Nico Di Angelo e a Filha de asclépio escrita por RaqueelHenrique, Chase_Aphrodite


Capítulo 20
O Traidor e O Verdadeiro Amor




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P.o.v Ashley

Acordei em minha cama em meio a batidas que vinham da porta.

- ASHLEY? ACORDA! – Luxa gritava. Não respondi. – TA VIVA AINDA? – Ela disse em tom de brincadeira. Eu estava muito cansada então nem liguei.

- ASHLEY SE VOCE NÃO DER SINAL DE VIDA EM VOU ARROMBAR A PORTA. – Nico disse com raiva e meio preocupado. Dei um pulo da cama correndo para ir abrir a porta, mas foi tarde de mais na hora que eu pulei na cama Nico derrubou a porta ele estava com a espada na mão e Luxa atrás dele. Olhei pra eles assustada e para a porta que agora estava no chão.

- Opa! – Luxa disse corando. – Você não respondeu então... Hum...

- Deixa quieto. – eu disse os ignorando e indo direto para o banheiro.

Já arrumada desci e encontrei todos reunidos na cozinha. Luxa conversava com Gregor e os dois riam sem parar, Nico estava moscando tentando pegar um mosquito no ar, Nanda estava num canto com o olhar vazio e a S e o filho de Eros estavam conversando. Ninguém notou minha chegada então fui de vagar atrás do Nico.

- Oi cara de boi. – disse dando um susto nele. Ele revirou os olhos, mas depois sorriu.

- Já que todos já levantaram acho que devemos ir. – S disse. E todos assentiram. Fomos para o carro da S e saímos. De repente quando estávamos parados em um sinal Nanda se assustou com alguma coisa. Sussurrou algo para Luxa que estava em seu lado e esta se assustou.

- Hãn... S? – ela disse com um tom nervoso.

- O que Luxa? – S falou entediada.

- Temos que parar.

- O que? Onde?

- É... Que. Precisamos ir à farmácia...

- Hãn? – S perguntou confusa.

- Digamos que uma visita inesperada chegou à casa da Nanda e a mãe dela falou que ela tinha que ir à farmácia. – Luxa disse olhando desesperada para que a S entendesse o que ela queria dizer.

- Hãn? Como assim? Sua mãe mora aqui Nanda? – Gregor perguntou confuso. Ninguém respondeu. Acho que a S entendeu, pois ela virou o carro e estacionou de uma vez só numa calçada em frente a uma farmácia.

- Pelo amor dos Deuses... Não no banco de couro... – S murmurou.

Nanda desceu correndo seguida da Luxa que puxou eu e a S para dentro. Nanda foi com uma vendedora pegar o absorvente, Luxa foi se pesar e eu e a S ficamos olhando pro nada. Até que vimos a Luxa lá fora falando com um menininho de uns oito anos.

- O QUE ESTA FAZENDO MENINO? NÃO PODE ROUBAR. – ela disse fazendo um maior barraco e tentando puxar um xampu da mão do menino que não o largou e saiu correndo para fora da loja. O alarme disparou e a Luxa finalmente arrancou o tal objeto na mão dele.

- Hei menina! Você! – ele apontou para a L. – ESTA ROUBANDO? – ele vinha correndo em nossa direção.

- Não. Não fui eu. – L dizia nervosa, até que a Nanda apareceu não sei da onde e puxou a gente para onde o carro estava ela jogou a S e a L atrás com os meninos sentou no banco do motorista me jogando no do carona.

- EI! O QUE ESTA FAZENDO? – S disse nervosa. – SAIA DAI AGORA! SUA @#$!$%^#$! – S estava super nervosa, mas não tempo de dizer mais nada, pois a Nanda pisou no acelerador jogando todos nos para trás e deixando os caras da farmácia longe de vista. Ela foi passando dos sinais vermelhos desviando dos carros sem dizer uma palavra ela virava em ruas que eu nunca tinha visto até que ela parou em cima de uma calçada na frente de uma loja lá. Olhei para cima e pude ler com muito esforço o nome. “ESTUDIO M.A.C”. Eu congelei na hora e não pôde me mexer, serio, comecei a suar frio.

- Estão esperando o que? – Nanda disse pulando do carro. Sai também e Nico olhava bem curioso o lugar.

- O que foi Nico? – murmurei para ele. Ele ia abrir a boca para falar, mas o Gregor falou primeiro.

- Bom... Vamos de uma vez. – ele abriu a porta. Entramos cautelosos. E o salão estava vazio. Nico ficou chocado, surpreso... Tudo ao mesmo tempo. Não tinha nada no balcão, cadeiras vazias só faltavam uma bola de poeira rolar nos nossos pés.

- O que Hades está... – Nico começou a dizer, mas logo parou, pois de repente as paredes começaram a se mover. Elas estavam entrado no... Chão? Sim. Elas estavam entrando no chão.

- Meus deuses! – Luxa exclamou. Agora nos encontrávamos em uma sala toda preto. Como uma caixa...

P.o.v Serena

- Santo Asclépio! O que esta acontecendo aqui? – Ash disse assustada agarrada ao Nico. Ao dizer isso as paredes pretas começaram a subir nos permitindo ver um EXERCITO DE MONTROS! Tinham de todos os tipos todos mesmo até o Minotauro estava lá. Quimeras, Fúrias, Gigantes, Cães infernais etc... Quando vi estávamos todos em uma roda de frente para os monstros cada um com sua arma. Todos menos... Nanda? NANDA! Ela estava na frente de umas fúrias.

- Nanda? – Ash perguntou com dor em sua voz. – Então... É você? A traidora? – ela não respondeu. Continuou com sua expressão seria.

- Foi tão... Digamos... Fácil! Vocês nem desconfiaram de nada. – ela disse se apoiando na perna direita e analisando as unhas.

- SUA... SUA... – eu avancei nela, mas um cão infernal entrou em sua frente me dando uma patada. Jay veio correndo em minha direção me ajudando. Olhei para a Ash que analisava o lugar com o Nico. Segui o olhar dos dois e avistei uma porta. Claro que não íamos conseguir enfrentar esse tanto de monstro sozinhos então... Íamos... Fugir? Bom... Soa meio como covardia da nossa parte, mas também é o mais sensato a se fazer. Gregor e Luxa também entenderam o plano. Levantei-me.

- Bom... Mesmo assim vocês são meus amigos então não vejo necessidade de matá-los. Por enquanto. Talvez só os deixem prisioneiros... – enquanto ela ia fazendo seu “discurso” nós estávamos indos em direção a porta disfarçadamente. – Não vão achar vocês e também...

- JÁ! – Ash gritou interrompendo a Fernanda e nós saímos em disparada a porta.  Eu fui voando com a minha capa, Ash e a Luxa atirando suas flechas limpando o caminho para que o povo passasse. Ao longo do caminho matei uma Quimera, (embora preferisse ser a Fernanda já que ela nos trouxe para cá, manchou o meu carro e OUSOU tocar no volante. Esses dois últimos são os motivos mais importantes.). E logo já estávamos fora do tal lugar. Não sei o que os humanos estavam vendo, mas todos saíram correndo. Nico fico nos guiando até o verdadeiro estúdio e estava até um pouco difícil de enxergar por causa do cabelo da Ash que estava ficando prateado...

- Ashley! – gritei para ela. – O que ta acontecendo com o seu cabelo?

Ela olhou uma das mechas assustada.

- NÃO VAI DAR TEMPO! – Gregor gritou.

- VÃO NA FRENTE! – gritei. – EU SEGURO OS MONSTROS!

- NÃO! – Jay gritou para mim. – NÃO SOZINHA!

- VOCÊS VÃO MORRER! Você vai morrer... – murmurei para mim mesma.

Virei meu corpo para poder encarar os monstros. Peguei minhas flechas e comecei a atirá-las.

- SERENA! – escutei Jay gritar.

- SAIA DAQUI!

Duas das Fúrias me jogaram contra o asfalto. A terceira já estava em cima de mim.

- Adeus Jay... – murmurei fechando os olhos.

- NÃO! – ouvi a voz dele. Parecia... Perto demais.

Abri os olhos.

Tudo aconteceu incrivelmente rápido. Da mesma forma que a gente vê nos filmes quando uma pessoa vai ser atropelada e você pensa

Dá tempo de sair daí, seu idiota, só corra.

A verdade é que na realidade não há tempo para correr. Tudo acontece exatamente como nos filmes.

Rápido. Um segundo a mais e já era.

Jay havia entrado na minha frente recebendo o golpe em meu lugar.

- Não... – tentei gritar, mas, não passou de um sussurrou estrangulado.

As lágrimas afundaram o meu rosto. Consegui segura-lo a tempo de impedir que caísse no chão.

- Serena... – ele disse com dificuldade. A mão dele tentou chegar ao meu rosto só que caiu junto ao corpo.

- Não. Jay. Não por favor, não... Eu amo você. Não faça isso comigo. – tentava acorda-lo inutilmente.

Os monstros pareciam estar satisfeito em assistir a morte dele e o meu sofrimento.

- Serena! – ouvi a voz de Ashley me chamando.

Nem liguei. O sol pairava sobre nos. Como se zombasse da minha dor. Apolo maldito.

Olhei para o céu. Deuses malditos.

- AFRODITE! – gritei. – ISSO É MEU CASTIGO? APAIXONO-ME E VOCÊ O DEIXA MORRER! SÓ PORQUE EU SOU FILHA... FILHA DE ANTEROS! – gritei com toda a força de meus pulmões.

Senti os olhares cortantes dos meus amigos sobre mim. Quem se importa? Jay estava morto. E eu não havia feito nada.

- Serena. – ouvi uma voz melodiosa atrás de mim.

- Vá embora... – murmurei mergulhada na minha própria dor.

- Você não... – olhei para trás.

Afrodite me olhava com pena e algumas lágrimas escorriam de seus olhos.

Eros era exatamente como Jay. Só que usava apenas uma calça jeans clara e um par de asas brancas saia de suas costas.

Meu pai, Anteros, estava lá. Ao lado deles.

- O que vocês querem? – disse amargurada. Olhei ao meu redor, Ash tentava vim em minha direção, mas Nico a segurava gritando algo como: “Ash temos que ir! Não dá tempo vamos”. E então ele a levou. Os monstros estavam seguindo eles e agora só restava eu, o Jay em meu colo morto, e os deuses.

- Querida... – Afrodite disse se ajoelhando ao meu lado.

Toda aquela amargura que eu guardei em toda minha vida veio para minha garganta.

- QUERIDA? EU SOFRI MINHA VIDA INTEIRA! MEU PADRASTO, MINHA MÃE E MEU PAI ERAM OS ÚNICOS QUE ENTENDIAM! NEM MESMO A ASHLEY QUE É FILHA DE UM DEUS MORTO! NEM ELA ENTENDE! SÓ PORQUE EU SOU FILHA DO DEUS DA SEPARAÇÃO! EU NUNCA TIVE AMIGOS! EU NUNCA CONSEGUI ME APAIXONAR! ATÉ CONHECER O JAY! E QUANDO EU ESTOU QUASE ALCANÇANDO A FELICIDADE VOCÊS O DEIXAM MORRER! – eu gritava e lágrimas escorriam de meu rosto. Afrodite também chorava. Cai de joelhos não agüentando mais a pressão. Eu podia afundar que não me importaria.

Meu pai se aproximou de mim e me abraçou. Aquele abraço duplo de asas e braços. Eu sempre me sentiria segura ali. Mas, não naquele momento. Ele me soltou e arrancou uma pena de suas asas. Notei que Eros tinha uma pena dele mesmo na mão também.

Eles passavam as penas no enorme corte no peito de Jay como se isso fosse salva-lo.

O corte começou a brilhar. Ficou rosado e enrugado e cruzava todo o peito dele.

- Mas, o que... – logo o brilho ficou mais intenso e Afrodite esticou a mão sobre o movimento dos dois filhos.

Eles se afastaram. Aproximei-me de Jay.

As pálpebras dele começaram a tremer e ele abriu os olhos.

Sorri por baixo das lágrimas e me atirei no pescoço dele.

- JAY! – gritei.

- Serena... – ele murmurou me abraçando.

- Ele ficará com essa cicatriz. – meu pai falou. – Cuide da minha menininha.

Afrodite fez um coração com a mão e beijou o ar entre ele. Um coração de ar rosado saiu dela e nos atingiu fazendo eu e ele ganharmos uma única áurea rosa.

- Vocês têm minha benção. Façam bom uso. – ela disse.

E com isso todos os deuses foram embora.

- Vai me amar mesmo com cicatriz? – ele me perguntou brincando.

- Claro... Cicatrizes são sensuais. – disse piscando meu olho esquerdo para ele.

Jay me deu um beijo.

- Eu te amo... – ele falou.

- É? Eu te amo. – disse.

Sorrimos um para o outro e nos levantamos.

A camiseta dele havia sido destruída mostrando o abdômen definido e musculoso.

- Vamos. – ele falou. – Acho melhor mostrar para aqueles como se faz uma luta.

Assenti. Demos as mãos e fomos correndo para dentro do estúdio.

Glossário:

Na Mitologia grega, Anteros era filho de Afrodite com Ares e irmão de Eros. É o deus da Separação. Seu poder seria que com suas flechas ele separaria qualquer casal necessário. É descrito como o oposto de Eros. Ao nascer ele e Eros atingiram a idade de 17 anos imediatamente. É descrito com os cabelos lisos e negros. Os olhos da mesma cor a pele bronzeada. As asas seriam também negras, sendo ele tão belo quanto Eros. Já que este tinha cabelos encaracolados e dourados. Olhos de um profundo azul e a pele clara com asas brancas.

Profecia:

Para a missão seis amigos irão, - Confere

Para superar as outras profecias, todos voltarão com vida,

No caminho um amor, jamais visto antes nascerá, e com a benção de Afrodite eles irão lutar. - Confere

Um traidor será descoberto quando os guiar a uma grande armadilha fazendo o grande vilão voltar à vida. - Confere

O grande mistério se revelará provocando uma dor que nem seu forte poder poderá curar.

Mais a frente duas escolhas serão postas a frente do traidor, mas o bem reinará em seu coração pesando fortemente em sua decisão.

E no final o que foi morto injustamente perecerá nas mãos de um parente.


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Notas finais do capítulo

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metnemoC



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