P.o.v Ashley.(momento do acidente do Jay e acontecimentos que ocorriam durante benção de Afrodite)

 - NÃO VAI DAR TEMPO! – Gregor gritou.

- VÃO NA FRENTE! – S disse em resposta – EU SEGURO OS MONSTROS!

- NÃO! – Jay gritou para ela. – NÃO SOZINHA!

- VOCÊS VÃO MORRER! – ela insistiu na idéia de ficar para trás. Ela se virou para encarar os monstros e começou a atirar flechas.

- SERENA! – escutei Jay gritar.

- SAIA DAQUI! – ela gritava. E foi aí que duas Fúrias a jogaram contra o asfalto e uma terceira se encontrava em cima dela.

- NÃO! – Jay gritou e entrou na frente da S, recebendo o golpe no lugar dela.

- Não... – ela disse mais como um sussurro, lágrimas caiam em seu rosto sem parar, e antes que ele caísse no chão, ela o segurou. Não escutei mais nada por que ele somente murmurava e os monstros os deixaram e vieram todos em cima da gente. Ou seja... Nem eu estava conseguindo enxergar direito por causa da droga do meu cabelo. Chamei-a um monte de vezes... Precisava da atenção dela, mas, parecia que ela só conseguia ver o filho de Eros em seu colo.

- AFRODITE! –ela gritou. – ISSO É MEU CASTIGO? APAIXONO-ME E VOCÊ O DEIXA MORRER! SÓ PORQUE EU SOU FILHA... FILHA DE ANTEROS! – ela estava visivelmente nervosa. Todos nós paramos, então é por isso que o pai dela não queria que ela contasse. O deus da separação tendo um relacionamento com uma mortal é muito contraditório. E então as palavras dela na noite que conversamos sobre o luar vieram em minha mente tão claramente que era como se ela estivesse ali do meu lado recitando-as.

“Ashley... Só para você saber. Eu não acredito em histórias de amor, príncipes encantados em cavalos brancos, muito menos em finais felizes eternos. As histórias de amor são tolas mentiras. Ninguém vai ver alguém e preferir morrer a ficar separado dessa pessoa. Príncipes Encantados? Ninguém é perfeito. E observe só o exemplo da Cinderela. O príncipe teve que descobrir pelo sapatinho quem era sua acompanhante. Nem foi capaz de lembrar do rosto dela. E ninguém convive com alguém sem brigar uma única vez. Cinderela, Branca de Neve, Aladim, Bela Adormecida. São só mentiras. Mentiras que os pais contam para as crianças irem dormir logo. Percy e Annabeth vivem entre tapas e beijos. Nico não foi capaz de se declarar logo para você. Luxa não consegue dizer que é apaixonada por um dos amigos do Nico, um tal de Gregor. Zeus vive traindo Hera. Finais felizes? Não existem...” Serena me contou como se só visse o lado ruim do amor. O lado que o pai dela zela. Não agüentei, cai em lagrimas. Ela estava ali tão frágil... Recebendo um castigo que ela não merece. Parecia que ela havia perdido tudo. Senti muita raiva de Afrodite e tentei ir para ao lado da S. Superar isso ao lado dela. Mas Nico não deixava.

- Serena. –uma voz melodiosa disse.

- Vá embora... – ela respondeu

- Você não... – ela olhou para trás. Afrodite estava lá e a olhava com pena e algumas lágrimas nos olhos. (Detalhe: eu estava vendo tudo e ainda lutando. OK... Agora eu me assustei...). Ao lado de Afrodite estava Eros (só o reconheci por que ele é a copia maior do filho dele cujo não estou lembrando o nome, ou o filho dele é a copia menor dele... tanto faz) e ali também estava o anjo que eu vi no meu sonho uma vez. O pai da S. Então aquele anjo caído era Anteros...

“Sou um deus pouco conhecido e pouco amado” - ele me disse naquele sonho... Não agüentei, peguei minha espada e matei uns cinco monstros um seguido do outro e foi correndo para perto deles, mas o Nico me segurou.

- Ash temos que ir! Não dá tempo vamos! – Nico gritava. O pior era que ele estava certo. Então decidi que isso era o mais certo a se fazer. Peguei de novo meu arco e flecha e fui atirando as flechas. Eu, Nico, Luxa e Gregor corríamos sem parar. Eu estava muito fraca, mas me forcei a ficar em pé. Corremos mais umas três quadras até avistarmos o tal estúdio. E então uma sensação de Deja vù me dominou. Meu sonho. Meu cabelo não parava de brilhar eu atirava flechas sem parar e estávamos sendo perseguidos. Há só alguns passos do estúdio uma sensação de medo me dominou. Eu atirei uma ultima flecha, a ultima mecha do meu cabelo ficou prateada, eu entrei no estúdio e cai. Nico me segurou e foi me arrastando até o balcão. Minha visão estava embaçada, mas mesmo assim pude ver varias pessoas meio transparentes. Uma dor muito forte percorria meu corpo como se estivessem puxando algo de mim. Minha energia. Ela... Parecia... Que ela estava sendo sugada?

- Deixe-nos passar agora! - Nico disse. E isso foi a ultima coisa que escutei. Pois logo após isso fiquei inconsciente.

***

Quando acordei estava em um lugar totalmente estranho. Era uma pequena caverna com grades nas pontas. Eu estava deitada, com a cabeça no colo de Nico que me olhava preocupado, Luxa e Gregor estavam analisando o lugar. E a S estava sentada isolada. Pelos deuses! Como fui parar aqui?

- Ash? Os deuses Ash! Você quase me matou de susto. – Nico me abraçava fortemente.

- Onde estamos? – perguntei meio atormentada ainda.

- Você desmaiou e eu te carreguei entramos no submundo e fomos para o palácio do meu pai. Meu pai não estava lá. Nem Perséfone nem Demeter davam sinal de que estavam. Então fomos pegos em outra armadilha e um monte de monstros no cercou. Jogaram-nos aqui e depois de algum tempo jogaram a S aqui também. – Ele explicou e todos já tinham se juntado em uma espécie de rodas.

- Nanda? – ela tinha me magoado muito.

- Não sabemos. – Gregor disse e logo em seguida uma Fúria apareceu.

- Ashley Humphrey? – ela disse com uma voz asquerosa. – Meu senhor deseja falar com você. – assenti. Ela abriu a “mini prisão” e então eu sai.

Vi uma sombra indo na direção da prisão.

Quem seria este?

Ela me levou até as portas do Elísio. E de lá saiu o último deus que eu esperava... Asclépio. Meu pai.

Surpreendi-me muito. Será que eles também haviam pegado ele como prisioneiro? E por que ele havia me chamado.

 - P-p-pai? – falei chorosa correndo para seus braços. Ele ficou parado, não correspondeu o abraço nem nada. Não sei por que, mas eu fiquei um pouco desconfiada.

- Ah! Ashley! – ele disse com prazer. – Pode deixar ela aqui Alecto.

A Fúria foi embora. Eu não estava entendendo mais nada.

- Pai! O que está fazendo aqui? Oh deuses! Aconteceram-me tantas coisas, a Nanda era a traidora e ah pai como é bom estar aqui ao seu lado. – soltei tudo de uma vez, estava com muito medo admito. Ele ficou parado... E opa! Eu... Eu o abracei? Como assim? Da ultima vez que nos encontramos ele nem conseguia pegar no meu cabelo. Ele... Estava... Sólido? Em meio a minha confusão ele pareceu perceber meu desentendimento.

- Suas mechas. – ele disse com um tom frio e sem vida.

- Ah? Pai... Eu... Não estou entendo... – a essa altura lágrimas já estavam borbulhando em meus olhos. Não... Não pode ser... Será que... Não... NÃO. 

- A cada flecha atirada aparecia uma mecha prateada em seu cabelo, e esta sugava sua energia, sua força trazendo-a para mim e assim mais forte eu ficava. E a morte do Filho de Eros foi só um bônus. – ele disse prazerosamente. Como? Meu pai? Por quê? E... Pobre S! NÃO... Eu só posso estar sonhando. – E agora eu me vingarei daqueles que me mataram! Oras... Não tinha nenhum motivo para me matarem aquele Zeus hipócrita. Já se perguntou por que aquele canalha matou seu paizinho Ash? – ele estava ficando com muita raiva. Não respondi. – Por que eu estava AJUDANDO as pessoas. Finalmente vou conseguir a vingança que tanto prezava. – ele dizia com pura raiva nos olhos. – Sabe... O acordo que convenci Apolo a fazer com Hades... Seu nascimento... Suas armas... Tudo parte do plano. E admita filhinha foi tudo perfeito. Claro que ouve imprevistos, como aquela revoltada da Fernanda e coisa e tal, mas no final tudo deu certo... Tudo dará certo. – Quando ele disse isso, eu senti como uma espada perfurando meu peito.

- Como?! – disse em meio em lágrimas.

- Com sua morte... A cada momento que você fica mais fraca, eu fico mais forte! E quando você perecer deixarei de ser apenas um espectro! E Asclépio, o deus da Medicina, estará de volta! Ainda mais vivo! – fiquei pasma. Como um ser pode ser tão sem coração? Sequei minhas lagrimas... Já não sentia... Não... Na verdade... Eu sentia ódio. Muito ódio desse idiota. E levantou sua espada e ia me dar um golpe fatal para poder ficar vivo de novo, mas duas flechas, uma branca e uma preta com uma áurea rosa, girando e formando um símbolo de “Ying e Yang”, passaram voando pela minha cabeça fazendo um corte na bochecha dele.

- Impressionante! Todo vilão faz discurso e perde a chance de matar o herói! E esse discurso foi roubado! Plágio! Era do Tom Riddle em Harry Potter! – ouvi a voz de Serena atrás de mim.

Virei à cabeça e em cima de uma pedra estava ela. Com toda a sua glória e seu sorriso sarcástico de volta ao seu rosto. E lhe segurando pela cintura, Jay com uma enorme cicatriz rosada e enruga cortando-lhe o peito e eles estava sem camisa mostrando que Nico não era o único com um baita tanquinho. E os dois eram rodeados por uma áurea rosa.

- Benção de Afrodite! – Asclépio resmungou curando o corte. Então foi ai que eu percebi... Como vamos derrotar um DEUS imortal e que ainda é o deus da MEDICINA... Se conseguirmos o ferir e ela se auto-curaria. Enquanto pensava em algum jeito de como derrotar meu pai Gregor e Nico observavam a S e o filho de Eros (que eu preciso aprender o nome...) meio com ciúmes. Acho que eles queriam ter ganhado essa benção. Desvie de vários golpes do meu pai que tentava me matar a sangue frio e fui para o lado dos meninos.

- S... Como vamos matar meu pai? Ele é o deus da cura. Ele vai se alto curar. – disse em meio à correria desviávamos de vários monstros.

- Estou pensando nisso ainda. – ela disse.

- Afinal... *desvia* como escaparam? *corre*

- Jay *mata um monstro* se escondeu *voa* e depois *desvia* nos ajudou a escapar. – eu estava me escondendo atrás dela enquanto procurava alguma arma caída por que não podia usar a minha. Admito estávamos perdendo eu por mais que desviasse não poderia ficar assim muito tempo, Gregor e Luxa estavam muito feridos mesmo eu indo lá e curando eles de tempo em tempo, Nico tentava me ajudar, mas ele também não estava em uma situação muito boa, a S e o Jay (Sim. Eu consegui aprender o nome dele finalmente) eram os que estavam melhores. Ficamos assim mais algum tempo até que acertaram Nico feio e eu já não tinha forças para curá-lo. Era o nosso fim. Sério, agora até a S estava ferida e foi tudo tão rápido eu só vi um monte de flechas vindo de uma parte escura. Eram muitas. Elas vinham umas seguidas da outra acertando vários monstros e de lá sai a ultima pessoa que eu estava esperando.

Nanda.

Ela estava com armadura, e com um arco e flecha na mão. Sua expressão era determinada. E aí me lembrei do que meu pai tinha dito.

“Claro que ouve imprevistos, como aquela revoltada da Fernanda...” O que tinha acontecido? Bom, o fato é que ela estava matando os monstros e ela jogou uma espada e um cantil de néctar para mim. E com a ajuda dela deu tempo deu retomar minhas forças e curar o pessoal. Matamos todos os monstros e ainda tínhamos forças. Foi uma recuperação digna de Zeus se me permitem dizer. Mas uma coisa ainda me intrigava meu pai? Fugiu?

- Precisamos de um tempo! – Jay gritou abraçando S. – Hei! Filho de Hades!

Olhamos para Nico que parecia exausto.

- Eu não sei!

P.o.v. Serena

Jay me abraçou tentando me proteger. Maldita Fúria! Atingiu-me feio...

- Precisamos de um tempo! – Jay gritou – Hei! Filho de Hades!

Olhamos para Nico que parecia exausto.

- Eu não sei!

Ouve um estalo em minha mente.

- Precisamos ir! Para o único lugar onde eles não podem entrar! As Três Ilhas dos Bem-Aventurados! – gritei.

Eles olharam para mim como se eu tivesse maluca. Revirei os olhos.

- É sério. Venham! – comecei a entrar com eles no Elísio. E logo estávamos na ponte que nos separava do conjunto de ilhas.

- Está escrito algo aqui! – falei.

Ευλογημένος.Εκείνοι που έχουν καθαρή καρδιά.Αν θέλετε να μείνετε εδa4; στο Elysium βρείτε τις τρεις καθρέφτες της αλήθειας.

*Bem-Aventurados. Aqueles que têm um coração puro. Se desejarem por aqui ficar achem no Elísio os Três Espelhos da Verdade.

- O que isso significa? – Gregor murmurou irritado.

Mas, eu estava longe. Os Três Espelhos da Verdade... Os Três Espelhos da Verdade... O mito mais esquecido da Mitologia Grega... O meu Mito favorito... O Mito que eu mais temia... Não...

- Serena! – ouvi Jay me chamando.

- Desculpe... – murmurei ainda chocada.

- Você sabe o que é isso? – ele perguntou. Seus olhos azuis olhavam diretamente para os meus. Olhei para a grama em baixo dos meus pés.

- Sei. Os Três Espelhos da Verdade. Eles não mostram seu rosto. Mas, cada um aquilo que você guarda em segredo. O primeiro se chamaOjesed.De trás para frenteDesejo. Mostra o desejo mais secreto e profundo de nossos corações. O segundoRomet.Ou Temor. Mostra aquilo que você mais teme. Daquilo que mais tem medo. E o último... Edadrev. Verdade.Mostra como os outros te vêm.

Luxa sorriu.

- Não parecem tão ruins! – disse feliz.

- São horríveis! – gritei. Abracei Jay e afundei meu rosto em seu peitoral. – Milhares de semideuses e mortais enlouqueceram a se ver lá. Eles mostram a Verdade Pura! E ela nem sempre é boa!

Luxa olhou para baixo. Parecia chateada.

- Ok. – Gregor falou a abraçando. – E onde os encontramos?

- Cada um se esconde em um lugar. O primeiro no Elísio, o segundo nos Campos de Punição e o terceiro no Tártaro. E os três alinhados abrem a passagem para as Três Ilhas dos Bem-Aventurados e revelam uma espada forjada a dor de Caos, as lágrimas de Gaia, os dedos de Pontus, o sangue de Uranos, o ódio de Cronos, e o poder de Zeus. A Espada das Espadas. A Espada Divina. A Espada do Destino. A Espada da Morte. A única capaz de matar um Deus.

- Vamos precisar encontrá-los. E com como o mataremos Asclépio? – Nico perguntou.

- Eu lhes contarei o Mito dos Três Espelhos da Verdade. – falei.