Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 8
A raiva só disfarça a tristeza.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, tudo certinho com vocês?
Bem, em primeiro lugar queria agradecer de coração, pulmão pâncreas e mais alguns órgão as minhas primeiras recomendações, muito obrigada meeesmo a Jessika_Barrow e Nai- chan, fiquei muito feliz!
Em segundo aos reviews de todos vocês, estão cada vez mais lindos, eu me emociono em cada um deles!
Bem, agora, aí está mais um capítulo para vocês floores...
Espero que gostem.
Boa leitura!



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Com as passagens para a Itália compradas, esperávamos o amanhecer para partir. Iríamos para Roma, eu sentiria falta de Toronto, era um lindo país de belezas indescritíveis e onde eu com certeza havia me divertido muito.

 

Eu estava na suíte arrumando meus poucos pertences na mochila, guardei meu pijama e as roupas que Justin havia me dado no tour.

 

Batidas na porta captaram minha atenção, fui abrir abri-la, era Usher, eu estranhei.

- Oi. - eu disse.

- Oi, posso dar uma palavrinha com você?

- Claro- dei passagem para ele.

 

Ele se sentou na beira da cama, olhou para mim e começou a falar.

- Lorenna, o que vou dizer é um conselho, ok?

- Ok.

- Eu soube da aproximação que aconteceu entre você e Justin. Não estou julgando nada, mas se eu fosse você não me aproximaria muito, pelo contrario, eu me afastaria. Ele não é um adolescente normal, ele tem uma vida totalmente diferente e essa “vida” tem algumas conseqüências.

- Ele não está nessa “vida” por escolha própria.

- Eu sei, porém as coisas são assim... Veja por si mesma, não tinha nada haver com isso e hoje está aqui em Toronto.

- Eu estou bem.

- Eu sei, mas esse não é seu lugar.

- Lorenna, você faz o que achar melhor, sua consciência e seu guia, depende de você. Tente não sofrer. Durma cedo, descanse, amanhã vamos sair bem cedo.

 

Eu não soube responder, não soube o que fazer ou o que pensar, também não entendi o porquê dos dizeres de Usher me afetarem tanto. Droga, essa palavra ficou se repetindo na minha cabeça, mil vezes droga. Quando eu achava que as coisas estavam bem, alguma coisa estragava, em um ato impensado joguei tudo que estava em cima da cama no chão e não pude evitar as lágrimas, porém Usher disse para eu fazer a escolha e eu escolhia não ficar longe de Justin, não mesmo.

 

                                                ***

 

 Justin terminou de arrumar suas coisas e assim que terminou ouviu batidas na porta, prontamente se pôs a atendê-la, imaginou que fosse Lorenna e no seu íntimo queria isso também, mas não era e ma ponta de desapontamento o abateu, mas foi passageira. Era Usher.

 

- Oi man!

- Ainda não esqueci o fato de que você disse que eu era a namorada do Scooter e depois saiu correndo. – Usher nutria um carinho muito forte por aquele menino.

Justin gargalhou.

-Foi mal brother!

- Sorte sua que não vim aqui falar disso, eu vim falar da Lorenna.

- O que tem ela? – o sorriso de Justin desapareceu dando lugar a uma expressão séria.

- Quero que se afaste dela Justin.

- Como assim?

- Você sabe que você estão muito próximos e que logo isso vai ter que acabar. A vida de vocês é totalmente diferente. Observe, quando tudo isso acabar, ela vai voltar para Londres e você? Nos nem sabemos o que vamos fazer depois daqui, provavelmente vamos engatar logo em outro serviço, em outro país. E a última coisa que eu quero nesse mundo e ver você sofrendo.

- Mas não houve nada demais... - a expressão do menino era de súplica, súplica para não pedirem para ele fazer aquilo.

- Justin você gosta dela?

- Não... Quer dizer... Sim, sim eu gosto.

- Então se afaste.

 

                                                      ***

 

Não dormi direito, fiquei rolando de um lado para o outro a maior parte do tempo. Por mais que eu houvesse escolhido não me afastar de Justin, meu coração estava apertado, como se algo estivesse errado, fora que a razão avisava que o melhor a se fazer era seguir o conselho de Usher.

 

Levantei quando a claridade do amanhecer invadiu o quarto, tomei um banho gelado, me arrumei e fiquei sentada na cama esperando alguém, totalmente perdida em meus próprios devaneios. Pelo que calculei, eu esperei aproximadamente 30 minutos, Scooter veio me buscar, perguntei para mim mesma o porquê de não ser Justin me chamando.

Desci ao lado de Scooter, encontramos Usher perto do carro alugado, porém Justin não estava.

- Cadê o Justin? – enfim tomei coragem de perguntar.

- Ele foi na frente para deixar o carro para enviarem para Itália.

- Hãm...

 

Ele poderia ter me chamado para ir com ele, afinal, eu havia acordado cedo, porém ele não sabia, ele devia estar achando que eu estava dormindo.

 Por fim entramos no carro, Scooter na direção e Usher no banco de passageiro, eu, claro, fui atrás, porém dessa vez Justin não estava ao meu lado e eu senti falta dele, me senti frágil. Olhei pela janela as coisas passavam em borrões, Scooter dirigia rápido, o engraçado foi que dessa vez a velocidade não me perturbava, pois a falta de Justin ao meu lado camuflava minhas outras pequenas necessidades, foi assim que percebi o quanto já estava dependente de Justin, o suficiente para torná-lo uma necessidade.

O tornei meu porto seguro, meu ponto de paz.

 

-Lorenna, chegamos! – Scooter me disse.

Olhei para ele por um momento com cara de paisagem.

 

Enfim, fomos caminhando para dentro do aeroporto, eu procurava Justin com o olhar, não o achei.

-Bem, eu vou adiantando as coisas – Usher disse.

Ele saiu andando, deixando eu e Scooter sozinhos.

- Sabia que você se chama Mayde Mars? – ele disse.

- Hãm? – não entendi nada.

- Pelo passaporte, você se chama assim.

- Nomes falsos?

- Sim. Eu me chamo John, Usher se chama Antônio e Justin se chama Lucas.

Eu ri.

- Isso é legal.

- Eu também acho- ele concordou.

 

Usher voltou e ao seu lado estava Justin, meu coração acelerou.

 

- Oi- o cumprimentei.

- Oi- ele estava seco.

- Tudo bem?- tentei mais uma vez.

 

Ele me ignorou, não respondeu e o clima ficou chato, quase palpável eu diria.

- Que tal comprar alguns doces, Mayde? – Scooter me perguntou.

- Pode ser... - por fim decidi que queria sair dali.

 

Compramos vários doces antes de ir fazer o check-in, fizemos e fomos esperar nosso vôo ao lado de Usher e Justin, quase suspirei aliviada quando ouvi a mulher pronunciar:

 

- SENHORES PASSAGEIROS COM DESTINO A ROMA, POR FAVOR, SE DIRIGIR AO PORTÃO DE EMBARQUE 13.

 

- Bem, hora de ir para Roma- Scooter disse ao meu lado.

- Hora de Roma!- concordei.

 

Scooter fez eu me sentir melhor, corremos para o avião, parecíamos velhos amigos de infância.

- Às vezes me sinto um adolescente.

- Você é um! Só que mentalmente.

- Ah, obrigado, eu acho.

Eu ri da sua cara de indecisão. Entramos no avião. Eu fui andando procurando a fileira de Justin, ele estava em uma fileira com cinco cadeiras, a fileira estava vazia, exceto por ele.

- Posso sentar aqui? – perguntei a ele.

- Eu gostaria de ficar sozinho Lorenna.

- Ah, tudo bem! – disse meio sem graça.

 

 Eu fui para a duas fileiras atrás da dele, sentei na poltrona perto da janela e fiquei pensando, mas ao mesmo tempo não pensava em nada.

 

Foi assim que eu adormeci, tentando esquecer meu medo de altura e só abri os olhos novamente quando o avião pousou em Roma, fiquei surpresa com o tamanho do meu cansaço.

Scooter ficou para trás para me esperar.

 

- Vamos Loh?

- Loh? – questionei o apelido.

- Não gostou? Posso mudar para Nena.

- Não, Loh está bom e que eu nunca tive um apelido.

- Nunca?

- Nunca.

- Bem, agora tem!

Não pude evitar sorrir.

- Vamos?

- Sim.

 

Sai da poltrona com um pouco de dificuldade e preguiça. Justin e Usher já haviam saído do avião, ele novamente não me chamou.

Ele também não estava no aeroporto, pelo menos não no meu campo de visão.

- Cadê o Justin e o Usher?

- Já foram.

- Como assim já foram? Foram aonde?

- As esferas.

- E nós não vamos?

- Pediram para adiantarmos as burocracias do hotel e tudo isso.

- Eles foram sozinhos? – ainda não havia me conformado.

- Sim. Vamos?

- Vamos. Não acredito que fizeram isso. - estava com raiva.

 

Mas no fundo sabia que a raiva só disfarçava a tristeza.

Fomos até o hotel de táxi, eu não falei absolutamente nada pelo caminho apesar de Scooter falar animadamente sobre Roma, eu nem estava com raiva dele, não tinha nem motivos para isso, porém tinha raiva por Justin está me ignorando completamente e eu nem saber o porquê.

 

O hotel escolhido era lindo, como eu já imaginava. Eles reservaram quatro quartos. Os quartos eram os 220, 223, 227 e o 248.

 

- Nossa, porque esse quarto é o único longe?

- O 248?

- Sim.

- Justin pediu um quarto mais afastado.

- Hãm... – de novo um comportamento estranho da parte dele.

- Qual quarto você quer?

- Pode ser o 220.

- É seu!

 

Tranquei-me no quarto e depois de tomar um banho bem quente, botei meu pijama, peguei minha mochila e dentro dela peguei a blusa do tour, a blusa de Paris que Justin havia me dado e a abracei, logo após me enfiei embaixo da coberta e acabei adormecendo ainda abraçada com a blusa. Quando acordei, já estava escuro, levantei um pouco desnorteada, soltei a blusa.

 

Tentei lembrar qual era o quarto em que Scooter residia, não lembrei.

Só lembrava o número do quarto de Justin, mas eu não iria lá, não agora, saí do quarto determinada a achar o quarto de Scooter. Bati na porta do meu vizinho, o quarto 221, ninguém respondeu, desisti. Bati na porta do quarto 222 um cara estranho com a barba mal feita abriu a porta, aquele definitivamente não era Scooter.

 

- O que deseja? – ele tentou ser sexy, eu acho.

- Ah, desculpe, foi engano.

- Tudo bem princesa, sempre que quiser se enganar pode bater aqui.

- Hãm... Obrigada, eu acho.

 

Ele sorriu para mim e eu fui rapidamente para o quarto 223, quase dei um beijo em Scooter quando vi que era ele, mas não dei.

- Ah, graças aos deuses. Tem um cara muito estranho no 222.

- Sério?

- Sim.

- O que foi fazer lá?

- Estava procurando seu quarto!

- Que bosta, bom já me achou.

- Nem fala... Você não parece muito bem, aconteceu algo?

- Eles não conseguiram pegar a esfera.

- Não?

- Não.

- Eu... Nossa Justin deve estar péssimo... Vou falar com ele!

 

Não esperei Scooter responder ou ao menos pensar no que eu disse, apenas saí em disparada em direção ao único quarto no qual eu gravei os números, 248.

 

Ele atendeu na terceira batida que dei na porta.

 

- O que foi? – ele ainda estava seco e agora também estava abatido.

- Você está bem?

- Na verdade não.

- Scooter me contou que não chegaram a tempo. Sinto muito.

- Eu também.

- E Justin, se eu fiz alguma coisa, desculpa.

- Você não fez nada Lorenna.

- Mas você está tão estranho... Comigo – quase sussurrei a última palavra.

- Eu estou normal.

- Não, não está!

 

Sem muito pensar eu selei nossos lábios, por um momento ele retribuiu e foi maravilhoso, mágico como sempre, com a perfeita sincronia da dança dos nossos lábios, eu cheguei a achar por um momento que tudo tinha voltado ao normal, mas ele separou nossos lábios e olhou nos meus olhos e eu olhei nos dele e vi tristeza.

 

- Lorenna... Isso não é... Não é certo... Eu não sou certo... Eu não... Desculpa.

 

Ele fechou a porta e eu a fiquei encarando por um momento, as lágrimas desceram involuntariamente e foi aí que eu constatei que eu gostava muito dele, mas do eu deveria, muito mais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Bem, até que enfim ela admitiu que gostava dele, né?!
Ahhh, a primeira vez deles está se aproximando, huahsuahs'
Eai, o que acharam?
Ahh, deixa eu perguntar uma coisinha, eu estou escrevendo uma outra fic, só não sei se posto agora, o que vocês acham?
Reviews? Recomendação? Mereço tanto? =P
Espero que continuem gostando!
Amo muiito cada uma de vocês.
Beijooos floores