estava finalmente cheia e satisfeita. Era hora de dormir.

Jacob se deitou em minha cama enquanto eu tomava banho e me preparava para dormir. Ele estava roncando na hora que eu saí do banheiro. Subi em minha cama e me enrolei em seu lado.

— Desculpe. — ele murmurou meio adormecido. — Você demorou demais. Eu queria colocá-la para dormir. — ele rolou preguiçosamente para o lado e colocou minha coberta sobre mim.

— Onde você está indo? — eu perguntei sonolenta.

— Os garotos estão me esperando. — ele riu. — minha vez de “despedida de solteiro”

— Você não está indo a um bar de stripp ou alguma coisa do tipo, não é? — eu perguntei.

— Claro que não, só uma noite como lobo, correndo, comer alguma coisa e ouvir eles me encherem a paciência. — ele riu.

— Ok. — eu suspirei. Ele abaixou e me deu um beijo na testa.

— Te vejo amanhã — ele disse. — Você será a branco não é? — ele riu. — Te amo.