Domando o Destino escrita por deh_ruiz


Capítulo 5
Capítulo 4 - Eva.




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Capítulo 4 - Eva

    No dia seguinte, já era passada a hora do almoço quando Gabrielle e Kara encontraram a trilha dos seguidores de Eli, as duas cavalgavam a toda velocidade seguindo a trilha. Não demorou muito a encontrá-los.
    Eva estava sentada com as pernas cruzadas em pose de meditação, e os outros seguidores de Eli faziam o mesmo. Gabrielle e Kara se aproximaram em silencioso respeito, mesmo assim Eva as ouviu, afinal, era filha de Xena.
    - Fique aqui e cuide de Argo, eu preciso falar com Eva.
    - Ela não sabe que Xena morreu não é?
    - Como você...
    - Percebi seu cenho preocupado desde que encontramos a trilha... Só pude supor que fosse isso.
    - É, bom, preciso contar. Quero fazê-lo sozinha, só se aproxime depois que eu chamar ou se acontecer algo errado ok?- disse simplesmente
    - Ok.

    Gabrielle caminhou até a roda de oração e Eva se levantou, atraindo a atenção de todos os fiéis reunidos.
    - Seguidores de Eli, essa é Gabrielle, a barda guerreira, minha segunda mãe e defensora de nossa fé – disse Eva abraçando a barda – mas onde está minha primeira mãe? – perguntou confusa.
    - Eva... Posso falar com você a sós? – a barda conseguiu articular.
    - Claro, ela está doente? Refiro-me a minha mãe, claro...
    - Não me leve a mal, mas eu queria que estivesse...
    - Como assim Gabrielle?
    - Sua mãe, ela... Ela...
    - Não pode ser...
    - Sim, ela sacrificou sua vida para dar paz às almas que matou há muito tempo atrás em Higuchi... Para mim não faz sentido, essas almas já estavam mortas há mais de 30 anos, o bem que ela poderia fazer se estivesse viva mais que compensava as mortes, mas foi o desejo de sua mãe, não pude dizer não a seu pedido.
    - Seu pedido? Você teve chance de trazê-la de volta? – perguntou Eva alterando-se.
    - Bem... Eu tinha as cinzas dela, devia jogá-las na fonte para trazer sua mãe de volta, quando fui fazê-lo ela me impediu – disse triste.
    - Minha mãe é altruísta, cegamente! Você não devia ter permitido – Eva disse, com lágrimas nos olhos.
    - Eva, eu não podia fazer nada! Era desejo dela! – disse na defensiva – Você conhece sua mãe! Nada que eu dissesse ou fizesse poderia tê-la feito mudar de idéia. Você quase fez o mesmo por sua fé e não gostou quando sua mãe se meteu Eva, tente entender!

    Eva simplesmente ignorou o fato e saiu de perto de Gabrielle, indo para entre as árvores.
    - Está tudo bem? Eu ouvi gritos... – Kara chegou pouco depois de Eva sair, segurando Argo e Tornado, seu cavalo.
    - Eva me culpa pela morte da mãe dela... Não é de se admirar, fui tola, devia ter impedido.
    Derrotada, Gabrielle se deixou cair sentada no chão e enterrou o rosto nas mãos. Kara chegou mais perto da loira, segurou seu rosto entre as duas mãos e olhou fundo em seus olhos.
    - Agora você me ouça Gabrielle! Xena morreu por que quis morrer! Não há ninguém no tártaro, nos Elíseos, ou no monte Olympus que poderia impedi-la de tal ato. É simplesmente impossível tirar algo da cabeça de Xena quando ela está decidida! – dito isso soltou o rosto de Gabrielle.
    - Como sabe tanto sobre nós?
    - A mulher que me criou depois que meus pais morreram me mostrou todos os seus pergaminhos Gabrielle... Desde o primeiro até o ultimo que ela conseguiu por as mãos, e, depois disso me contava histórias sobre suas façanhas... A História de vocês duas é o que me impediu de me tornar como Callisto. Entende porque quero ir com você? Quero te ajudar.
    A barda começou a chorar, sabia que o que a menina disse era verdade, mas mesmo assim se sentia culpada. Deuses, como se sentia horrível, quase toda a noite sonhava com Xena sendo atingida por 10 flechas na sua frente, e ela não movia um músculo, podendo fazer algo. Sentia seus pés colados ao chão, em sua mente pensava em salvá-la, mas não se mexia.
    Kara a abraçou consolando-a como uma boa amiga faria.
    - Hey, não chore ok? Quem sabe descobrimos um jeito de trazê-la de volta... Entretanto, acho melhor sairmos daqui Gabrielle... Vamos procurar uma clareira mais a frente e montar acampamento, talvez irmos direto para Esmirna, procurar uma cama quente e aconchegante para cada uma de nós, o que acha?
    Gabrielle se desvencilhou cuidadosamente do abraço da mais nova amiga e sorriu.
    - Não poderia concordar mais, Kara.
    
    De algum modo as duas sentiam que um laço foi criado nesses quase dois dias de convivência. Gabrielle sentia falta de alguém para conversar. E Kara queria muito aprender. Por que não?


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Notas finais do capítulo

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