Domando o Destino escrita por deh_ruiz


Capítulo 4
Capítulo 3 – Nova Chance.




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Capítulo 3 – nova chance

    Kara entrou na estalagem logo cedo, queria tentar convencer a barda de que ela era capaz de permanecer viva na estrada sem a ajuda dela. Não vendo à loira, foi direto ao estalajadeiro.
    - Oi Denis, onde está Gabrielle, ela já acordou?
    - Seja lá o que você veio fazer, veio tarde. Ela já se foi. Saiu antes mesmo de o galo cantar. E teve a coragem de me acordar!
    - Já foi? Droga... Nem sei para onde...
    - Ela foi para Esmirna. – disse uma senhora que estava sentada em uma mesa perto do balcão da estalagem.
    - Esmirna? Como a senhora sabe?
    - A ouvi dizendo que queria encontrar os seguidores de Eli, e eles foram para Esmirna, no mesmo dia que ela chegou aqui, mas ela chegou depois que eles partiram, e ainda ficou para nos ajudar. Ela está três dias atrás deles.
    - Bom, não importa. Ela disse que eu não deveria ir com ela...
    - Hora essa, você já é bem grandinha, aposto que sabe se cuidar! Se ela lhe perguntar, você foi fazer compras em Esmirna – disse a senhora lhe piscando um olho.
    - A senhora tem razão. Ela não manda em mim! Obrigada pela informação.
    Kara se foi, então a velha levantou-se da mesa e saiu da estalagem, foi até um beco, e sua forma deu lugar à forma de Afrodite, ela sorriu, olhou para ver se ninguém estava olhando e desapareceu.

    Gabrielle estava cavalgando numa boa velocidade, queria encontrar os seguidores de Eli o quanto antes, entretanto, já era hora do almoço e ela estava com fome, na pressa saíra sem tomar café. Como gratidão pela ajuda, o povo de Éfeso lhe dera pães, queijos, peixes e vinho. Ao todo, a comida daria para duas luas inteiras, o que era ótimo, pois Gabrielle ainda odiava caçar.
    A barda cavalgou por mais alguns metros bem devagar, procurando um lugar sossegado para comer. Viu sinais de uma clareira, não muito longe da estrada, então foi até lá. Deu água e maçãs a Argo, colocou um peixe na fogueira e foi se lavar em um riacho que havia ali perto. Não demorou muito, pois não queria queimar seu almoço. Estava quase pronto, enquanto isso foi limpar seus sais. Ouviu alguém vir pela estrada numa boa velocidade. Depois a pessoa parou e entrou na floresta. Gabrielle desconfiou, então soltou Argo e a mandou para longe. Pegou as armas e subiu em uma Árvore. Para ter melhor visão. Então viu o cavalo, quando chegou mais perto viu que era Kara quem o montava. “Menina teimosa! Seguiu-me. mas ela vai pagar por isso!” pensou Gabrielle com humor.
    A guerreira esperou que a menina chegasse perto da árvore onde estava. Então em silêncio pulou na sela de seu cavalo, atrás de Kara, e tapou a boca da menina com uma mão e colocou uma adaga em seu pescoço com a outra.
    - Está vendo porque eu não a queria aqui? E se não fosse eu? E se fosse um bando de escravagistas sedentos por sexo e sangue, o que iria fazer? Não sei nem como chegou viva até aqui!
    Kara se assustou quando alguém pulou sentado na sela atrás dela, mas logo ouviu a voz da barda e se acalmou. Ouvindo o desafio da guerreira, Kara pegou a mão que segurava a adaga e a girou com força, desarmando Gabrielle. Depois mordeu a mão que calava sua boca e Gabrielle gemeu de dor.
    - Ai! Está louca?
    - Ah, era você? – disse dissimulada – Achei que fosse um escravagista sedento por sangue e sexo, desculpe.
    - Se eu fosse escravagista não estaria sozinha. Então, o que faria?
    - Se fosse eu morreria, e daí? Você nunca ficaria sabendo mesmo!
    - Mesmo assim eu seria a responsável.
    - Se você me deixar viajar com você e me ensinar a me defender eu não morrerei, se não deixar eu vou te seguir até morrer – disse decidida.
    - Como me achou? – perguntou tentando mudar de assunto antes que esganasse a garota.
    - Meu pai me ensinou a caçar antes de morrer. Sei seguir a trilha de um passarinho.
    - Ah, você pode mesmo ser útil! Odeio caçar... Sinto pelo seu pai, entretanto, pense em sua mãe, ela já perdeu o marido, agora vai perder a filha?
    - Não tenho família alguma. Morreram todos quando nossa antiga vila foi queimada até o chão. Só eu e algumas outras crianças sobrevivemos. Fomos trazidos a Éfeso, eu morei com uma senhora, que também faleceu, na primavera que completei 17 anos. Por isso quero ir com você, impedir que aconteça com as pessoas o que aconteceu comigo, não entende?
    - Mas você não vem! – disse Gabrielle irredutível.
    - Façamos um acordo, uma lua, se eu não for útil ou te atrapalhar, no fim de uma lua você me manda para casa, e eu vou sem reclamar.
    Gabrielle estava pensando, então Afrodite apareceu.
    - Ela tem um bom argumento! – disse a deusa.
    - Está bem, inferno, pelo menos desse modo eu posso me livrar dela algum dia sem ela morrer.
    - Zeus! Quem é você? De onde surgiu? – Kara perguntou um tanto assustada.
    - Afrodite, a deusa do amor. Quem mais poderia ser?
    - Ual, você é ainda mais linda do que nas pinturas. – Kara respondeu maravilhada
    Gabrielle revirou os olhos.
    - Obrigada, mas agora eu tenho que ir, beijos. – disse desaparecendo
    - Ela é sempre assim? – perguntou Kara
    - Aparece, se intromete, e some? É... Bem assim... Ponha um peixe no fogo para você. Não quero uma acompanhante desnutrida.
    - Acompanhante? Sério? – Kara perguntou radiando de felicidade
    Gabrielle bufou e voltou até o lago para encher seu odre de água.


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Notas finais do capítulo

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