P.O.V. Amber

Estávamos no avião já fazia umas horas, eu queria muito ir a cabine do piloto, mas sabia que seria impossível, quem sabe eu e meu jeitinho simpático e meigo de ser... Que merda e essa que eu to falando, jeitinho simpático e meigo de ser, de onde tirou isso sua cafona.

VAMOS FAZ UM ESFORÇO, BRUXA...

-Moça – chamei – Oh, moça, iuhuu – abanei minha mão.

-Sim, que gostaria? – perguntou a aeromoça.

-Gostaria de falar com o capitão – falei sorridente.

-Desculpe, mas não será possível, o ‘’Capitão’’ como você disse, não está disponível no momento.

-Mas... Mas... – pensei – No anuncio de vocês fala ‘'que tudo é possível alcançar’’ ou e mentira? – tentei fazer minha melhor cara de cachorrinho pidão.

-Vou ver o que consigo fazer por você, volto em instantes. – falou caminhando em direção a um telefone.

- Amber, você nunca conseguira entrar lá eu aposto! – falou Claire

-Aposta mesmo Claire, aposta? – falei – que tal 50 pratas, preciso de um radio para meu quarto.

-O.k. 50 pratas, jeitinho fácil de ganhar dinheiro de você em... – falou, apertamos as mãos em quanto a aeromoça voltava.

-Ele a espera, mas seja rápida, pois daqui a 40 e... – olhou seu relógio de pulso -3 minutos estarão pousando em Seattle.

-Na volta vou querer meu dinheiro – falei a Claire enquanto ela resmungava algo incompreensível a ouvidos humanos.

 Ao chegar a cabine principal havia vários botões no painel, pelo meu conhecimento essas duas pessoas sentadas nesses bancos deviam ser o piloto e o co-piloto. O co-piloto era um gato o piloto era barrigudo, tinha cabelos grisalhos.  ERA UM VELHO.

Fiz até cara de nojo mas, mudei quando comecei a observar aquele lugar, era muito irado, meu queixo chegou a cair de tanto botão e luzinha piscando.

-Menina, feche a boca, vai entrar moscas aéreas – que piada sem graça, só podia vir de um velho mesmo, forcei um sorriso na direção dele e logo o tirei da cara – e mais uma coisa, meu nome e Lester Woodville, o capitão.

‘'Woodville não é uma cidade no Mississippi?’’

-Ah, prazer capitão, meu nome é Amber Brandon – falei acenando com a cabeça – MAS CARACA ISSO AQUI E MUITO IRADO! – falei alto

-Poderia baixar a voz? – perguntou o co-piloto sorrindo – Prazer meu nome é George.

‘‘O rei da floresta!’’ – completei mentalmente.

-Ah, que é isto senhor? – perguntei apontando para uma coisa pendurada na parede, acho que era um alto-falante.

-Isto – George, o rei da floresta olhou e rapidamente respondeu – ah, é um alto-falante.

-Posso olhar – perguntei, eu ia aprontar, adoro aprontar.

-Claro, a vontade Sra. Brandon – falou se virando para frente.

Caminhei até lá, olhei bem para o aparelho em minhas mãos, era muito fácil de usar, só apertar um botãozinho, moleza. Olhei para ver se o capitão com nome de cidade e o rei da floresta não estavam olhando, eles estavam concentrados, apertei o botão e...

-Claire, aqui é muito, muito massa e o Rei da floresta... Quer dizer o George... Quer dizer o co-piloto é um gato, depois te conto, cambio e desligo. – falei e olhei para os dois que me encaravam.

O capitão que tinha nome de cidade estava rindo da cara do colega e o rei da floresta estava piscando pra mim? Que assustador.

-Sou um gato então? – perguntou George. Senti minhas bochechas ficando quentes, estava vermelha de vergonha – mas que papo é esse de rei da floresta em? – perguntou ele.

-AH... EH – gaguejei.

-IH... Oh... Uh... – falou ele zombando de mim.

-Tchau tapado, vai falar com seus macacos que você ganha mais – sai pela porta batendo o pé no chão e bufando, uma coisa que eu odeio é um cara que fica zoando com minha cara, mesmo que ele seja um gato e só tivesse brincando comigo.

‘‘ IDIOTA, vai zoar sua mami que você ganha mais, estúpido ’’.

-Que ouve Amber, ouvi sua transmissão, alias todos ouviram sua transmissão – ela sorrio e olhou em volta, estava todo mundo cochichando – então ele é gato? – perguntou.

-É...- gaguejei - Mas é um tapado, idiota um filho da... – Claire tampou minha boca.

-Tem crianças a bordo, não estrexa sua estrexada, por favor. – falou. – também não quero mais saber do rei da floresta, não precisa me contar mais ta! – ela começou a rir sozinha.

-ZAP!!! – Disse a ela fazendo que nem os feiticeiros fazem. – RABUGENTA! – ela riu mais ainda.

-Ai Amber, você ainda vai me matar... De tanto rir.  Tem um chiclete grudado na sola do seu sapato sabia? – perguntou rindo alto – toma pega esse fósforo e tira essa meleca.

‘‘Droga, por que sempre comigo’’

-Bosta de chiclete, bosta de avião, bosta de forks, bosta de vida – resmunguei tentando tirar o chiclete do all star com um fósforo.

-ELA VAI ESPLODIR O AVIÃO, A IMPESSAM, VAI TODO MUNDO MORRER – Um cara gritou e percebi que ele falava de mim, tinha grito pra cá e grito pra lá, uma confusão.

Eu me levantei e um cara pulou em cima de mim, fui ao chão, logo vi que era um policial, dei um chute no meio das pernas, ele começou a se contorcer de dor, comecei a correr e outra pessoa pulou em mim, mas dessa vez pegou meus braços e não consegui lutar, era outro policial.

''que bosta, só existe policial nesse avião? ''

-fique quieta, e tudo que disser pode ser usado contra você – disse ele, me algemando?

‘‘Tô num filme de ação? Virei criminosa? Poxa, só tava tirando o chiclete do meu all star, é mole isso?’’

-senhor policial, não estava fazendo nada, só tentando tirar esse chiclete da li – mostrei meu pé. – desculpe não faço mais, prometo – falei.

- ok, mas vou te manter com essas algemas até o avião estar no chão, entendido? – perguntou ele. Eu afirmei com a cabeça – vou ficar de olho em você – ele me botou centada em uma poltrona.

-qual o seu nome policial? – perguntei. Nem um pouco interessada – aonde você vai? - hora do interrogatorio.

-Charlie Swan e estou indo para Forks, minha cidade. – falou.

''MERDA, que azar, ele vai morar na mesma cidade que eu, bosta! ''

-E você Sra.... –perguntou.

-Ti...na Lazister – não ia dizer meu nome verdadeiro. O-B...-VIO

-Ah, e onde mora Tina? – perguntou.

-Senhores passageiros, por favor apertem seus cintos, estaremos pousando em instantes, obrigada – falou alguém no alto-falante, logo depois de falar em inglês, português e espanhol, só entendo português e inglês.

''SALVA, pelo alto-falante'' - pensei.

-Preciso que me solte policial Swan, estaremos pousando em instantes, preciso voltar ao meu lugar, minha colega esta me esperando – falei e logo ele me soltou – obrigado. – falei.

-nunca mais, mais nunca mais mesmo, você me de um fósforo em um avião. – disse a Claire já de volta em meu lugar.

-desculpe, não pretendia, desculpe – pronto, começou a sessão de desculpas.

- cale a boca, o pior e que o policial está indo para Forks, e eu disse que meu nome era... Era... Eu não lembro, Tani, Nina... Laz... o que, droga não lembro nem o nome nem o sobrenome, bosta, bosta, bosta e tudo isso é culpa sua.

- Sra. Tina, não esqueça estarei de olho em você – Disse o policial.

‘‘ Tina, então eu me chamo Tina, ok, não vou lembrar’’.

-Lembre-se meu nome é Tina, não esqueça – falei a Claire.

-Porque eu? – falou – sempre eu, a mais que coisa, você se mete em encrenca e sobra sempre pra mim, ‘‘sabo’’. – Na promessa de fim de ano ela jurou que nunca mais falaria palavrão e não e que ela consegue, ‘‘sabo’’ ela quis dizer ‘‘saco’’.

-Como é? Quem me deu o fósforo em, quem e a culpada em? –perguntei.

- Ta, mas agora me deixe em paz, eu mesma te dei um problema e agora ele voltou pra mim e  é de nós duas agora, sabo. – falou cruzando os braços.

-Novas confusões ai vamos nós – falei levantando as mãos para cima.

-Boa sorte Kate – falou ela.

-NÃO ME CHAME ASSIM!!! – Gritei. - Você sabe muito bem que não gosto desse nome, entendido. - Dei um tapa na cabeça dela.

-AIIII, ta não chamo mais, ta – falou.

-deixa eu tirar essa meleca do meu all star – falei.

Tirei com o dedo mesmo e atirei pra longe. caio na cabeça de uma mulher logo a frente, ela nem notou.

‘‘ Ihh, vai fazer um estrago danado, mas to poço me lixando’’ – pensei.

Continua...